Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 3 I- Fundamentação Teórica Balanço Ecológico e Contabilidade Ambiental AULA 3 1 “Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo.” Platão Cronograma I- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1) Responsabilidade Social, Educação Ambiental e Contabilidade 2) Responsabilidade Social, Teoria da Economicidade e gestão contábil 3) Balanço Ecológico e Contabilidade Ambiental 4) Gestão Ambiental e seus reflexos na Contabilidade II- ABORDAGEM NORMATIVA III- ABORDAGEM GERENCIAL IV- EVIDENCIAÇÃO DA INFORMAÇÃO: RELATÓRIOS 2 Objetivos da aula: � Conhecer as diferenças entre o Balanço Ecológico e o Balanço Social; � Reconhecer o Balanço Social como um mecanismo utilizado pelas empresas para tornarem públicas as suas intenções e compromissos; � Evidenciar a transparência das ações da organização � Evidenciar a transparência das ações da organização no exercício da responsabilidade social (RS), trazendo informações qualitativas e quantitativas; � Entender que a construção do balanço social não deve ser tendenciosa e deve expor as externalidades positivas e negativas da atividade econômica empresarial. 3 Pegada Ecológica � "Ecological Footprint”: mede a pressão que a humanidade está exercendo sobre a biosfera, representada pela área biologicamente produtiva (tanto terrestre quanto marítima) que seria necessária para a provisão dos recursos naturais utilizados e para a assimilação dos rejeitos.assimilação dos rejeitos. 4 Balanço Ecológico positivo, quando se subtrai a pegada ecológica da biocapacidade nacional (VEIGA, 2009) Indicador de Progresso Genuíno � GPI – Genuine Progress Index: deduz alguns fatores utilizados no cálculo do PIB, tendo em conta critérios sociais e ambientais, além dos aspectos estritamente econômicos. PIB VerdePIB Verde: atribuir o valor econômico a serviços �� PIB VerdePIB Verde: atribuir o valor econômico a serviços ambientais prestados pelos ecossistemas 5 Banco Mundial � Poupança genuína ("genuine savings") ou "poupança líquida ajustada" ("adjusted net savings"). � Subtrair o consumo de capital fixo da poupança interna bruta. � Adicionar os investimentos em educação. � Adicionar os investimentos em educação. � Subtrair as principais manifestações da diminuição do capital natural (redução dos recursos energéticos, minerais e florestais e danos causados pelas emissões de dióxido de carbono) (World Bank, 2005). 6 Teoria das Funções Sistemáticas do Patrimônio � Proposição da Economicidade A Contabilidade deve procurar traduzir a participação da A Contabilidade deve procurar traduzir a participação da riqueza individualizada tanto ao nível interno, quanto ao nível riqueza individualizada tanto ao nível interno, quanto ao nível externo, pois a interdependência é indissociávelexterno, pois a interdependência é indissociável. 7 Exemplo de Balanço Ecológico � Rede Cata-vida: Catadores com apoio do Centro de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento, Emprego e Cidadania de Sorocaba e Região (Ceadec) 8 Evidenciação Ambiental e Contabilidade � Para quem divulgar a informação? � Qual é o objetivo da informação? � Quanto da informação deve ser divulgada? 9 Evidenciação Ambiental 10 O que deve ser evidenciado? CATEGORIA SUBCATEGORIA Políticas Ambientais Declaração das políticas/práticas/ações atuais e futuras Estabelecimento de metas e objetivos ambientais Parcerias ambientais Prêmios e participações em índices ambientais Sistema de Gerenciamento Ambiental ISO 14.000 Auditoria ambiental Gestão ambiental Impactos dos Produtos e Processos no Meio Ambiente Desperdícios/Resíduos Processo de acondicionamento (embalagem) Reciclagem Impacto na área de terra utilizada Odor Uso eficiente/Reutilização da água/Tratamento de efluentes Vazamentos e derramamento Reparos aos danos ambientais Energia Conservação e/ou utilização mais eficiente nas operações Utilização de materiais desperdiçados na produção de energia Discussão sobre a preocupação com a possível falta de energia Desenvolvimento/Exploração de novas fontes de 11 Desenvolvimento/Exploração de novas fontes de energia Informações Financeiras Ambientais Investimentos ambientais Custos/Despesas ambientais Passivos ambientais Práticas contábeis ambientais Seguro ambiental Ativos ambientais tangíveis e intangíveis Educação e Pesquisa Ambiental Educação ambiental (interna mente e/ou comunidade) Pesquisas relacionadas ao meio ambiente Mercado de Crédito de Carbono Projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) Créditos de Carbono Gases do Efeito Estufa (GEE)/ Emissões atmosféricas Outras Informações Ambientais Menção sobre sustentabilidade/Desenvolvimento Sustentável Gerencia mento de florestas/Reflorestamento Paisagismo e jardinagem (landscaping) Conservação da biodiversidade Relaciona mento com stakeholders Rover, Murcia e Borba (2008). Balanço Social � Gastos e influências, tanto favoráveis quanto desfavoráveis, que são recebidas e transmitidas pelas entidades na promoção humana, social e ecológica. MODELOS:MODELOS: � Abordagem contábil- ênfase no DVA; � Abordagem social- ênfase nos aspectos social, ambientais e relações do pessoal; � Abordagem mista- concilia aspectos econômicos e contábeis com os sociais. 12 Modelo de BS- Ibase* � 1998- Selo Balanço Social (apoio da CVM) 13 * Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas "Realizar o Balanço Social "Realizar o Balanço Social significa uma grande contribuição significa uma grande contribuição para consolidação de uma para consolidação de uma sociedade verdadeiramente sociedade verdadeiramente democrática“.democrática“. BetinhoBetinho Estrutura do Modelo de BS- Ibase � Estrutura: Parte I – APRESENTAÇÃO Mensagem do Presidente; Perfil do Empreendimento; Setor da Economia � Estrutura: Parte II – A EMPRESA Histórico; Visão e Missão; Princípios e Valores; Estrutura e Funcionamento; Governança Corporativa � Estrutura: Parte III – ATIVIDADE EMPRESARIAL� Estrutura: Parte III – ATIVIDADE EMPRESARIAL Diálogo com as partes interessadas Indicadores de Desempenho � Indicadores de Desempenho Econômico: Geração e Distribuição da Riqueza; Produtividade; Investimentos � Indicadores de Desempenho Social: Público Interno; Fornecedores; Consumidores e Clientes; Comunidade; Governo e Sociedade � Indicadores de Desempenho Ambiental: Responsabilidade com gerações futuras; Gerenciamento do impacto ambiental; 14 Modelo de BS- Ethos � Criado em 1998 por um grupo de empresários e executivos da iniciativa privada. 15 “Mobilizar“Mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir , sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, seus negócios de forma socialmente responsável, tornandotornando--as parceiras na construção de uma as parceiras na construção de uma sociedade justa e sustentávelsociedade justa e sustentável.”.” Estrutura do Modelo de BS- Ethos � Parte 1: Apresentação (missão e visão, mensagem do Presidente, perfil do empreendimento e setor da economia) � Parte 2: A Empresa (histórico, princípios e valores, estrutura e funcionamento, e governança corporativa)corporativa) � Parte 3: A Atividade Empresarial (diálogo com partes interessadas e os indicadores de desempenho) � Parte 4: Anexos (demonstrativo do Balanço Social, iniciativas de interesse da sociedade - projetos sociais - e notas gerais). 16 Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) � Ferramenta para análise comparativa da performancedas empresas listadas na performance das empresas listadas na BM&FBOVESPA sob o aspecto da sustentabilidade corporativa, baseada em eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. 17 Atividade 1: � Analisar a evidenciação de indicadores nas instituições financeiras relacionadas no ISE de acordo com o GRI-SSSF Suplemento Setorial de Serviços Financeiros (2010) e elaborar relatório. � Ex: EN1 A instituição divulga que .... reaproveitamento de A instituição divulga que .... reaproveitamento de papel.... ton em 2012 ou Não foi identificada a evidenciação sobre o indicador EN1. � ). 18 Importante: � Ferreira (2003, p. 102), lembra que os registros contábeis das informações de natureza ambiental devem obedecer aos Princípios Contábeis. � Princípio da Entidade � Princípio da Continuidade � Princípio da Oportunidade� Princípio da Oportunidade � Princípio do Registro pelo Valor Original � Princípio da Competência � Princípio da Prudência 19 Desempenho ambiental das empresas � A Commission of the European Communities (2002, p. 20) recomenda: � reconhecimento, mensuração e reconhecimento, mensuração e evidenciação de informações evidenciação de informações ambientais na Contabilidade e nos ambientais na Contabilidade e nos ambientais na Contabilidade e nos ambientais na Contabilidade e nos relatórios anuais das relatórios anuais das empresas empresas dentro de padrões confiáveis, dentro de padrões confiáveis, comparáveis comparáveis e e verificáveisverificáveis. 20 COMMISSION OF THE EUROPEAN COMMUNITIES. Corporate Social Responsibility: a business contribution to sustainable development. Brussels, 2002. Atributos da informação contábil � confiabilidade; � tempestividade; � compreensibilidade; � relevância; e � comparabilidade. A informação contábil, em especial A informação contábil, em especial � comparabilidade. 21 A informação contábil, em especial A informação contábil, em especial aquela contida nas demonstrações aquela contida nas demonstrações contábeis, notadamente as previstas contábeis, notadamente as previstas em legislação, deve propiciar em legislação, deve propiciar revelação suficiente sobre a Entidade, revelação suficiente sobre a Entidade, de modo a facilitar a concretização de modo a facilitar a concretização dos propósitos do usuáriodos propósitos do usuário Atividade 2 � Nível de evidenciação – Qualidade da Informação Tipo: Característica da informação: Conceito: 0 Ausência Nenhuma informação 1 Declarativa Descrição qualitativa 2 Quantitativa não monetária Descrição quantitativa não financeira 3 Quantitativa monetária Descrição quantitativa financeiraObservar! 22 Pesos 0,00 Ausência de informação 0,25 Informação regular 0,50 Evidencia parcialmente 0,75 Evidencia 1,00 Evidencia totalmente Fonte: Guimarães et al. (2011) Leitura sugerida � Diretrizes GRI 23 Disponível em: <https://www.globalreporting.org/resourcelibrary/Portuguese- G3-Reporting-Guidelines.pdf.>. Referências � FERREIRA, Aracéli Cristina de Sousa. Contabilidade Ambiental: uma informação para o desenvolvimento sustentável. São Paulo: Atlas, 2003. � GUIMARÃES, Ana Luiza Afonso; MENDES, David; BORGES, Lara Fabiana Morais; QUEIROZ, Lísia de Melo. Evidenciação Ambiental: Uma Análise Qualitativa e Quantitativa do Disclosure das Informações Ambientais nas Empresas de Mineração no Período de 2006 a 2009. In: 4º CONGRESSO UFSC DE CONTROLADORIA E FINANÇAS E INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM CONTABILIDADE, 2011. � NOSSA, V. Disclosure ambiental: uma analise do conteúdo dos relatórios ambientais de empresas do setor de papel e celulose em nível internacional. 2002. 246 f. Tese (Doutorado em Controladoria e Contabilidade) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002. � ROVER, S.; MURCIA, F.D.; BORBA, J.A.; VICENTE, E.F.R. Divulgação de informações ambientais nas demonstrações contábeis: um estudo exploratório sobre o disclosure das empresas brasileiras pertencentes a setores de alto impacto ambiental. Revista de Contabilidade e Organizações, Ribeirão Preto, v.3, n.2, p.53-72, maio/ago. 2008. � VEIGA, José Eli da. Indicadores socioambientais: evolução e perspectivas. Rev. Econ. Polit. [online]. 2009, vol.29, n.4, pp. 421-435.. � TAYRA, Flávio; RIBEIRO, Helena. Modelos de indicadores de sustentabilidade: síntese e avaliação crítica das principais experiências. Saude soc. [online]. 2006, vol.15, n.1, pp. 84-95. � WORLD BANK. Where is the Wealth of Nations? Measuring Capital for the XXI Century, Conference Edition, Draft of July 15, 200524
Compartilhar