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Constituições e Modelos de Estado

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Semana 01
Modelo de Constituição
Garantia – se preocupa tão somente em limitar o poder do Estado. O Estado apenas se abstém. Tem caráter liberal, ou seja, o Estado não intervém e também não ajuda. Todos vão ser tratados da mesma maneira, ainda que não estejam em posições iguais. Não tem aquele cunho social, de melhorar a vida dos indivíduos. 
Dirigente – organiza o Estado, limita o poder e também buscar tornar efetivos os direitos sociais, criando metas, diretrizes, etc. Aqui o Estado percebe que há desigualdade, que nem todos têm as mesmas oportunidades e procura minimizar isso promovendo políticas sociais. Ex.: cotas. É compromissória, pois busca garantir aos indivíduos os direitos fundamentais.
Obs.: A nossa CF é dirigente.
Constituição:
- Quanto ao modo de elaboração:
a) Dogmática: são as escritas. A nossa é dogmática;
b) Histórica/costumeiras: derivam dos costumes, das transformações sociais e não possuem uma codificação, ou seja, não são escritas. Ex.: Inglaterra.
- Quanto à origem:
a) Promulgada: aquela que atende a vontade do povo, sendo o poder constituinte escolhido pelo povo e representante do povo.
b) Outorgada: imposta ao povo. O povo não tem participação.
Obs.: Existe a chamada cesarista, que é uma espécie da outorgada. Ocorre quando a CF é imposto por um líder e depois a CF sofre apreciação do povo por meio de referendo. Todavia, quem instituiu a CF foi uma única pessoa, por isso é tida como outorgada.
Constituição:
- sentido jurídico – Hans Kelsen: para ele, a CF estava no topo da pirâmide e dela se derivariam todas as demais leis. CF é suprema;
- sentido político – Carl Schmitt, a CF não passa de uma decisão política;
- sentido sociológico – Lassale, para que a CF tenha validade, é preciso representar o poder social.
AULA 01 - A Constituição de determinado Estado nacional, ao dispor sobre o catálogo de direitos fundamentais do cidadão comum, estabelece que a proteção constitucional se dará apenas aos direitos e garantias individuais perante a intromissão indevida do Estado. Trata-se, portanto, de uma Constituição meramente negativa e absenteísta, que privilegia o caráter absoluto da propriedade privada, da autonomia da vontade, da igualdade formal e de outros direitos e garantias fundamentais focados na proteção do homem em face do poder do Estado. Além disso, a referida Constituição foi positivada em um documento escrito que sistematiza os princípios e ideias dominantes da atual teoria política e do direito dominante no tempo presente. E mais: apesar de concebida pelo grande líder carismático que governa o País há oito anos, o texto constitucional foi submetido à ratificação popular por intermédio de um referendo, cujo resultou foi amplamente favorável às ideias do governante detentor do poder. Diante deste quadro, indaga-se: 
a) É correto associar tais características ao modelo de constituição-compromissória, próprio do constitucionalismo brasileiro? Justifique sua resposta. 
Não. Por que? As características apresentadas são da Constituição Garantia, com ideologia liberal. O Estado não intervém, apenas se abstém.(Olha o que foi marcado). A constituição dirigente, com ideologia compromissória limita o poder do estado, mas também procura estabelecer normas que tornem os direitos sociais efetivos.
b) É correto afirmar que a Constituição em comento é democrática porque, muito embora tenha sido concebida pelo líder carismático, foi submetida à ratificação do voto popular? Justifique sua resposta.
Não, pois foi primariamente instituída por apenas uma única pessoa sem levar em consideração a vontade do povo, ainda que isso tenha sido feito posteriormente.
c) Qual seria a classificação da Constituição em tela quanto ao modo de elaboração? Justifique sua resposta.
Conforme fala a questão, a Constituição foi positivada, ou seja, escrita, em um documento, logo, é dogmática.
Semana 02
Antigamente, existia o Absolutismo, onde o Estado detinha todo poder e por várias vezes ultrapassava os limites e violava os direitos dos indivíduos.
Como uma reação ao Estado absoluto, surge o Estado liberal, que tem caráter negativo, ou seja, o Estado não se mete, não intervém, mas também não garante nenhum direito fundamental ou tenta minimizar as desigualdades.
Veio então, o Estado Social, que busca não só limitar o poder do Estado, como também minimizar as desigualdades sociais.
Por fim, surge o neoliberalismo, que buscar reaproximar o direito da ética, da moral. É nesse ponto que entra a questão do conflito de princípios constitucionais, em que será analisado qual dos dois deve prevalecer.
Igualdade material – tratar os desiguais de maneira desigual. Ou seja, entender que nem todos têm as mesmas oportunidades, a mesma capacidade e criar políticas que compensem isso.
Aula 02 - Sobre a implantação de “políticas afirmativas” relacionadas à adoção de “sistemas de cotas” por meio de Projetos de Lei em tramitação no Congresso Nacional, leia o texto a seguir: Desde a última quinta-feira, quando um grupo de intelectuais entregou ao Congresso Nacional um manifesto contrário à adoção de cotas raciais no Brasil, a polêmica foi reacesa. (...) O diretor executivo da Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), frei David Raimundo dos Santos, acredita que hoje o quadro do país é injusto com os negros e defende a adoção do sistema de cotas. Analisando o texto sobre o sistema de cotas “raciais” no âmbito da evolução social do Estado, responda JUSTIFICADAMENTE, se a posição defendida pelo diretor executivo da Educafro é absolutamente compatível com as expressões Estado liberal de Direito e Igualdade Material?
Com a igualdade material sim, uma vez que além de simplesmente não intervir na vida dos indivíduos, ele também cria normas que tentem minimizar as desigualdades existentes. No caso, uma vez que os negros ainda sofrem reflexos de toda uma história de escravidão etc, nada mais coerente em dar-lhes a oportunidade de ascensão social. É essa a idéia. Mostrar que os negros sofrem reflexos até hoje e portanto o estado tem que promover políticas que minimizem essas diferenças.
Semana 03
Neoconstitucionalismo – já coloquei acima. É a aproximação do direito com a ética e moral. 
Sentido axiológico – o que é? É o valor. A norma reflete os valores, princípios, da sociedade.
O neoconstitucionalismo busca isso. Suas normas derivam dos valores da sociedade, aproximando o direito com a moral.
Aula 03 Definindo o conceito de neoconstitucionalismo, Luís Roberto Barroso assim se manifestou: 
A dogmática jurídica brasileira sofreu, nos últimos anos, o impacto de um conjunto novo e denso de ideias, identificadas sob o rotulo genérico de pós-positivismo ou principialismo. Trata-se de um esforço de superação do legalismo estrito,característico do positivismo normativista, sem recorrer às categorias metafísicas do jusnaturalismo. Nele se incluem a atribuição de normatividade aos princípios e a definição de suas relações com valores e regras ;a reabilitação da argumentação jurídica;a formação de uma nova hermenêutica constitucional;e o desenvolvimento de uma teoria dos direitos fundamentais edificada sob a idéia de dignidade da pessoa humana. Nesse ambiente, promove-se uma reaproximação entre o Direito e a Ética. A partir da leitura do texto, INDAGA-SE:
 a) O neoconstitucionalismo busca valorizar a aplicação axiológica do direito? Sim. Ele visa elaborar normas que reflitam os valores da sociedade, reaproximando o direito da ética e moral.
b) Em caso de colisão de princípios constitucionais, é correto afirmar que a teoria neoconstitucional recorre aos critérios hermenêuticos da hierarquia, cronológico ou da especificidade? Não. Uma vez que o neoconstitucionalismo se preocupa com a ética e moral, em colisão de princípios, ele não recorrerá a aspectos meramente formais e técnicos, mas sim levará em conta qual princípio deverá prevalecer de acordo com o valor de cada um. Sendo assim, irá colocar os dois na balança e pesar aquele que merece maior valor.
SEMANA 13
Eficácia verticaldos direitos fundamentais – De cima pra baixo – O Estado deve respeitar e garantir os direitos fundamentais.
Eficácia horizontal dos direitos fundamentais – quando há relação entre iguais, ou seja, entre privados. O direito fundamental deve ser também respeitado nas relações entre particulares. Se isso não for feito, o Estado pode intervir, o que chama-se de eficácia direta.
AULA 13 Questão discursiva: João da Silva é proprietário de um terreno não edificado e que vem servindo de atalho para se chegar à única escola pública da sua região. A grande maioria das crianças do bairro costumam passar por dentro da propriedade de João da Silva. Incomodado com o grande número de crianças circulando em sua propriedade, João da Silva resolver proibir a passagem das crianças de pele negra, como meio de reduzir o número de crianças que cortam o caminho para a Escola por seu terreno. A família de uma das crianças decide ajuizar uma ação para obrigar João da Silva a liberar a passagem de todas as crianças, amparando sua pretensão no direito à igualdade. Citado, João da Silva argumenta que a propriedade é sua e que não há nenhuma lei infracons*tucional que o obrigue a liberar a passagem por sua propriedade. Alega que, nos termos do inciso II do ar*go 5º da Cons*tuição de 1988, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazeralguma coisa senão em virtude de lei. Portanto, como não há nenhum lei que o impeça de proibir o trânsito pela sua propriedade, ele pode permi*r a passagem de quem bem entender. Na qualidade de juiz da causa e com espeque na reconstrução neoconstucionalista, responda, JUSTIFICADAMENTE, se o caso em tela é de aplicação direta dos direitos fundamentais nas relações entre particulares?
R.: Ainda que a relação seja entre particulares, o Estado pode intervir quando há violação dos direitos fundamentais, fazendo com que esses sejam respeitados pelos particulares.
Aula 14 Maria, jovem estudante de Direito, aproveitando a onda de calor que marcou o último verão carioca, resolveu praticar topless na praia da Barra da Tijuca. Enquanto tomava seu banho de sol, foi fotografada inúmeras vezes por um repórter de um importante jornal de circulação nacional. No dia seguinte ao evento, uma das fotos foi estampada na primeira página do jornal e era acompanhada por uma legenda que informava o fato de os termômetros terem registrado 40º (quarenta graus centígrados) no último final de semana. Maria já procurou a direção do órgão de imprensa, mas este informou que exerceu seu direito à informação, constitucionalmente garantido, e que não houve ofensa a nenhum direito de Maria. Esta última procura então alguma orientação jurídica.Na qualidade de advogado, como você a orientaria?
A questão trata de um conflito de princípios, quais sejam, o direito à intimidade e o direito à informação. Logo, como resolver? No caso, deverá ser analisado o caso concreto, colocando na balança qual dos dois deve prevalecer, considerando aquele que acarretará menos prejuízo as partes. Ou seja, deve-se ponderar qual deve prevalecer.
SEMANA 15
Constitucionalização do direito civil – o Direito Civil deve ser interpretado levando-se em conta a CF. Ou seja, ao ler o Direito Civil, deve-se buscar aplicar os valores constante na CF.

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