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Formação da Terra, suas estruturas e constituição e tectônica de placas aula 3 Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC Centro de Ensino Superior da Foz do Itajaí – CESFI Curso de Engenharia do Petróleo 2 Origem do sistemas solar 3 Origem e evolução da Terra 4 • Experimentos de laboratório: temperaturas de condensação sob baixas pressões (10-4 atm). Condensação da nebulosa solar 5 Condensação da nebulosa solar 1) Condições de baixa pressão; 2) Vapor passa para sólido; 3) Formação de pequenos grãos minerais (cristais); 4) Formação de metais; 5) Formação de silicatos; 6) Aglutinação de pequenos corpos por ação da gravidade = planetesimais (asteróides, meteoróides). 6 De onde veio o material que forma a Terra e os planetas interiores? • Informações de meteoritos; • Chuva de meteoritos em Talamilo del Tozo (12/08/2005). 7 Meteoritos – algumas informações • Definição: fragmento de material extra-terrestre que não foi desintegrado pela atmosfera da Terra, caindo em sua superfície; • Cerca de 18000 meteoritos atingem a Terra a cada ano; • Os meteoritos podem diferir entre si em termos da composição química (proporção entre metal e silicatos), mineralogia, estrutura e cor; • São classificados como: condritos, sideritos (ou ferrosos) e ferro- rochosos 8 Formação dos diferentes meteoritos • Composição global dos planetas terrestres: condrítica; • Não diferenciados (condritos): não sofreram aquecimento acima de 180 oC; • Diferenciados (acondritos, ferrosos e ferro-rochosos): aquecimento e fusão. 9 Tipos de meteoritos • Rochosos: compostos por silicatos; • Ferrosos: liga metalica de ferro e níquel; • Ferro-rochosos: silicatos e metais. 10 Condritos • 84% das quedas; • Côndrulos (Φ ~1 mm): olivina (40%) e/ou piroxênio (30%); • Côndrulos formaram-se antes da matriz por resfriamento muito rápido (<1 hora) e sob influência de faíscas na nebulosa solar incandescente e turbulenta; • Carbonosos: contém H2O, S e C (T < 180oC); • Composição próxima a da nebulosa solar. 11 Composição química da Terra • Modelo condrítico: composição global igual a dos condritos exceto no conteúdo de voláteis (perda por aquecimento); • Grau de volatilização dos elementos químicos: • Voláteis: sofrem volatilização sob condições moderadamente redutoras em T < 600-700 K (condensam em condições de baixas T); • Mediamente voláteis: sofrem volatilização T: 700 – 1300 K • Refratários: não sofrem volatilização até temperaturas de 1300 K (condensam em altas T). 12 Composição química da Terra • Grau de volatilização dos elementos químicos: • Voláteis: H, gases nobres, O, S, Pb, Bi, Cd, Hg; • Mediamente voláteis: S, Na, Rb, Ag, Cu, Zn; • Refratários: Mg, Si, Ca, Al, Fe, Ti, Sc, U, Th, lantanídeos. 13 Classificação geoquímica • Litófilos: fazem ligação com oxigênio em óxidos e silicatos; eletronegatividade menor 1,6; ligações iônicas; • Calcófilos: eletronegatividade entre 1,6-2,0; ligações covalentes; formam sulfetos; • Siderófilos: eletronegatividade entre 2,0-2,4; ligações metálicas (elétrons fluem livremente sobre uma estrutura cristalina definida); ocorrem como metais. 14 • Terra primordial: grandes quantidades de Fe (35%), O (30%), Si (15%), Mg (13%) e S (~8% mas por ser volátil restou ~2%); • A quantidade de Fe que foi para o núcleo foi controlada pela afinidade com O e S; • Fe ligou-se preferencialmente ao S até que este foi consumido → restou Fe; • O oxigênio combinou-se com Mg e Si → restou O; • Fe combinou-se com O até que este foi totalmente consumido → Fe restou na forma metálica; a quantidade de O foi um fator determinante para o tamanho do nucleo terrestre; • Os óxidos de Fe, Mg e Si são leves e concentraram-se na superfície formando a crosta e o manto; • Fe metálico e FeS são densos: formaram o núcleo primordial (Fe: 86%, S: 11% e Ni: 3%); metade do S perdido durante acresção. Composição química da Terra – modelo condrítico 15 • Terra formada pela aglutinação de material por constantes chuvas de mega-asteróides em aproximadamente 4,6 bilhões de anos atrás; • Impacto dos meteoritos trazia energia explosiva aumentando a temperatura da superfície do planeta em 1800oC; • Terra Hadeana = vasto mar de rocha liquefeita com centenas de km de profundidade; Ação dos meteoritos 16 O processo de acresção 17 O processo de acresção • Planetesimais: vapor → condensação de gotas; • Cristais (minerais silicáticos e metálicos) → agregação por forças magnéticas e eletrostáticas e por impacto; • Aglutinação por forças gravitacionais. 18 O processo de acresção • Após 1 ano: Φ = 100m; • Após alguns Ma: Φ = 5 km; • Após 103 – 108 anos: planetas praticamente formados 19 Processo de acresção • Composição da atmosfera solar ~ condrítica; • Planetas internos: composição condrítica (silicatos) com diferença no conteúdo de voláteis; • Processo de acresção: variações químicas dos planetas. 20 • Choques: • Características anômalas de Mercúrio (alta densidade devido a perda de parte do manto); • origem da Lua (baixa densidade: composição silicática). Processo de acresção 21 Modelos de acresção (formação dos planetas rochosos) 22 Modelos de acresção para a Terra Acresção Homogênea (modelo mais aceito): • Nebulosa fria (faixa de condensação de voláteis; T < 100oC); • Terra primitiva: composição uniforme e condrítica; • Aquecimento: impacto de planetesimais (energia explosiva); aumento de temperatura acima de 1000oC nas partes mais internas (1800o); • Aumento da pressão interna durante a acresção; • Decaimento de elementos radioativos = aumento de temperatura da ordem de 2000 oC; • Conteúdo de voláteis: diretamente proporcional ao tamanho do planeta. 23 Acresção homogênea • Modelo da Terra como um “oceano”de magma; • Diferenciação pós acresção; • Fusão de Fe-Ni ~650 km = material fundido denso = migração para o centro; • Liberação de energia por decaimento radioativo = aumento de T; • Concentração de Fe e Ni na parte central e silicatos na superfície; • Migração do Fe e Ni ocorrendo em menos de 1 MA. 24 Acresção heterogênea 25 Acresção heterogênia • Composição condrítica; • Núcleo e manto formaram-se em sequencia pela condensação da nebulosa incandescente: 1000oC < T< 1700oC; • Diferenciação durante a acresção; • Pequenos ajustes pós-acresção; • Processos de Acresção: • ~ 80% do planeta formado em 103 -104 anos; • Planeta quase formado em ~ 106 -108 anos; • Conteúdo de voláteis diretamente proporcional a distância do planeta ao Sol. 26 Acresção heterogênia • Experimentos de laboratório: temperaturas de condensação sob baixas pressões (10-3 atm): 27 Atuação do Sol e relação com os voláteis • O vento solar “limpou” os gases (elementos voláteis) da nebulosa solar da região onde hoje ficam os planetas rochosos do Sistema Solar; • Gases afastados para a região onde hoje encontram-se os planetas gasosos; 28 O sistema solar • Composto pelo Sol, planetas, satélites dos planetas, asteróides e cometas. 29 • Plutão: planeta anão (planetóide); • Corpos semelhantes no Cinturão de Kuiper. O sistema solar 30 Os primórdios da Terra 31 Terra Hadeana – mundo de fogo 32 Com o resfriamento da Terra forma- se a crosta primitiva– crosta escura basáltica • 4,4 bilhões de anos (BA) = Éon Hadeano; • Terra blackball; 33 Primórdios da Terra • Ainda em seus primórdios, um corpo do tamanho de Marte entrou em rota de colisão com a Terra devido a atração gravitacional; • Do choque, trilhões de toneladas de detritos foram lançados para o espaço; • Em aproximadamente 1000 anos, parte desses detritos se organizaram ao redor da Terra na forma de um anel; • O anel deu origem a uma esfera a somente 22000 Km de distância – a Lua (que hoje está em 400000 km de distância); • Marés muito mais intensas devido a proximidade da Lua e rotação da Terra mais rápida do que hoje devido à colisão. 34 Com o resfriamento da Terra forma- se a crosta primitiva - basáltica • Assim como em um lago de lava, as correntes de convecção no material mais quente logo abaixo da crosta solidificada rompem esta crosta, geram movimentos das placas e o choque entre placas gera subducção do material mais denso = princípio da tectônica de placas. 35 Resfriamento da Terra • Lord Kelvin, utilizando os princípios da termodinâmica sugeriu que o planeta Terra já fora totalmente incandescente, e que levaria 20 MA para se resfriar; • Valor subestimado, pois não considerou em seus cálculos o calor oriundo do decaimento de elementos radioativos (U, Th, K, Rb, etc.). • Idade da Terra estimada em 4,5 BA; • Terra levou aproximadamente 500 MA para se resfriar; • Entretanto, estudos sugerem que a Terra resfriou mais cedo (oceanos em 4,4 BA) = marcas da existência de água nos cristais de zircônio; • Datação radiométrica de zircões (minerais) em rochas mais antigas já encontradas na superfície da Terra (quartizito de Mount Narryer). 36 Mundo aquático – 4,0 BA 37 Éon Arqueano (3,5 BA) – mundo aquático • Rochas datadas em 3,5 BA da região do cinturão de Barberton (África do Sul) com formatos arredondados (formato de almofada ou pillow lavas) sugerem que as mesmas foram formada em regiões submersas; • Todas as rochas encontradas do período de 3,5 BA são rochas em almofadas; • De onde veio a água que cobriu a Terra com oceanos (a prinçipio, desde 4,4 BA atrás)? • Teoria: Terra açoitada por asteróides e cometas de gelo. 38 Do Hadeano ao Arqueano • Entre 4,4 BA e e 4 BA as rochas em resfriamento geravam grandes quantidades de dióxido de carbono e vapor de água para a atmosfera, formando mantos espessos de nuvem; • A condensação da água gerou a grande tempestade (chuva que levou milhões de ano); • Em 4 BA: • Mais de 90% da superfície da Terra se transformou em um único oceano; • Pequenas ilhas vulcânicas brotavam das águas; • Mares ricos em ferro; • Atmosfera densa com muito dióxido de carbono = céus avermelhados = altas pressões em superfície; • Temperaturas altas (aproximadamente 90oC). 39 Do Hadeano ao Arqueano • Entre 4 – 3,5 BA: • Planeta aquático, tóxico e hostil; • Processo de tectônica de placas fazendo surgir o granito em zonas de subducção (granito se forma em profundidade por resfriamento lento); • Água dos oceanos primitivos atuando para baixar a T de fusão do material basáltico em regiões mais rasas; • Formação da crosta continental granítica; • Rochas aflorantes do Craton Kaapval (África do Sul), datadas em 3,5 BA comprovam a existência da crosta continental granítica; 40 Formação da vida – 4 BA • Nas profundezas do oceano, próximo à T de congelamento, a água entra pelas fissuras das rochas, e aquece com o aumento da profundidade e da T e retorna à superfície; • Nesse processo, a água desprende os minerais dos basaltos, aquece-se e carrega consigo estes minerais que são expelidos no fundo oceânico com a água em altas T por fumarolas hidrotermais; • Provavelmente, a combinação dos minerais e a água gerou as primeiras formas de proteínas (aminoácidos) e os primeiros seres unicelulares simples = os coacervados. Coacervado é um aglomerado de moléculas proteicas envolvidas por água em sua forma mais simples. Acredita-se que essas tenham sido as primeiras formas de vida a surgir na Terra. Essas moléculas foram envolvidas pela água devido ao potencial de ionização presente em alguma de suas partes e por isso, é muito provável que tenham surgido no mar. 41 Os estromatólitos e o surgimento do oxigênio atmosférico (3,5 – 2,4 BA) 42 Arqueano (3,5 - 2,5 BA) surgimento do oxigênio atmosférico • Massas graníticas (crosta continental) espalhadas por todo o globo; • Granito suporta melhor o efeito erosivo dos mares em relação as ilhas vulcânicas; • Surgimento de estromatólitos (algas microscópicas que produzem dejetos na forma de rochas - carbonatos) em águas rasas ao longo dos continentes. • Estromatólitos – colônia de seres unicelulares utilizam a luz solar para converter o dióxido de carbono e água em glicose, liberando oxigênio; 43 Estromatólitos – surgimento do oxigênio atmosférico • Entre 3,5 e 2,5 BA, praias rasas ao longo dos continentes deram vida a numerosas colônias de que seres unicelulares que encheram a atmosfera de oxigênio sob a luz do sol – os estromatólitos; • Fósseis de estromatólitos são encontrados em rochas de 3,5 – 1,5 BA). • Aumento gradativo do oxigênio atmosférico entre 3,5 e 1,5 BA (2 BA)! Fóssil de estromatólito 44 Éon Proterozóico (2,2 BA e 1,5 BA) Terra como planeta azul • Entre 3,5 BA e 1,5 BA (do Arqueano ao Éon Proterozóico), os estromatólitos povoaram as costas continentais e converteram a atmosfera terrestre para uma atmosfera rica em oxigênio; • No início, o O2 reagiu com o Fe, oxidando-o e fazendo-o precipitar para o fundo oceânico, convertendo o oceano de verde para azul; • Formações rochosas ferrífero-bandadas ao redor de todo o globo (fundamental para a economia de hoje); • Depois, o O2 foi liberado para a atmosfera, diluindo a espessa camada de CO2 tornando-a clara. 45 Éon Proterozóico (1 BA) – Rodínia 46 Éon Proterozóico (1 BA) – Rodínia • Dinâmica da tectônica de placas gera uma colisão de massas continentais formando um supercontinente na parte sul do planeta (Rodínia); • Continente estéril; • 750 MA – Fase inicial da fragmentação de Rodínia; • 700 - 650 MA – Início do mundo de gelo; • Posição de Rodínia bloqueava as correntes oceânicas que transportavam águas quentes do equador para os pólos; • Congelamento dos pólos em direção ao equador = efeito bola de neve; • Quanto mais gelo formado, maior a reflexão da luz solar, menor a temperatura, mais gelo é formado. 47 Rodínia 48 Rodínia 49 700 MA – Terra bola de neve (snowball Earth) • Constantes chuvas ácidas depositaram o CO2 (que foi absorvido pelas rochas) diminuindo sua quantidade na atmosfera; • Temperatura média na superfície do planeta entre -40oC e -50oC; • Oxigênio aprisionado no gelo na forma de peróxido de hidrogênio (produzidos pela reação química entre os raios solares e moléculas de água no gelo); • Espessura média do gelo em 1 – 3 km sobre os oceanos; • Organismos quase que na totalidade extintos (excetos os que ficaram presos abaixo do gelo – seres unicelulares); 50 Explosão Cambriana da vida – 540 MA 51 650 MA – Divisão de Rodínia • Acúmulo de intenso calor (vulcanismo) na base do supercontinente o fez se dividir; • CO2 liberado pelas erupções vulcânicas proveniente da divisão de Rodínia gerou o efeito estufa = fim do mundo de gelo; • Gelo derrete em 15 MA e libera O2; • Surgimento de mares ao redor dos blocos fragmentados,explosão de fotossintetizantes, grandes níveis de O2, aparecimento de seres aquáticos complexos (com esqueletos, exoesqueletos, olhos e dentes); • Explosão Cambriana (Éon Fanerozóico) – vida marinha; • Registros diversos e bem preservados dos fósseis em Burgess Shale (Folhelho Burgess). 52 Explosão Cambriana –Eon Fanerozóico –Era Paleozóica • O Folhelho Burgess ou Xistos de Burgess é um sítio fossilífero das Rochosas localizado em Colúmbia Britânica - Canadá e é considerado uma das principais jazidas de fósseis do mundo; • Contém grande número de fósseis do período Cambriano médio extraordinariamente preservados. 53 • Nos 100 MA seguintes à explosão Cambriana, os níveis de O2 atmosférico atingiu o mesmo nível de hoje, propiciando a formação de uma camada de ozônio que possibilitou a vida fora dos oceanos; • Espessamento da camada de ozônio ocorrendo ao longo de 120 MA (460 – 340 MA); • Evolução das espécies para seres que vivem fora da água; • Evolução das plantas: briófitas (musgos), pteridófitas (samambaias), gimnospermas (pinheiros) e angiospermas (árvores frutíferas); Fim da Era Paleozoica • Primeiros tétrapodes em 365 MA– evolução dos peixes anfíbios, répteis, etc... Tetrápode triássico 54 Fim do Paleozoico – 300 MA • Fim do Paleozóico (300 MA) = a dinâmica de placas novamente aproxima os continentes; • Mundo dominado por pântanos tropicais, matas densas e ambiente úmido; • Indícios desta época são encontrados em camadas de carvão ao redor do globo (período Carbonífero); • Presença de insetos gigantes, anfíbios e répteis (seres que botam ovo – independência da água); • No fundo do oceano de Thetis (fundo anóxico) houve a acumulação de seres marinhos que geraram hoje as grandes bacias petrolíferas; 55 Thetis – 300 MA 56 Magmatismo siberiano (250 MA) – pluma mantélica 57 Explosão da Sibéria – extinção do período Permiano • 250 MA = explosão e erupções basálticas que duraram por mais de 0,5 MA; • Magmatismo devido a subida de uma pluma do manto; • Nuvens de gases venenosos e cinzas vulcânicas em nível global escureceram a atmosfera; • Extinção de 95% dos seres vivos; • Atmosfera mais quente devido ao aumento do CO2 e dióxido de enxofre; • Oceanos mais quentes e anóxicos; • Gás metano congelado (clatratos) entre camadas sedimentares do fundo oceânico liberado para no oceano e atmosfera. 58 Pangeia - Era Mesozóica (Períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo) 59 Pangeia • 240 MA – união das massas continentais - Pangeia; • 200 MA – chuva ácida neutralizada, retorno das plantas; • Clima mais quente (dominado pelo vulcanismo), O2 e CO2 atingiram novos picos; • Seres sobreviventes da explosão siberiana evoluiram para os dinossauros (répteis grandes e de sangue quente); • Florestas tropicais (muitas áreas de trópicos) = muita comida para os dinossauros; 60 Era mesozóica (Períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo) • Mundo dominado pelos dinossauros; • Dominância dos dinossaros durou 165 MA; • Mamíferos pouco desenvolvidos (pequenos). 61 Fragmentação do Pangea – Era Jurássica (200 MA) • Fragmentação gerou 2 supercontinentes: Laurásia e Gondwana; • Em 100 MA (Era Cretácia) = mundo dominado por erupções vulcânicas = formação das principais jazidas de diamantes conhecidas (kimberlitos); • Em 65 MA (Era Cenozóica) queda do meteorito na península de Iucatã (cratera de Chicxulub) = extinção dos dinossauros e de 75% das plantas da superfície do planeta; • Evidência na “camada túmulo”, camada de 65 MA de argilito e irídio (material raro de ser formado na superfície da Terra), encontrada no mundo inteiro; • Ao mesmo tempo da queda do meteorito, ocorreu uma erupção intensa na Índia; 62 Época Eoceno (50 MA) 63 Época Eoceno (50 MA) • Tectônica de placas criou as paisagens que conhecemos hoje (Andes, Himalaias, Grand Canyon, etc.); • Evolução e dominância dos mamíferos (sobreviventes); 64 Época Pleistoceno –Período Quaternário (2 MA) 65 • 2 MA = surgimento dos primeiros ancestrais do homem na África; • 2 MA = Resfriamento do planeta = geleiras avançando a partir do pólo norte; • Alterações das correntes oceânica devido aos vulcões do Panamá que uniram a América do Norte e a América do Sul; • Sucessivos avanços e recuos das geleiras; • Últimas geleiras recuaram em 10000 anos (formação dos grandes lagos). Crânio do homo habilis (ancestral do homem) Época Pleistoceno (2 MA) 66 A contribuição da geofísica na determinação das estruturas internas da Terra e a Teoria de tectônica de placas 67 Conceitos de ondas compressionais e cisalhantes Onda P (compressiva): Passagem da onda implica em uma contração e expansão do sólido ou fluido sem distorção de forma. As partículas do meio se movimentam na mesma direção de propagação da onda. Onda S (cisalhante): Passagem da onda implica na distorção de forma do sólido (não se propaga nos fluidos). As partículas do meio se movimentam perpendicularmente a direção de propagação da onda. 68 Determinação das estruturas internas da Terra pela sismologia Ilustração da propagação das ondas P e S no interior da Terra. 69 Ilustração das camadas que compõem a Terra. Contribuição da Geofísica para entender a Terra 70 Estrutura física ou estática da Terra Crosta oceânica: 6 – 10 km; Crosta continental: 35 – 50 km; Manto: 6 a 2900 km sob os oceanos e 35 a 2900 km sob os continentes; Núcleo: 2900 – 6370 km; Descontinuidades: Caracterizadas por mudanças químicas ou físicas do meio de propagação das ondas sísmicas. 71 Estrutura dinâmica da Terra Mudanças nas propriedades mecânicas; Litosfera: Parte rígida ou rúptil e superficial da Terra (crosta + manto superior). Delimitada pela isoterma de 1200 – 1300 oC, 100 – 200 km de espessura, transferência de calor por condução; Astenosfera: Manto superior (350 km até 650 km), deformação plástica ou dúctil no tempo geológico (arrasto no estado sólido), transferência de calor por convecção; Mesosfera: Maior viscosidade, transferência de calor por convecção; Núcleo externo e núcleo interno. 72 Transferência de calor no interior da Terra 73 Hot spots Distribuição de hot spots no planeta (plumas mantélicas). 74 Fluxo térmico mundial (Investigando a Terra, 2000) Contribuição da Geofísica para entender a Terra Geotermia 75 Deriva continental e teoria da tectônica de placas 76 Teoria da deriva continental proposta por Alfred Wegener Alfred Lothar Wegener (Berlim, Alemanha, 1 de novembro de 1880 — Groenlândia, 5 de novembro de 1930) foi um geógrafo e meteorologista alemão proponente da teoria da deriva continental. Fonte: Wikipedia. Selo comemorativo, Groenlândia. 77 Antonio Snider-Pellegrini (1858) Evidências: o encaixe das linhas de costa 78 Evidências: geologia 79 Evidências: fósseis 80 Evidências: fósseis Evidência de glaciação em regiões situadas atualmente nos trópicos. 81 O que movia os continentes? Segundo Wegener: • Os continentes flutuavam sobre a crosta; • Os continentes se moviam pela ação das marés e em função da rotação da Terra. 82 Cadeia meso-atlântica Harry Hess Tectônica de placas 83 A idade máxima da crosta oceânicaé de 160 milhões de anos, enquanto a idade máxima da crosta continental é de 4.5 bilhões de anos. Por quê? Ilustração da crosta oceânica 84 Tectônica de placas Cadeia de montanhas submarinas, espalhamento do fundo oceânico e consumo das placas nas zonas de subducção (Arthur Holmes, Harry Hess e Robert Dietz). 85 Contribuição da Geofísica para entender a Terra Paleomagnetismo Esquema de magnetização das rochas do assoalho oceânico, que foi fundamental para a Teoria da tectônica de placas. 86 Padrão zebrado do assoalho oceânico 87 Idade do assoalho oceânico 88 Anomalias do assoalho oceânico (Vine e Mathews, 1964) Drummond Mathews e Fred Vine 89 Magnetização térmica (MRT) 90 Contribuição da Geofísica para entender a Terra Distribuição de terremotos no planeta Sismologia 91 Limites convergentes de placas (a) Choque entre uma placa oceânica com uma continental; (b) Choque entre duas placas oceânicas; (c) Choque entre duas placas continentais; 92 Limites transformantes de placas Falha de San Andreas – EUA. 93 Limites divergentes de placas Ciclo de Wilson – Evolução da formação e fechamento de um oceano.
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