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Relatórios e avaliação ambiental nos projetos
9.7 Relatório ambiental preliminar 
9.7.1 Introdução
      para o projeto que possa causar significativo impacto ambiental, na análise do pedido de licença prévia (LP), poderá vir a ser exigido um documento chamado Relatório Ambiental Preliminar (RAP), a ser analisado pelo Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental (DAIA), da secretaria estadual do meio ambiente, quando então o projeto estará sujeito a uma licença prévia;
       o RAP possui conteúdo mais simples do que o EIA/RIMA, mas de igual forma avalia a atividade a ser desenvolvida e os impactos que causará;
       após a análise do RAP, o DAIA poderá opinar favoravelmente à expedição da licença prévia, ou exigir uma análise ambiental mais abrangente, através da apresentação do EIA/RIMA;
       o processo de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) através de EIA/RIMA envolve o preparo do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), sua discussão com o órgão licenciador, o atendimento a exigências adicionais, a realização de audiência pública e outros trâmites previstos pelas normas aplicáveis.
 9.7.2 Procedimentos segundo a resolução SMA 42/94
9.7.2.1 Procedimentos iniciais
        o interessado requer a Licença Prévia (LP) na Secretaria do Meio Ambiente/Departamento de Avaliação Ambiental (SMA/DAIA) com 3 vias do Relatório Ambiental Preliminar (RAP), conforme roteiro estabelecido, em papel e em meio digital, para as atividades previstas na RESOLUÇÃO CONAMA 001/86 e 237/97 acompanhado dos seguintes documentos: Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), certidão da prefeitura municipal relativa ao uso do solo, exame técnico do órgão ambiental municipal, e outros documentos específicos relacionados no roteiro de RAP;
       nos casos em que o projeto estiver relacionado à poluição, sujeita à licença da CETESB por força do decreto nº 8.468/76, o requerimento será dirigido à CETESB que o encaminhará à SMA, com as considerações preliminares que julgar pertinentes;
        O interessado publicará o pedido de licença no Diário Oficial do Estado (DOE), no primeiro caderno de jornal de grande circulação e em jornal local, e encaminhará cópia da publicação à SMA/DAIA;
        a partir da data da publicação do pedido de licença, qualquer interessado poderá manifestar-se, por escrito, através de petição dirigida à SMA,  no prazo de  30 dias contados da data da publicação;
        conforme a manifestação da sociedade a SMA/DAIA analisa o RAP e poderá convocar uma reunião técnico-informativa, mediante decisão fundamentada.
9.7.2.2 Plano de trabalho 
       vencida a 1ª etapa o SMA/DAIA publica a exigência do EIA/RIMA no DOE e dá prazo de 180 dias para apresentação do plano de trabalho em 02 (duas) vias, que deverá explicitar a metodologia e o conteúdo dos estudos necessários à avaliação de todos os impactos ambientais relevantes do projeto;
       com base na análise do plano de trabalho, do RAP e de outras informações constantes do processo, o DAIA definirá o Termo de Referência (TR), fixando o prazo para elaboração do EIA e RIMA e publicando sua decisão.
9.7.2.3 Revisão do EIA/RIMA 
       o DAIA, recebidos o EIA e RIMA, anunciará pela imprensa local a abertura do prazo de 45 (quarenta e cinco)  dias solicitação de audiência pública, nos termos do disposto na resolução nº 9/87, do CONAMA, e na deliberação nº 50/92, do CONSENSA.
9.7.2.4 Análise do projeto 
       EIA, com o termo de referência incluso, é apresentado em 6 vias em papel e, uma, em meio digital;
       RIMA em 17 vias em papel e uma em meio digital (deliberação CONSEMA 08/99, portaria CPRN 18/98);
       EIAs serão assim distribuídos: DAIA - 4, biblioteca SMA -1 e CONSEMA - 1;
       RIMAs serão assim distribuídos: DAIA - 1, câmaras técnicas envolvidas - 14, biblioteca SMA - 1, CONSEMA - 1;
       quando solicitados, os RIMAs deverão ser entregues pelo empreendedor: assembléia legislativa - 1, CONSEMA ou órgão ambiental municipal - 1;
       EIA e RIMA deverão ser necessariamente acompanhados dos seguintes documentos: certidão da prefeitura municipal relativa ao uso do solo, exame técnico do órgão ambiental municipal e Anotação de Responsabilidade Técnica (ART);
       SMA/DAIA analisa o EIA e, quando necessário, solicita complementação e a seguir emite parecer técnico com as condições para a Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO);
       CONSEMA publica súmula no D.O.E. e encaminha cópias aos conselheiros, até 08 dias antes da reunião plenária subsequente. A análise do projeto será feita pelo plenário do CONSEMA quando avocada por ¼ de seus membros ou por deliberação  específica. Passada a reunião plenária citada no item 12, e não tendo sido avocada a análise do projeto, esta será feita pela câmara técnica pertinente;
       CONSEMA emite deliberação aprovando o projeto e encaminha à SMA/DAIA;
       SMA emite a licença prévia, fixando seu prazo de validade; publica no D.O.E;
       interessado requer a Licença de Instalação (LI);
       SMA/DAIA emite parecer técnico e encaminha cópia ao CONSEMA; emite licença de instalação com prazo de validade, publica no D.O.E;
       interessado requer a Licença de Operação (LO);
       SMA/DAIA emite parecer técnico e encaminha cópia ao CONSEMA; emite licença de operação com prazo de validade, publica no D.O.E;
       se o projeto for fonte de poluição sujeita a licença da CETESB, os procedimentos para emissão de LI e LF ficarão sob sua responsabilidade. LI e LO são comunicadas ao CONSEMA, somente nos casos de licenciamento com apresentação de EIA /RIMA.
9.7.2.5 Implantação de um projeto 
Todo projeto deverá passar pela Secretaria do Meio Ambiente, visando sua aprovação.
9.7.2.6 Quem compete licenciar 
        a Secretaria de Estado de Meio Ambiente - SMA é formalmente dotada da seguinte estrutura organizacional: Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA); gabinete (do secretário); Coordenadoria de Informações Técnicas, Documentação e Pesquisa Ambiental (CINP), constituída por: (a) instituto geológico; (b) instituto de botânica e (c) instituto florestal; fundação florestal; Coordenadoria de Educação Ambiental (CEAM); Coordenadoria de Planejamento Ambiental (CPLA); Coordenadoria de Comunicação (CCOM); Coordenadoria de Licenciamento Ambiental e Proteção de Recursos Naturais (CPRN), constituída por: (a) Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais (DEPRN); (b) Departamento do Uso do Solo Metropolitano (DUSM); (c) Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental (DAIA); (d) Grupo Técnico de Rodovias (GTR); Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB);
        muito embora alguns desses órgãos interajam no licenciamento de atividades no estado de São Paulo, de modo geral cabe à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) e aos departamentos da Coordenadoria de Licenciamento Ambiental e Proteção de Recursos Naturais (CPRN), através do DAIA, licenciar as atividades potencialmente poluentes, ou que impliquem em alguma intervenção na flora ou que, de qualquer forma, utilizem recursos naturais;
        excepcionalmente, quando a atividade vier a impactar também um estado vizinho, o licenciamento, em tese, competirá ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que é o órgão de licenciamento e de fiscalização ambiental de âmbito nacional.
9.7.2.7 Licença prévia
       a licença prévia insere-se no processo de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) do projeto, e é concedida na fase preliminar de planejamento da atividade, servindo para aprovar a sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental do projeto e estabelecendo os requisitos e as condicionantes básicas que estarão sendo exigidas nas fases subseqUentes do licenciamento;
       no estado de São Paulo a licença prévia é concedida através de Relatório Ambiental Preliminar (RAP) ou através de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental- EIA/RIMA, e tanto quanto o EIA/RIMA aplica-se apenas aos projetos com significativo potencial de impacto ao meio ambiente.
9.7.2.8 Licença de instalação
O pedido de licença de instalação se faz por meio dos seguintes documentos: formulário próprio da CETESB; comprovante de pagamento de taxa específica; procuração, quando o pedido não for formulado pelo próprio empreendedor; Memorial de Caracterização do Projeto (MCE) - geral; disposição física dos equipamentos (lay-out); plantas baixas, de corte e de fachadas; certidão da prefeitura, especificando as diretrizes de uso do solo e aprovando a instalação da empresa; certidão do órgão responsável pelo serviço de distribuição de água e coleta de esgotos; publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo e em um periódico, em que seja informado o ato de solicitação da licença de instalação.
9.7.2.9 Licença de funcionamento
      após a obtenção da licença de instalação autorizando a implantação do projeto, para que as atividades dos projetos de esgotamento sanitário possam ter início, será preciso, ainda, solicitar à CETESB a licença de funcionamento e somente após a sua expedição é que o projeto poderá efetivamente iniciar as suas atividades;
    O  pedido de licença de instalação se faz por meio dos seguintes documentos: formulário preenchido para fins de operação; comprovante do pagamento da taxa de expedição da licença; publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo, ou em um periódico, da solicitação da licença.
9.7.2.10 Sanções aplicáveis à ausência de licenças ambientais 
      lei nº 9605, de 12 de fevereiro de 1998 e a medida provisória nº 1.710-4 de 03/12/1998, dispõem sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências;
        capítulo II, e seus artigos determinam: a imposição e gradação da penalidade, a gravidade do fato, a multa a ser aplicada, pena privativa e as restrições de direito;
        capítulo III, define: a apreensão do produto e do instrumento de infração administrativa ou de crime;
        capítulo IV: define os procedimentos quanto a ação do processo penal;
       capítulo V: na seção I define as ações referentes aos crimes contra a fauna, seção II, dos crimes contra a flora: seção III, da poluição e outros crimes ambientais, seção IV, dos crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural e na seção V contra a administração ambiental, entre outros.
9.8 Avaliação ambiental nos projetos de arquitetura e engenharia 
9.8.1 Introdução 
Avaliação ambiental nos projetos; consiste na integração das políticas, programas, leis ambientais, em cada negócio ou atividade de uma empresa e como elemento de gestão em todas as suas funções.
       nenhum projeto deve ser iniciado sem que a empresa tenha em seu poder todas as vias originais das licenças e autorizações ambientais necessárias para tanto;
       todas as exigências contidas na LP deverão ser atendidas na fase de instalação, quando assim for exigido e desta forma a empresa deverá ter o conhecimento prévio de tais exigências, sendo corresponsável pelo seu atendimento.
9.8.2 Especificidade dos projetos 
      medidas ambientais (corretivas e mitigadoras), demandam projetos que visam a proteção da integridade física das áreas dos projetos e da qualidade ambiental de sua área de influência direta, e são entendidas como:
      medidas corretivas: tomadas para proceder a remoção do poluente do meio ambiente, bem como restaurar o ambiente que sofreu degradação resultante dessas medidas;
      medidas mitigadoras: destinadas a prevenir impactos negativos ou a reduzir sua magnitude, referentes à proteção e recuperação da qualidade ambiental das áreas de influência, exigem projetos ambientais específicos e podem incluir medidas de recuperação de áreas degradadas, referentes ao meio físico, biológico, antrópico, de recomposição paisagística e compensação vegetal, de proteção à fauna, de controle em áreas de mananciais, entre outros.
       neste item deverão ser explicadas as medidas que visam minimizar os impactos adversos identificados e quantificados, associadas aos projetos de engenharia e que fazem parte do conjunto de soluções exigidas pela aplicação da boa técnica no desenvolvimento dos projetos;
       devem fazer parte do projeto básico e do projeto executivo dos projetos, constar dos relatórios ambientais (RAP e EIA/RIMA) a fase do projeto em que deverão ser adotadas - planejamento, prazo de permanência de suas aplicações, implantação, operação e desativação, e seus custos devem ser incluídos no orçamento do projeto;
       nos projetos ambientais, as medidas mitigadoras devem ser detalhadas, especificadas e orçadas, em um nível que garanta sua implementação e, na medida do possível, devem ser integradas e incorporadas aos itens de projeto de engenharia convencional dos projetos permanentes e do projeto das obras temporárias (áreas de apoio).
 9.8.3 Vulnerabilidade ambiental
9.8.3.1 Área poluída
       uma área contaminada pode ser definida como uma área, local ou terreno onde há comprovadamente poluição ou contaminação causada pela introdução de quaisquer substâncias ou resíduos que nela tenham sido depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados de forma planejada, acidental ou até mesmo natural.
9.8.3.2 Localização 
       os poluentes ou contaminantes podem concentrar-se em subsuperfície nos diferentes compartimentos do ambiente, como por exemplo: no solo, nos sedimentos, nas rochas, nos materiais utilizados para aterrar os terrenos, nas águas subterrâneas ou, de uma forma geral, nas zonas não saturadas e saturadas, além de poderem concentrar-se nas paredes, nos pisos e nas estruturas de construções.
9.8.3.3 Propagação
      os poluentes ou contaminantes podem ser transportados a partir desses meios, propagando-se por diferentes vias, como o ar, o próprio solo e as águas subterrâneas e superficiais, alterando suas características naturais de qualidade e determinando impactos negativos e/ou riscos sobre os bens a proteger, localizados na própria área ou em seus arredores.
Segundo a política nacional do meio ambiente (lei 6.938/81), são considerados bens a proteger a saúde e o bem-estar da população, a fauna e a flora, a qualidade do solo, das águas e do ar, os interesses de proteção à natureza/paisagem, a ordenação territorial e o planejamento regional e urbano, bem como a segurança e a ordem pública.
9.8.4 Incorporação das medidas mitigadoras aos projetos 
9.8.4.1 Projeto paisagístico e recomposição vegetal 
9.8.4.1.1 Introdução 
Projeto paisagístico é parte do conjunto dos projetos correspondentes a sua finalização e implementação, devendo propiciar inserção do projeto na paisagem e parâmetros para o tratamento paisagístico. O projeto deverá ser apreciado pelos órgãos ambientais competentes (DAIA/DEPRN).
9.8.4.1.2 Inserção 
A inserção do projeto na paisagem que a envolve requer a eliminação dos impactos provenientes da implantação dos projetos e das áreas de apoio utilizadas, bem como  proteção/isolamento entre o projeto e as várias tipologias de ocupação limítrofes, sejam ambientes naturais ou áreas de uso antrópico.
9.8.4.1.3 Parâmetros
Os parâmetros para o tratamento paisagístico e para a seleção e localização das espécies vegetais a serem utilizadas em recomposição paisagística dos projetos de saneamento devem considerar:
       coerência no tratamento paisagístico;
       características ambientais e paisagísticas das regiões de inserção dos projetos;
       condições específicas de solo e de alteração da topografia original, acarretadas pela execução dos projetos;
       possibilidade de propiciar proteção contra vento, propagação de ruídos, odores indesejáveis e proteção de áreas de interesse específico;
       ampliação das áreas vegetadas, procurando dar continuidade às matas/capoeiras remanescentes no limite dafaixa de proteção de APP, propiciando condições para a recolonização espontânea da flora e da fauna terrestre afetadas pelos projetos.
9.8.4.2 Recuperação das áreas de apoio
       no projeto do canteiro de obras, alojamento, áreas de empréstimos, local de bota-fora, e outras interferências de execução do projeto, o projetista deverá levar em consideração a coordenação do trabalho, de forma a ordenar, combinar e harmonizar a sua execução;
       as medidas mitigadoras deverão respeitar as condições ambientais existentes e facilitar a sua posterior recuperação e reintegração à paisagem;
       deverão abordar, no mínimo, os seguintes pontos: utilização adequada das áreas que se encontram disponíveis, proximidade física das áreas do canteiro de obras com as áreas que dependem do evento a ser produzido, facilidade para percorrer as áreas de serviços, verificação das condições climáticas da região, aplicação da segurança dos trabalhadores, da proteção das vias públicas, das redes de energia elétrica, de águas pluviais, hidráulicas e telefônicas, e o convívio com a população local e com os sistemas ecológicos, tais como: afastamento mínimo em relação aos cursos d’água, inclinações de taludes, bermas de alívio, vegetação das áreas e plantios compensatórios.
9.8.5 Incorporação das medidas mitigadoras aos sistemas construtivos 
9.8.5.1 Canteiro de obras
9.8.5.1.1 Arranjo 
O local do canteiro de obras deverá ser aquele determinado na fase de estudo de concepção e aprovado no RAP pelo DAIA quando da obtenção da Licença Prévia (LP), com autorização emitida pelo DEPRN no caso de supressão de vegetação ou intervenção em APP. Estando o canteiro localizado em APM, deverá ter autorização do DUSM para sua instalação.
Caso o projeto esteja dispensado de licenciamento e não se enquadre em nenhuma das restrições acima, é de livre escolha da empresa o local de instalação do canteiro.
9.8.5.1.2 Principais precauções para a instalação do canteiro de obras
A instalação de canteiro de obras envolve os estudos de coordenação do trabalho e do planejamento, o arranjo geral nas frentes de serviços, o transporte interno, as centrais de armação, de carpintaria, de pré-moldados, as oficinas mecânicas preventivas, corretivas e industriais, as centrais de concreto, de asfalto, de britagem, a subestação de energia, as centrais compactas de tratamento de água, os sistemas de tratamento de esgoto e de efluentes, os sistema de drenagem, a equipe mecânica de manutenção, entre outros, sempre de acordo com as dimensões dos projetos.
A implantação do canteiro de obras também deverá obedecer às seguintes condicionantes:
        aprovação e licenciamento pela CETESB e prefeitura municipal envolvida;
        disponibilidade de água potável da rede pública, poço simples, semi-artesiano, artesiano e industrial, e também obtida em rios, lagos, represas e baías, desde que não sejam poluídas,  em quantidade adequada ao número de funcionários e ao porte do projeto;
        localização das instalações que definem a seleção do plano mais conveniente, afastadas das áreas insalubres naturais onde proliferam mosquitos e outros vetores;
        o destino sanitário das águas servidas e dos fluentes sólidos exige atenção especial, tendo em vista o problema a ser evitado de contaminação direta ou indireta da população vizinha, podendo tornar crítica a execução de um projeto;
        para os projetos de grande porte, deve-se instalar uma estação de tratamento de esgotos e efluentes sólidos, que possa garantir ao máximo as cargas poluidoras. Para projetos de menor porte, as fossas sépticas instaladas devem estar a uma distância segura de poços de abastecimento de água e talvegues naturais, devendo-se evitar mau cheiro e fatos desagradáveis como desprendimento de gases, etc. Em todas as frentes de trabalho deve-se instalar banheiros químicos;
        as áreas utilizadas deverão ser drenadas adequadamente, evitando-se a destruição das vias de acesso e a formação de poças, promovendo a proteção das áreas das centrais de concreto, armação, oficinas mecânicas entre outras, evitando-se erosões e interrupções das frentes de trabalho;
        as áreas utilizadas deverão ser desmatadas de forma selecionada, limpas de solo vegetal, e o material estocado em áreas selecionadas, devendo ser reincorporada a área ocupada após a desmobilização do canteiro, visando uma recuperação do solo original e da vegetação eliminada;
        os equipamentos instalados serão providos de filtros de pó e de dispositivos de absorção de ruídos para proteção aos trabalhadores e a terceiros.
9.8.5.1.3 Desmobilização do canteiro de obras
O projeto de recuperação deverá ser aprovado pelo órgão ambiental correspondente.
9.8.5.1.4 Serviços de demolição 
A recuperação do uso das áreas de instalações do canteiro de obras na primeira etapa, corresponde ao trabalho de demolição, remoção de entulho, e os serviços de terraplenagem, com reconformação da área e restabelecimento da aparência e do uso original da respectiva área.
9.8.5.1.5 Serviços de recuperação das áreas degradadas 
A execução do uso original das áreas afetadas deverá ser realizada de acordo com o projeto e compõe-se de:
       terraplanagem para conformação do terreno, cujos serviços deverão ser executados de tal forma que as superfícies resultem isentas de depressões ou valas, de modo a oferecer condições adequadas de escoamento para as águas superficiais. Os solos soltos deverão ser adensados, os taludes deverão ser regularizados e ter inclinação compatível com o tipo de solo e não deverão ser permitidas arestas vivas nas cristas;
       a remoção de entulhos, envolvendo demolição, carga, transporte e descarga do material em áreas previamente escolhidas.
       a recuperação do solo propriamente dito da área utilizada, do seguinte modo:
      retirada e empilhamento da camada orgânica proveniente das operações de limpeza para a terraplanagem, ou do preparo das áreas a serem utilizadas nos canteiros;
      carga do material, transporte e descarga;
      empilhamento de estocagem;
      carga, transporte e descarga de material orgânico estocado conforme itens acima;
      espalhamento do material sobre a área previamente gradeada, com espessura mínima de 15 cm;
      incorporação do material, misturando os solos com o uso das grades de discos;
      plantio de gramíneas e/ou plantio de mudas de árvores;
      executar o plantio de gramíneas em taludes, concomitante à execução dos cortes e aterros, minimizando o tempo de exposição dos mesmos à ação das chuvas;
    executar o abastecimento de máquinas e equipamentos de maneira cuidadosa, evitando o vazamento de combustíveis, óleos e graxas;
    estabelecer locais pré-determinados para o estacionamento de máquinas e equipamentos no final da jornada, minimizando, desta maneira, os possíveis pontos de contaminação do solo e água.
9.8.5.2 Equipamentos dos sistemas construtivos 
9.8.5.2.1 Usina de asfalto ]
A produção do material asfalto exige cuidados especiais, ou seja, uma quantidade bastante elevada de material pulverulento deve ser controlada, e as medidas de proteção ambiental e controle de poluição são as seguintes:
      plano de localização: estradas adequadas ao tráfego dos veículos, menor número de interferências na população local;
      localização dos equipamentos de instalações: posicionamento adequado em relação à topografia do terreno e do ciclo operacional;
      controle de produção: condições topográficas do terreno, direção dos ventos, condições meteorológicas, entre outros;
      aspersão de água constante por redes: nas pilhas de estoque intermediários, produto final e rejeitos, sobre correias transportadoras de materiais;
      estação de tratamento de água - instalar uma central de recuperação de água vindo da aspersão, produção de areia e águas de chuva, evitando-se a poluição do solo e de riachos existentes na região;
      a estação devolve ao circuito das águas, sem impurezas,as águas contaminadas com pó de pedra e outros agentes agressivos;
      aspersão de água com carros pipa - nas estradas de acesso à usina, nos acessos junta as pilhas de estoque dos materiais e até na saída dos veículos do local onde se produz o material asfáltico;
      drenagem - cuidados especiais devem ser tomados na recuperação das águas pluviais e provenientes da aspersão que devem ser encaminhadas para a estação de tratamento de água;
      confinamento dos rejeitos - deve-se estudar uma forma de deposição ordenada dos rejeitos, espalhamento e compactação e forma de sua utilização, por exemplo: incorporação do rejeito como finos da areia;
      sistema de iluminação - normalmente os caminhões transportadores de material pronto para ser comercializado em praças cada vez mais distantes necessitam ser carregados durante a madrugada, portanto com operações mais cuidadosas e que precisam de iluminação adequada;
      segurança dos trabalhadores - proteção especial na usina de preparo do asfalto e cuidados especiais com relação ao material pulverulento e ao ruído produzido;
      filtros de controle da fumaça pulverulenta.
A Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Paraná, na definição de critérios de qualidade do ar, tem:
      Artigo 37 - Para as atividades de produção de asfalto ficam estabelecidos os seguintes critérios:
a)  não será permitida a emissão de material particulado total para a atmosfera proveniente do sistema de remoção de material particulado total, em concentração superior a 90 mg/nm3, para condições referenciais de O2: 17%;
b)  semestralmente deve ser efetuada uma amostragem da emissão de material particulado total para condições de operação típica da usina;
c)  as emissões visíveis não poderão apresentar uma densidade colorimétrica superior a 20% equivalente ao padrão 1 da escala Ringelmann;
d)  deve ser mantida uma pressão negativa no secador rotativo, enquanto a usina estiver em operação;
e)  no misturador, os silos de agregados quentes e as peneiras classificatórias devem ser dotadas de sistema de remoção de material particulado;
f)   a altura da chaminé não pode ser inferior a 12 metros;
g)  o teor de enxofre do combustível não pode ultrapassar 1% por peso;
h)  devem ser fechados os silos de estocagem de massa asfáltica;
i)   deve ser enclausurada a correia transportadora de agregados frios;
j)   em função da localização pode ser exigida a pavimentação das vias de acesso e das vias internas, em instalações fixas;
k)  deve ser implantada uma cortina vegetal no entorno da usina, em instalações fixas.
Parágrafo Primeiro: Para unidades móveis devem ser atendidos, no mínimo, os critérios a), b), c) e g) sendo que os critérios restantes poderão ser dispensados quando operadas à uma distância mínima de 500 metros de áreas habitadas.
Parágrafo Segundo: Para as atividades de produção de asfalto não se aplica o artigo 21 desta Resolução.
Parágrafo Terceiro: O parâmetro densidade colorimétrica não será exigido como parte obrigatória do relatório de automonitoramento das emissões atmosféricas.
9.8.5.2.2 Central de britagem
9.8.5.2.2.1 Ações mitigadoras 
O estudo sistemático da atividade de produção do material britado em várias granulometrias e seu rejeito exigem pilhas intermediárias  de estoque, para atender os alimentadores e britadores, ou seja, uma quantidade bastante elevada de material pulverulento.
Cuidados especiais devem ser tomados na extração por explosivos do material que deve ser britado.
As medidas de proteção ambiental e controle de poluição são as seguintes:
      plano de ataque na exploração da jazida: realização de sondagens, estradas com inclinação adequada ao tráfego dos veículos, estudos de bancadas de altura adequada, decapagem realizada no momento oportuno;
      localização dos equipamentos de britagem: posicionamento adequado com relação à topografia do terreno e do ciclo operacional;
      controle de detonação:  elaboração de plano de fogo que leva em consideração as condições topográficas do terreno, a direção dos ventos, as condições meteorológicas, as reduções do número de detonações, o menor consumo de explosivos e a melhor hora para detonação;
      aspersão de água constante por redes: nos processos de perfuração das rochas, britagem primária, secundária e peneiramento dos materiais britados, nas pilhas de estoque intermediários, produto final e rejeitos, sobre correias transportadoras de materiais;
      estação de tratamento de água: instalar uma central de recuperação de água vinda da aspersão, produção de areia e águas de chuva, evitando-se a poluição do solo e de riachos existentes na região. A estação devolve ao circuito das águas, sem impurezas, as águas contaminadas com pó de pedra e outros agentes agressivos. Este processo consiste na determinação de grades, peneiras, caixas de areia, tanques de decantação, filtros, flotação, entre outros, finalmente o lodo contaminado é transportado para um lugar apropriado;
      aspersão de água por carros pipa - nas estradas de acesso à jazida, nos acessos junta as pilhas de estoque dos materiais e até na saída dos veículos do local onde se produz o material britado;
      proteção contra erosão eólica: proteção com cobertura vegetal em áreas decapatadas, aspersão de água, ou mesmo cobertura com lonas;
      drenagem - cuidados especiais devem ser tomados na recuperação das águas pluviais e das provenientes da aspersão, que devem ser encaminhadas para a estação de tratamento de água;
      erosão - deve-se dar atenção para que não haja início ao processo de erosão tanto na região da jazida como junto as estradas de acesso;
      depósitos de explosivos - devem estar localizados em regiões seguras e com controle de estoques rigoroso;
      confinamento dos rejeitos - deve-se estudar uma forma de deposição ordenada dos rejeitos, espalhamento e compactação, bem como a forma de sua utilização, por exemplo: incorporação do rejeito como finos da areia;
      sistema de iluminação - normalmente os caminhões transportadores de material pronto para ser comercializado em praças cada vez mais distantes necessitam ser carregados durante a madrugada, portanto com operações mais cuidadosas, que precisam de iluminação adequada;
      avaliação dos riscos geodinâmicos: consiste num exame sistemático da forma de como se está explorando a jazida, estradas de acesso, sua declividade e cuidados especiais relacionados a possíveis deslizamentos do terreno;
      segurança dos trabalhadores: proteção especial na praça de exploração e detonação, e também  na central de britagem, com cuidados especiais em relação ao material pulverulento e ao ruído produzido principalmente pelos britadores.
9.8.5.2.2.2 Fluxograma: central de britagem [-]
9.8.5.2.3 Central de concreto
Inicialmente deve-se estudar em detalhes o nível de produção dos serviços necessários a obtenção do concreto, e:
      estudo detalhado dos principais movimentos, evitando-se perdas desnecessárias de maneira a se obter maior eficiência dos equipamentos e como consequência uma menor agressão ao meio ambiente;
       abastecimento dos suprimentos de forma adequada, principalmente o cimento e os materiais areia e brita;
        aspersão de água,  nas estradas de acesso à central de concreto, nos acessos junta as pilhas de estoque dos materiais e até na saída dos veículos do local onde se produz o concreto;
       drenagem - cuidados especiais devem ser tomados na recuperação das águas pluviais e das provenientes da aspersão, que devem ser encaminhadas para a estação de tratamento de água;
        estação de tratamento de água - instalar uma central de recuperação de água vinda da aspersão, produção de areia e águas de chuva, evitando-se a poluição do solo e de riachos existentes na região;
        a estação devolve ao circuito das águas, sem impurezas, as águas contaminadas com pó de pedra e outros agentes agressivos.Este processo consiste na determinação de grades, peneiras, caixasde areia, tanques de decantação, filtros, flotação, entre outros, e finalmente o lodo contaminado é transportado para um lugar apropriado.
9.8.5.3 Sistemas antipoluentes 
9.8.5.3.1 Sistemas de tratamento de esgoto
       a implantação de sistemas de tratamento de esgotos visa eliminar aspectos desagradáveis causados pelo lançamento de esgotos no corpo receptor, ou no solo, vindo posteriormente a contaminar o lençol freático;
       estas práticas contribuem para a diminuição das incidências de doenças adquiridas com as águas, que serviram de corpo receptor para lançamento de esgotos não tratados dos canteiros de obras;
       manuais básicos de saneamento ambiental recomendam a implantação de fossas sépticas quando o número de funcionários não ultrapassar dez indivíduos. a fossa séptica é uma caixa de dimensões apropriadas que detém os esgotos domésticos por um período de tempo suficiente, de modo a permitir a sedimentação dos sólidos, a retenção das gorduras e a redução do volume da matéria orgânica do esgoto pela ação das bactérias anaeróbias;
       para que a fossa funcione de modo satisfatório e para alcançar o resultado esperado, é fundamental a eficiência da limpeza que deverá ser realizada constantemente. A limpeza da fossa deverá ser realizada mecanicamente através de um caminhão-vácuo que fará a sucção do material sedimentado por meio de uma mangueira introduzida no tubo de limpeza. O lodo retirado da fossa deve ser encaminhado a uma estação de tratamento de efluentes domésticos;
       outra técnica que poderá ser empregada são as privadas secas ou privadas higiênicas, que consistem em uma escavação aberta no solo, devidamente protegida, com dimensões variáveis. Geralmente tm forma cilíndrica, com 0,9 m de diâmetro e seção quadrada com aproximadamente 0,9 m de lado;
       a profundidade varia com as características do solo, o nível do lençol freático,  etc., recomendando-se valores em torno de 2,5 m. A sua profundidade deve ser tal que o fundo esteja a uma distância mínima de 1,5 m acima do lençol freático;
       mais recomendada, a privada química consiste em um tanque metálico, contendo uma solução de soda cáustica e um assento instalado diretamente sobre o tanque. O sistema exige ventilação, obtida por tubo ventilador, que se prolonga acima do telhado. Pela ação desinfetante (1kg de soda cáustica em 50 litros de água) os excretas são desinfetados e o material sólido é liquefeito. Sistematicamente este material pode ser disposto no solo.
9.8.5.3.2 Sistema de água industrial 
Denomina-se água industrial aquela utilizada em serviço que não seja necessário tratamento, normalmente é obtida através de bombeamento de água do rio e tem as seguintes aplicações: pré lavagem na central de britagem, refrigeração das pilhas de agregados, lavagem de equipamentos, lavador de caçambas, limpeza grossa das fundações, irrigação de jazidas, etc.
9.8.5.3.3 Sistema de tratamento de água]
9.8.5.3.4 Energia elétrica [-]
9.8.5.3.5 Drenagem [-]
9.8.5.3.6 Ar comprimido [-]
9.8.5.3.7 Sistema de tratamento de águas servidas 
9.8.5.3.8 Coleta de lixo 
O dimensionamento da coleta está ligado à estimativa dos recursos necessários e ao modo do serviço executado. Programar e dimensionar são tarefas necessárias, quando se detecta a necessidade de reformular os serviços existentes e quando se planeja ampliações para locais não atendidos. Fatores que influenciam a produção de lixo no projeto:
         variações da economia e tamanho do projeto;
         número de operários nas diversas etapas do projeto;
         vulnerabilidade ambiental da região;
         tipo de resíduo gerado;
         aspectos sazonais;
         composição de funcionários residentes no município ou originários de outras regiões;
         aspectos climáticos;
         peso dos resíduos em função de seu volume ocupado.
Serviços de Coleta: pode-se estimar a quantidade dos serviços de coleta através de:
         estimativa da quantidade de resíduos a ser coletado;
         definição das frequências de coleta;
         dimensionamento da frota dos serviços.
Definição das Etapas: pode-se estimar a quantidade de resíduos coletados através do monitoramento da coleta, de duas maneiras:
         monitoramento seletivo por amostragem;
         monitoramento da totalidade do serviço existente.
9.8.5.3.9 Entulho (resíduos) de obra – resolução 307 da CONAMA 
Cuidados especiais deverão ser tomados, devido ao excesso de material produzido pelas perdas, principalmente por não possuirmos, ainda, normas rígidas que especificam a qualidade dos materiais de construção.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) estabelece, através da resolução 307, de 05 de julho de 2002 e que passa a vigorar a partir de janeiro de 2003, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais, considerando que: são depositados em locais inadequados gerando degradação; significam um grande percentual dos resíduos sólidos; são provenientes entre outros, de reformas, reparos, demolições, remoção de vegetação e escavação de solos, sistemas construtivos inadequados, e com viabilidade técnica e econômica de produção que possam gerar benefícios de ordem social, econômica e ambiental.
Em seu art 2º define-se o gerenciamento de resíduos que visa reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para desenvolver e implementar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas em programas e planos municipais.
O Estado de São Paulo tem a resolução 41 de 17/10/2002, da Secretária do Meio Ambiente, que define procedimentos para o licenciamento dos aterros de resíduos da construção civil em função do porte e dá prazo para enquadramento das áreas já existentes.
A Prefeitura de São Paulo acaba de aceitar produtos recicláveis, obedecidas as condições técnica e de preços, de forma a dar os primeiros passos para a industrialização dos resíduos provenientes da construção civil, como por exemplo, fundação de agregado reciclado, base de agregado reciclado, reforço de subleito, lastro de agregado e dreno de agregado reciclado graúdo.
No art 8º, parágrafo 2º, estabelece que o projeto de gerenciamento de resíduos da construção civil de atividades e empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental deverá ser analisado dentro do processo de licenciamento, junto ao órgão ambiental competente.
9.8.5.3.10 Áreas de apoio
       a localização das áreas de apoio (áreas de jazidas, empréstimo e bota-fora) deverá ser conforme o determinado na fase de estudo de concepção e aprovado no RAP pelo DAIA. Quando da obtenção da Licença Prévia (LP), deverá obter autorização emitida pelo DEPRN no caso de supressão de vegetação ou intervenção em APP, estando estas áreas localizadas em APM, devendo ter autorização do DUSM para sua instalação;
       após a concessão da Licença de Instalação (LI) para o projeto, deverão ser obtidas, quando necessário, as autorizações e licenças específicas para todas as áreas de apoio e instalações inseridas nessas áreas, anteriormente à efetiva instalação e/ou uso dessas unidades de apoio;
       Quando da apresentação dos pedidos de licenciamento/autorização das áreas de apoio, devem constar da documentação técnica a ser fornecida os planos de utilização, compreendendo as formas de exploração (áreas de empréstimo) e deposição (bota-fora), as medidas de caráter preventivo (como por exemplo, drenagens temporárias, durante o período de utilização), a forma final da área com todos os dispositivos necessários para a sua conservação e manutenção da qualidade ambiental (sistema de drenagem superficial, revestimento vegetal, estruturas de contenção) e, eventualmente, o seu uso sequencial, devendo o pedido ser anexado ao plano de recuperação da área;
       no caso da necessidade de intervenção emáreas legalmente protegidas, como as de preservação permanente, ou de qualquer área sob restrição ambiental, é obrigatória a apresentação de justificativas, devidamente fundamentadas, com as respectivas medidas compensatórias propostas, para avaliação pelas autoridades ambientais competentes;
       todas as áreas de apoio relacionadas à implantação de projetos de saneamento, quando não constantes da licença prévia (RAP e/ou EIA/RIMA), devem contar com regularização ambiental anteriormente à sua implantação, e deverá ocorrer sua total recuperação para a obtenção da Licença de Operação (LO);
       destaca-se que a total recuperação ambiental das denominadas áreas de apoio é condicionante para a emissão da  Licença de Operação (LO), e cabe lembrar, também, que as áreas autorizadas poderão ser utilizadas exclusivamente para as finalidades previstas, como apoio aos projetos, sendo que qualquer outro uso deverá ser objeto de autorização específica;
       durante a utilização das áreas de apoio, deve-se acompanhar a implantação, utilização e, finalmente, a execução das medidas de recuperação ambiental, para assegurar o cumprimento das diretrizes e recomendações propostas e permitir eventuais ajustes e adaptações em relação aos planos originais, e cada uma das áreas utilizadas deve apresentar, após sua recuperação, uma configuração geométrica e uma cobertura vegetal que a harmonize com o seu entorno, ou que seja a mais adequada para o seu uso futuro.
9.8.5.3.11 Desvios e tráfego 
Consistem na utilização de vias e/ou acessos existentes necessários à execução do projeto, mediante aprovação da fiscalização, que são:
       sinalização - as vias públicas percorridas pelos equipamentos terão uma sinalização de projeto eficiente, para permitir um tráfego seguro e que possibilite proteção aos pedestres e motoristas, priorizando o controle de velocidade;
       capacidade - o carregamento dos veículos e equipamentos transportadores deverá obedecer a capacidade dos mesmos, não podendo excedê-la sob nenhuma justificativa;
       clima - a lama formada na época das chuvas deverá ser retirada e depositada em locais que não ofereçam perigo nem prejudiquem a preservação ambiental;
       manutenção - os veículos pesados deverão ser verificados frequentemente, sofrendo intervenções relacionadas à manutenção preventiva, corretiva e industrial;
       material pulverulento - os trechos poeirentos deverão ser frequentemente irrigados, principalmente nas passagens por áreas habitadas;
       proteção dos equipamentos - nas áreas urbanas, o transporte de material terroso ou granular e de misturas asfálticas deverá ser feito exclusivamente com a báscula coberta com lonas;
       trabalho noturno - deverá ser evitado nas áreas habitadas, a menos que haja liberação através de uma justificativa, comprovando sua real necessidade. Nestes casos, a sinalização para a proteção dos operadores e usuários deverá ser abundante e ostensiva.
9.8.5.3.12 Exploração de materiais de construção 
       a exploração de materiais de construção (areia, solos, seixo rocha) tem causado consideráveis perdas ao meio ambiente em consequência da condução predatória das escavações e da falta de recuperação das áreas utilizadas;
       os empréstimos de terra têm sido escolhidos de modo que a exploração tenha um custo reduzido de transporte, chegando-se ao extremo das construções projetadas pelo método do "bota-dentro", 
onde os tratores escavam o terreno natural perpendicularmente ao projeto, acumulando o material sobre a plataforma projetada.
Esse método construtivo cria uma série imensa de "piscinas" ao longo das áreas de projeto, tanto a jusante como a montante delas, gerando dois problemas:
       ambiente favorável à proliferação de vetores de doenças graves (mosquitos, etc.);
       taludes altos, compostos pela soma das alturas do aterro construído e da caixa de empréstimo explorada. A interligação das caixas de empréstimo construídas deste modo tem sido prática comum na mitigação dos efeitos sobre a drenagem. Contudo, deve-se ter muita atenção com os volumes d'água que se acumulam e com a velocidade que o escoamento pode atingir.
Deverão ser observadas as seguintes etapas:
       início dos trabalhos - quando da execução dos serviços de desmatamento e limpeza do terreno, será providenciada a estocagem do solo orgânico em áreas livres da ação das águas pluviais;
       durante as escavações - evitar carreamento e assoreamento nas áreas circunvizinhas, através da implantação de um sistema de drenagem superficial provisória, assim como a execução de taludes íngremes, sujeitos a escorregamentos, e formação de depressões no terreno, que possam servir como depósito de águas;
       final dos trabalhos - executar a recuperação da área, reincorporando o material orgânico previamente estocado à superfície resultante das atividades exploratórias, obedecendo as seguintes etapas:
  escarificação da área;
  espalhamento do solo orgânico;
  gradeamento para homogeneização dos solos;
  plantio de espécies definidas em projeto;
  acompanhamento e manutenção.
9.8.5.3.13 Segurança do trabalho
As medidas relativas à segurança do trabalho consistem em diminuir os riscos de acidentes para usuários e demais pessoas que se encontrem nos projetos ou imediações, na fase de implantação do projeto.
Com relação aos trabalhadores empregados nos projetos são apresentadas as seguintes recomendações, específicas do programa de condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção:
         equipamentos de proteção individual;
         armazenagem e estocagem de materiais;
         transporte de trabalhadores em veículos automotores;
         proteção contra incêndio;
         sinalização de segurança;
         treinamento;
         ordem e limpeza;
         tapumes e galerias;
         acidente fatal;
         dados estatísticos;
         Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) nas empresas da indústria da construção;
         comitês permanentes sobre condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção;
         Recomendações Técnicas de Procedimentos (RTP);
         disposições gerais;
         disposições finais;
         disposições transitórias.
9.8.5.3.14 Termo de encerramento e devolução das áreas de apoio
Após a utilização de cada área de apoio, e devidamente comprovada a sua recuperação ambiental em vistoria pelos técnicos dos órgãos ambientais competentes, deve-se providenciar a formalização do encerramento de uso da área, referente à autorização emitida pelo órgão ambiental.
Deve-se destacar que a responsabilidade da SABESP, quanto à degradação ambiental nas áreas situadas dentro da área do projeto, não cessa. E no caso do projeto contratado, a responsabilidade da empresa só cessa quando for assinado pela SABESP o termo de recebimento definitivo dos serviços executados.
As áreas de apoio fora da área do projeto, após sua utilização e posterior recuperação ambiental devidamente comprovada em vistoria pelos técnicos dos órgãos ambientais competentes, devem ser formalmente devolvidas aos seus titulares, através de um “termo de encerramento e devolução”, cessando as responsabilidades da SABESP quanto a eventuais degradações ambientais posteriores.
9.9 Desenvolvimento de um projeto de interdependência com o meio ambiente
9.9.1 Introdução
9.9.2 Fluxograma: atividades para a implantação de um projeto 
9.9.3 Fluxograma: atividades de licenciamento 
9.9.4 Licenciamento com avaliação de impacto ambiental - fonte de poluição - decreto 47.397 - 2002 
9.10.2 Várzea do Rio Tietê [-]
9.10.2.1 Localização e área de abrangência [-]
       Municípios de Salesópolis, Biritiba-Mirim, Mogi das Cruzes, Suzano, Poá, Itaquaquecetuba, Guarulhos, São Paulo, Osasco, Barueri, Carapicuíba e Santana de Parnaíba;
        Área de 7.400 ha.
9.10.2.2APA - várzea do Rio Tietê [-]
       Criação da Lei Estadual n° 5.598, de 6 de janeiro de 1987;
       Regulamentação do Decreto n° 42.837, de 3 de fevereiro de 1998;
      Corresponde a uma extensa faixa de várzeas que acompanha o rio Tietê, desde a Represa Ponte Nova, em Salesópolis, até a represa Edgard de Souza, em Santana de Parnaíba.
9.10.2.3 Atributos ambientais protegidos 
9.10.2.4 Zoneamento da várzea 
       Zona de vida silvestre:
destinada à proteção da Mata Atlântica e biota nativa; não são permitidas instalações e ampliação de atividades ou edificações, exceto de interesse social para recuperação ambiental;
       Zona de Cinturão Meândrico:
faixa da planície aluvial do Rio Tietê, onde ocorrem os transbordamentos do rio; não são permitidas instalações nem obras, exceto as de interesse social voltadas para o controle de enchentes;
      Zona de Uso Controlado:
outros territórios da APA fora da área de influência de enchentes; são permitidos usos compatíveis com o que dispuserem os Planos Diretores Municipais e as condições estipuladas em Decreto.
Ecoprodutos, construção sustentável
9.11 Ecoprodutos, produtos ecológicos, política nacional do meio ambiente e construção sustentável
9.11.1 Introdução 
9.11.2 Tipos de ecoprodutos
9.11.3 Planejamento técnico para a obtenção de um ecoproduto ]
9.11.4 Ciclo de vida completo de um ecoproduto [-]
9.11.4.1 Introdução [-]
9.11.4.2 Ciclo de vida para a obtenção de um ecoproduto 
9.11.4.3 Ciclo de vida para a utilização de um ecoproduto [-]
9.11.4.4 Ciclo de vida pós-utilização [-]
9.11.4.5 Interação do ciclo de vida do ecoproduto e o meio ambiente
 
9.11.5 Fluxograma: obtenção de um ecoproduto 
9.11.6 Conceituação da avaliação do ciclo de vida de um ecoproduto 
9.11.6.1 Introdução 
9.11.6.2 Avaliação do produto [-]
9.11.6.2.1 Primeiro estágio [-]
9.11.6.2.2 Segundo estágio [-]
9.11.6.2.3 Terceiro estágio [-]
9.11.6.2.4 Quarto estágio [-]
9.11.6.2.5 Quinto estágio [-]
9.11.6.3 Procedimentos para a avaliação do ciclo de vida de um ecoproduto
9.11.6.3.1 Objetivo da avaliação e inventário [-]
A elaboração do inventário leva ao conhecimento detalhado do processo de produção
      o inventário, por si só, permite a tomada de decisões sobre os investimentos necessários em determinadas partes do processo e a análise técnica para a escolha de soluções para os problemas determinados (reciclagem, reutilização, mudança de processo ou parte dele).
      definido o objetivo da avaliação é realizado um inventário que determina as emissões que ocorrem durante o ciclo e a quantidade de energia e matérias primas utilizadas.
9.11.6.3.2 Matriz de gestão ambiental 
       todo o pessoal está baseado inicialmente em seus grupos funcionais, e são coordenados por um gestor do produto (líder), apoiado por um grupo de pessoas, sendo um dependente de cada área funcional e encarregados de fazer as "ligações”.
9.11.6.3.3 Formalização dos processos [-]
         definições, procedimentos e documentação;
         estabelecer as rotinas operacionais;
         estabelecer os inter-relacionamentos entre as atividades;
         estabelecer responsabilidades pelas tarefas;
         determinar os procedimentos necessários;
         estabelecer a documentação necessária.
9.11.6.3.4 Abrangência 
     relacionamento com clientes e fornecedores;
     identificar e compreender as necessidades dos clientes;
     alcançar acordo sobre o desempenho dos macroprocessos e processos; estabelecer acordos com fornecedores.
9.11.6.3.5 Pontos de controle e indicadores de desempenho 
      localizar os pontos de controle das atividades críticas que possam comprometer a eficiência do processo ou o atendimento às necessidades dos clientes;
      identificação dos pontos de produção;
      estabelecer processos-chave;
      identificar pontos de produção de resíduos e sua destinação, as quantidades de material que circulam no sistema e as quantidades que deixam o sistema, determinar a poluição associada a uma unidade do sistema e identificar pontos críticos de desperdício de matéria prima ou de produção de resíduos;
     balanço de massa e energia.
   todos os fluxos de entrada devem corresponder a um fluxo de saída quantificada como produto, resíduo ou emissão.
      escolher indicadores de desempenho que monitorem os processos;
      considerar indicadores de eficiência e eficácia;
      avaliação periódica de desempenho.
     o facilitador dos macroprocessos deve avaliar (formalmente) que o processo é capaz de atender aos requisitos, objetivos e metas.
9.11.6.3.6 Resultados 
      os resultados da fase de inventário são apresentados em tabelas para realização da próxima fase, a avaliação do impacto.
9.11.6.3.7 Melhoria contínua 
         o aprimoramento nunca termina, é uma atividade contínua;
         o aperfeiçoamento é dirigido para a eficácia e eficiência;
         simplificação, redução do ciclo e prevenção de falhas são conceitos fundamentais;
         cada indivíduo da organização deve tomar-se um crítico do seu trabalho.
9.11.6.4 Qualidade, meio ambiente e controle tecnológico [-]
9.11.6.4.1 Introduçã]
O controle tecnológico tem por objetivo apresentar as diretrizes para o estabelecimento da qualidade a serem exigidas da empresa para atingir as metas de controle propostas pelas normas técnicas brasileiras e/ou internacionais relacionadas com a qualidade especifica do produto, assim como aquelas previstas para a proteção do meio ambiente e que nem sempre estão diretamente ligados ao produto.
Esses dados fazem parte do relatório de avaliação do impacto ambiental na obtenção do produto, e devem cobrir também as atividades de fornecedores externos à empresa.
9.11.6.4.2 Fluxograma: qualidade, meio ambiente e controle tecnológico [-]
9.11.7 Avaliação do impacto ambiental [-]
9.11.7.1 Objetivo [-]
      o objetivo da Avaliação do impacto do Ciclo de Vida é compreender e avaliar a magnitude e importância dos impactos ambientais baseados na análise do inventário;
      o mais importante efeito da aplicação da ACV é a minimização da magnitude da poluição (ar, água e solo, entre outros) causada por um determinado processo;
      a conservação de matérias primas não renováveis, como as fontes de energia, pode ser também o objetivo de uma avaliação, assim como a conservação de sistemas ecológicos em áreas sujeitas a um balanço de suprimentos delicados, como regiões onde a água é escassa;
      a produção de resíduos que pode representar uma perda de reservas e resultar em degradação do meio ambiente.
9.11.7.2 Sistemas de avaliação de um ecoproduto
      o impacto é avaliado por meio da utilização de fatores de impacto e fatores de peso;
      considerar as condições locais onde ocorre a emissão;
      estas condições devem ser incorporadas ao resultado da avaliação do impacto;
      apesar da análise extremamente detalhada, deve se tomada somente em termos genéricos;
      muitos estudos de ACV limitam-se a avaliações qualitativas que estabelecem escalas de dano para as substâncias;
      neste tipo de abordagem, estabelece-se o risco relativo com base na classificação dos impactos ambientais estabelecido, por exemplo, pela Science Advisory Committee da EPA em 1990;
      este tipo de abordagem é de mais simples aplicação e de mais utilidade quando se compara produtos ou processos;
      matriz de avaliação de produto ambientalmente responsável, com uma coluna para os estágios de vida e uma linha para aspectos ambientais considerados.
9.11.7.3 Matriz de avaliação
9.11.7.3.1 Quadro geral de uma matriz [-]
9.11.7.3.2 Fundamentos da matriz [-]
      por meio dos estágios listados na matriz, pode-se avaliar o produto, sua fabricação, embalagem, ambiente onde será utilizado e descarte, além de atribuir a cada elemento da matriz um número de 0 (o mais alto impacto, uma avaliação muito negativa) até 4 (o maisbaixo impacto, uma avaliação exemplar).
      em essência, o que se faz é produzir uma medida de mérito para representar o resultado estimado da análise de inventário convencional da ACV e estágios da análise de impacto.
       Para determinar o valor de cada elemento da matriz, aspectos a serem avaliados devem estabelecidos por meio de planilhas ou checklists (listas dos possíveis itens que devem ser avaliados).
       Um checklist que considera o elemento (1,1 – extração de recursos, escolha de material) da matriz (Tab. 1) pode incluir as seguintes questões:
    os materiais escolhidos são os menos tóxicos ou os mais ambientalmente preferíveis para a função a ser exercida?
    o projeto do produto minimiza o uso de materiais?
    o projeto de produto utiliza o máximo de materiais reciclados?
Um checklist que considera o elemento (3,2 – embalagem/transporte uso de energia) pode incluir as seguintes questões:
  a embalagem evita o uso de materiais que quando extraídos ou processados fazem uso intensivo de energia?
   os procedimentos para embalagem evitam atividades que consomem grande quantidade de energia?
   o planejamento da distribuição de produtos é feito de maneira a minimizar o uso de energia?
O processo aqui descrito é intencionalmente semi-qualitativo.
Este tipo de abordagem é de simples aplicação e útil quando se comparam produtos ou processos.
Assim que se obtém cada elemento da matriz, a medida de produto ambientalmente responsável é obtida pela soma dos mesmos e, como há 25 elementos na matriz, o valor máximo obtido é 100.
A abordagem de valores discretos de zero a quatro para cada elemento da matriz assume, implicitamente, que cada um deles tem igual importância.
Uma opção para melhorar razoavelmente a complexidade da avaliação é utilizar informações de impacto ambiental detalhadas para aplicar pesos aos elementos da matriz.
9.11.8 Avaliação do processo 
Para avaliar um processo, pode-se utilizar a matriz mostrada na tabela, substituindo-se os estágios de vida do produto pelos estágios de vida do processo: extração, implementação, operação, processos complementares, remanufatura, reciclagem e descarte.
O primeiro estágio em qualquer processo é o da extração de recursos naturais.
As atividades de extração são utilizadas para produzir os recursos consumidos durante o ciclo de vida do produto. Nessas considerações, deve-se preferir utilizar materiais reciclados em lugar dos materiais virgens, pois: (1)  evitam a destruição do ambiente causada na extração dos materiais virgens,  (2)  geralmente consomem menos energia na reciclagem do que a requerida para extração de materiais virgens, e  (3) evitam a construção de aterros ou outros sistemas de descarte.
Adicionalmente, a reciclagem produz menos resíduos sólidos, líquidos e gasosos do que a extração de material virgem.
O estágio de implementação é um item que trata do impacto ambiental que resulta da atividade necessária para implementar o processo. Inclui, principalmente, a manufatura e a instalação dos equipamentos e outros recursos necessários.
Um processo tem que ser pensado para ser ambientalmente responsável quando em operação. Idealmente, deve limitar o uso de materiais tóxicos, minimizar o consumo de energia, evitar ou minimizar a geração de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, e assegurar que qualquer resíduo eventualmente produzido poderá ser reaproveitado na economia.
Deve-se realizar esforços para direcionar processos secundários que gerem subprodutos que possam ser revendidos ou reutilizados ou que utilizem coprodutos de outros processos.
Em particular, deve-se evitar a geração de resíduos cuja toxidez se sobreponha à sua reciclagem ou descarte.
Da mesma forma, deve-se levar em consideração as etapas anteriores e posteriores a um determinado processo (processos complementares). Por exemplo, a escolha de um determinado processo determina as etapas complementares (como limpeza e lavagens). Os impactos ambientais causados por estas atividades complementares devem, também, ser considerados.
A obsolescência  do equipamento deverá ser considerada e, portanto, deve prever a reutilização de módulos (opção preferível) ou materiais.
O equipamento está sujeito às mesmas regras aplicadas a qualquer produto.
Da mesma forma que a matriz para produto, um checklist pode ser elaborado para avaliar cada elemento da matriz de avaliação de processos.
Por exemplo, considerando o elemento relativo a operação de processos versus a escolha de material, as seguintes questões podem ser elaboradas:
(i) o uso de materiais tóxicos é evitado ou minimizado?
(ii) o uso de materiais radioativos é evitado ou minimizado?
(iii) o processo projetado evita o uso de grandes quantidades de água?
No caso das implicações de processos complementares versus resíduos líquidos pode-se considerar:
(i) o uso solventes e óleos em processos complementares pode ser minimizado ou substituído?
(ii) há oportunidade de venda para os resíduos líquidos dos processos complementares?
(iii) é possível utilizar líquidos reciclados nos processos complementares?
Da mesma forma que a ACV pode ser usada como ferramenta para avaliar produtos e processos, também pode ser utilizada para avaliar as instalações de empresas ambientalmente responsáveis, considerando a seleção do local, seu desenvolvimento e infraestrutura, produtos e processos da atividade principal dos negócios e interações ambientais relacionadas às operações da empresa.
Na prática, as indústrias encontram grandes dificuldades para conseguir inventários detalhados do ciclo de vida, maiores ainda em relacionar os mesmos com uma análise de impacto defensável, e dificuldades enormes em transformar os resultados dos dois primeiros estágios da ACV em ações adequadas. Há várias razões para isto:
· Inventários de ciclo de vida abrangentes são onerosos e consomem muito tempo, em parte porque a aquisição de informações quantitativas pode exigir medições analíticas in-loco ou inspeções detalhadas de arquivos e registros.
· Muitas metodologias da ACV só são aplicáveis a um número limitado de produtos.
   Esta limitação nem sempre é prontamente reconhecida.
  Por exemplo, técnicas adequadas para avaliar xícaras e fraldas não são transferíveis para itens mais complexos como computadores.
  Há ainda falta de bancos de dados consistentes e falta de uma metodologia unificada, o que dificulta tanto a análise dos resultados como sua aceitação.
· Análises de impacto causam, inevitavelmente, controvérsia, em parte porque envolvem julgamento de valor na comparação e estimativa de diferentes impactos. Igualmente, indicações numéricas de impacto são, quase sempre, inaceitáveis como orientação adequada.
Comentários
Lidar com estes problemas, e ao mesmo tempo produzir análises de eficiência que sejam proveitosas aos formadores de opinião com os quais se deseja interagir, é uma tarefa difícil. Para se obter ferramentas eficientes de avaliação, um sistema deve ter as seguintes características:
· Permitir fazer comparações diretas entre produtos.
· Ser aplicável e consistente para diferentes equipes de avaliação.
· Abranger os estágios de ciclo de vida do produto ou processo, e também os aspectos ambientais relevantes definidos nos objetivos.
· Ser suficientemente simples para permitir avaliações relativamente rápidas e baratas. 
Com o crescente avanço tecnológico a Ecologia Industrial se torna, cada vez mais, objeto de estudo e reflexão no que diz respeito à sustentabilidade do planeta.
A ACV se apresenta como uma alternativa abrangente e eficaz para respaldar as tomadas de decisões no ambiente industrial contemporâneo, e a análise de sua eficiência um instrumento que promove as ações necessárias para a melhoria da relação indústria-ambiente.
9.12 Ecoprodutos - construção sustentável
9.12.1 Implementação de uma estratégia 
A implementação de uma estratégia corporativa de sustentabilidade ambiental poderia contemplar os seguintes passos:
      definir e adotar uma estratégia ambiental,incorporada à estratégia geral (sugere-se a inclusão desta dimensão no balanced scorecad - bsc);
      alinhar toda organização, em todos níveis, à estratégia;
      identificar e mensurar os efeitos ambientais, incluindo custos e benefícios em toda a atividade e ciclo de vida do produto e cadeia de valor;
      listar as atividades relacionado o consumo de recursos naturais e seus impactos ambientais positivos ou negativos;
      integrar todos os efeitos ambientais presentes e futuros (custos e benefícios) em todas as decisões, tais como desenvolvimento, custo, produção, distribuição, preço de venda, uso, pós-uso, investimentos de capital, etc.
      integrar as análises financeiras (custo/benefício, retorno, etc.) e de risco em todas avaliações e decisões ambientais;
      adotar um programa de incentivo e recompensas aos funcionários em função do desempenho ambiental;
      integrar os relatórios de análise de desempenho ambiental com os demais relatórios de desempenho estratégico;
      preparar e divulgar relatórios de desempenho a todo o público interno e externo;
      manter um acompanhamento sistemático em toda a empresa, em todos os níveis, dos efeitos das decisões em matéria ambiental de forma a atualizar as estratégias e manter o alinhamento, adequando-se ao cumprimento das metas ambientais.
      a inovação contínua em matéria ambiental deve ser incorporada a um programa geral de melhoria contínua.
9.12.2 Passos para a obra sustentável 
        planejamento sustentável da obra;
        aproveitamento passivo dos recursos naturais;
        eficiência energética;
        gestão e economia da água;
        gestão dos resíduos na edificação;
        qualidade do ar e do ambiente interior;
        conforto termo-acústico;
        uso racional de materiais;
        uso de produtos e tecnologias ambientalmente amigáveis.
9.12.3 Como identificar e classificar obras sustentáveis?
      é importante não apenas construir sustentavelmente, mas também comprovar que a obra de fato segue tais pressupostos;
      Trata-se de uma garantia para o cliente e para o mercado, além de ser uma maneira de se propagar com credibilidade e critérios o conceito de Construção Sustentável.
      já existem sistemas de classificação de construções sustentáveis em todo o mundo - mas ainda nenhum genuinamente brasileiro;
      Após avaliação da obra, e caso a mesma promova benefícios ambientais consistentes, tais sistemas certificam a construção.
9.12.4 Como garantir que minha obra seja sustentável?
      no caso de obras comerciais ou corporativas, pode-se recomendar a certificação da obra junto a uma das entidades com reconhecimento internacional, que operam no setor.
      para obras sustentáveis que não serão certificadas ou para edificações residenciais unifamiliares, recomendam-se os seguintes passos:
     solicitar do consultor ou responsável pela obra dados e laudos técnicos sobre todos os materiais, tecnologias, soluções e técnicas a serem aplicadas, atestando benefícios ambientais;
     solicitar aos responsáveis pela obra ou a uma assessoria planos de viabilidade ecológica e econômica da obra, apontando benefícios ecológicos, sociais e pay-back (retorno do investimento);
      solicitar dos responsáveis detalhes sobre o método construtivo empregado e seus benefícios ambientais, bem como justificativas técnicas desde o início do planejamento, com informações detalhadas sobre todas as ações adotadas.
       para se chegar à sustentabilidade da edificação:
     solicitar junto aos fabricantes e fornecedores de materiais diversos documentos comprovando o desempenho sustentável dos produtos e tecnologias fornecidos;
    manter contato com entidades que tenham know-how efetivo em ecoprodutos, tecnologias e soluções sustentáveis.
9.12.5 Planejamento sustentável 
Objetivos: o Planejamento Sustentável é a mais importante etapa da obra amiga do meio ambiente. A partir dele serão decididas todas as intervenções que poderão integrar a obra ao meio ambiente ou resultar em danos em curto, médio e longo prazos.
Pontos trabalhados:
análise da obra, do local e das informações pertinentes;
aplicação da Análise de Ciclo de Vida para determinação das diretrizes de projeto e escolha de materiais e tecnologias;
estudos de solo;
recomendações de projeto e intervenções;
recomendação de materiais e tecnologias; projeto de arquitetura e paisagismo sustentável;
planejamento geral e sustentável;
estudos de consumo de materiais e energia da edificação;
planejamento da logística de materiais e recursos em geral.
9.12.6 Aproveitamento passivo dos recursos naturais
Objetivos: aproveitar os recursos naturais que atuam diretamente sobre a obra – como sol, vento, vegetação –, para obter iluminação, conforto termo-acústico e climatização naturais.
9.12.7 Eficiência energética 
Objetivos: conservação e economia de energia; geração da própria energia consumida por fontes renováveis; controle de emissões eletromagnéticas; controle do calor gerado no ambiente construído e no entorno.
9.12.8 Gestão e economia da água 
Objetivos: reduzir e controlar o consumo de água fornecido pela concessionária ou obtido junto a fontes naturais (poços, poços artesianos, nascentes, outros); não contaminar a água e corpos receptores; aproveitar as fontes disponíveis; tratar águas cinzas e negras e reaproveitá-las na edificação; reduzir a necessidade de tratamento de efluentes pelo poder público; aproveitar parte da água pluvial disponível.
9.12.9 Gestão dos resíduos na edificação
Objetivos: criar área para disposição dos resíduos gerados pelos próprios moradores/usuários; reduzir geração de resíduos; reduzir emissão de resíduos orgânicos para processamento pelo Poder Público ou concessionárias; incentivar a reciclagem de resíduos secos ou úmidos.
9.12.10 Qualidade do ar e do ambiente interior 
Objetivos: criar um ambiente interior e exterior à obra saudável a todos os seres vivos; identificar poluentes internos na edificação (água, ar, temperatura, umidade, materiais); evitar ou controlar sua entrada e atuação nociva sobre a saúde e bem-estar dos indivíduos.
9.12.11 Conforto termoacústico 
Objetivos: promover sensação de bem-estar físico e psíquico quanto à temperatura e à sonoridade, por meio de recursos naturais, elementos de projeto, elementos de vedação, paisagismo, climatização e dispositivos eletrônicos e artificiais de baixo impacto ambiental.
9.12.12 Uso racional de materiais [-]
Objetivos: racionalizar o uso de materiais de construção tradicionais e prevenir o uso de produtos cuja fabricação e utilização acarretem problemas ao meio ambiente, ou aqueles que sejam suspeitos de afetar a saúde humana.
9.12.13 Uso de produtos e tecnologias ambientalmente amigáveis
      Objetivos: prever na obra o uso máximo de produtos e tecnologias amigas do meio ambiente que atendam os seguintes pontos:
   Ecologia – aplicação de materiais cuja produção e uso causem menor impacto sobre o meio ambiente e saúde humana, com preservação dos recursos naturais para as gerações futuras;
   Saúde e bem-estar – uso de materiais saudáveis, que não permitam a instalação e proliferação de fungos, bactérias e microrganismos, e contribuam para o conforto termo-acústico da edificação e para a sensação de bem-estar do morador/usuário;
    Economia – redução de despesas, racionalização de processos construtivos, menos desperdícios na obra e perdas; contribuir para o desenvolvimento sustentável da indústria da construção civil;
    Materiais e equipamentos para um edifício ecológico.
9.12.14 Exemplos de tecnologias ambientalmente amigáveis 
9.12.14.1 Edificação 
9.12.14.2 Mobiliário ecológico
9.12.14.3 Ecoplacas

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