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SEMINÁRIO: “As favelas da Região Metropolitana de Belo Horizonte: Desafios e Perspectivas” AUTORA: BERENICE MARTINS GUIMARÃES GRUPO: BRUNA VALADARES, EDUARDO GARDNER E MARINA BAZOLLI INTRODUÇÃO E METODOLOGIA • Circunstancias de produção: “Metrópole, desigualdades sócio espaciais e governança urbana: Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte” • O estudo segue duas vertentes 1. Trabalha a questão quanto Unidades Especiais Homogêneas Faveladas (UEHFAV) – Que são definidas a partir do censo demográfico. Enfoque principal: a caracterização e evolução sócio espacial das UEH faveladas no período de 80/91 2. evolução e características dessas áreas em relação à região metropolitana como um todo, não levando em questão desigualdade, como enfoca a primeira. É o resultado das preliminares de uma análise comparativa da situação das favelas na RMBH nos anos 80 a 91 e dessas em relação à Região com um todo (universo), analisando principalmente as características das moradias, acesso aos serviços de infra estrutura urbana e o perfil socioeconômico da População. • Objetivo: Explicitar os critérios utilizados para identificar os setores da favela na RMBH e seus desafios na realização das soluções. INTRODUÇÃO E METODOLOGIA • É limitada a oferta de dados, fazendo com que a sua coleta e conclusão seja imprecisa, muitas vezes mencionada no texto. • O dimensionamento da favela pela UEHFAV não é exato, uma vez que desconsidera regiões onde o número de moradias era insignificante, assim como aquelas que não constam apenas de moradias em situação faveladas, que são heterogêneas. PROBLEMATIZAÇÃO DA COLETA DE DADOS E DAS SOLUÇÕES ALCANÇADAS A IDENTIFICAÇÃO DO UNIVERSO DE FAVELAS NA RMBH Universo: total de indivíduos a serem analisados Amostra: Parte da população em que a pesquisa será aplicada • Para identificar as áreas faveladas nos anos 80 e 91 foram adotadas metodologias de pesquisa diferentes, uma vez que a disponibilização de mapas e informações sobre a região metropolitana de BH era escassa • Em 1980, havia favelas em apenas 3 municípios dos 14 mencionados no Censo até então: BH, Betim e Contagem • Em 1991, o Censo identificava favelas em 7 municípios dentre os 21 identificados nesse ano: BH, Betim, Contagem, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia e Vespasiano. (Embora os dados identificam “casas faveladas” em vários outros municípios da região em números até significativos). A IDENTIFICAÇÃO DO UNIVERSO DE FAVELAS NA RMBH • Ainda em 91, com a identificação das favelas em BH, Betim e Contagem, foi elaborada uma superposição com base nos mapas temáticos da região, dos quais se tem a mancha de ocupação das áreas das favelas, juntamente com o mapa de setores censitários, a identificação dos setores ocupados por favela, assim como cálculos do percentual de ocupação das casas faveladas de cada setor. • Os resultados foram comparados com os setores de favela identificados no censo, visando maior proximidade com a realidade. • Critério de seleção dos setores censitários de favela a serem analisados: Em BH: somente aqueles cuja ocupação estivesse acima de 90% de domicílios favelados em áreas de classe média/alta. Nas demais regiões, o critério adotado foi de 70%. Para Betim e contagem: 70%, uma vez que esse municípios não estão em áreas consideradas privilegiadas. Os demais municípios (Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luiza e Vespasiano) não se aplicou qualquer metodologia, foram considerados apenas os dados apresentados pelo Censo Demográfico. A IDENTIFICAÇÃO DO UNIVERSO DE FAVELAS NA RMBH • Em 1980, só foi possível adotar esse método em belo horizonte, por ser o único município que tinha informações disponíveis na prefeitura municipal, sendo por fim o único a dispor de “mapa de favela” para o ano em questão. • Para Betim e contagem, foram considerados os critérios e dados já adotados pelo Censo Demográfico, além de um prévio conhecimento na favela da Fiat, afim de se chegar a uma realidade mais próxima. DISPONIBILIDADE E TRATAMENTO DOS DADOS • O Censo Demográfico de 1980 não possui código de identificação de setores favelados, diferentemente do censo de 91, o que fez com que as informações pesquisadas fossem o da pesquisa amostral. • Ao lado, a tabela mostra os números amostrais dos anos identificados. • Analisa-se que a amostra representa 25% do universo pesquisado em 1980 e 10% em 1991. DISPONIBILIDADE E TRATAMENTO DOS DADOS • Ao longo dos anos entre 80/91 a metodologia na criação dos Censos foi se modificando, como também na forma como os dados se encontram disponibilizadas, o que dificultou os pesquisadores a analisarem comparativamente os dados, o que foi reconhecido por eles em texto. • Desse modo, alguns dados ficaram sem cruzamento exato, como: Analise comparativa da situação dos domicílios x qualidade da construção (não consta no censo de 1991) Acesso a energia elétrica (não consta no censo de 1991) Destino do Lixo (não consta no censo de 1980) • E algumas variáveis estão disponíveis de forma diferente entre os dois Censos, o que fez com que fosse necessário trabalhar com outras variáveis ou a computar cálculos a mais para se chegar no resultado. A exemplo: Renda da população (classe total) de 80 x Renda da população (domiciliar) de 91 utilização da ferramenta População Economicamente Ativa (PEA) Grau de ultima série concluída (Censo 80) x Anos de estudo (Censo de 91) Desenvolvimento de cálculos AS FAVELAS DA REGIÃO METROPOLITANA AS FAVELAS DA REGIÃO METROPOLITANA AS FAVELAS DA REGIÃO METROPOLITANA ABASTECIMENTO DE ÁGUA das residências em favela atendidas 1980 1991 Resultado positivo de investimentos realizados pelas prefeituras municipais durante o período. das residências em favela atendidas ATENDIMENTO POR REDE Total de domicílios Domicílios em favelas POSSUIAM CANALIZAÇÃO INTERNA Total de domicílios Domicílios em favelas ACESSO À REDE DE ESGOTO das residências em favela atendidas 1980 1991 das residências em favela atendidas 30% das residências da Região Metropolitana utilizavam outras formas de esgotamento de resíduos que não a rede. FALTA DE ACESSO AO SANEAMENTO BÁSICO Deputado Rafael Martins (PMDB) conversa com moradores do bairro Maria Tereza. Fonte: Site da Câmara dos Deputados de Belo Horizonte. FALTA DE ACESSO AO SANEAMENTO BÁSICO Escorpiões encontrados no bairro Lajedo, na zona Norte de Belo Horizonte. Fonte: Site da Câmara dos Deputados de Belo Horizonte. PERFIL SOCIOECONÔMICO DA POPULAÇÃO • As diferenças de escolaridade entre a população geral e a população de favela se tornam mais expressivas em graus de ensino mais avançados (principalmente no ensino superior) • Em ambas os setores da população há uma melhora ao longo dos anos. GRAU DE ESCOLARIDADE PERFIL SOCIOECONÔMICO DA POPULAÇÃO • Observa-se a pobreza generalizada, similar a outras capitais • Há uma piora na distribuição total da renda ao longo dos anos • Tabela contempla a PEA (População Economicamente Ativa), o que inclui pessoas desempregadas. NÍVEL DE RENDA PERFIL SOCIOECONÔMICO DA POPULAÇÃO • Dentre a população geral predominam ocupações de classe média e dentre os moradores de favela, ocupações de classe operária • A grande presença de ocupações de classe média e proletário terciário nas favelas leva a duas possíveis interpretações: • Dificuldade de acesso ao mercado imobiliário • Metodologia de classificação imprecisa CATEGORIA SUBOCUPACIONAL REFERÊNCIAS REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA • GUIMARÃES, Berenice Martins. As favelas da Região Metropolitana de Belo Horizonte: desafios e perspectivas. Belo Horizonte, CEURB/UFMG. 1998. OUTRAS REFERÊNCIAS • Moradores de avenida da regiãoNorte convivem com esgoto a céu aberto. Disponível em: <https://www.cmbh.mg.gov.br/comunicação/notícias/2017/05/moradores-de-avenida-da- região-norte-convivem-com-esgoto-céu-aberto#>. Acesso em: 29/08/2017. • Comissão constata falta de serviços básicos como água, luz e esgoto. Disponível em: <https://www.cmbh.mg.gov.br/comunicação/notícias/2017/04/comissão-constata-falta-de- serviços-básicos-como-água-luz-e-esgoto>. Acesso em: 29/08/2017. • Só quatro capitais do Brasil têm água encanada em 100% das casas. Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2015-05-08/so-quatro-capitais-do-brasil-tem-agua- encanada-em-100-das-casas.html>. Acesso em: 28/08/2017
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