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Sistema urinário Partes: abdominal e pélvica 1-Glândulas supra-renais Englobei nesse ponto, pois os hormônios secretados por ela possuem uma grande relação com o funcionamento do sistema urinário, mas vale lembrar que ela NÃO é considerada uma parte do sistema urinário. 2-Rins 3- Ureter 4-Bexiga 5-Uretra 6-Saber Para o estudo, como “pensar”? São todas estruturas extraperitoneais. Nesse sistema é importante destacar as relações anatômicas e as cadeias linfonodais. Lembrar que as estruturas apresentam algumas diferenças importantes entre homens e mulheres. A parte pélvica do sistema urinário é constituída pela porção terminal dos ureteres, bexiga e na porção proximal da uretra. . 1-Glândulas supra-renais Estão associadas ao pólo superior de cada rim, sendo formadas por um córtex periférico e uma medula central. A direita assemelha-se a uma pirâmide e a esquerda tem aspecto semilunar. Possui relação com estruturas importantes, em parecida com as relacionadas aos rins. São envolvidas por gordura perinéfrica e pela fáscia renal. Sua irrigação é realizada pelas artérias frênicas inferiores, as quais enviam diversos ramos supra-renais, que se dividem em superiores, médios e inferiores. A drenagem é realizada pela veia supra-renal, as quais caminham para a veia renal 2-Rins Possuem uma quantidade grande de variações anatômicas no que se refere à forma, número e posição. Normalmente encontra-se envolvido por tecido conjuntivo extraperitoneal. Sua localização mais provável é a para vertebral, estendendo-se da TXII a LIII. O rim direito apresenta-se um pouco mais abaixo, por conta do fígado. Relação com outras estruturas -Anterior: relaciona-se com vísceras cobertas por peritônio. Rim direito: se relaciona com o fígado, porção descendente do duodeno, glândula supra-renal direita, flexura direita do colo. Rim esquerdo: glândula supra-renal esquerda, cauda do pâncreas, baço, estômago, flexura esquerda do colo e colo descendente, partes do jejuno. -Posterior: costelas XI (só o direito) e XII. -Superior: diafragma -Inferior: músculos psoas maior, quadrado lombar, transverso do abdome. Também se relacionam com o recesso costodiafragmático, vasos e nervos subcostais e os nervos ílio-hipogástrico e ilioinguinal. Gordura e fáscia renal São recobertos por uma gordura periférica (perineal), a qual se relaciona com a fáscia extraperitoneal (fáscia renal). Tias estruturas também englobam as glândulas supra-renais e auxiliam na fixação renal a parede posterior ao abdome, se unido também a fáscia que recobre o diafragma. Existe também a gordura pararenal a qual se acumula posteriormente e póstero-lateral nos rins. Estrutura renal Cada rim apresenta uma superfície anterior coberta por cápsula fibrosa. -Hilo renal: encontra-se na porção medial, sendo uma fenda profunda pela qual penetram vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. Internamente é continuo com o seio renal. (gordura perinéfrica é continua “para dentro” dessas estruturas). -Medula: mais central. -Córtex: é periférico, sendo uma faixa de tecido claro que envolve completamente a medula. Possui extensões denominadas de colunas renais. -Colunas renais: são extensões do córtex que se projetam internamente dividindo a medula em agregados descontínuos em forma triangular (pirâmides renais). -Pirâmides renais: base volta-se para o córtex e o ápice (papila renal) para o seio renal, sendo envolvido pelo cálice renal menor. -Cálices renais: recebem a urina. De modo geral convergem para a pelve renal que se continua no ureter. No seio renal os cálices menores (envolvem as papilas) se unem, formam os cálices maiores, os quais se unem e formam a pelve renal, a qual a partir de um processo de afunilamento origina o ureter. Irrigação e drenagem linfática A irrigação é realizada pela artéria renal, a qual é ramo da aorta abdominal. A artéria renal direita e é mais longa e normalmente origina-se um pouco mais abaixo, passando posterior a veia cava inferior. Antes de chegar no hilo renal a artéria renal emite ramos, a sua quantidade possui grande variação anatômica. Artérias extra-hilares: artérias acessórias renais, derivadas da aorta abdominal, que entram pelo hilo ou penetram diretamente. As veias renais “desembocam” na cava inferior, sendo que a esquerda apresenta um maior comprimento e passa posterior a mesentérica superior e anterior a aorta abdominal. A drenagem linfática da região é realizada por linfonodos lombares ao redor da origem arterial. “Extra” Apresentado em aula -Falhas nesse órgão devem ser associadas à diálise. -Melhor local anatômico para reimplante é na pelve. -Rim celar: apresenta normalmente função normal, entretanto apresenta o pólo inferior e superior ligados. -Hilo renal: local sujeito a diversas variações anatômicas, relacionar sempre com os vasos e a pelve renal. -Divisão renal: pode ser dividida em três terços (superior, médio e inferior) -Represamento de urina: forma um córtex mais fino gerando o sofrimento renal -Rim apresenta grande capacidade de regeneração, entretanto essa regeneração é dependente do agressor em questão. -Hidronefrose 3-Ureteres Par de tubos muscular e mucoso com grande capacidade de dilatação que realiza a conexão entre os rins à bexiga, ou seja, é um canal de passagem. Partem da pelve renal e chegam no óstio dos ureteres, localizada na base da bexiga.Entram na cavidade pélvica a partir do abdome, penetra na pelve na área anterior a bifurcação das ilíaca comum. Relações anatômicas -Canal deferente (homens) -Artéria uterina (mulheres) -Bexiga -Ilíaca externa (passa sobre os vasos ilíacos Junções importantes 1-JUP- Junção ureter-pelve. O ureter passa por um estreitamento na passagem pelo hilo renal. 2-Cruzamento com os vasos ilíacos comuns na margem pélvica 3-JUV- Junção ureter-vesical. Ponto de penetração na bexiga Irrigação e drenagem linfática Recebem ramos das estruturas que estão ao seu redor durante seu trajeto. A porção superior é irrigada pela artéria renal, na porção média por ramos da aorta abdominal, artérias gonadais e ilíacas comum e na porção inferior por ramos das ilíacas internas. A drenagem linfática segue um segmento semelhante ao arterial. Porção superior drena para linfonodos lombares, a porção média para os linfonodos associados aos vasos ilíacos comuns e a porção inferior para os associados a ilíacas interna e externa. Inervação do ureter Ocorre a partir do plexo renal, órtico, hipogástrico superior e inferior, através de nervos que seguem os vasos sanguíneos. Apresentam fibras eferentes de origem simpática e parassimpática, sendo que as aferentes retornam a medula no nível de TXI a LII. “Extra” apresentado em aula” -Dor uretérica -Infecção urinária de repetição -Estenose da JUP(transição ureter pélvica) -Hidronefrose -Cólica renal: decorrente da movimentação de cálculos renais (lembrar que é importante saber a sua “composição” para diagnosticar se possui um fator hereditário ou não). Intensificada normalmente na JUP. -Diagnostico diferencial: devido a relação com diversas estruturas anatômicas localizadas em um espaço pequeno. Algumas dessas estruturas são a “junção” com a fossa ilíaca, ovário, ceco e o apêndice. 4-Bexiga Víscera oca com grande capacidade distensora, é composta por músculo liso apresenta a função de armazenar urina, sendo um órgão extra-peritoneal localizado na pelve. Quando cheia expande-se superiormente para o abdome. Órgão com formato de pirâmide que se divide em: -Ápice: dirige-se para o topo da sínfise púbica- ligamento umbilical mediano (lembrar de CG I)- continua até a parede abdominal anterior, até a cicatriz umbilical -Base: é o TRIGONO VESICAL. Possui a forma de um triangulo invertido, póstero-inferior. Relaciona-se com a entrada dos ureteres (cantos da base superior) enquanto a uretra relaciona-se com o canto inferior da base. É uma região que se fixa a camada de músculo liso adjacente. -Superfícies ínfero-laterais: localizados entre os músculos levantadores do ânus e os obturadoresinternos adjacentes. Colo vesical É a parte mais inferior da bexiga e a mais fixa, relacionando-se com os ossos púbicos. -Mulheres: ligamentos pubovesicais. Relacionada a membrana perineal e os músculos associados, músculos levantadores do ânus e os ossos púbicos. -Homens: ligamento puboprostático, pois as faixas recobrem a próstata. “Extra” apresentado em aula” -Parede posterior apresenta aspecto granular -Destaca-se por ser composta por um tecido de transição (histo mandando lembranças) -Divide-se em: teto, face lateral D e E e porção posterior -Ureter faz um trajeto na porção posterior da bexiga para que quando esta estiver bem esticada sirva como uma “contenção” para a urina não ir para o rim (mecanismo valvular) -Mecanismo de impactação (não faço ideia o que é isso, apenas anotei...) -Presença de esfíncter interno e externo -Uretra feminina pode estar relacionada a uma angulação que é dada com o assoalho pélvico da região (retificação da uretra), no caso de enfraquecimento do assoalho pélvico tem-se o caso da “bexiga flácida”. A uretra do homem não se relaciona com a angulação, mas com o comprimento, “próstata abaixo” da bexiga que apresenta um orifício interno; relaciona-se com a uretra prostática e a peniana (meato uretral externo). -Músculos podem sofrer um cisalhamento e este se relacionar com lesões da uretra -Punção supra púbica 5-Uretra Inicia na base da bexiga e termina como uma abertura externa ao períneo. Mulheres Curta, trajeto mais curvo (angulação natural, que caso tenha problemas relaciona-se com “bexiga flácida”). Sai do assoalho pélvico e atravessa o períneo, abrindo-se entre os pequenos lábios. As glândulas mucosas parauretrais (Skene) associam-se a extremidade inferior, de modo que cada uma drena um ducto que se abre na margem lateral do orifício externo Homens: Uretra longa, fazendo parte tanto do sistema urinário quanto do sistema reprodutor, faz duas curvas durante seu trajeto. Inicia na bexiga, passa pela próstata e atravessa a região perineal profunda, indo em direção a raiz do pênis. É dividida em partes: -Pré-prostática: a qual se associa com um manguito circular de fibras musculares (esfíncter interno: impede o retorno do sêmen). -Prostática: é a parte cercada pela próstata. Apresenta estruturas importantes como a crista uretra, a qual é uma prega mucosa longitudinal, com depressões denominadas de seios, onde desembocam os ductos prostáticos. Durante seu comprimento a crista volume de modo a originar o conículo seminal. Outra estrutura relacionada é o utrículo prostático, relacionado ao ducto ejaculatório. Ou seja, a porção prostática faz a comunicação dos dois sistemas. -Membranácea: relaciona-se com o músculo esquelético do esfíncter externo da uretra. -Uretra esponjosa: cercada pelo corpo esponjoso, relacionando-se com a formação da fossa navicular. 6-Saber: 6.1 Locais de maior ocorrência de cálculo renal 6.2 Óstio dos ureteres Situado no assoalho da bexiga urinária. Relacionam-se como “limites” da base do trígono vesical. 6.3 Óstios interno e externo da uretra A uretra se abre para o exterior através do óstio externo da uretra. As uretras masculinas e a femininas se diferem em seu trajeto. Na mulher, a uretra é curta e faz parte exclusivamente do sistema urinário. Seu óstio externo localiza-se anteriormente à vagina e entre os lábios menores. Já no homem, a uretra faz parte dos sistemas urinário e reprodutor. Medindo cerca de 20 cm, é muito mais longa que a uretra feminina. Quando a uretra masculina deixa a bexiga, ela passa através da próstata e se estende ao longo do comprimento do pênis. Assim, a uretra masculina atua com duas finalidades: conduz a urina e o esperma. 6.4 Trígono vesical (da bexiga) Uma área triangular na superfície posterior da bexiga não exibe rugas. Esta área é chamada trígono da bexiga e é sempre lisa. Este trígono é limitado por três vértices: os pontos de entrada dos dois ureteres e o ponto de saída da uretra. O trígono é importante clinicamente, pois as infecções tendem a persistir nessa área. 6.5 Porções da uretra masculina e feminina Masculina: A uretra masculina estende-se do orifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral externa na extremidade do pênis. Apresenta dupla curvatura no estado comum de relaxamento do pênis. É dividida em três porções: a Prostática, a Membranácea e a Esponjosa, cujas as estruturas e relações são essencialmente diferentes. Na uretra masculina existe uma abertura diminuta em forma de fenda, um ducto ejaculatório. Feminina: É um canal membranoso estreito estendendo-se da bexiga ao orifício externa no vestíbulo. Está colocada dorsalmente à sínfise púbica, incluída na parede anterior da vagina, e de direção oblíqua para baixo e para frente; é levemente curva, com a concavidade dirigida para frente. Seu diâmetro, quando não dilatada, é de cerca de 6 mm. Seu orifício externo fica imediatamente na frente da abertura vaginal e cerca de 2,5 cm dorsalmente à glande do clitóris. Muitas e pequenas glândulas uretrais abrem-se na uretra. As maiores destas são as glândulas parauretrais, cujos ductos desembocam exatamente dentro do óstio uretral. 6.6 O rim direito é rebaixado em comparação ao esquerdo por causa da posição do fígado. 6.7 A veia gonadal esquerda desemboca na veia renal esquerda, não na Veia Cava Inferior, como ocorre no lado direito. Isso porque a V. renal esquerda é maior que a V. renal direita. 6.8 Apenas no homem, a uretra faz parte tanto do Sistema urinário quanto do reprodutor. 7-Anotações “extras” de aula -Relação do aparelho digestório com o aparelho urinário -Meso reto: cadeias linfonodais -Região extremamente vascularizada com um espaço reduzido Referências 1-Aula ministrada pelo professor Mauro para a turma de medicina da FURG no ano de 2017 2-RAKE, Richard L.; VOGL, A. Wayne; MITCHELL, Adam. Gray´S Anatomia Para Estudantes. 2.ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2010 3-Disponível em: <http://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-urinario/> Luísa do Couto Sponchiado ATM 2022 FURG
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