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Gestão Econômica e Financeira 96Risco e Retorno de uma Carteira U N ID A D E 12 Olá, bem vindo à unidade 12. Nesta unidade veremos que adiversificação de ativos, na composição de uma carteira, é uma ferramenta bastante útil para a minimização do risco em investimentos. O gestor financeiro deve utilizar o máximo de conhecimento e informação possíveis para proteger os recursos da empresa, além de multiplicar os recursos. A partir dos conhecimentos adquiridos sobre risco e retorno de ativos individuais, é possível compor uma carteira e avaliar a sua viabilidade em detrimento de diferentes composições ou diferentes carteiras. Vamos começar nossos estudos? Boa aula! ● Entender o que é uma carteira de ativos e como é composta; ● Verificar as ferramentas utilizadas para a mensuração do retorno de uma carteira; ● Analisar a correlação existente entre retornos de diferentes ativos para a composição de uma carteira. ● Composição de uma Carteira ● Retorno Esperado de uma Carteira ● Correlação do Retorno em Carteiras Gestão Econômica e Financeira 97Risco e Retorno de uma Carteira U N ID A D E 12 11. Risco e Retorno de uma Carteira 11.1 Composição de uma Carteira A maioria dos gestores financeiros é avessa ao risco, logo, preferem investir em carteiras e não em ativos individuais. Uma carteira é um conjunto ou uma combinação qualquer de ativos financeiros. Os gestores financeiros e os investidores em geral investem em carteiras porque conseguem diversificar parte do risco inerente à aplicação, diferentemente das situações em que os recursos são todos investidos em um único ativo. A aplicação em um único ativo expõe o investidor às consequências do mau desempenho desse ativo. Uma carteira diversificada protege os recursos investidos e minimiza o risco. 11.2 Retorno de uma Carteira O retorno de uma carteira é a média ponderada dos retornos dos ativos individuais que compõem tal carteira. O retorno da carteira é calculado conforme mostra a equação abaixo: onde: Wj = proporção do valor total da carteira aplicada no ativo j. Kj = retorno do ativo j. Exemplo Para determinar o valor esperado e o desvio-padrão dos retornos da carteira XY, criada com a combinação dos ativos X e Y em proporções iguais (50% de cada). Os retornos previstos dos dois ativos em cada um dos próximos cinco anos (2004 a 2008) são dados nas colunas 1 e 2, respectivamente, da tabela abaixo. Na coluna 3, os pesos de 50% de cada um dos ativos e seus retornos respectivos, provenientes das colunas 1 e 2, são inseridos. A coluna 4 mostra os resultados do cálculo – um retorno esperado da carteira de 12% para cada ano, de 2004 a 2008. Gestão Econômica e Financeira 98Risco e Retorno de uma Carteira U N ID A D E 12 Fonte: GITMAN, 2004 Como é mostrado na tabela seguinte, o valor esperado dos retornos dessa carteira no período de 5 anos também é igual a 12%. Na mesma tabela, verifica-se que o desvio-padrão dos retornos da carteira XY é igual a 0%. Esse valor não deve ser surpreendente, pois o retorno esperado em todos os anos é o mesmo, igual a 12%. Não há variabilidade nos retornos esperados de um ano para outro. Fonte: GITMAN, 2004 Gestão Econômica e Financeira 99Risco e Retorno de uma Carteira U N ID A D E 12 11.3 Correlação do Retorno em Carteiras A variação em conjunto dos retornos dos ativos aumenta ainda mais a diversificação. Existe uma estatística apropriada para a mensuração dos movimentos de retorno dos ativos de uma carteira, chamada de correlação. Fonte: GITMAN, 2004 Pode haver casos de a correlação entre dois ativos não ser perfeitamente negativa. Entretanto, o gestor financeiro ainda pode contar com os benefícios da diversificação, combinando tais ativos da maneira como se verifica na figura abaixo: Fonte: GITMAN, 2004 A carteira XY, formada por 50% de X e 50% de Y, ilustra o caso de correlação negativa perfeita, visto que as duas séries de retornos variam em direções completamente opostas durante o período de cinco anos. Os valores de retorno da carteira foram calculados na tabela anterior. Já a carteira XZ, formada por 50% de X e 50% de Z, ilustra o caso contrário, de correlação positiva perfeita, dada a maneira idêntica como as duas séries de retorno se comportam durante os cinco anos. Os valores de retorno foram calculados a partir do mesmo método para o calculo dos retornos da carteira XY. Os cálculos de valor esperado e desvio-padrão da carteira XY estão demonstrados nas tabelas anteriores. Gestão Econômica e Financeira 100Risco e Retorno de uma Carteira U N ID A D E 12 Fonte: GITMAN, 2004 Os desvios-padrão dos retornos de uma carteira podem ser calculados a partir dos dados de desvio- padrão dos componentes da carteira, utilizando-se a equação: onde w1 e w2 são as proporções dos ativos componentes 1 e 2, σ1 e σ2 são os desvios-padrão dos componentes 1 e 2, e r1,2 é o coeficiente de correlação entre os retornos dos ativos 1 e 2. Fonte: GITMAN, 2004 Gestão Econômica e Financeira 101Risco e Retorno de uma Carteira U N ID A D E 12 Fonte: GITMAN, 2004 Gestão Econômica e Financeira 102Risco e Retorno de uma Carteira U N ID A D E 12 Os gestores financeiros e os investidores em geral investem em carteiras porque conseguem diversificar parte do risco inerente à aplicação, diferentemente das situações em que os recursos são todos investidos em um único ativo. A aplicação em um único ativo expõe o investidor às consequências do mau desempenho desse ativo. Uma carteira diversificada protege os recursos investidos e minimiza o risco. Uma carteira é um conjunto ou uma combinação qualquer de ativos financeiros. O retorno de uma carteira é a média ponderada dos retornos dos ativos individuais que compõem tal carteira. ASSAF NETO, Alexandre e LIMA, Fabiano G. Fundamentos de Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 2010. ______________________________________. Curso de Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 2009. BRIGHAM, Eugene F. e EHRHARDT, Michael, C. Administração Financeira: teoria e prática. 13ª Edição. São Paulo: Cengage Learning, 2012. GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. Tradução Allan Vidigal Hastings. 12ª edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. ___________________. Princípios de Administração Financeira. Tradução Allan Vidigal Hastings. 10ª edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. LEMES JÚNIOR, Antonio B.; RIGO, Claudio M. e CHEROBIM. Ana Paula M. S. Administração Financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras. 3ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph W. e JORDAN, Bradford, D. Princípios de Administração Financeira. Tradução Andrea Maria Accioly Fonseca Minardi. 2ª edição. São Paulo: Atlas, 2010. _____________________________________________________________. Administração Financeira. Tradução Katia Aparecida Roque. 8ª edição. São Paulo: McGraw-Hill, 2008.
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