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2.Caso Gentograma

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Estudo de Caso
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Nome: R. 25a. Bancário há 5 anos - solteiro
Componentes Familiares: Mãe 50a., irmã 23a. e irmão 18a. (pais separados desde 2001) 
 
IDENTIFICAÇÃO
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Problema (s) Demandado(s) motivo da busca pelo serviço: Depressão e tentativa de suicídio
FOLHA DE ROSTO = R.
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Informações Pregressas:
R. é um jovem de 25 anos, bancário do BB desde 02/2000
Infância referida como feliz, com pai presente e continente até seus 13 anos, depois pai passou a beber e agredi-lo física e psicologicamente – família foi se desestruturando financeiramente e a relação do casal também, culminando em separação litigiosa. 
1a tentativa de suicídio – C./CE, 06/2004 - com uso de faca e corte dos pulsos após decepção amorosa e reencontro com o pai após 03 anos de distância.
Após o ocorrido, o paciente iniciou acompanhamento com psiquiatra e psicóloga no Ceará, mas não deu continuidade ao tratamento. Solicitou sua transferência para PVH, em julho do mesmo ano.
2a tentativa – R. M. / RO, 06/2005; 
 com uso de faca, não consumou o ato.
3a. R. M. / RO 07/2005 - Impulso suicida apenas, com importante desequilíbrio emocional.
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Informações Pregressas:
Segundo relato do paciente, a primeira tentativa de suicídio com uso de faca e corte dos pulsos, aconteceu em C./CE, em junho/2004, 30 dias após o término de relacionamento amoroso importante, seguido de encontro inesperado com o pai que não via há 03 (três) anos e por quem o paciente nutre sentimento misto de repulsa/raiva e saudade.
 Após o ocorrido, o paciente iniciou acompanhamento com psiquiatra e psicóloga na Clínica/CE mas não deu continuidade ao tratamento. 
Solicitou sua transferência para PVH no mesmo ano, em agosto.
 Em setembro/2004 procurou a Clínica/RO, acompanhado de sua irmã.
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GENOGRAMA
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1
2
3
7
8
9
12
14
17
18
19
N. (Ceará)
C. (Ceará)
16
C. (50a)
R. (25a)
T. (18)
2001
1979
22
E. (50a)
23
10
11
20
Refere todos os tios fumantes e alcoólatras, agressivos e volúveis, não conseguem manter laços de família, não conseguem permanecer casados. São todos muito inteligentes e irresponsáveis 
3 – Tem sérias dificuldades relacionais e histórico de violência física e psicológica c/23. É alcoólatra, agressivo. 
7 - Dentista, dissimulada 
8 - Médica – obesa = boa gente 
9 - Nada de relevante 
Residem no Ceará
21 - Estresse pré-vestibular este ano p/direito.
22 - Sobre peso; hérnia de disco, Enf.ª PSF (interior de PVH) 
23 - Obeso; depressão grave sofreu 02 assaltos (BB e em casa) sedentário, tentativas de suicídio (03), trabalha no BB desde 2000. 
12 - Cardiopata.
13 e 15 - Não sabe nada a respeito.
14- Ex-fumante, alcoólatra em recuperação AVC = não lê, não fala marcha prejudicada. 
16 - Alcoólatra faleceu cirrose.
17 - Sedentária (como todos na família) 
18 - Depressão e estresse após morte do esposo 
19 - Bancária bb há 25 anos e há 12 anos está estressada - hipocondríaca. 
20 - Mora nos EUA há 03 anos, retornou em junho/05 e ficará com os filhos até julho 2006. 
Desconhece histórico.
Diabética, cega de 1 olho, amputou pé esquerdo, Faz hemodiálise. 
Acidente automobilístico.
80a. 
21
C. (23a)
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DADOS 
 Paciente depressivo grave, recuperando-se de tentativa de suicídio.
 Mãe tem papel dominante e atualmente está no controle da situação. 
 Irmã enfermeira, atuando de forma compreensiva mais firme, reafirmando a necessidade do irmão ser acompanhado em psicoterapia. 
 Irmão mais novo pouco participativo. 
 Afetivamente contidos, porém, unidos pelo problema. 
 Comunicam-se de forma objetiva/explosiva.
 Tempo no ciclo vital: Mãe , refazendo sua vida afetiva e conquistando independência econômica/afetiva.
  Filhos adultos jovens e um adolescente – definindo rumos e buscando realização pessoal, educacional, profissional e afetiva.
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DADOS 
 Lidam com o estresse se distanciando dos problemas e uns dos outros, mas a doença de R. fez com que a mãe voltasse para o convívio dos filhos e todos sentiram segurança com sua presença, retomando hábitos de reunirem-se e conversar. 
 Mãe decidiu que permanecerá ao seu lado até que o mesmo se reequilibre, retornará aos EUA em julho 2006 pois lá tem negócios que lhe possibilitam a independência financeira e refazer sua vida afetiva e isso já foi comunicado aos filhos, inclusive com planos dos mesmos passarem as férias por lá, já que a situação financeira melhorou.
 
 
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APGAR FAMILIAR
Quase sempre: 2 pontos 7-10: família saudável
Algumas vezes: 1 ponto 4-6: MODERADA DISFUNÇÃO
Raramente: 0 0-3: severa disfunção 
X
X
X
X
X
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Discussão do caso:
Discussão diagnóstica: A comunicação na família precisa ser melhorada para dar oportunidade de desenvolver os vínculos e reforçar afetos.
 
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Discussão do caso:
Discussão diagnóstica: Significante histórico de alcoolismo nas famílias de origem, com ansiedade, agressividade, instabilidade emocional e afetiva, e dificuldades relacionais, estresse e depressão que são importantes dados de facilitação dos traços de impulsividade do paciente e transbordam na sua capacidade de lidar com as adversidades naturais do seu cotidiano minando a sua resistência adaptativa saudável e usa como mecanismo de defesa voltar-se contra o próprio self buscando no ato auto destrutivo uma maneira de “pedir socorro”: O PACIENTE SABE O QUE FAZER PARA MORRER., MAS NÃO SABE O QUE FAZER PARA SE MANTER VIVO COM ENTUSIASMO, ALEGRIA E QUALIDADE DE VIDA” 
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Plano de ação:
Farmacológico: Pelo Psiquiatra: Clonazepan=Rivotril 2mg. à noite; Carbamazepina =Tegretol 200mg. 12/12hs. e Paroxetina = Pondera 40mg.
Psicoterapia cognitivo comportamental: para auxiliar a lidar com os impulsos de auto injúria, identificar os pensamentos invasivos, cognições autodestrutivas e mal adaptativas, desenvolver hábitos saudáveis de enfrentamento de suas dificuldades e conter os impulsos suicidas, (compareceu a 03 sessões).
Coordenação de cuidados: acompanhar as dificuldade de adesão ao tratamento e orientar a família sobre a necessidade de monitorar comparecimento de R. às sessões, bem como incentivar atividades físicas (caminhadas já é um bom começo) e ficar atenta a possíveis indícios de recaídas, avisando nossa equipe SF. 
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Plano de ação:
Suporte e orientação familiar sobre a maneira de lidar com o paciente para favorecer os cuidados e prevenir complicações psicossociais decorrentes das alterações do humor, bem como efetuar monitoramento constante para que o mesmo não descontinue o tratamento farmacológico e psicológico e que a ESF seja prontamente chamada na eventualidade de qualquer impulso suicida. 
Aconselhamento a R. para retomada dos estudos e das atividades laborativas (já reiniciadas).
Monitoramento: Continuidade na coordenação de cuidados com psicóloga e médico de família e vinculação com os demais técnicos da equipe (Nutricionista, Enfermeira, As. Social).
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