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APS2- Resenha crítica sobre o artigo – 10 ANOS DO ESTATUTO DA CIDADE: DAS LUTAS PELA REFORMA URBANA ÁS CIDADES DA COPA DO MUNDO – RAQUEL ROLNIK Com este artigo percebemos de forma sucinta algumas das possíveis causas da fragilidade do Estatuto da Cidade, e das legislações urbanísticas dele decorrentes, no enfrentamento das desigualdades existentes no espaço urbano brasileiro. Aprovado em 2001, o mesmo representou uma boa nova para a política urbana nacional, por que desde sua elaboração ele foi compreendido como uma possibilidade para a modificação positiva da realidade das cidades brasileiras. Fruto do trabalho do Movimento Nacional pela Reforma Urbana, o Estatuto tornou legal uma série de instrumentos urbanísticos e, diretrizes de desenvolvimento urbano capazes de modificar a realidade urbana do país. Isso através da compreensão de que as cidades se formam a partir de interesses diversos, muitas vezes conflitantes, mas mesmo assim passíveis de serem pactuados. A sua elaboração e aprovação no Congresso Nacional, sendo assim, aparecem como uma resposta às distorções do Brasil urbano, já que o mesmo é fruto de uma lógica excludente de planejamento e produção. As ocupações espontâneas esparramadas pelo território nacional em áreas ambientalmente inadequadas; ocupadas de forma precária e; onde a posse é o instrumento de permanência dos seus moradores; continuam sendo os exemplos deste modelo que relegou as sobras àqueles que ajudaram a construir as cidades e sua riqueza. Esta realidade decorre de muitos fatores, é verdade, mas o que percebemos com mais ênfase é às falhas da política urbana implementada nos municípios e no pais, que mesmo com a criação de vários projetos afim de melhorar o direito de todos à cidade, como por exemplo o de inserção e reconhecimento das favelas no âmbito do planejamento urbano e da regulação urbanística; a demarcação de áreas no zoneamento da cidade (ZEIS); COMULs que é a comissão que envolve o processo de urbanização e legalização etc. Isto com o intuito de que a compreensão ao direito de propriedade seja utilizado pela classe menos favorecida, isto que que no fim o plano que diz respeito à adoção de parâmetros elitistas de parcelamento, uso e ocupação do solo, seja aplicado. Assim o sonho da cidade legal e ideal seja transportado para a legislação urbanística. Esta, por sua vez, vai se afastando do praticado pelos cidadãos e definindo duas cidades, ou uma partida. Nesta, a legalidade atende aos interesses de uma elite, que vê o preço das suas propriedades elevado, e exclui a maioria do acesso aos serviços e infraestrutura urbanos. Chega se a conclusão que passados 10 anos após sua aprovação no Congresso Nacional o que se percebe é que as desigualdades presentes no Brasil urbano continuam as mesmas da época em que o Estatuto da Cidade era bravamente discutido e enormemente desejado por toda uma geração de arquitetos e urbanistas, que sonhavam com um Brasil urbano menos desigual e excludente. Entretanto, uma série de situações levou o Estatuto a falhar na sua luta pela construção de um espaço urbano menos desigual no país. SOCIEDADE UNIVERSITÁRIA REDENTOR CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO Nome: Maria Rodrigues de Oliveira Turma: Arquitetura e Urbanismo Profa.: Yuri Torres Data: 24/08/2017 Valor: Disciplina: Legislação Urbana
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