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1 2 Sociologia do Direito Prof. Dr. François Silva Ramos ● Doutor em Ciências da Educação pela UnInter (2016), atualmente com Pós Doutorado em andamento na Universidad Kennedy. ● Mestre em Educação pela Universidade de Uberaba (2012). Especialista em Educação Ambiental (FAZU-2000), Direito Educacional (CEUCLAR-2007) e Direito do Trabalho (UNIP- 2011). ● Possui graduação em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo (1999) e em Direito (2006), ambas pela Universidade de Uberaba. ● Professor Doutor na Faculdade Talentos Humanos (FACTHUS) atuando principalmente com Administração Pública e Direito do Trabalho e, na Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC), onde ministra a disciplina de Sociologia Geral e Jurídica 3 Sociedade de consumo e sustentabilidadeDiscentes: • Bruno de Assis Simões; • Vinícius Prado Almeida; • Samanta Resende Pantaleão Martins; • Daiane Nogueira; • Paloma Blancato; • Fernanda Fachinelli; • Vítor Oliveira; • Marcos Roberto Oliveira Santos; • Luís Otávio Oliveira Silva; • Thienis Sófilis; 4 Sociedade de consumo ● A sociedade de consumo caracteriza-se, antes de tudo, pelo desejo socialmente expandido da aquisição "do supérfluo", do excedente, do luxo. ● Do mesmo modo, se estrutura pela marca da insaciabilidade, da constante insatisfação, onde uma necessidade preliminarmente satisfeita gera quase automaticamente outra necessidade, num ciclo que não se esgota, num continuum onde o final do ato consumista é o próprio desejo de consumo. 5 Sociedade de Consumo ● O espraiamento dessa lógica – que se dá a partir das mudanças estruturais desenvolvidas no século XVIII na Europa ocidental, especialmente com a Revolução Industrial – acelera-se a partir da segunda metade do século XX, quando o universo do consumo passou a ganhar centralidade tanto como motor do desenvolvimento econômico quanto através da expansão do consumismo como elemento de mediação de novas relações e processos que se estabelecem no plano cultural das sociedades modernas. 6 ● Dentro dessa perspectiva, o consumo deixa de ser uma variável dependente de estruturas e processos a ele externos e passa a se constituir enquanto campo autônomo, caracterizando-se como importante objeto do conhecimento no âmbito das ciências sociais contemporâneas, especialmente no campo dos estudos sobre a cultura. 7 ● Esta questão nos informa, por si própria, sobre algo novo. Ou seja, quando o pensamento social começa a eleger as práticas de consumo enquanto objeto da análise científica, não apenas confere legitimidade a este campo, mas, fundamentalmente, revela algum tipo de mudança que se estabelece nas estruturas e processos constitutivos da ordem social global. 8 ● A partir daí entram em cena duas questões que passam a orientar os estudos sobre consumo e suas relações com a atividade social: a primeira refere-se à centralidade que a produção de significados e processos simbólicos em geral passam a desempenhar no contexto da atividade social contemporânea; e a segunda preocupa-se com os significados sociais e os processos simbólicos que, agora, se encontram transpassados pelo universo do consumo. 9 ● Numa palavra, o campo da atividade consumista deixa de ser espaço da atividade econômica para se constituir enquanto campo de produção de significados e formas simbólicas. 10 ● Consumir passa, neste caso, a ser percebido como processo de mediação de relações sociais, transfigurando através desta atividade conflitos políticos, de gênero, distinções étnico- raciais, reprodução de valores entre um conjunto de outros elementos que são sustentados ou negados simbolicamente no interior deste campo. 11 ● Se as origens da sociedade de consumo estão localizadas no período de consolidação da própria modernidade na Europa ocidental dos séculos XVIII e XIX, é patente sua radicalização no contexto das sociedades contemporâneas, servindo agora como referência para construções intelectuais fortes como, por exemplo, a ideia de uma cultura de consumo que, segundo algumas abordagens, constituir-se-ia como uma das chaves explicativas da própria dinâmica cultural na modernidade tardia. 12 ● Exageros à parte, parece fato corrente na atual teoria social que a lógica da produção, responsável pela manutenção e fortalecimento da noção de sociedade industrial na primeira metade do século XX, se encontra, a partir das mudanças estruturais do capitalismo contemporâneo, perdendo crescentemente centralidade diante da lógica do consumo, a qual passaria a constituir a base de um tipo de organização social novo, autodenominado pós-industrial. 13 ● Neste caso, se podemos pensar a esfera do consumo como espaço para a produção de subjetividades e constituição de identidades, é imprescindível, no entanto, reconhecer a característica de flexibilidade dessas expressões. ● No interior desta perspectiva seria possível falarmos de "identidades flexíveis", que se organizam a partir de experiências subjetivas mediadas pelos significados presentes e atribuídos aos produtos e bens de consumo. 14 ● Portanto, o desenvolvimento e a expansão da sociedade de consumo recolocam, tanto quanto ampliam, este valor caro à modernidade, ou seja, o indivíduo, enquanto efetivo sujeito do processo social, transformando-se, em uma espécie de "estrutura civilizatória" da própria modernidade 15 ● A questão do "indivíduo" – enquanto elemento estrutural deste processo – torna-se, então, patente, tendo em vista que a "ele" se reporta a consolidação de marcas identitárias, que somente se fixam através de sua "adesão" ou não a tais marcas, encontrando-se estas associadas aos objetos dispostos hierarquicamente no interior do sistema de consumo. 16 Sustentabilidade ● O conceito de sustentabilidade transcende o exercício analítico de explicar a realidade e exige o teste de coerência lógica em aplicações práticas, onde o discurso é transformado em realidade objetiva. ● Os atores sociais e suas ações adquirem legitimidade política e autoridade para comandar comporta-mentos sociais e políticas de desenvolvimento por meio de prática concreta. 17 ● A discussão teórica, portanto, revela uma luta disfarçada pelo poder entre diferentes atores sociais, competindo por uma posição hegemônica, para ditar diretrizes e endossar representações simbólicas de sustentabilidade, seja em termos de biodiversidade, sobrevivência do planeta ou de comunidades autosuficientes e autônomas. 18 ● Sustentabilidade também nos remete a uma dimensão temporal pela comparação de características de um dado contexto ecológico e sociocultural no passado, presente e futuro. ● O primeiro serve como parâmetro de sustentabilidade, enquanto que o último requer a definição do estado desejável da sociedade no futuro. 19 ● Experiências políticas passadas, que tentaram impor às gerações presentes os sacrifícios necessários para construir o futuro revelam o relacionamento conflituoso e complexo subjacente a um problema aparentemente simples conceitual ou taxonômico. ● Enquanto as práticas dominantes na sociedade (econômica, política, cultural) são determinadas pelas elites de poder; essas mesmas elites são também as principais referências para a produção e disseminação de idéias, valores e representações coletivas. 20 ● Assim, a força e a legitimidade das alternativas de desenvolvimento sustentável dependerão da racionalidade dos argumentos e opções apresentadas pelos atores sociais que competem nas áreas política e ideológica. ● Cada teoria, doutrina ou paradigma sobre sustentabilidade terá diferentes implicações para a implementação e o planejamento da ação social. 21 ● O argumento central desenvolvido pelos economistas em favor da sustentabilidade gira em torno da noção de eficiência no uso dos recursos do planeta. ● A alocação eficiente de recursos naturais, respeitando ao mesmo tempo as preferências dos indivíduos, seria melhor executada em um cenário institucional de mercado competitivo. 22 ● As possíveis distorções desse mercado poderiam ser corrigidas pela internalização de custos ambientais e/ou eventuais reformas fiscais, coletando-se mais taxas e tributos dos responsáveis pelos processos poluentes. ● A sustentabilidade seria alcançada pela implementação da racionalidade econômica em escala local, nacional e planetária 23 Artigo Sobre: ● SOCIEDADE DE CONSUMO E SUSTENTABILIDADE ● Vinícius Prado de Almeida 24 ● Em um mundo dinâmico e globalizado, a grande propagação de elos culturais e econômicos entre países acarreta inúmeras consequências sendo que uma de suas principais é com relação ao surgimento exacerbado de uma cultura consumista. 25 ● Referindo-se à contemporaneidade, também conhecida como “era das massas”, a sociedade de consumo tem como sustento a publicidade que cria apelos aos indivíduos para gastarem com coisas tidas como sendo “não úteis”, ou seja, produtos que não serão utilizados, mas dão status aos compradores. Nos dizeres de Retondar (2008, p. 138): 26 A sociedade de consumo caracteriza-se, antes de tudo, pelo desejo socialmente expandido da aquisição "do supérfluo", do excedente, do luxo. Do mesmo modo, se estrutura pela marca da insaciabilidade, da constante insatisfação, onde uma necessidade preliminarmente satisfeita gera quase automaticamente outra necessidade, num ciclo que não se esgota, num continuum onde o final do ato consumista é o próprio desejo de consumo. 27 ● Produtos de consumo os quais são efêmeros refletem principalmente a esfera do lazer popular e uma forma de consumo cultural, impactando a sociedade em seus aspectos socais, econômicos e, em especial, ambientais, diversificando o mercado ao passo em que busca criar produtos destinados a grupos específicos. ● Cria-se aproximação entre as partes de modo que os produtos expõem um significado próprio dentro do grupo de consumidores surgindo uma subjetividade atrelada a esse consumo. 28 ● Neste ínterim, surgem os chamados consumidores verdes, surgidos da “conjunção de três fatores que por se inter-relacionarem geram condições propícias para sua emergência” sendo o “ambientalismo público; a ambientalização do setor empresarial [...] e a emergência [...] da preocupação com o impacto ambiental de estilos de vida e consumo das sociedades afluentes” (JACOBI, 2006, p. 183). 29 ● Trata-se de unir a sociedade de consumo a uma preocupação política e econômica referente ao meio ambiente, correspondendo a um processo de sustentabilidade que aumenta a atuação da sociedade e gera uma transformação comportamental que contribua para melhorias no meio ambiente e no uso deste de maneira equilibrada. 30 ● A ligação entre a chamada sociedade de consumo e a sustentabilidade requer uma “mudança de modelo de economia”, tornando-a mais consciente e”voltada à preservação”, tornando-se inclusiva de modo que “é preciso considerar igualmente os setores econômico, social e ambiental deixando sempre a sempre os ideários da sustentabilidade” (BARRETO, 2013, p. 01). 31 ● Por fim, o consumo consciente, ainda que de difícil tarefa na era da produção das massas e da sociedade de consumo, visa a sustentabilidade que contribua para a justiça social ao mesmo tempo em que visa melhorias no meio ambiente. 32 ● O uso responsável da matéria prima, pensando em todo o conjunto ambiental que cerceia o mundo (especialmente nos países de terceiro mundo, os mais afetados pelos abusos do mercado contemporâneo), deve buscar aliar o aprimoramento científico e tecnológico às melhorias do mercado visando o respeito e a proteção ao meio ambiente e à sociedade constituindo-se valores de sustentabilidade. 33 Artigo Sobre: ● Risco do consumo que agredi a Natureza ● Thienis Sofilis 34 O consumo não e um mal tanto porque os seres humanos já nasce consumindo mesmo que de forma natural como o ar, mas sem ele não temos como sobre viver somos desde o nosso nascimento consumidores de forma natural. Assim não só o homem mas tudo que vive neste planeta. O problema é que a sociedade não consome de forma consciente os bens naturais e nem se preocupa com o mal que causa a natureza tendo em vista que a população mundial cresce de ano em ano. E segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a população mundial deve chegar a 8,9 bilhões de habitantes até 2050. 35 Os danos serão cada vez maior contra a Natureza se o ser humano continuar consumindo de forma inconsciente que esta causando na natureza tao grande estrago, desde o pequeno ate os grandes consumidores e resultado de tao grande isenção de responsabilidade do Homem e sem nenhuma atitude para a preservação deste bem tao precioso que não custa nada para o homem mas e inerente que vai cobra o preço deste uso de tao grande irresponsabilidade, o “custo” não vai ser baixo para o seu consumidor que não a preserva e vai levar para o seu maior problema. “Estado do Mundo” 2010, do World Watch Institute (WWI) coloca que hoje extraímos anualmente 60 bilhões de toneladas de recursos naturais. Isto representa 50% a mais do que extraíamos 30 anos atrás; e segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a população mundial deve chegar a 8,9 bilhões de habitantes até 2050. 36 Nesta relação de consumo e reposição de recursos naturais os seres humanos fica aumentando sua divida com a natureza e ate o dia de pagar esta conta que com certeza não vai ficar barata para os filhos dos consumidores que por ser de “graça” não preserva as riquezas naturais que ganha desde seu nascimento lembrado que a falta de recursos são avisados pela mídia, blog, ate pelos seus filhos que orienta pela escola e assim chegam aos seu pais cobrando para o consumo consciente, onde a natureza esta se destruindo dia a dia acabando com o essencial para sua existência e para as próxima gerações, se não houver mudança na consciência da sociedade consumista o que de graça é dado vai ter um preço que dinheiro não pode comprar. 37 Bibliografia ● http://lattes.cnpq.br/9715102878560940 ● http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar ttext&pid=S0102-69922008000100006 ● BAUDRILLARD, Jean. A sociedade de consumo. Lisboa: Ed. 70, 1991. ● _______. À sombra das maiorias silenciosas. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1993. ● CERTEAU, M. A invenção do cotidiano: artes do fazer. Petrópolis: Vozes, 1998. 38 RETONDAR, A. M. A (re) construção do indivíduo: sociedade de consumo como contexto social de produção de subjetividades. IN: Sociedade & Estado, V. 23, N 1. Brasília, Editora UNB, 2008. BAUMAN, Z. Vida para o consumo. Rio de Janeiro, Zahar, 2008. RATTNER, Henrique. Sustentabilidade: Uma Visão Humanista. Ambiente e Sociedade, jul/dec. 1999, n. 5, p. 233–240 39 BARRETO, Renata Cristina. Sociedade de Consumo x Sustentabilidade: reflexão crítica. In: EBAH. Publicado em mar.2013. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfn74AF/sociedade-consumo-x-sustentabilidade- reflexao-critica>. Acesso em mai.2017 JACOBI, Pedro. Sustentabilidade ambiental, consumo e cidadania. In: Ambient. soc., Campinas , v. 9, n. 1, p. 183-186, June 2006 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 753X2006000100010&lng=en&nrm=iso>. Acesso em mai.2017. RETONDAR, Anderson Moebus. A (re)construção do indivíduo: a sociedade de consumo como "contexto social" de produção de subjetividades. In: Soc. estado., Brasília , v. 23, n. 1, p. 137-160, Apr. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0102-69922008000100006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em mai.2017. Sociedade de consumo. In: Artigos de apoio Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003- 2017. [consult. 2017-05-07 16:36:47]. Disponível em: <https://www.infopedia.pt/$sociedade-de- consumo>. Acesso em mai.2017. 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