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Hélices Professor: Erasmo Borja Sobrinho Disciplina: Sistemas de Aeronaves II Curso: Ciências Aeronáuticas Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 2 Índice • Princípios Básicos • Estações • Ângulo de ataque • Perfil da Ponta da Hélice • Diâmetro da Hélice de Passo Fixo • Forças em ação • Passo • Classificação • Hélices de Velocidade Constante • Hélices Embandeiráveis – (Full Feathering) • Hélice Reversível • Controle de Beta • Embandeiramento • Motores de Eixo Direto • Potencia e Rotação dos Motores • Considerações sobre Performance • Governadores • Opcionais - De-ice System • Sincronizadores • Fabricantes Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 3 Princípios Básicos A pá de uma Hélice é um aerofólio. Um perfil aerodinâmico que impulsiona o avião através do ar convertendo a força rotativa do motor em empuxo. Aplicam-se a ele todos os princípios aerodinâmicos aplicáveis aos demais dispositivos aerodinâmicos utilizados na aeronave para sustentação e controle. Ele também sofre com todos os problemas decorrentes de descolamento de camadas, ondas de choque, arrasto induzido e etc. Estações A localização de pontos de uma pá é dada por estações que são a medida em polegada a partir do eixo de rotação da hélice. Isto serve para orientar procedimentos de manutenção e relatos a respeito de danos encontrados. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 4 Ângulos de Ataque Uma pá de hélice é torcida. O ângulo da pá muda do cubo à ponta com o ângulo de incidência do maior, no cubo, ao menor na ponta (ver a figura). A razão para a torção é produção de um empuxo mais uniforme ao longo de seu comprimento. Porque a pá gira, há uma diferença na velocidade linear nas várias estações da pá. A ponta da pá viaja mais rapidamente do que a parte perto do cubo porque a ponta viaja uma distância maior do que o cubo no mesmo espaço de tempo. Mudar o ângulo de incidência (passo) do cubo à ponta para corresponder a velocidade, produz um empuxo mais uniforme ao longo do comprimento da pá. Se a pá da hélice fosse projetada com o mesmo ângulo de incidência durante todo o seu comprimento, seria extremamente ineficiente, porque como a velocidade aerodinâmica aumenta no vôo, a parcela perto do cubo teria um ângulo de ataque negativo quando a ponta de lâmina estaria stolando. Forças em Ação Diversas forças estão em ação durante o trabalho de uma hélice. Da esquerda para a direita 1- Tração longitudinal 2- Flexão axial 3- Flexão circular ou lateral 4- Flexão lateral 5- Torção axial Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 5 Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 6 Perfis O perfil aerodinâmico utilizado na pá varia ao longo das estações também em função da espessura da seção. Quanto mais perto do eixo de rotação maior a espessura do perfil para suportar a forças de tração e flexão a que é submetida. Perfil da Ponta da Hélice A ponta da hélice pode ser arredondada ou quadrada. Vários tipos de ponta são usados para manter uma determinada freqüência de ressonância que é determinante do ruído. O formato da ponta da hélice é determinado também em função de: • Estética – Marketing • Requerimentos de ruído, • Performance, • Condição de reparo • Distância do solo ou da fuselagem. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 7 Diâmetro da Hélice O diâmetro da hélice é em função do motor e das limitações da estrutura da aeronave. � Grandes diâmetro de hélices são melhores para baixas velocidades. � Menores diâmetros são melhores para velocidades maiores. Por exemplo, o diâmetro de uma hélice de passo fixo é sempre grande para beneficiar a baixa velocidade de operação, enquanto os menores diâmetros favorecem as aeronaves de velocidade de vôo maiores e as altas rotações de um motor turbo hélice. Entretanto limitações estruturais podem determinar o diâmetro de uma hélice como a distancia ao solo ou da fuselagem. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 8 Passo da Hélice Passo de uma hélice é o ângulo da pá em relação ao plano de rotação Para o Táxi o passo da hélice é o mínimo já que a velocidade de táxi deve ser baixa, caso contrário a constante solicitação do freio trará maior desgaste das pastilhas e mais gasto de combustível. O Ângulo utilizado para a descida também é baixo já que a necessidade de tração é naturalmente menor. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 9 O passo utilizado em cruzeiro varia de modelo para modelo, de altitude e da velocidade desejada O Passo bandeira é utilizado apenas em condição de corte o motor para cause menos arrasto. Alguns motores permanecem no passo bandeira sempre que estão cortados, portanto a partida destes motores será sempre neste condição até que haja pressão de óleo suficiente para a alteração do passo. O passo reverso só é possível em aeronaves que dispõem deste recurso, comum em Turbo-hélices. É utilizado para auxiliar a parada da aeronave e geralmente só pode ser utilizado no solo, na aterrissagem ou em uma decolagem abortada. Seu ângulo em reação ao eixo de rotação é negativo produzindo empuxo no sentido contrário ao sentido de deslocamento da aeronave. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 10 Passo chato é onde o ângulo é zero e inexiste tração. É utilizado na partida de motores de eixo direto e eventualmente durante o táxi. É o passo que causa o maior arrasto à aeronave. Transferidor Este instrumento é usado para medir o ângulo da pá em uma determinada estação. Este ajuste é importante mesmo em hélices de passo variável para se estabelecer o mesmo ângulo em todas as pás para um determinado comando. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 11 Geografia da Hélice Partes da Hélice Blade - one arm of a propeller from hub to tip. Hub - center section of the propeller that carries the blades and is attached to the engine shaft. Blade Tip - that part of the blade furthest from the hub. Prop Diameter - the diameter of the circle circumscribed by the blade tips. Blade Root - section of a detachable blade nearest the hub. Blade Shank - the thick portion of a blade near the hub. Blade Station - one of the designated distances along the blade as measured from the center of the hub. Blade Camber Surface - the cambered or most cambered side of a blade (as seen from in front of the aircraft). Blade Face or Thrust Surface - the flat or least cambered side of the blade (as seen from in back of the aircraft). Blade Thickness - the maximum thickness between the cambered surface and the face or thrust surface at a given blade station. Blade Leading Edge - the forward full “cutting” edge of the blade that leads in the direction of rotation. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 12 Blade Trailing Edge - the continuous edge of the blade that trails the leading edge in the direction of the rotation. Blade Width - the measurement between the leading edge and the trailing edge at a given station. Blade Angle - an angle (less than 90º) between the chord line of a propeller blade section and a plane perpendicular to the axis of propeller rotation. Chord line - is a theoretical straight line drawn between the leading and trailing edges of the blade. Blade Angle Settings - low and high angle settings of a controllable pitch prop, as determined by built-in stops, for feather, reverse, latch and start locks.Tipos de Hélices As hélices podem ser classificadas de várias formas: 1) De acordo com Tração / Posição 2) Com o número de pás. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 13 3) Com as possibilidades de configuração do passo Quanto a Tração As hélices são classificadas tipicamente de acordo com sua posição no avião. Por exemplo, as hélices tratoras são montadas na parte dianteira de um motor e puxam um avião através do ar. No outro lado, a hélices tipo empurradoras (pusher) é montado na extremidade traseira de um avião e empurra um avião através do ar. A maioria dos aviões são equipados com hélices tipo tratoras; entretanto, há diverso hidroaviões e aviões anfíbios que são equipados com as hélices do empurradoras (Pusher). A principal vantagem da hélice tipo tratora é que tem menor stresses induzidos na hélice já que gira em ar menos perturbado. Tanto a tratora quanto a empurradora impulsionam a aeronave pelo ar de forma eficiente. Entretanto, em alguns exemplos um tipo de hélice pode ser melhor para um dado avião. Por exemplo, em aeronaves cuja distancia da ponta da hélice ao solo seja pequena a empurradora leva desvantagem. Isto porque poderá receber pedregulhos vindos das rodas que irão danificá-la. Por outro lado seria muito difícil de projetar a instalação de uma hélice do tipo tratora em um avião anfíbio. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 14 Número de Pás As Hélices são classificadas pelo número de pás como: 1- Mono-pá 2- Bi-pá 3- Tri-pá 4- Quadri-pá 5- Multi-pá (5 ou mais pás) Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 15 Nas Hélices tri-pás, as pás podem ser mais curtas que as bi-pás com um mesmo empuxo e com isto podem aumentar a distancia livre do solo e distancia entre a hélice e a fuselagem. Hélices multi-pás também produzem em menor escala o incomodo ruído de alta freqüência. A vibração é mais reduzida, o efeito volante (flywheel) é maior e a performance do avião melhor. Quanto a Possibilidades de Configuração do Passo As hélices são classificadas também pelas possibilidades de configuração do passo: • Passo Fixo (Fixed pitch) • Ajustáveis no Solo (Ground adjustable ) • Passo Variável (Controllable Pitch ) • Velocidade Constante (Constant Speed ) • Reversíveis (Reversible) Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 16 • Embandeiráveis (Feathering) Hélice de Passo Fixo O tipo o mais simples de hélice é uma hélice de passo fixo. As hélices de passo fixo são projetadas para um avião particular para produzir sua máxima eficiência a uma determinada rotação e em uma rotação especifica. Uma hélice de passo fixo com um ângulo de pá baixo, chamado freqüentemente (a hélice da subida, fornece o mais melhor desempenho para a decolagem e subida. Na uma mão, uma hélice de passo fixo com um ângulo de pá elevado, chamado frequentemente hélice do cruzeiro, é adaptada mais ao vôo de cruzeiro de alta velocidade e de altura elevada. É a importante saber que com este tipo de hélice, toda a mudança da RPM ideal ou velocidade aerodinâmica reduz a eficiência da hélice. • Climb propeller (Subida) • Cruise propeller ( Cruzeiro) A hélice de passo fixo é de uma única peça com um ângulo de pá fixo. O passo tem que ser suficiente para oferecer boa performance na velocidade de cruzeiro e ainda performance aceitável para as características de subida e para a decolagem da aeronave. Como é impossível ter máxima eficiência em todas as circunstâncias sua performance fica comprometida. Obs.: Algumas destas hélices podem ter seu ângulo ajustado em bancada. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 17 Montagem Básica Bi-pá passo fixo Hélices de Passo Ajustável no Solo Hélices de passo ajustável no solo são semelhantes ás de passo fixo nas quais os ângulos de suas pás não pode ser mudado durante o vôo. No entanto, a hélice é construído de uma forma que permite que o ângulo seja facilmente alterado no solo. Este tipo de hélice encontrada principalmente em aviões construídos entre os anos 1920 e 1940 e nos ultra light de hoje. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 18 Não confundir com as hélices de passo fixo ajustáveis em bancada, que podem ter o passo ajustado em oficinas especializadas. Estas hélices podem ser ajustas antes da decolagem pelo próprio piloto em função do próximo vôo. Se tem uma pista curta pela frente e um vôo curto, faz-se opção por uma ângulo que privilegie a decolagem em detrimento do vôo de cruzeiro. Se a pista de decolagem é longa e o vôo também, o piloto pode optar por privilegiar a performance do cruzeiro. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 19 Hélices de Passo Controlável Hélices de Passo Controlável tem uma vantagem sobre hélices ajustáveis no solo em que o ângulo da pá pode ser alterado enquanto a hélice está girando. Isto permite que a pá da hélice assuma o ângulo que proporcione o melhor desempenho para uma determinada condição de vôo. O número de posições de passo pode ser limitado, como em uma hélice de duas-posições controláveis, ou o passo pode ser ajustado a qualquer ângulo entre um passo mínimo e um máximo. As hélices de velocidade constante, por vezes chamada de hélices automática, são as únicas em que o piloto seleciona uma velocidade de rotação, as pás da hélice se ajustam automaticamente para manter o RPM selecionada. Com este tipo de hélice, controle do passo é fornecido por um dispositivo conhecido como governador. Um governador típico utiliza pressão de óleo para controlar o passo. Hélice de passo controlável proporcionam a máxima eficiência, permitindo ao piloto controlar o passo para a maioria das condições encontradas em vôo. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 20 Hamilton Standard 12D40-11 controllable pitch propellers are ordered for Amelia Earhart's Lockheed Electra 10E, a sleek, twin-engined airliner outfitted for her flight around the world. Linda Finch reenacted Earhart's flight in 1997, in an Electra restored with assistance from Pratt & Whitney and Hamilton Standard Hélice de Passo Automático Em uma hélice de passo automático o ângulo da pá é alterado automaticamente dentro de um intervalo predeterminado como resultado das forças aerodinâmicas que atuam sobre as pás. Neste caso o piloto não tem nenhum controle sobre as alterações. Hélice de Velocidade Constante A Hélice de velocidade constante é usada com um governador que automaticamente proporciona rotação constante pelo controle das forças que atuam na hélice para alterar o ângulo das pás dentro de valores pré- ajustados. Um sistema de velocidade constante permite ao piloto selecionar a velocidade do motor e para qualquer situação a velocidade será mantida mesmo com as variações de atitude da aeronave e potência do motor. Assim permite a operação da hélice e do motor nas mais eficientes rotações. A rotação é controlada pela variação do ângulo da pá, que é o ângulo do perfil em relação ao plano de rotação. Quando o piloto aumenta a potencia em vôo o ângulo da pá é aumentado, o torque necessário para rodar a hélice aumenta e para cada rotação ajustada a velocidade do avião e o torque do motor irão aumentar. Para um cruzeiro econômico o piloto reduz a manete para a pressão de manifold desejada para a condição de cruzeiro e reduz o ângulo da hélice mantendo a rotação selecionada. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 21 Hélices de Passo Reversível Hélices de Passo Reversível são um refinamento da hélice de velocidade constate. No avião equipado com uma hélice reversível, as lâminas da hélice podem ser giradas a um ângulo negativopara produzir a empuxo reverso. Isto força o ar para a frente em vez de para trás e permite uma aterrissagem mais curta, economia de freio e até facilidades em manobras no solo. Tipicamente utilizado em instalações em turba-hélices. Hélices Embandeiráveis As Hélices Embandeiráveis são um tipo de Hélices de velocidade constante que tem a habilidade de girar as pás de forma que o seus bordos de ataque fiquem de frente para o vento relativo da aeronave. A única situação em que o piloto seleciona a posição de embandeiramento é quando há uma falha com parada no motor. Isto reduz significativamente o arrasto causado pelo motor inoperante. Caso contrário o motor irá manter a hélice girando como um cata-vento o que acarretará num grande arrasto. O baixo arrasto diminui a força assimétrica quando em bimotores. Em monomotores a vantagem é o aumento da razão de planeio, que pode ajudar numa decida de emergência. O Passo bandeira é quando a pá forma o ângulo de 90º em relação ao plano de rotação. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 22 Um sistema de Hélices embandeiráveis é usado normalmente em bimotores, mas existem mono-motortores com este dispositivo instalado (Cessna –Caravan –foto acima). Se um dos motores falha a hélice deste motor pode rodar pela força do vento causando um maior arrasto. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 23 Materiais de Construção das Hélices Quase todas as hélices produzidas são feitas de madeira, de aço, de alumínio, ou de material composto. No inicio do desenvolvimento do avião todas as hélices eram feitas da madeira. Entretanto, desde que a madeira é razoavelmente suscetível a danos, as hélices de aço encontraram rapidamente hegemonia na aviação. Hoje, as ligas de alumínio são o material predominante usado na construção tanto das hélices de passo fixo quanto das de velocidade constante. Além do alumínio, alguns materiais compostos estão sendo utilizados agora por causa de seus peso e flexibilidade. Madeira A madeira foi o material mais confiável para a fabricação das hélices por muitos anos. As madeiras de lei tais como o vidoeiro, o Maple, e diversas outras possuem a flexibilidade e a resistência requeridas para uma hélice usada nos motores de baixa potencia de um avião pequeno. A estrutura molecular da madeira permite que absorva a vibração do motor em grande parte e não é afetada pela vibrações ressonantes. Entretanto, a menos que os a madeira seja revestida com uma camada protetora resistente de resina ou do outro material, são suscetíveis aos danos do cascalho e dos detritos durante as operações em piso de terra. Ligas de Alumínio Hoje, a vasta maioria das hélices é construída de uma liga de alumínio. As ligas de alumínio são melhores do que a madeira porque permite superfícies de sustentação mais finas, mais eficientes e podem ser construídas sem sacrificar a força estrutural (melhor resistência especifica). Além disto, as superfície de sustentação em uma hélice de alumínio estendem desde a região próxima ao cubo, o que fornece um fluxo de ar melhor para refrigerar do motor. As hélices de alumínio também requerem muito menos manutenção do que as hélices de madeira, reduzindo o custo operacional. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 24 AÇO As hélices de pás de aço foram encontradas primeiramente nos aviões da 2ª Guerra e na velha geração de aviões de transporte. Porque o aço é um metal pesado, as pás de aço são normalmente folhas de aço consistindo pás ocas unidas a uma estrutura de reforço. A área oca é cheia com um material de espuma para ajudar absorver a vibração e manter a estrutura rígida. Materiais Compostos As pás de hélice de Material Composto estão ganhando popularidade na industria aeronáutica. Algumas vantagens das hélices compostas incluem o fato que são de pouco peso e extremamente duráveis. Além disto os materiais compostos absorvem boa parte da vibração. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 25 Alterando o Passo O passo das hélices atuais é alterado hidraulicamente em um sistema de ação único usando o óleo sob pressão do próprio motor da aeronave controlado pelo governador de hélice. • Num sistema de velocidade constante não embandeirável, o passo é aumentado com o aumento da pressão de óleo. • Num sistema embandeirável o passo é reduzido com o aumento da pressão de óleo. - Para prevenir movimentos acidentais para a posição de bandeira durante o vôo o que iria ocasionar um sobre-torque danificando o motor. Os comandos tem travas para permitirem a atuação do embandeiramento somente em baixas rotações. Em um sistemas de hélice de acionamento único, a pressão de óleo é fornecida pelo governador, que atuando no pistão produz a força oposta ao momento causado pela força centrifuga nas pás de modelos de velocidade constantes ou pelo contrapesos e molas dos sistemas embandeiráveis. Para aumentar ou diminuir o passo, óleo a alta pressão é direcionado para hélice que move o pistão de volta. O movimento do pistão é transmitido para as pás por pinos de atuação e hastes, movendo as pás em direção ao passo alto para sistemas de velocidade constante ou baixo passo para os sistemas. (Figuras. 1A & 1B) Quando as forças opostas são iguais, o óleo flui para os batentes da hélices e o pistão também pára. O pistão se mantém na posição mantendo o passo das pás no ponto até que o óleo flua para ou da hélice. É o governador de hélice que estabelece esta posição. (Figs. 2A & 2B nos slides seguintes) Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 26 Deste ponto, o passo diminui para as hélices de passo constante e aumenta para as hélices embandeiráveis deixando o óleo fluir de volta para o motor. (Figs. 3A & 3B) Quando o governador inicia este procedimento, a pressão hidráulica cai e o pistão se move para frente mudando o passo da hélice. O pistão continuará se movendo para frente mudando o passo da hélice até que as forças opostas novamente se igualem. O batente mecânico é instalado na hélice para limitar o curso em ambas as direções. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 27 Embandeiramento O passo bandeira é conseguido através de um braço mecânico que cancela os contrapesos e a mola de velocidade. Quando a manete da cabina é movida para o bandeira, a alavanca e o eixo do governador são girados para uma posição abaixo do limite de baixa RPM. Enquanto o eixo rosqueado suporta a haste do elevador do eixo, ela acopla o eixo da válvula piloto e levanta a válvula piloto. Isto faz com que o óleo flua para fora da hélice e as pás movem-se para a posição do passo bandeira. (Fig. 12) A tomada externa é conectada a um acumulador. Um lado do acumulador é cheio com o nitrogênio comprimido e o outro lado com óleo. Isto permite com que o óleo seja armazenado sob alta pressão, como durante o vôo normal. A menos que o avião esteja equipado com a opção de acumulador de embandeiramento, o desembandeiramento só pode ser feito pelo piloto movendo o controle da hélice para HIGH- RPM (passo baixo) e acoplando o starter do motor. Quando o motor está girando rápido Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 28 bastante para desenvolver a pressão de óleo suficiente, as lâminas da hélice serão forçadas fora do passo bandeira. A opção de acumulador de desenbandeiramento permite uma hélice embandeirável ser desembandeirada no vôo para se iniciar um procedimento de partida do motor pela velocidade do vento relativo (air-start). Com esta opção, o regulador é modificado para fornecer uma tomada externa de alta pressão do óleo através de uma válvula unidirecional, como se fosse um dispositivopara anular a válvula unidirecional. (Fig. 13) Quando a hélice está embandeirada a check valve mantém a pressão de óleo no acumulador. (Fig. 14) Quando a manete de hélice é movida de bandeira para passo de ângulo mais baixo, a check valve está aberta. Permitindo o óleo em alta pressão fluir do acumulador para válvula piloto do governador. Com a haste de controle do governador e o eixo na posição de passo baixo, a mola de retorno rápido força a válvula piloto para baixo para que o óleo flua para a hélice e mova as pás para a posição passo baixo, low pitch. ( Fig. 15) Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 29 Hélice com Controle de Beta A hélice que permite o reposicionamento manual do angulo das pás passando através da trava. Usado principalmente durante o táxi, onde o empuxo normalmente é controlado manualmente ajustando-se a manete de potencia. Este tipo de hélice é de uso exclusivo de turbo hélices. Hélices para Motores de Eixo Direto Turbo Comander Os motores de eixo direto utilizam hélice com dispositivos especiais para que mantenha passo chato sempre durante a sua parada para facilitar a próxima partida do motor. Tipos de Motores Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 30 Eixo direto Turbina livre Motores de Eixo Direto HARTZELL REVERSING PROPELLER SYSTEMS The following discussion focuses an the Hartzell reversing propellers used with Allied-Signal TPE331 and Pratt & Whitney PT6 engines. Many of the operational characteristics of Hartzell propellers are typical of propellers produced by other manufacturers for turboprop engines; therefore, a study of these propeller systems serves well as an overview of how most turboprop propeller systems operate. Allied-SIGNAL TPE-331 Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 31 Hartzell propeller systems are used on many aircraft equipped with TPE-331 model engines including the Mitsubishi MU-2, the Fairchi1d Metro:' and the Aero Commander 690 aircraft. The TPE-331 is fixed shaft turbine that, depending on the model, produces between 665 and 1,100 shaft horsepower when the gas generator is operating at approximate1y 41,700 rpm. The TPE-331 is sometime referred so as a constant-peed engine. This means that the engine operates at or near 100 percent rpm throughout its operational cycle. REDUCTION GEARING I The TPE-331 engine's propeller reduction gearing housed an the front of the engine with a fixed shaft coupled directly to the gas generator's third stage turbine. The reduction gearing produces a propeller shaft rotational speed of approximately 2,200 rpm which equates to a reduction ratio of about 14:1. provide a degree of flexibility, the reduction gear can be situated either above or below the engine centerline to accommodate various airframe from manufacturer's requirements. NTS To prevent the propeller from driving the turbine and compressor sections of a fixed shaft turbine engine, the reduction gear portion of the engine incorporates a negative-torque-sense (NTS) system that automatically increases propeller pitch when negative torque exists. This condition can occur when the engine's power is rapidly decelerated and the propeller's pitch configuration causes the prop to windmill due to slipstreaming. In this situation, the NTS changes the propeller's pitch enough to prevent the propeller from driving the engine. Another benefit of the NTS is that, if the engine fails, the NTS will sense that loss of engine torque and automatically rotate the blades to their high-pitch position Some engines may incorporate a separate thrust sensitive signal (TSS) that automatical1y feathers the propeller in the event of an engine failure. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 32 PROPELLER The propeller commonly used on a TPE-331 engine is a flange-mounted three or four-bladed Hartzell steel hub, feathering and reversing propeller. With this type of propeller, the blades are moved to the low pitch and reverse pitch with governor oil pressure. On the other hand, the blades are moved to hi -pitch and the feather position by a combination of spring pressure and centrifugal force acting on blade counterweights. However, to prevent the blades from rotating into the feather position during shutdown, a set of retractable pitch stops are incorporated. This is typical on fixed shaft turboprop engines so the load on the propeller is minimized during subsequent engine starts. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 33 Governador Ao lado dá hélice, a outra parte importante do sistema é o governador. Cada governador é montado engrenado ao motor, e move a bomba de engrenagem do governador e o conjunto de contra pesos. A bomba de engrenagem impulsiona a pressão de óleo do motor para fornecer a resposta rápida e positiva da hélice. A velocidade rotatória do conjunto do contra pesos varia diretamente com velocidade de motor e controla a posição da válvula piloto. Dependendo de sua posição, a válvula piloto dirigirá o fluxo do óleo à hélice, permitirá o fluxo do óleo para trás da hélice, ou suporá uma posição neutra com nenhum fluxo de óleo. Estes fluxo de óleo possibilita condições para o aumento do passo, a redução do passo ou ao passo constante das pás da hélice. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 34 Os contra-pesos mudam a posição da válvula piloto utilizando-se da força centrifuga. Os contra-peso em forma de “L” são instalados com suas pernas projetadas sobre um rolamento na válvula piloto. Quando a rotação do motor é mais baixa do que o ajustado pelo controle da hélice, a mola de velocidade mantém a válvula piloto em baixo o que faz o óleo fluir para a hélice num sistema de embandeiramento completo e da hélice num sistema de velocidade constante. (Fig. 5) Quando a rotação do motor vai aumentando a parte superior dos contrapesos vai se movendo para for a com a força centrifuga. A perna inferior se move para cima empurrando a válvula piloto no sentido contrário ao da mola de velocidade de forma que o óleo flua para ou dá hélice. (Fig. 6) Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 35 Quanto mais rápido os contra-pesos girarem, mais para fora a parte superior será impulsionada pela força centrifuga forçando a válvula piloto a liberar mais óleo da hélice (embandeirável) ou para a hélice de velocidade constante. (Fig. 7) A manete de controle do cockpit é conectada ao braço de controle do governador que quando move esta conectado ao eixo com rosca. Quando a haste é movida o eixo com rosca move-se para cima e para baixo para aumentar ou diminuir a pressão da mola de velocidade. (Fig. 8) Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 36 Por Exemplo, quando o controle da cabine do piloto é movido para a frente, o eixo do controle do governador é enroscada para baixo, aumentando a compressão na mola. Isto aumenta a velocidade necessária para os contrapesos mover a válvula piloto e produz um ajuste de rotação mais elevada. A alavanca de controle da cabina do piloto permite que o piloto do avião desloque a escala da operação do governador da RPM elevada à RPM baixa ou à alguma área intermediária. Este sistema resulta em velocidade constante produzindo o que é conhecido com condição “On Speed”, que existe quando a velocidade é constante. O movimento dos controles da cabina do piloto ajusta as molas de velocidade na RPM desejada. Os contrapesos posicionam a válvula piloto para dirigir o óleo a ou das hélices. Isto, por sua vez, posiciona as pás da hélice em um passo que absorve a potencia do motor ou a RPM selecionada. Quando o momento do equilíbrio de RPM ocorre, a força doscontrapesos se iguala a carga da mola de velocidade. Isto posiciona a válvula piloto na posição de velocidade constante com nenhum óleo fluindo das ou para as hélices. (Figuras. 9A & 9B) A velocidade de motor cai então ao ajuste original de RPM. Se o avião começar a subir ou a potência do motor estiver diminuído, resulta uma condição de UNDERSPEED. A velocidade em relação ao ar é reduzida e, desde que o passo das pás da hélice é demasiado elevado, os motores começam a reduzir. No o instante onde isto acontece, os contrapesos inclinam- se, fazendo com que a válvula piloto abaixe. Simultaneamente, o óleo flui para hélices em um sistema embandeirável (Fig. 11A) e da hélice em um sistema de Velocidade Constante Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 37 (Fig. 11B), reduzindo o passo das pás em ambos os casos. Isto aumenta automaticamente a velocidade dos motores para manter o ajuste original de RPM. Para hélices de passo fixo em uma posição fixa da manete, a rotação da hélice do motor aumentam e diminuem com a velocidade da aeronave em relação ao ar (airspeed). Numa velocidade constante em relação ao ar a rotação de uma hélice de passo fixo e de seu motor variam se a potencia é aumentada ou diminuída. A hélice de velocidade constante usa o governador de hélice para manter a velocidade constante para uma determinada posição da manete. O ângulo das pás automaticamente aumenta e diminui quando há variações de velocidade e potencia do motor. Com uma rotação e potência fixas o ângulo das pás automaticamente muda com as variações da velocidade da aeronave em relação ao ar. Opcionais • De-ice • Sincronizador de Rotação • Sincronizador de Hélices Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 38 De-ice System Apos a formação de gelo, um sistema de degelo aplica corrente energia para aquecer a hélice derretendo o gelo perto da superfície da pá para que ele seja removido pela força centrifuga enquanto a hélice gira. Um sistema de degelo típico constituído por um boot um anel fixo e escovas de carvão. Hélices com tecnologias mais antigas faziam o de-gelo pela injeção de álcool nas pás. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 39 Sincronizadores Em aviões bi-motores o benefício do sincronizador é a redução do incomodo ruído produzido pela interação entre a hélice e a fuselagem. O sistema de governador proporciona os meios para a sincronização da velocidade e da fase. As opções de sincronização ajustam a rotação de uma das hélices para que gire na mesma velocidade da outra. Em geral são usados sensores de rotação nos próprios governadores que enviam informação a uma central eletrônica. Esta central compara as velocidades e comanda um dos motores (o escravo) para acompanhar velocidade do outro. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 40 Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 41 Sincronizadores de Fase Uma vez com a rotação sincronizada a opção de sincronismo de fase pode ser acionada. Esta opção possibilita ao piloto ter cada pá na mesma posição de pá do outro motor também para reduzir ruído. Em geral os sincronismo de fase de rotação são feitos pelo mesmo equipamento utilizando também os mesmos sensores. Hélices Sistemas de Aeronaves II Página 42 Identificação e Controle As hélices são componentes controlados separadamente da aeronave e dos motores. Fabricantes www.sensenich.com Sensenich Propeller Manufacturing Co. www.hartzellprop.com www.mccauley.textron.com In 1999, Hamilton Standard merged with Sundstrand Corporation to become Hamilton Sundstrand, a division of United Technologies Corporation.
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