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Roteiro de aula AÇÃO de Divisão e Demarcação

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1 
 
DA AÇÃO DE DIVISÃO E DA DEMARCAÇÃO DE TERRAS 
PARTICULARES. Artigos 569 a 598 do CPC. 
 
1- INTRODUÇÃO. 
Decorre do direito de propriedade – que tem a “exclusividade” como a 
faculdade do proprietário usar, gozar e dispor do que é seu, sem a 
interferência de outrem. (artigo 1.228 CC) 
O direito a ter o imóvel individualizado está previsto nos arts. 574 
(demarcação) e 588 (divisão), ambos do CPC. 
Divisão* surge para situações de co-proprietários – CONDÔMINOS – para 
obrigar os demais consortes a partilhar a coisa comum. 
* somente para bens divisíveis, pois se for indivisível será ação de extinção 
de condomínio. 
Demarcação tem o objetivo de obrigar os confinantes a estremar os 
respectivos prédios, fixando-se novos limites entre eles ou tornando claro 
os já apagados. 
Art. 569 CPC. Cabe: 
I - ao proprietário a ação de demarcação, para obrigar o seu 
confinante a estremar os respectivos prédios, fixando-se novos limites 
entre eles ou aviventando-se os já apagados; 
II - ao condômino a ação de divisão, para obrigar os demais 
consortes a estremar os quinhões. 
Estas ações são exclusivas de terras particulares. 
2 
 
A demarcação de terras públicas se faz por meio da ação 
discriminatória, disciplinada na Lei nº 6.383/76. 
- São, duas as ações previstas com procedimento especial: a de 
demarcação e a de divisão. 
- Podem, entretanto, ser cumuladas (art. 570), ou seja, no mesmo processo 
se proceder, à demarcação (contra os confinantes) e, em seguida, à 
divisão (contra os condôminos). 
- Sendo Cumuladas: 1º - a ação demarcação, 2ª - a ação de divisão. 
Nessa hipótese, com a fixação dos limites de demarcação, os confinantes 
passam a ser considerados terceiros em relação à divisão, que, em tese, 
não lhes interessa. Todavia, permanecem no processo, para que se lhes 
assegure o direito de não serem prejudicados na divisão, seja vindicando a 
área de que, porventura, sejam despojados, por invasão das linhas limítrofes 
constitutivas do perímetro que se formará com a divisão, seja para reclamar 
indenização, a que julguem ter direito. 
Cabe a ação de demarcação ao proprietário para obrigar o seu confinante 
a estremar os respectivos prédios, fixando-se novos limites entre eles ou 
para aviventar os já apagados. 
Cabe a ação de divisão ao condômino para obrigar os demais consortes a 
partilhar a coisa comum. 
2- ORIGEM no Direito Romano: 
Finium regundorum – divisão 
Communi dividendo – demarcação 
 
3 
 
1- Quando possível, a divisão era feita, em partes iguais, 
adjudicando-se 1 (um) quinhão a cada parte. Se um quinhão fosse 
superior a outro, o que ficou com o menor era condenado a pagar $.Se 
indivisível, um ficava com a coisa, mas era condenado a pagar $ à outra 
parte. 
2- Permitia ao proprietário ir a juízo obter uma linha divisória entre 
os dois imóveis quando se confundiam. Restaurava a linha original. 
O Juiz buscava ajuda em agrimensores e registros públicos para 
optar por marcos divisórios mais claros. 
 
3- DEMARCAÇÃO E DIVISÃO EXTRAJUDICIAL 
Art. 571 do CPC A demarcação e a divisão poderão ser 
realizadas por escritura pública, desde que maiores, capazes e 
concordes todos os interessados, observando-se, no que couber, 
os dispositivos deste Capítulo. 
REQUISITOS: 
- Concordância de todos os interessados 
- Maiores e capazes. 
4. AÇÃO DE DEMARCAÇÃO JUDICIAL. 
Cabe a ação de demarcação ao proprietário para obrigar o seu confinante 
fixar novos limites entre eles ou deixar mais claros os já apagados. 
A ação de demarcação, prevista no art. 569, I, do CPC tem por finalidade: 
- fazer cessar a confusão de limites entre imóveis confinantes, 
- fixar novos limites para cada qual, seja aviventando os limites que 
havia, mas se encontram apagados, o que, de qualquer forma, ocasiona a 
confusão. 
4 
 
REQUISITO ESSENCIAL: 
- existência de dois ou mais imóveis confrontantes e a inexistência de 
limites certos entre eles. 
PROCEDIMENTO 
1
A
 FASE – Acertar a existência de direito substancial. 
2
a
 FASE - Destinada à sua efetivação. 
1
a
 fase 
Petição INICIAL 
COMPETÊNCIA: Local do imóvel 
Art. 47. CPC - Para as ações fundadas em direito real sobre 
imóveis é competente o foro de situação da coisa. 
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo 
foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de 
propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de 
terras e de nunciação de obra nova. 
 
PARTES: 
Autor – Proprietário e o cônjuge (qualquer condômino). 
Reú – Os Confinantes e o cônjuge. 
A ação pode ser promovida pelo proprietário único, ou, havendo 
compropriedade, por qualquer dos condôminos, hipótese em que os 
demais serão citados como litisconsortes ativos. 
Art. 575. Qualquer condômino é parte legítima para promover a 
demarcação do imóvel comum, requerendo a intimação dos demais para, 
querendo, intervir no processo. 
CAUSA DE PEDIR. 
5 
 
Petição inicial da ação demarcatória deve conter certos requisitos 
especiais (além dos requisitos de toda e qualquer petição inicial). 
- Designação do imóvel pela situação e denominação. 
(descrição da área objeto da ação, onde irá estremar os limites. 
Qual o imóvel que se pretende demarcar, ainda que os limites não 
sejam certos. 
- Descrição dos limites que entende corretos, e que espera que a 
sentença acolha. Embora o objetivo da ação seja, exatamente, a 
descoberta dos limites verdadeiros, impõe-se ao autor que 
demonstre a linha que acredita ser correta, para possibilitar a defesa 
dos réus, que não teriam como impugnar o pedido, por desconhecer 
qual a exata pretensão do autor. Por isso, a falta desse requisito 
conduz à inépcia da petição inicial. 
- Indicação de todos os confinantes da linha demarcada, porque 
todos podem ser atingidos pela demarcação. é caso de 
litisconsórcio necessário, exceto se a dúvida sobre os limites for 
em relação a apenas um confinante (art. 547 CPC) 
- Juntar os títulos de propriedade do imóvel. 
 
Art. 574. Na petição inicial, instruída com os títulos da 
propriedade, designar-se-á o imóvel pela situação e pela 
denominação, descrever-se-ão os limites por constituir, aviventar ou 
renovar e nomear-se-ão todos os confinantes da linha demarcanda. 
PEDIDO. 
SIMPLES: única e exclusivamente a demarcação. 
QUALIFICADO: com fundamento em esbulho ou turbação com a 
reintegração de posse, mais perdas e danos.(FOI MANTIDO PELO 
581 DO CPC). 
* Foi revogado o art. 951 autorizava a cumulação, ao pedido 
demarcatório, de pedido possessório, na hipótese de entender o autor que 
um ou alguns dos réus, por não conhecer perfeitamente a linha divisória 
entre os imóveis, tenha praticado esbulho ou turbação.Em verdade, o que o 
autor busca é a restituição do terreno invadido, inclusive com os 
rendimentos que deu, ou ressarcimento pelos danos eventualmente 
6 
 
sofridos. A cumulação permite que, além de acertar os limites, a sentença 
outorgue a proteção possessória, determinando a restituição. 
Art. 581. A sentença que julgar procedente o pedido determinará o 
traçado da linha demarcanda. 
Parágrafo único. A sentença proferida na ação demarcatória 
determinará a restituição da área invadida, se houver, declarando o 
domínio ou a posse do prejudicado, ou ambos. 
 
CITAÇÃO: 
Art. 576. A citação dos réus será feita por correio, observado o 
disposto no art. 247. 
Parágrafo único. Será publicado edital, nos termos do inciso III 
do art. 259. 
 
PRAZO DE DEFESA 
Art. 577. Feitas as citações, terão os réus o prazo comum de 15 
(quinze) dias para contestar. 
Art. 578. Após o prazo de resposta do réu, observar-se-á o 
procedimento comum. 
A partir dotérmino desse prazo, com ou sem contestação, o 
procedimento torna-se o COMUM, *exceto quanto à prova técnica. 
 Exige o art. 579 que, em qualquer caso (ou seja, havendo 
contestação ou ocorrendo julgamento antecipado), a prolação da 
sentença está condicionada ao levantamento de campo. 
- O trabalho de campo consiste em duas atividades distintas. 
- A primeira, nos moldes da prova pericial, é o levantamento do traçado 
da linha demarcanda, ou seja, o estudo, no local, das direções, medidas 
e distâncias entre pontos, para que se defina quais os limites entre os 
imóveis. A segunda O PERITO elaborará um laudo minucioso do traçado 
da linha levantada, e o agrimensor ao laudo juntará planta da região e o 
memorial, onde descreverá todas as operações realizadas no campo. 
7 
 
- Apresentado o laudo, sobre ele as partes poderão manifestar-se, no 
prazo comum de dez dias. 
- Em seguida, o juiz proferirá a sentença homologatória, da qual constará 
a linha demarcanda. Esta sentença é apelável. 
 
Art. 579. Antes de proferir a sentença, o juiz nomeará um ou 
mais peritos para levantar o traçado da linha demarcanda. 
Art. 580. Concluídos os estudos, os peritos apresentarão minucioso 
laudo sobre o traçado da linha demarcanda, considerando os títulos, os 
marcos, os rumos, a fama da vizinhança, as informações de antigos 
moradores do lugar e outros elementos que coligirem. 
 
SENTENÇA 
Art. 581. A sentença que julgar procedente o pedido determinará o 
traçado da linha demarcanda. 
Parágrafo único. A sentença proferida na ação demarcatória 
determinará a restituição da área invadida, se houver, declarando o 
domínio ou a posse do prejudicado, ou ambos. 
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo (sentença do 
581 cpc 1ª fase). 
§ 1o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a 
produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a 
sentença que: 
I - homologa divisão ou demarcação de terras; (sentença 
do artigo 587 CPC- 2ª fase) 
II - condena a pagar alimentos; 
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os 
embargos do executado; 
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; 
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; 
VI - decreta a interdição. 
8 
 
§ 2o Nos casos do § 1o, o apelado poderá promover o 
pedido de cumprimento provisório depois de publicada a 
sentença. 
§ 3o O pedido de concessão de efeito suspensivo nas 
hipóteses do § 1o poderá ser formulado por requerimento dirigido 
ao: 
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e 
sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para 
julgá-la; 
II - relator, se já distribuída a apelação. 
§ 4o Nas hipóteses do § 1o, a eficácia da sentença poderá ser suspensa 
pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do 
recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave 
ou de difícil reparação. 
 
2a fase 
- Após o trânsito em julgado, tem lugar a segunda atividade do trabalho 
de campo, que consiste: 
- na demarcação em si, com a colocação e inspeção dos marcos, bem 
como a documentação dessa última tarefa, com a elaboração de planta e 
memorial descritivo. 
Art. 582. Transitada em julgado a sentença, o perito 
efetuará a demarcação e colocará os marcos necessários. 
Parágrafo único. Todas as operações serão consignadas em planta e 
memorial descritivo com as referências convenientes para a identificação, em 
qualquer tempo, dos pontos assinalados, observada a legislação especial que 
dispõe sobre a identificação do imóvel rural. 
Art. 583. As plantas serão acompanhadas das cadernetas de operações 
de campo e do memorial descritivo, que conterá: 
I - o ponto de partida, os rumos seguidos e a aviventação dos antigos com 
os respectivos cálculos; 
II - os acidentes encontrados, as cercas, os valos, os marcos antigos, os 
córregos, os rios, as lagoas e outros; 
III - a indicação minuciosa dos novos marcos cravados, dos antigos 
aproveitados, das culturas existentes e da sua produção anual; 
9 
 
IV - a composição geológica dos terrenos, bem como a qualidade e a 
extensão dos campos, das matas e das capoeiras; 
V - as vias de comunicação; 
VI - as distâncias a pontos de referência, tais como rodovias federais e 
estaduais, ferrovias, portos, aglomerações urbanas e polos comerciais; 
VII - a indicação de tudo o mais que for útil para o levantamento da linha 
ou para a identificação da linha já levantada. 
 
Art. 584. É obrigatória a colocação de marcos tanto na estação inicial, dita 
marco primordial, quanto nos vértices dos ângulos, salvo se algum desses 
últimos pontos for assinalado por acidentes naturais de difícil remoção ou 
destruição. 
Art. 585. A linha será percorrida pelos peritos, que examinarão os marcos 
e os rumos, consignando em relatório escrito a exatidão do memorial e da planta 
apresentados pelo agrimensor ou as divergências porventura encontradas. 
Art. 586. Juntado aos autos o relatório dos peritos, o juiz 
determinará que as partes se manifestem sobre ele no prazo 
comum de 15 (quinze) dias. 
Parágrafo único. Executadas as correções e as retificações que o juiz 
determinar, lavrar-se-á, em seguida, o auto de demarcação em que os limites 
demarcandos serão minuciosamente descritos de acordo com o memorial e a 
planta. 
Art. 587. Assinado o auto pelo juiz e pelos peritos, será 
proferida a sentença homologatória da demarcação. 
- Os arbitradores, que acompanharão a demarcação realizada pelo 
agrimensor, apresentarão relatório escrito, onde verificarão a exatidão do 
memorial e da planta apresentados pelo agrimensor. 
- Apresentado o relatório, abre-se o prazo comum de quinze dias para 
que as partes sobre ele se manifestem, quando poderão alegar 
incorreções, que serão decididas pelo juiz. Decididas as impugnações e 
efetuadas, se for o caso, as correções necessárias, será lavrado o auto de 
demarcação, em que os limites dos imóveis são minuciosamente descritos. 
- O auto será assinado pelo juiz, pelos arbitradores e pelo agrimensor, e, em 
seguida, será proferida sentença homologatória da demarcação. 
- Esta sentença é apelável apenas com o efeito devolutivo. 
10 
 
Resumo 
Generalidades 
o Cessação de confusão de limites 
o Fixar novos limites ou aviventar os já 
existentes 
o Dois ou mais imóveis confrontantes 
Petição Inicial 
o Art. 319 + Art. 569 segs 
o Designação de imóvel que se pretende 
demarcar 
o Descrição dos limites que o autor 
entende corretos 
o Indicação dos confinantes da linha 
demarcada 
Procedimento 1ª fase. 
o Perícia com laudo e planta com a 
demarcação de onde será o traçado da 
linha com os confinantes. - 579 CPC 
o Sentença do artigo 581 CPC com a da 
fixação da linha demarcada na planta. 
Procedimento 2ª fase 
o Demarcação física no local – art. 582 e 
segs do CPC. 
o Sentença homologatória do relatório da 
demarcação física - artigo 587 do CPC 
DA AÇÃO DE DIVISÃO 
PROCEDIMENTO 
1A FASE – Direito a dividir o imóvel – meramente declaratória 
2a FASE - Destinada à sua efetivação. 
 
11 
 
1a fase 
Petição INICIAL 
COMPETÊNCIA: Local do imóvel 
 
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é 
competente o foro de situação da coisa. 
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo 
foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de 
propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de 
terras e de nunciação de obra nova. 
 
PARTES: 
Autor – Um dos proprietários (condômino) e o cônjuge. 
 Reú – Os co-proprietários – CONDÔNIMOS e os cônjuges. 
Art. 569. Cabe: 
II - ao condômino a ação de divisão, para obrigar os demais 
consortes aestremar os quinhões 
 
CAUSA DE PEDIR. 
Petição inicial da ação demarcatória deve conter certos requisitos 
especiais (além dos requisitos de toda e qualquer petição inicial – 319 
CPC) 
- Indicação da origem da comunhão e a denominação, a 
situação, os limites e as características do imóvel 
 
- o nome, o estado civil, a profissão e a residência de todos os 
condôminos, especificando-se os estabelecidos no imóvel com 
benfeitorias e culturas;Porque todos podem ser atingidos pela 
divisão. É caso de litisconsórcio necessário. 
12 
 
 
 
- As benfeitorias comuns. 
 
- Juntar os títulos de propriedade do imóvel. 
Art. 588. A petição inicial será instruída com os títulos de domínio do 
promovente e conterá: 
I - a indicação da origem da comunhão e a denominação, a situação, os limites 
e as características do imóvel; 
II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência de todos os condôminos, 
especificando-se os estabelecidos no imóvel com benfeitorias e culturas; 
III - as benfeitorias comuns. 
 
PEDIDO. 
SIMPLES: única e exclusivamente a divisão. 
QUALIFICADO : restituição dos terrenos usurpados e a indenização 
pecuniária proporcional ao desfalque sofrido. 
 
Art. 594. Os confinantes do imóvel dividendo podem demandar a 
restituição dos terrenos que lhes tenham sido usurpados. 
§ 1o Serão citados para a ação todos os condôminos, se a sentença 
homologatória da divisão ainda não houver transitado em julgado, e 
todos os quinhoeiros dos terrenos vindicados, se a ação for proposta 
posteriormente. 
§ 2o Nesse último caso terão os quinhoeiros o direito, pela mesma 
sentença que os obrigar à restituição, a haver dos outros 
condôminos do processo divisório ou de seus sucessores a título 
universal a composição pecuniária proporcional ao desfalque 
sofrido. 
CITAÇÃO: 
Art. 589. Feitas as citações como preceitua o art. 576, 
prosseguir-se-á na forma dos arts. 577 e 578. 
13 
 
Art. 576. A citação dos réus será feita por correio, 
observado o disposto no art. 247. 
Parágrafo único. Será publicado edital, nos termos do 
inciso III do art. 259. 
 
Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer 
comarca do país, exceto: 
I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, 
§ 3o; 
II - quando o citando for incapaz; 
III - quando o citando for pessoa de direito público; 
IV - quando o citando residir em local não atendido pela 
entrega domiciliar de correspondência; 
V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra 
forma. 
 
Art. 248. Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou o 
chefe de secretaria remeterá ao citando cópias da petição 
inicial e do despacho do juiz e comunicará o prazo para 
resposta, o endereço do juízo e o respectivo cartório. 
DA DEFESA 
1- Defesa de fato e/ou preliminar e/ou mérito. 
2- Apresentar seus títulos de propriedade 
3- Formular os pedidos dos quinhões. 
 
Art. 591. Todos os condôminos serão intimados a 
apresentar, dentro de 10 (dez) dias, os seus títulos, se ainda não o 
tiverem feito, e a formular os seus pedidos sobre a constituição 
dos quinhões. 
Art. 592. O juiz ouvirá as partes no prazo comum de 15 
(quinze) dias 
Art. 598. Aplica-se às divisões o disposto nos arts. 575 a 578. 
Art. 575. Qualquer condômino é parte legítima para promover 
a demarcação do imóvel comum, requerendo a intimação dos 
demais para, querendo, intervir no processo. 
14 
 
Art. 576. A citação dos réus será feita por correio, observado 
o disposto no art. 247. 
Parágrafo único. Será publicado edital, nos termos do inciso 
III do art. 259. 
577. Feitas as citações, terão os réus o prazo comum de 15 
(quinze) dias para contestar. 
Art. 578. Após o prazo de resposta do réu, observar-se-á o 
procedimento comum. 
DA INSTRUÇÃO 
A partir do término desse prazo, com ou sem contestação, o 
procedimento torna-se o COMUM, *exceto quanto à prova técnica. 
 Exige o art. 590 que, em qualquer caso (ou seja, havendo 
contestação ou ocorrendo julgamento antecipado), a prolação da 
sentença está condicionada ao levantamento de campo. 
Art. 590. O juiz nomeará um ou mais peritos para promover a 
medição do imóvel e as operações de divisão, observada a 
legislação especial que dispõe sobre a identificação do imóvel rural. 
Parágrafo único. O perito deverá indicar as vias de 
comunicação existentes, as construções e as benfeitorias, com a 
indicação dos seus valores e dos respectivos proprietários e 
ocupantes, as águas principais que banham o imóvel e quaisquer 
outras informações que possam concorrer para facilitar a partilha. 
Art. 591. Todos os condôminos serão intimados a 
apresentar, dentro de 10 (dez) dias, os seus títulos, se ainda não o 
tiverem feito, e a formular os seus pedidos sobre a constituição 
dos quinhões. 
Art. 592. O juiz ouvirá as partes no prazo comum de 15 
(quinze) dias 
§ 1o Não havendo impugnação, o juiz determinará a divisão 
geodésica do imóvel. 
§ 2o Havendo impugnação, o juiz proferirá, no prazo de 10 
(dez) dias, decisão sobre os pedidos e os títulos que devam 
ser atendidos na formação dos quinhões. 
15 
 
 
Art. 593. Se qualquer linha do perímetro atingir benfeitorias 
permanentes dos confinantes feitas há mais de 1 (um) ano, serão elas 
respeitadas, bem como os terrenos onde estiverem, os quais não se 
computarão na área dividenda. 
Art. 594. Os confinantes do imóvel dividendo podem demandar a 
restituição dos terrenos que lhes tenham sido usurpados. 
§ 1o Serão citados para a ação todos os condôminos, se a sentença 
homologatória da divisão ainda não houver transitado em julgado, e 
todos os quinhoeiros dos terrenos vindicados, se a ação for proposta 
posteriormente. 
§ 2o Nesse último caso terão os quinhoeiros o direito, pela mesma 
sentença que os obrigar à restituição, a haver dos outros condôminos do 
processo divisório ou de seus sucessores a título universal a composição 
pecuniária proporcional ao desfalque sofrido. 
 
Art. 595. Os peritos proporão, em laudo fundamentado, a forma 
da divisão, devendo consultar, quanto possível, a comodidade das 
partes, respeitar, para adjudicação a cada condômino, a preferência 
dos terrenos contíguos às suas residências e benfeitorias e evitar o 
retalhamento dos quinhões em glebas separadas. 
DECISÃO – PARTILHA: a forma da divisão, 
- comodidade das partes, 
- preferência dos terrenos contíguos às suas residências 
- benfeitorias e 
- evitar o retalhamento dos quinhões em glebas separadas. 
Art. 596. Ouvidas as partes, no prazo comum de 15 (quinze) 
dias, sobre o cálculo e o plano da divisão, o juiz deliberará a 
partilha. 
 
16 
 
2a fase 
CUMPRIMENTO DA DIVISÃO REALIZANDO A DEMARCAÇÃO. 
ART. 596 - Parágrafo único. Em cumprimento dessa decisão, o 
perito procederá à demarcação dos quinhões, observando, além do 
disposto nos arts. 584 e 585, as seguintes regras: 
I - as benfeitorias comuns que não comportarem divisão cômoda 
serão adjudicadas a um dos condôminos mediante compensação; 
II - instituir-se-ão as servidões que forem indispensáveis em favor de 
uns quinhões sobre os outros, incluindo o respectivo valor no orçamento 
para que, não se tratando de servidões naturais, seja compensado o 
condômino aquinhoado com o prédio serviente; 
III - as benfeitorias particulares dos condôminos que excederem à 
área a que têm direito serão adjudicadas ao quinhoeiro vizinho mediante 
reposição; 
IV - se outra coisa não acordarem as partes, as compensações e as 
reposições serão feitas em dinheiro. 
Art. 597. Terminados os trabalhos e desenhados na planta os 
quinhões e as servidões aparentes, o perito organizará o memorial 
descritivo. 
§ 1o Cumprido o disposto no art. 586, o escrivão, em seguida, lavrará 
o autode divisão, acompanhado de uma folha de pagamento para cada 
condômino. 
§ 2o Assinado o auto pelo juiz e pelo perito, será proferida 
sentença homologatória da divisão. 
§ 3o O auto conterá: 
I - a confinação e a extensão superficial do imóvel; 
II - a classificação das terras com o cálculo das áreas de cada 
consorte e com a respectiva avaliação ou, quando a homogeneidade das 
terras não determinar diversidade de valores, a avaliação do imóvel na 
sua integridade; 
17 
 
III - o valor e a quantidade geométrica que couber a cada 
condômino, declarando-se as reduções e as compensações resultantes 
da diversidade de valores das glebas componentes de cada quinhão. 
§ 4o Cada folha de pagamento conterá: 
I - a descrição das linhas divisórias do quinhão, mencionadas as 
confinantes; 
II - a relação das benfeitorias e das culturas do próprio quinhoeiro e 
das que lhe foram adjudicadas por serem comuns ou mediante 
compensação; 
III - a declaração das servidões instituídas, especificados os lugares, 
a extensão e o modo de exercício. 
Art. 598. Aplica-se às divisões o disposto nos arts. 575 a 578. 
SENTENÇA- 597 DO CPC- § 2o Assinado o auto pelo juiz e pelo 
perito, será proferida sentença homologatória da divisão. 
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo (sentença do 581 
cpc). 
§ 1o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a 
produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a 
sentença que: 
I - homologa divisão ou demarcação de terras; 
(sentença do artigo 587 e 597 do CPC). 
II - condena a pagar alimentos; 
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes 
os embargos do executado; 
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; 
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; 
VI - decreta a interdição. 
§ 2o Nos casos do § 1o, o apelado poderá promover o pedido 
de cumprimento provisório depois de publicada a sentença. 
18 
 
§ 3o O pedido de concessão de efeito suspensivo nas 
hipóteses do § 1o poderá ser formulado por requerimento dirigido 
ao: 
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da 
apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu 
exame prevento para julgá-la; 
II - relator, se já distribuída a apelação. 
§ 4o Nas hipóteses do § 1o, a eficácia da sentença poderá ser 
suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de 
provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, 
houver risco de dano grave ou de difícil reparação.

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