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Ação de EMBARGOS DE TERCEIROS (1)

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1 
 
DOS EMBARGOS DE TERCEIRO 
 
- A origem da palavra EMBARGOS vem de defesa/recurso. 
- Em do latim IMBARRICARE, que significa colocar um obstáculo à 
frente de e vem de barra, tranca ou pedaço de madeira ou ferro colocado 
numa porta. 
Embargo é uma ação feita para impedir que alguma coisa aconteça 
ou seja levado a efeito. 
- No direito romano é tratado com a CONTROVERSIA PIGNORIS 
CAPTI, como aquele que não era parte poderia ser atingido por atos 
realizados em processo a que era alheio, ou seja, quando houver 
contestação sobre bem penhorado, deve-se deixar e penhorar outro, que 
não seja objeto de controvérsia. 
- Como instrumento processual autônomo para obstar ou impedir 
os efeitos de um ato ou decisão – surge no direito lusitano reinol 
(antes não se encontrava nenhuma medida semelhante ano de 1446 – 
Ordenações Afonsinas e ano de 1521 – Ordenações Manuelinas no item 
3.71.32) 
- Meio regular de defesa oposto por quem, não tendo sido parte na 
lide, mas se julgando prejudicado intervém no feito ou na execução para 
salvaguardar seus direitos sobre bens arrecadados ou penhorados. 
 
2 
 
 
- Quando o terceiro sofre CONSTRIÇÃO OU AMEAÇA DE 
CONSTRIÇÃO, que pode ser: 
Ø Penhora 
Ø Depósito 
Ø Arresto 
Ø Sequestro 
Ø Alienação Judicial 
Ø Arrecadação 
Ø Arrolamento 
Ø Inventário 
Ø Partilha 
Ø Outros, 
- Importante que nasce de um ato judicial, que pode ser em 
processo de conhecimento (cautelar) e execução. 
- São admissíveis para : 
§ Proprietário 
§ Possuidor - Defesa da posse 
§ Proprietário Fiduciário - Credor com Garantia Real (para 
proteger sua hipoteca, penhor e anticrese). 
 
 NÃO SE CONFUNDE COM : 
1- Intervenção de terceiros (denunciação a lide, chamamento ao 
processo, nomeação a autoria, assistência). 
 Não existe a pretensão de intervenção, trata-se de outro processo 
cujo objeto é o pedido de exclusão de bens da constrição judicial 
 
2- Oposição 
 Na oposição o pedido é coincidente, no todo ou em parte, com o 
pedido da ação principal. Nos embargos se discute somente a apreensão 
do bem. 
3 
 
 
 
3- Embargos do Devedor 
São opostos na execução para desfazer o titulo ou opor fato 
impeditivo à execução. Nos Embargos de 3º discute-se a constrição 
judicial rogando a sua exclusão. 
 
4 - Recurso de terceiro prejudicado. 
É um verdadeiro recurso na lide principal e nos embargos de 3º há 
um pedido autônomo de exclusão do bem. 
 
PRESSUPOSTOS: 
 
1- Apreensão Judicial. 
É do ato jurisdicional que nasce o interesse de agir. 
 
2- Condição de ser Senhor ou Possuidor. 
Legitimação para a causa 
 
3- Qualidade de terceiro em relação ao feito que emana a ordem 
de apreensão 
3º é quem não é parte no referido processo. 
 
4- Interposição no prazo do artigo 675 do CPC. 
4 
 
qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não 
transitada em julgado a sentença 
no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 
(cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular 
ou da arrematação - mas sempre antes da assinatura da respectiva 
carta. 
O referido prazo é de natureza decadencial, podem ser aforados a 
partir da ordem de apreensão e ainda que não tenham ocorrido a 
respectiva consumação (embargos preventivos). 
Art. 675. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no 
processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a 
sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, 
até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa 
particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da 
respectiva carta. 
 
PROCEDIMENTO: 
 
Petição Inicial -= artigo 319 do CPC 
 
Juiz Competente 
– Por dependência ao processo que emanou a constrição 
judicial – competência improrrogável. 
- Juiz deprecante – se o bem indicado foi pelo juízo deprecante ou 
se já devolvida a carta precatória. 
- Juiz deprecado – se indicados pelo juízo deprecado. 
Art. 676. Os embargos serão distribuídos por dependência ao 
juízo que ordenou a constrição e autuados em apartado. 
Parágrafo único. Nos casos de ato de constrição realizado por 
carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecado, salvo se 
5 
 
indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já devolvida a 
carta. 
 - Ato praticado por JUIZ CRIMINAL 
Seqüestro de bens - art. 125 CPP, a competência dos embargos 
será do próprio juízo criminal, que não poderá decidi-los enquanto 
não transitar em julgado a sentença penal condenatória (art. 130, § 
ún., CPP). 
- Ajuizamento de Embargos de terceiro pela União 
Se a constrição for ordenada pelo juízo estadual, competente para 
conhecê-los e julgá-los será a Justiça Federal. Nessa hipótese, 
contudo, somente o processo dos embargos é que será remetido à 
Justiça Federal, não existindo qualquer razão para provocar o 
deslocamento da competência da “ação principal. 
 
 
Partes – artigo 674 do CPC 
 
COMO AUTOR: 
§ Proprietário 
 
O compromissário comprador de imóvel, mesmo que não 
tenha registrado o respectivo instrumento particular de 
compra e venda, tem legitimidade para aforar os embargos de 
terceiro ( Súmula 84 do STJ: É admissível a oposição de 
embargos de terceiro fundados em alegação de posse 
advindo do compromisso de compra e venda de imóvel, ainda 
que desprovido de registro. 
 
 
§ Possuidor 
 
Art. 677. 
§ 1o É facultada a prova da posse em audiência 
preliminar designada pelo juiz. 
6 
 
§ 2o O possuidor direto pode alegar, além da sua posse, 
o domínio alheio. 
 
§ o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de 
bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no 
art. 843 (bem indivisível a quota parte será garantida com o 
produto da alienação do bem) 
 
Súmula 134 do STJ: Embora intimado da penhora em imóvel 
do casal, o cônjuge do executado pode opor embargos de 
terceiro para defesa de sua meação. 
 Art. 842. Recaindo a penhora sobre bem imóvel ou direito 
real sobre imóvel, será intimado também o cônjuge do 
executado, salvo se forem casados em regime de separação 
absoluta de bens. 
Art. 843. Tratando-se de penhora de bem indivisível, o 
equivalente à quota-parte do coproprietário ou do cônjuge alheio à 
execução recairá sobre o produto da alienação do bem. 
§ 1o É reservada ao coproprietário ou ao cônjuge não 
executado a preferência na arrematação do bem em igualdade de 
condições. 
§ 2o Não será levada a efeito expropriação por preço inferior ao 
da avaliação na qual o valor auferido seja incapaz de garantir, ao 
coproprietário ou ao cônjuge alheio à execução, o correspondente à 
sua quota-parte calculado sobre o valor da avaliação. 
CONJUGE DO AVALISTA - Para LEGITIMAÇÃO está consolidado 
na jurisprudência do STJ o posicionamento segundo o qual a “mulher 
do avalista deve provar que a dívida não foi contraída em benefício 
da família, sendo o marido sócio da empresa beneficiada...” (REsp. 
n. 525.527- RS). Todavia, “nas situações em que o avalista não é sócio 
da empresa, o STJ entende que a presunção é de prejuízo do cônjuge e, 
portanto, inverte-se para o credor o ônus de provar que a família 
teria se beneficiado do empréstimo” (REsp. n. 440.771-PR). 
BEM DE FAMÍLIA - A despeito de a constrição ter atingido apenas 
a metade ideal de um dos cônjuges, o outro se legitima a ajuizar os 
embargos para proteger a inteireza do bem, quando este for 
impenhorável à luz da Lei 8.009/90 (bem de família) 
 
7 
 
§ o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão 
que declara a ineficácia da alienação realizada em fraude à 
execução; 
 
 
§ quem sofre constrição judicial de seus bens por força de 
desconsideração da personalidadejurídica, de cujo 
incidente não fez parte; 
 
 
§ o credor com garantia real para obstar expropriação judicial 
do objeto de direito real de garantia, caso não tenha sido 
intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios 
respectivos. 
 
 
COMO RÉU: 
 
§ – Autor da ação principal - A quem o ato de constrição 
aproveita 
 
§ - O Réu da ação principal, se for dele a indicação do bem 
objeto da constrição judicial. 
 
Litisconsórcio unitário (a solução será idêntica para 
ambos demandados. 
Pode ingressar como assistente simples do embargado-
exequente. 
 
 Artigo 677, § 4o - Será legitimado passivo o sujeito a 
quem o ato de constrição aproveita, assim como o será seu 
adversário no processo principal quando for sua a indicação 
do bem para a constrição judicial. 
Litisconsórcio 
 
§ Terceiro interessado que o juiz verifique na inicial ou 
após a contestação 
8 
 
ARTIGO 675, Parágrafo único. Caso identifique a 
existência de terceiro titular de interesse em embargar o ato, 
o juiz mandará intimá-lo pessoalmente. 
§ É CABÍBEL DENUNCIAÇÃO A LIDE pelo embargado 
àquele que lhe alienou o bem penhorado, em caso de 
evicção. 
3ª Turma do STJ, examinando a questão no Recurso 
Especial n. 161.759-MG, acompanhou o voto do Min. Antônio 
de Pádua Ribeiro, in verbis: “Os embargos de terceiro, por 
constituírem ação autônoma que visa eliminar a eficácia 
de ato jurídico emanado de outra ação, comportam 
denunciação à lide para resguardo de possível risco de 
evicção”. 
 
 
CAUSA DE PEDIR: 
Causa de pedir remota 
 
1) DESCRIÇAO E DETALHAMENTO DA POSSE OU DE SEU 
DOMÍNIO - fato constitutivo de seu direito (prova documental ou a 
ser realizada em audiência) Causa de pedir remota. 
 
 
2) RESPECTIVO FATO VIOLADOR – apreensão judicial indevida. 
(Causa de pedir remota). 
 
 
 
3) QUALIDADE DE TERCEIRO. 
 
 
 
4) PROCEDER O ENQUADRAMENTO NARRADO à previsão 
abstrata, contida no ordenamento positivado (causa de pedir 
próxima). 
 
9 
 
 
 
5) LIMINAR - Expor as conseqüências jurídicas dos fatos descritos 
que autorizam a suspensão total e parcial do processo principal 
e/ou a reintegração ou manutenção de posse, se presentes a 
razoável probabilidade da pretensão deduzida. 
Art. 677. Na petição inicial, o embargante fará a prova 
sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de 
terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas. 
§ 1o É facultada a prova da posse em audiência 
preliminar designada pelo juiz. 
 
 
PEDIDO: 
 
1) DE REVOGAÇÃO/ANULAÇÃO DO ATO DE APREENSÃO 
JUDICIAL. 
 
 
2) LIMINAR: 
a. De suspensão total ou parcial do processo principal 
b. De suspensão das medidas constritivas 
c. Da manutenção ou restituição do bem ao embargante. 
 
 
 
ROL DE TESTEMUNHAS PARA AUDIÊNCIA PRELIMINAR de POSSE. 
Seguem os requisitos das ações possessórias de força nova, 
sendo necessário a posse nova para concessão da liminar. 
Art. 677. Na petição inicial, o embargante fará a prova 
sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de 
terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas. 
10 
 
§ 1o É facultada a prova da posse em audiência 
preliminar designada pelo juiz. 
 
VALOR DA CAUSA - o valor do bem sujeito à constrição. 
 
DO DESPACHO INICIAL 
a- Deferir a liminar, se suficientemente provado o domínio ou a 
posse. 
Liminar tenha caráter urgente (p. ex.: iminência de leilão), para evitar um 
dano praticamente irreversível 
b- Deferir a liminar com exigência de caução 
c- Designar audiência de preliminar - justificação da posse. 
A premência da situação autoriza a realização de audiência de 
justificação inaudita altera parte, uma vez que a natural demora para a 
efetivação da citação resultaria na total ineficácia da liminar que porventura 
viesse a ser concedida. 
Art. 678. A decisão que reconhecer suficientemente provado 
o domínio ou a posse determinará a suspensão das medidas 
constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem 
como a manutenção ou a reintegração provisória da posse, 
se o embargante a houver requerido. 
Parágrafo único. O juiz poderá condicionar a ordem de 
manutenção ou de reintegração provisória de posse à prestação 
de caução pelo requerente, ressalvada a impossibilidade da 
parte economicamente hipossuficiente. 
Art. 677. Na petição inicial, o embargante fará a prova 
sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de 
terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas. 
§ 1o É facultada a prova da posse em audiência 
preliminar designada pelo juiz 
11 
 
d- Determinar a CITAÇÃO dos réus . 
Na pessoa do advogado do processo principal, salvo se não 
tiver advogado constituído. 
Art. 677, § 3o A citação será pessoal, se o embargado não tiver 
procurador constituído nos autos da ação principal 
 
DA CONTESTAÇÃO (não é resposta). 
 
PRAZO - 15 DIAS 
Art. 679. Os embargos poderão ser contestados no prazo de 15 
(quinze) dias, findo o qual se seguirá o procedimento comum. 
 
MATÉRIAS : 
Súmula 195 do STJ : Em embargos de terceiro não se anula ato 
jurídico, por fraude contra credores. 
Corte Especial do STJ, Embargos de Divergência no Recurso 
Especial n. 46.192-SP, unificou o entendimento no sentido de que a 
fraude a credores é passível de discussão na ação pauliana e não em 
sede de embargos de terceiro. E isso, porque a hipótese é de 
anulabilidade, sendo inviável o acertamento da invalidade no bojo de 
embargos de terceiro. 
 
Art. 680. Contra os embargos do credor com garantia real, o 
embargado somente poderá alegar que: 
I - o devedor comum é insolvente; 
II - o título é nulo ou não obriga a terceiro; 
III - outra é a coisa dada em garantia. 
 
12 
 
 
- APÓS CONTESTADO, APLICA-SE O PROCEDIMENTO COMUM. 
Art. 679. Os embargos poderão ser contestados 
no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual se seguirá 
o procedimento comum 
 
- DA SENTENÇA. 
 
Tem natureza mandamental, determinando-se o desfazimento do ato 
processual. 
A sucumbência será aplicada a quem deu causa ao ato de 
constrição – princípio da causalidade. 
Súmula 303 do STJ: Em embargos de terceiro, quem deu causa à 
constrição indevida deve arcar com os honorários advocatícios 
 
Art. 681. Acolhido o pedido inicial, o ato de constrição judicial 
indevida será cancelado, com o reconhecimento do domínio, da 
manutenção da posse ou da reintegração definitiva do bem ou do direito 
ao embargante.

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