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5a. Aula de Ciência Política - Formas de Estado. Estado Federal e Revolução Industrial, Comunismo, Facismo, Nazismo e Estado Novo

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 FACULDADE DE DIREITO
Profª Bernadete Bacellar do Carmo Mercier 
Ciência Política
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 FACULDADE DE DIREITO
Profª Bernadete Bacellar do Carmo Mercier 
Ciência Política
5ª Aula de Ciência Política
Decadência do Estado Liberal- Revolução Industrial, Revolução Russa, Comunismo/Socialismo; Nazismo e Fascismo; Estado Novo. SAHID MALUF
DECADÊNCIA DO LIBERALISMO E REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
O Estado liberal marca os tempos modernos com a busca do direito natural, do humanismo (Renascimento) e do igualitarismo político. Seus pensadores, com suas ideias racionalistas, concluem “que os homens nascem livres e iguais em direitos e que o poder só é legítimo se estabelecido pela vontade dos cidadãos”. 
Quer na Monarquia Constitucional ou na República estavam presentes os ideais que empolgavam o mundo ao tempo das revoluções populares: inglesa, norte-americana e francesa, que eram :
Soberania nacional – exercida pelo sistema representativo de governo;
Regime constitucional – limitando o poder e assegurando a supremacia da lei, bem como os direitos fundamentais individuais;
Divisão do poder a três órgãos distintos – Legislativo, Executivo e Judiciário – com limitações recíprocas garantidoras das liberdades públicas – sistema de freios e contrapesos; 
Neutralidade do Estado em matéria de fé religiosa;
Separação entre o direito público e o direito privado; 
Igualdade Jurídica – sem distinção de classe, raça, cor, sexo ou crença – Igualdade perante a Lei – Igualdade Formal; 
Igualdade de acesso aos cargos públicos, ao conhecimento científico, à cultura universitária e de enriquecimento;
Liberdade – só a lei obriga;
Porém tais idéias só existiam na teoria, pois na realidade era completamente diferente, da mesma forma que a República de Platão, que fora estruturada no mundo das idéias. 
	Seus pensadores, seus arquitetos, não levaram em consideração a Revolução Industrial (uma das mais importantes revoluções da história política do mundo- com consequências sociais, econômicas e políticas) que iniciara na Inglaterra em 1770 e que modificara fatalmente a realidade social de todos os países. 
	O liberalismo que se mostrava perfeito na teoria se mostrou inadequado à solução dos problemas reais das sociedades, pois teoricamente os cidadãos eram livres e realmente eram escravizados. 
A Revolução Industrial apresentou um novo tipo de homem: o operário de fábrica. 
O aparecimento das máquinas resultou em desemprego em massa. O trabalho humano passa a ser negociado como mercadoria, sujeito a lei da oferta e procura, e com isso o operário se vê obrigado a aceitar salários ínfimos. A mulher deixa o lar e procura nas fábricas reforçar a renda familiar. Mesmo as crianças começam a trabalhar impropriamente, sem frequentar escolas. 
O contraste entre classes era chocante, de um lado fortunas imensas, luxo e a ganância desenfreada e de outro a miséria, a classe operária explorada, sem qualquer direito assegurado, envelhecia precocemente, passando a depender da caridade pública. 
 Formaram-se as grandes empresas, os cartéis, os monopólios e todas as formas de abuso econômico, acentuando cada vez mais o desequilíbrio social.
O Estado Liberal não interfere em nada na economia, limita-se a policiar a ordem pública (o poder do governante), deixa que o forte espolie o fraco, e com isso a igualdade e a liberdade tão defendidas viram ficção (utopia). 
Sahid Maluf usa um exemplo muito elucidativo, era como reunir em um vasto anfiteatro lobos e cordeiros, e declará-los livres e iguais perante a lei, propondo dirigir a luta com neutralidade. 
O Estado trata a todos como iguais, como se não houvesse ricos e pobres, fortes e fracos, era desumano, pois não basta a proclamação de liberdade e igualdade, tem que garanti-las, propiciar possibilidades para sua concretização. 
 
As multidões espoliadas e oprimidas, descrentes de tudo, começaram a reagir com violência contra as injustiças sociais, sob a bandeira do socialismo materialista.
O Estado Liberal ou reforma-se ou desaparecia. Em 1891 a Encíclica Papal (Leão XIII) Rerum Novarum analisou a situação suas causas e apontou saídas para salvar o Estado Democrático. Contestou os princípios do coletivismo materialista e valorizou a pessoa humana. Critica o marxismo mas também a exploração do homem pelo homem, E propunha a garantia de um salário mínimo, da limitação da jornada de trabalho, amparo a gestação e à maternidade, direito a férias, amparo à velhice, regulamentação do trabalho feminino e de menores, dentre outra coisas. Foi reafirmada e atualizada pela Igreja depois de 40 anos e depois de 80 da sua elaboração. 
A partir daí o Estado Liberal passou a intervir na ordem sócio-econômica, com isso nasce o Estado Social.
O comunismo russo foi uma solução extremista totalmente oposta ao liberalismo, enquanto o fascismo e o nazismo foram movimentos de dupla reação contra o liberalismo decadente e contra o monismo (contrário ao pluralismo) estatal russo. 
Onde o Estado Liberal não se modificou, transformando-se em social-democracia através de reformas constitucionais e legais (intervindo na ordem social-econômica), surgiu, através da violência o Estado Revolucionário. (Rússia, Itália, Alemanha, Polônia, e em outros países). 
O Estado Social-democrático procura harmonizar o individualismo e socialismo. 
REVOLUÇÃO RUSSA, COMUNISMO/SOCIALISMO.
A Doutrina Socialista para alguns começou a ser formulada ainda no século XVIII, para outros no início do XIX. Apareceu como crítica à Revolução Francesa e atingiu seu ápice com o Manifesto comunista em 1848, de Marx (1818-1883) e Engels (1820-1895).
	No início as idéias socialistas e comunistas tinham o mesmo sentido e permaneciam do campo teórico, chamado de socialismo utópico.
	Politicamente se confundiam socialistas e anarquistas, por contestarem a existência do Estado, desse grupo heterogêneo saíram Marx e Engels.
	O Ideal comunista acredita que o Estado é um mal necessário, transitório, que se extinguiria por etapas. Um governo de pessoas daria lugar a um sistema simples de administração das coisas comuns. Quando houvesse o nivelamento de classes, atingiria o estágio superior da ordem comunista, cessariam as lutas, e o Estado perderia a razão de existir. 
	A obra de Marx, O Capital, resume a teoria marxista, sendo o socialismo científico, e a obra O Manifesto Comunista de Marx e Engels inspirou o socialismo revolucionário. 
	Como o Estado Liberal se tornou impotente para solucionar conflitos, e a situação se agrava enormemente no início do séc. XX. 
	Na Rússia, com a 1ª Guerra Mundial de 1914-1918, a maior parte do exército se desviara para as frentes de batalha e com o país desorganizado, mergulhado em uma tremenda crise econômica e social, os adeptos da corrente marxista valeram-se da confusão e suprimiram o governo dos Czares (1917), inspirados no Manifesto Comunista, pregando: a destruição da sociedade burguesa, a abolição da propriedade privada, a nacionalização das fontes de produção e a instauração da ditadura do proletariado. 
	Assumiu um governo provisório com representantes de todos os partidos, especialmente socialistas e republicanos. Tendia para estruturação de um Estado Liberal proletarista, porém correntes extremistas deflagraram a contra revolução e organizaram o sovietismo.
	Ao invés da ditadura do proletariado se instala a ditadura do Partido Bolchevista, sob o comando de Lênin e Trotsky comandando sua Guarda Vermelha. Foi implantado o terror com a eliminação sumárias dos adversários e opositores, exterminando a religião, estatizando a economia, subordinação do Judiciário ao Executivo, com um só partido que elegia a todos. O Bolchevismo resolveu cancelar o ideal marxista e liquidou seus defensores.
	
Características principais do EstadoSoviético:
a) Partido Único; b) ditadura classista; c) governo coletivista integral e materialista; d) concentração de poderes no órgão executivo; e) eliminação da propriedade privada; f) estatização integral da economia; g) nacionalização das fontes de produção; h) imperialismo internacionalista. (expansionista).
	
 	Em 1985 Mikhail Gorbachev lança a Perestroika (reestruturação) e a Glasnost (transparência), compromissos de reforma econômica e das estruturas políticas. Em 1990 o Partido Comunista da União Soviética renuncia ao monopólio do poder e começam a cair os governos comunistas dos países vizinhos do Leste Europeu. Boris Yeltsin primeiro presidente eleito da Rússia deflagra o fim do modelo soviético e também da URSS. 
	Declaram-se independentes a Lituânia, a Geórgia, a Estônia, a Letônia, a Ucrânia, e demais Estados. 
	Ainda em 1991 a Rússia, a Ucrânia e a Bielorrússia criaram a Comunidade dos Estados Independentes - CEI – em forma de confederação. Mais nove Estados aderiram. 
FASCISMO (Italiano). 
	Depois do comunismo russo, aparece como outra tentativa de reformar o Estado Moderno, reagindo contra a desintegração sócio-econômica do liberalismo decadente como também contra a infiltração do comunismo internacionalista. 
	Teoricamente afirmava que o Estado era a união de grupos ou corporações, ocupando uma posição política intermediária entre o individualismo (do Estado Liberal) e o coletivismo (do Estado Comunista). Eminentemente nacionalista, sonhando com as glórias do passado imperial (romano). 
	Volta a baila novamente a teoria do poder absoluto (Hobbes- Inglês séc. XVI - defendia a ideia segundo a qual os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado – O Estado é bom o homem não). 
Mesmo antecedendo ao Nazismo teve como fonte a filosofia alemã (Monística/Soberania Estatal).	Sustentava que o Estado é criador exclusivo do direito e da moral; e os homens só têm o direito que o Estado concede; o Estado é personificado no Partido Fascista que não é limitado em sua autoridade por nada; todos os cidadãos e seus bens lhe pertencem; os opositores são considerados traidores e sujeito à Justiça controlada pelo Poder Executivo. 
	Mussolini afirma que a Nação não é elemento do Estado, este que a cria e lhe dá unidade moral.
 
	Economicamente condenou o liberalismo e o socialismo marxista. E pretendia colocar fim a luta de classe por organização sindical, reunindo em uma mesma corporação patrões e operários de um ramo de produção. Essas corporações funcionavam como órgãos do partido único, e ninguém podia exercer qualquer atividade sem prévia autorização. O Partido não é órgão de representação é o único depositário da confiança nacional e intérprete exclusivo da vontade do povo. 
NAZISMO.
	Assim como o Fascismo surgiu o nazismo Alemão também para combater o Liberalismo Democrático Decadente e de reagir contra a infiltração comunista. 
	Conjugadas a essas finalidades também integram o Programa do Partido Nacional Socialista: 
Desvencilhar a Alemanha do Tratado de Versalhes (entregar territórios, pagar indenização, diminuir armamentos e soldados) e 
Impor a supremacia da raça ariana. (pretendia a depuração da nacionalidade alemã)
A corrente nazista nasceu em um Estado excessivamente liberal que propiciou o desenvolvimento desse partido militarista, totalitarista e subversivo. Subiu ao poder através de eleições em 1933 o partido Nacional Socialista, liderado por Adolfo Hitler (austríaco), e foi nomeado Chanceler do Reich.
O novo governo: Extinguiu a federação, tornando os Estados-Membros em simples províncias subordinadas ao governo central.
 Aboliu o sistema republicano parlamentarista (em etapas).
 Unificou o cargo de presidente e Chanceler – passando os poderes de ambos a Hitler, o qual indicaria seu substituto. 
Com poderes Ditatoriais - extinguiu os demais partidos e dissolveu todos os grupos que acreditava ser perigoso. 
Hitler exerceu extraordinário poder sobre as massas e adquiriu um imenso prestígio. 
A política internacional agressiva e o não cumprimento aos tratados assumidos na 1ª Grande Guerra provocou a 2ª Guerra Mundial.
ESTADO NOVO BRASILEIRO - GETULISMO
	Imposto por um golpe de Estado pelo próprio Presidente da República, com o apoio das forças armadas. Pretendia repelir a “ameaça” comunista. 
	O Partido Integralista pregava uma doutrina totalitarista, nacionalista, e propunha um Estado Forte. 
Com a Constituição de 1937 o sistema representativo não mais funcionou, posto que não havia mais partidos. O Chefe de Governo exercia também a função legislativa. Os Estados Membros perderam sua autonomia e seus governadores eram interventores federais nomeados pelo presidente, da mesma forma os municípios. A imprensa sofria enorme censura. E a ordem econômica foi totalmente controlada pelo Estado. Havia também um Tribunal de Exceção (Trib. de Segurança Nacional) para aplicar as leis de emergência que definiam os crimes políticos. 
(filme “Olga” – p/ Trabalho em Classe do 2º bimestre– mostra o comunismo, o nazismo e o estado novo)
Formas de Estado – Estado Federal. Por Dalmo de Abreu Dallari� 
	
	Dalmo de Abreu Dallari�
	José Afonso da Silva�
	Forma de Estado
	diz respeito à estrutura da organização política.
	“o modo de exercício do poder político em função do território.” (Unitário ou Federal).
Forma de o Estado
 
O Estado é unitário quanto tem um poder central – cúpula e núcleo do poder político. 
O Estado é federal quando conjuga vários centros de poder político autônomos. 
Dalmo de Abreu Dalari afirma que o prestígio da forma federada tem aumentado na atualidade, e afirma que para compreender sua importância é necessário conhecer sua origem e característica. 
	Estado Federal é uma aliança ou união de Estados. E para sua caracterização essa união deve apresentar certas peculiaridades.
Apesar de ter havido uma união de Estados em 1291, chamada de Confederação Helvética, que se tornou em 1848 o Estado Federal da Suíça, Dalmo de Abreu entende que antes de 1848 não era uma Federação posto que era uma união com objetivos e relacionamento restrito. Por isso considera que o Estado Federal é um fenômeno moderno que só apareceu no século XVIII, sendo a primeira Federação instituída em 1787, dos Estados Unidos da América.
	A Federação surgiu porque a Confederação celebrada logo após a declaração de Independência das 13 colônias britânicas, se mostrou ineficaz e frágil para solução de conflitos de interesses internos, o que prejudicava a ação conjunta, ameaçando a existência da própria Confederação. 
	
Contudo havia uma grande oposição à proposição de conversão da Confederação em Estado Federal, porque sabiam que a adesão à Federação significaria a perda da soberania e da independência, e afirmavam, os contrários, que a federação tinha um caráter excessivamente centralizador, que substituiria a antiga dominação do governo central britânico. 
	Desse modo, para acomodar as opiniões contrárias e temores, os constituintes norte-americanos, que também eram fortemente influenciados pelos ideais iluministas, e assim acreditavam no princípio da separação de poderes, elaboraram um sistema, chamado de freios e contrapesos, com os três poderes, independentes e harmônicos entre si, não admitindo a hierarquização entre eles (nenhum seria mais importante do que o outro). Também foi preciso garantir a autonomia política aos Estados que iriam aderir à Federação. E assim apareceu o primeiro Estado Federal. 
	Suas características são:
Um novo Estado nasce da união de outros, e adesão esses à federação faz perder a condição de Estados (países). No caso norte-americano como no brasileiro, foi dado o nome de Estado (Estado-membro) à unidade federada apenas como artifício político, posto que não são Estados na verdade. 
Sua base jurídica é uma Constituição e não um tratado.No tratado, além de regular restritamente alguns assuntos, qualquer contratante pode denunciá-lo, o que não ocorre com a Constituição, que também regula todos os assuntos de interesse dos entes federativos. 
Não existe direito de secessão. Uma vez aderido à Federação não se pode mais separar qualquer Estado, mesmo que não tenha essa previsão expressa na Constituição. 
Só o Estado Federal tem soberania. Os Estados que aderem à federação perdem sua soberania, preservando sua autonomia política limitada, mesmo porque não se admite a coexistência de mais de uma soberania no mesmo Estado. 
As atribuições dos entes federativos (União e demais unidades) são fixadas na constituição, por meio de uma distribuição de competências. Não existe hierarquia na organização federal, pois cada esfera de poder tem sua competência determinada, sem hierarquia, somente quando há previsão de competências concorrentes, dá-se precedência, apenas nesse caso, à União. 
Cada esfera de competência se atribui renda própria. Dar competência é o mesmo que atribuir encargos, e, portanto é indispensável que se assegure uma fonte de renda suficiente, pois caso contrário quem tem tais encargos não pode agir, e não pode agir com independência quem não dispõe de recursos próprios. 
Poder político é compartilhado pela União e pelas unidades federadas. Do governo federal participam as unidades federadas e o povo. As unidades federadas possuem autonomia política e podem se orientar segundo seus interesses desde que não contrariem a Constituição. Para assegurar a participação das unidades federadas no governo federal foi constituído o poder legislativo bicameral, com Senado (órgão que representas os entes federativos – Estados-membro) e outra casa legislativa que representa o povo (aqui a Câmara dos Deputados).
Os cidadãos do Estado que adere à federação adquirem a cidadania do Estado Federal e perdem a anterior. Não pode haver tratamento diferenciado para os cidadãos que nascem em unidades federativas diferentes. A Constituição Federal estabelece direitos básicos dos cidadãos, que as unidades federadas podem apenas ampliar e nunca diminuir. 
Em razão de suas peculiaridades vem demonstrando que é capaz de dificultar a concentração do poder (mesmo que não impeça totalmente), dificultando também a formação de governos totalitários. Assegura oportunidades mais amplas de participação (quem não quer ou não tem liderança federal pode ter acesso a local).
Além disso, favorece a preservação das características e valores locais pela autonomia de cada ente federativo, mas também promove a integração, o que transforma as oposições naturais em solidariedade.
Assim, pode-se afirmar que um Estado Federal é mais democrático, já que assegura uma maior aproximação entre governantes e governados, uma vez que lhe é garantido um acesso mais fácil aos órgãos do poder local, que influenciará no poder federal.
Por isso o Estado Federado passou a ser visto como mais propício para a defesa das liberdades do que Estado unitário.
	Os que são contra a organização federativa afirmam: a) que hoje se faz necessário um governo forte devido às intensas solicitações do Estado; b) que é de difícil planificação, posto que é impossível obrigar uma unidade federada a enquadra-se num plano elaborado pela União; c) Provoca ainda dispersão de recursos em razão da manutenção de múltiplos aparelhos burocráticos; e d) favorece a ocorrência de conflitos jurídicos e políticos. 
	Porém, hoje há forte tendência para a organização federativa, pois a união aumenta o poder do Estado face aos demais Estados na esfera internacional, propiciando a conjugação de esforços, como também as unidades federadas não precisam abrir mão de seus valores e características.
Questões (Decadência do Estado Liberal- Revolução Industrial, Revolução Russa, Comunismo/Socialismo; Nazismo e Fascismo; Estado Novo)
Porque o Estado Liberal não deu certo como previsto por seus idealizadores?
O que ocorreu com a Revolução Industrial?
Quais fatores contribuíram para a Revolução Russa?
Quais as principais características do Estado Russo (ou Soviético)?
O que pretendia o Fascismo?
O que o Fascismo sustentava em sua teoria? 
O que pretendia o Nazismo? 
Ao assumir o Poder o quais as providências tomadas pelo Partido Nazista (Hitler)?
O que deflagrou a 2ª Guerra Mundial?
 Quais as principais atitudes tomadas pelo Estado Novo no Brasil?
Questões (Forma de Estado)
Como podem se classificar quanto à forma os Estados?
 Porque Dalmo Dallari considera que a 1ª Federação instituída foi a dos Estados Unidos da América em 1787 e não a Helvética em 1291?
Que mecanismo foi preciso garantir para que fosse aprovada instituição do primeiro Estado Federal em 1787?
Quais as principais características de um Estado Federal?
Quais os argumentos favoráveis ao Estado Federal?
� Elementos de Teoria Geral do Estado – pág. 255 e segs. 
� Elementos de Teoria Geral do Estado – pág. 224 e segs.
� Curso de Direito Constitucional Positivo – pág: 98, 102,124,
 	ANO LETIVO 2017

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