Fatores de Formacao

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FATORES DE FORMAÇÃO 
DO SOLO
Luciano da Silva Souza
CCA 281 – Fundamentos do Solo I Fundamentos do Solo I – 2016.I (T02)
Mensagem da aula
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Todos os solos existentes na paisagem 
refletem sua história. Desde o primeiro 
instante de sua gênese até o presente, 
fenômenos físicos, químicos e biológicos 
diferenciados ocorreram no material que 
lhes deu origem, motivando progressi-
vas transformações que se refletem na 
sua morfologia e nos seus atributos 
físicos, químicos e mineralógicos 
(Oliveira et al., 1992).
Objetivo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Definir os fatores de formação do 
solo e tecer considerações sobre 
a forma como atua(ra)m e como 
influencia(ra)m a formação dos 
solos.
Introdução
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão O solosolo é a superfície não 
consolidada, sendo constituído por 
camadas que diferem pela natureza 
física, química, biológica, mineralógi-
ca e morfológica. As características 
do solo são adquiridas lentamente, à
medida que os processos de gênese 
do solo evoluem.
Introdução
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão 4
Solo
Rocha alterada
Rocha intacta
Histórico
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão 1880: bases da 
Pedologia  Fatores 
de formação do solo
1927: I Congresso 
Internacional de 
Ciência do Solo 
(EUA)
Histórico
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Jenny (1941):
SoloSolo = ff (material de origem, relevo, 
clima, organismos vivos e tempo)
Conceito
Fatores de formaFatores de formaççãoão são 
fatores básicos que determinam eterminam 
as transformaas transformaçções durante os ões durante os 
processos de gênese dos solos.processos de gênese dos solos.
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Conceito
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão CLIMACLIMA
ORGANISMOS VIVOSORGANISMOS VIVOS
MATERIAL DE MATERIAL DE 
ORIGEMORIGEM
TEMPOTEMPO
RELEVORELEVO
SOLOSOLOPROCESSOSPROCESSOS
Conceito
O material de origemmaterial de origem é
considerado um fator passivofator passivo na 
formação dos solos, porque 
sobre ele atuam os fatores ativosfatores ativos
(climaclima e organismos vivosorganismos vivos), 
condicionadoscondicionados pelo relevorelevo e pelo 
tempotempo.Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Conceito
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão CLIMACLIMA
ORGANISMOS VIVOSORGANISMOS VIVOS
MATERIAL DE MATERIAL DE 
ORIGEMORIGEM
TEMPOTEMPO
RELEVORELEVO
SOLOSOLOPROCESSOSPROCESSOS
Conceito
É oportuno lembrar que o solo 
resulta da aaçção conjuntaão conjunta de 
todos os fatores de formação; 
contudo, para efeito de 
compreensão e facilidade de 
exposição, eles serão tratados 
individualmente.Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Fases de formação do solo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão ● FormaFormaçção do substrato ão do substrato 
(geologia)(geologia): desenvolve-se por 
meio do intemperismo físico, 
químico e biológico, que, em 
muitos casos, é seguido pelo 
transporte e sedimentação do 
material intemperizado.
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão 4
Solo
Rocha alterada
Rocha intacta
Fases de formação do solo
Fases de formação do solo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão ● DiferenciaDiferenciaçção dos horizontes ão dos horizontes 
(pedologia)(pedologia): a camada de detritos 
intemperizados vai se diferenciando 
em subcamadas morfologicamente 
distintas. Ocorre a incorporação da 
matéria orgânica e a migração de 
matéria mineral e orgânica entre os 
horizontes do solo.
A
E
EB
B
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Fases de formação do solo
Fatores de formação do solo
● Material de origem
● Relevo
● Clima
● Organismos vivos
● Tempo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Fatores de formação do solo
● Material de origemMaterial de origem
● Relevo
● Clima
● Organismos vivos
● Tempo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Material de origem
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
É o material a partir do qual o 
solo começa a se formar.
Representa o estágio inicial do 
sistema solo = tempo zerotempo zero.
Material de origem
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão É o material que deu origem aos 
solos, por meio de processos 
de intemperismointemperismo e de 
pedogênesepedogênese. Esse material 
pode já ter sofrido transporte e 
deposição, o que é muito comum 
nas condições de clima tropical.
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão 4
Solo
Rocha alterada
Rocha intacta
Material de origem
Solo autautóóctonectone
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão 4Solo alalóóctonectone
Material de origem
Material de origem
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão Material de origem orgânicaMaterial de origem orgânica: consti-
tuído de produtos da decomposição 
de restos vegetais e animais e 
origina solos orgânicos.
Material de origem mineralMaterial de origem mineral: rocha 
alterada, sedimentos coluviais ou 
aluviais, solo de pedogênese
anterior.
Material de origem
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Características da rocha que podem 
influenciar seu intemperismo:
● Composição mineralógica
● Grau de consolidação – condiciona a 
velocidade de sua intemperização
● Textura e permeabilidade
Fator de resistênciaFator de resistência
Material de origem
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Características da rocha que podem 
influenciar seu intemperismo:
● ComposiComposiçção mineralão mineralóógicagica
● Grau de consolidação – condiciona a 
velocidade de sua intemperização
● Textura e permeabilidade
Fator de resistênciaFator de resistência
ESTABILIDADE DOS MINERAIS TAXA DE ALTERAÇÃO 
MAIS ESTÁVEL MAIS LENTA 
Óxidos de ferro (hematita) 
Hidróxidos de alumínio (gibbsita) 
Quartzo 
Argilominerais 
Muscovita 
Feldspato potássico (ortoclásio) 
Biotita 
Feldspato sódico (albita) 
Anfibólios 
Piroxênio 
Feldspato cálcico (anortita) 
Olivina 
Calcita 
Halita 
MENOS ESTÁVEL MAIS RÁPIDA 
Atributos das rochas e Intemperismo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Atributos das rochas e Intemperismo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Material de origem
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Características da rocha que podem 
influenciar seu intemperismo:
● Composição mineralógica
● Grau de consolidaGrau de consolidaççãoão – condiciona 
a velocidade de sua intemperização
● Textura e permeabilidade
Fator de resistênciaFator de resistência
Material de origem
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Características da rocha que podem 
influenciar seu intemperismo:
● Composição mineralógica
● Grau de consolidação – condiciona 
a velocidade de sua intemperização
● Textura e permeabilidadeTextura e permeabilidade
Fator de resistênciaFator de resistência
Material de origem
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Material de origem
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
O material de origem é constituído 
por minerais com diferentes graus 
de suscetibilidade ao processo de 
intemperismo (físico, químico e 
biológico). 
Ele está relacionado com vários 
atributos do solo: granulométrico, 
químico, morfológico e 
mineralógico.
Material de origem
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
AltaArgilosaMagmática extrusivaBasalto e diabásio
AltaArgilosa-Sedimentos coluviais
BaixaArenosa-Sedimentos eólicos
VariávelVariável-Sedimentos aluviais
BaixaArenosaMetamórficaGnaisses
BaixaArenosa cascalhentaMagmática intrusivaGranitos
Baixa (clima úmido) a 
alta (clima seco)FinaSedimentarFolhelhosBaixa (clima úmido) a 
alta (clima seco)FinaSedimentarArgilitos
Baixa (clima úmido) a 
alta (clima seco)FinaSedimentarSiltitos
Baixa a médiaArenosa a médiaSedimentarArcósio
BaixaArenosaSedimentarArenito
FertilidadeTextura do soloTipo de rochaMaterial de origem
Material de origem
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Quanto mais intemperizado é o 
solo menos as características do 
material de origem são 
preservadas = Solo velhoSolo velho
Fatores de formação do solo
● Material de origem
● RelevoRelevo
● Clima
● Organismos vivos
● Tempo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Relevo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
O relevo representa a elevação 
relativa da superfície da terra 
considerada coletivamente. Para 
a grande maioria dos solos, 
existe uma estreita relação com 
o tipo de relevo.
U
ni
ve
rs
o 
e 
Te
rr
a
Mecanismos térmicos
● Internos – energia térmica aprisionada 
durante a origem cataclísmica do Planeta 
Terra e também gerada pela radioatividade
U
ni
ve
rs
o 
e 
Te
rr
a
Mecanismos térmicos
Processos endógenos:
Movimentos no manto e núcleo
● Movimento tectônicos
● Fusão de rochas
● Movimentos dos continentes
● Soerguimento de montanhas, ...
U
ni
ve
rs
o 
e 
Te
rr
a
Mecanismos térmicos
● Externos – energia solar
U
ni
ve
rs
o 
e 
Te
rr
a
Mecanismos térmicos
Processos exógenos:
● Clima e tempo
● Intemperismo e erosão
● Modelamento das paisagens
● Crescimento das plantas e 
outros seres vivos, ...
So
lo
s 
I
Um visão panorâmica da Bahia
Prado (2013)Prado (2013)
Relevo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão Embora seja considerado um 
fator passivo na formação dos 
solos, o relevo condiciona a 
atuação dos demais fatores 
ativos (clima e organismos vivos) 
principalmente no que se refere 
à ação da água.
Conceito
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão CLIMACLIMA
ORGANISMOS VIVOSORGANISMOS VIVOS
ROCHAROCHA
TEMPOTEMPO
RELEVORELEVO
SOLOSOLOPROCESSOSPROCESSOS
Relevo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Conseqüentemente, o relevo 
condiciona a formação dos solos 
que ocupam diferentes 
segmentos da paisagem.
Relevo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão O relevo influencia indiretamente o 
intemperismo e a pedogênese, por meio:
● da quantidade de água infiltrada no solo 
e da lixiviação dos constituintes solúveis;
● da velocidade de escoamento da água 
da chuva e erosão do material 
intemperizado, com exposição de novas 
superfícies.
● taxa de erosão e remotaxa de erosão e remoçção das ão das 
camadas superiores do perfilcamadas superiores do perfil
Relevo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão De acordo com o relevo, poderá ocorrer 
maior percolação vertical ou maior 
escoamento superficial da água
● tipo e velocidade das reatipo e velocidade das reaçções ões 
ququíímicasmicas
De acordo com o relevo, poderá ocorrer 
maior percolação vertical ou maior 
escoamento superficial da água
De acordo com o relevo, poderá ocorrer 
maior percolamaior percolaçção verticalão vertical ou maior 
escoamento superficial da escoamento superficial da ááguagua
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Solos profundos
e
quimicamente menos férteis
Relevo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Solos pouco profundos
Relevo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Solos 
vermelhos
Solos amarelos 
ou vermelho-
amarelos
Solos 
gleizados
(acinzentados)
Relevo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Relevo
Paisagem bem desenvolvida
Sucessão de diferentes solos do 
topo até o fundo do vale
ToposseqToposseqüüênciaência
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Relevo
Topo
ou
interflúvio
Solos 
profundos
 
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Relevo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Relevo
Topo
ou
interflúvio
Ombro
ou
escarpa
Encosta
Solos 
profundos
Solos 
rasos
Solos 
rasos
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Relevo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Relevo
Topo
ou
interflúvio
Ombro
ou
escarpa
Encosta
Pedimento
ou
terraço coluvial
Solos 
profundos
Solos 
rasos
Solos 
rasos
Solos mais 
profundos 
que os da 
encosta
4
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Relevo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Relevo
Topo
ou
interflúvio
Ombro
ou
escarpa
Encosta
Pedimento
ou
terraço coluvial
Planície 
aluvial
Solos 
profundos
Solos 
rasos
Solos 
rasos
Solos mais 
profundos 
que os da 
encosta
Solos férteis, 
com drenagem 
má ou 
imperfeita
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Relevo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Relevo
Topo
ou
interflúvio
Ombro
ou
escarpa
Encosta
Pedimento
ou
terraço coluvial
Planície 
aluvial
Solos 
profundos
Solos 
rasos
Solos 
rasos
Solos mais 
profundos 
que os da 
encosta
Solos férteis, 
com drenagem 
má ou 
imperfeita
Relevo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Relevo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão No relevo pouco movimentado, a 
água da chuva encontra condições 
favoráveis para infiltrar no solo, e o 
escoamento superficial não é tão 
acentuado. Por outro lado, no 
relevo mais movimentadorelevo mais movimentado, o 
escoamento superficial é maior do 
que a infiltração.
Relevo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Nas regiões mais úmidas, os 
solos que ocorrem em relevo 
pouco movimentado são em 
geral mais profundos do que nas 
áreas com declive acentuado.
Relevo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Na posição de cota mais baixa 
do relevo, a má drenagem 
provoca acúmulo de água e, 
como conseqüência, ocorre o 
fenômeno de redução de ferro, 
originando os solos gleisados. 
Fatores de formação do solo
● Material de origem
● Relevo
● ClimaClima
● Organismos vivos
● Tempo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Clima
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão É um dos fatores mais ativos na 
formação do solo, pois solos 
derivados de um mesmo 
material de origem podem ser 
totalmente diferentes, quando a 
rocha foi submetida a climas 
diferentes.
Clima
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
É representado pelo conjunto de 
fenômenos meteorológicos que 
caracterizam o estado médio da 
atmosfera num determinado 
local.
Clima
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão Intemperismo predominante 
de acordo com o clima:
● Os processos de intemperismo 
físico e químico não ocorrem 
isoladamente, mas simultanea-
mente.
intemperismo
químico.
Clima
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Intemperismo predominante de 
acordo com o clima:
● Conforme as condições climáticas, 
podem predominar os processos de 
intemperismo físico ou químico
- CClimas secos (frios ou quentes)limas secos (frios ou quentes) –
- Climas Climas úúmidos midos ––
intemperismo físico
Clima
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Te
m
pe
ra
tu
ra
 m
éd
ia
 a
nu
al
 (o
C
)
Precipitação média anual (mm)
Intemperismo
muito leve, de 
qualquer tipo
Químico 
forte
Químico 
moderado 
com ação do 
frio
Químico 
moderado
Físico 
forte
Físico 
leve
Fís
ico
 mo
der
ado
Físico moderado
2000 1500 1000 500 0
Clima
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Te
m
pe
ra
tu
ra
 m
éd
ia
 a
nu
al
 (o
C
)
Precipitação média anual (mm)
Intemperismo
muito leve, de 
qualquer tipo
Químico 
forteQuímico 
moderado 
com ação do 
frio
Químico 
moderado
Físico 
forte
Físico 
leve
Fís
ico
 mo
der
ado
Físico moderado
2000 1500 1000 500 0
Clima
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Os elementos ativos do clima, cuja 
atuação sobre a pedogênese é mais 
direta, são:
● Precipitação pluvial e evapotranspira-
ção
● Temperatura
● Vento
● Umidade do ar
● Insolação
● Orientação dos declives
Precipitação pluvial e evapotranspiração
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
● A ááguagua é o principal agente de 
decomposição das rochas, 
principalmente por meio das 
reações de hidrólise
● Dela depende a maioria dos 
constituintes do solo: matéria 
orgânica e argilominerais (montmo-
rilonita-2:1, caulinita-1:1 e óxidos e 
hidróxidos de ferro e alumínio)
Precipitação pluvial e evapotranspiração
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão ● É um agente de transporte de sais 
no solo e destes para as raízes, 
constituindo a chamada solução 
do solo
● Atua nos processos de erosão, 
tanto natural como induzida pelo 
homem.
Precipitação pluvial e evapotranspiração
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
● PrecipitaPrecipitaçção pluvialão pluvial = água precipitada 
num determinado local ou região num 
determinado período de tempo
● EvapotranspiraEvapotranspiraççãoão = total de água perdida 
num determinado período, pela evaporação
da superfície do solo mais a água perdida 
por transpiração pelas plantas.
BALANBALANÇÇO HO HÍÍDRICODRICO
Precipitação pluvial e evapotranspiração
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão PP
PP > ETP = água excedente
Intemperismo drástico
Solos profundos e de baixa
fertilidade natural
Precipitação pluvial e evapotranspiração
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão PPPP < ETP = déficit de água
Intemperismo lento
Solos rasos e de alta
fertilidade natural
Fator de 
intemperismo 
Região 
Temperatura média 
do solo 
(oC) 
Grau de 
dissociação 
da água 
No de dias de 
intemperismo 
Absoluto Relativo 
Ártica 10 1,7 100 170 1,0 
Temperada 18 2,4 200 480 2,8 
Tropical 34 4,5 360 1.620 9,5 
 
Temperatura
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Ramann (1911), citado por Jenny (1994)
● maior temperatura solos mais 
profundos
Temperatura
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Relação entre temperatura e proprie-
dades do solo:
● maior temperatura cor mais 
vermelha
● menor temperatura menores 
teores de argila
● menor temperatura maiores 
teores de matéria orgânica
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Precipitação pluvial e temperatura
1) Regiões áridas:
● Altas temperaturas
● Evaporação > Precipitação
● Baixa lixiviação
● pH alto
Solos férteis, porém rasos
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
2) Regiões úmidas e quentes:
● Altas temperaturas
● Evaporação < Precipitação
● Alta lixiviação
● Maior hidrólise
● pH baixo
Precipitação pluvial e temperatura
Solos altamente intemperizados, 
com CTC muito baixa
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
3) Regiões úmidas e frias:
● Baixas temperaturas
● Evaporação < Precipitação
● Alta lixiviação
● Menor hidrólise
● pH baixo
Precipitação pluvial e temperatura
Solos medianamente 
intemperizados, com CTC mais alta
No Hemisfério Sul, as áreas expos-
tas ao Norte recebem mais raios 
solares do que a face Sul
Orientação dos declives
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Relaciona-se com a maior ou menor 
incidência de raios solares, 
resultando em maior ou menor 
aquecimento do solo.
maior 
intemperismo perfis mais de-
senvolvidos
Vento
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão ● Atua sobre o balanço hídrico 
do solo
● Causa a erosão eólica
● Interfere sobre as coberturas 
vegetais, influenciando direta-
mente no tipo de vegetação 
local, que pode ter grandes 
variações botânicas.
Fatores de formação do solo
● Material de origem
● Relevo
● Clima
● Organismos vivosOrganismos vivos
● Tempo
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Organismos vivos
EstEstáágio inicialgio inicial: colônias de 
microrganismos (líquens e 
musgos) se estabelecem sobre 
as rochas, à procura de 
substrato para seu desenvolvi-
mento. 
Organismos vivos
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Ação de liquens (associação de algas e fungos) e musgos na alteração de rocha 
magmática (riodacito) do Morro do Baú, no Parque Nacional de São Joaquim, SC. 
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Organismos vivos
À medida que a rocha vai se 
alterando e as colônias vão se 
expandindo, organismos 
maiores e mais complexos têm 
condições de se instalar e se 
desenvolver, como fungos, 
algas, gramíneas, arbustos e 
árvores.
Organismos vivos
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
Fa
to
re
s 
de
 fo
rm
aç
ão
As raízes das plantas e os 
microrganismos excretam ácidos 
orgânicos e substâncias 
formadoras de complexos que 
atuam na intemperização dos 
minerais e na agregação.
Organismos vivos
A microfloramicroflora (algas, fungos e 
bactérias, principalmente) e a 
microfauna (especialmente os 
protozoários e nematóides) 
decompõem os restos vegetais e 
animais e, em consequência, 
liberam o húmus, que é uma mistura 
complexa de substâncias amorfas 
coloidais F
at
or
es
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Organismos vivos
agregação do solo. 
Organismos vivos
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Os organismos (micro e 
macroflora, micro e macrofauna
e o homem) desempenham 
papel importante na diferencia-
ção dos horizontes do solo.
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Mesmo depois do solo formado, 
quando o sistema solo-
vegetação adquire um equilíbrio, 
a ação dos organismos vivos 
continua.
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ão A ação da macrofloramacroflora na 
diferenciação dos horizontes 
decorre da quantidade de 
material orgânico adicionado ao 
solo, que varia conforme a 
espécie vegetal. A macroflora
protege os solos dos efeitos 
erosivos.
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A cobertura vegetal protege a 
superfície do solo das agressões 
do clima (variações de 
temperatura, impacto das gotas 
de chuva, enxurradas ...) e é
fonte de matéria orgânica.
Organismos vivos
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Organismos vivos
BioturbaBioturbaççãoão – atividade dos macrorga-
nismos no solo.
Formigas, 
térmitas, 
minhocas, 
tatus, ... 
Estrutura
Agregação
Infiltração de água
Aeração
Matéria orgânica
Disponibilidade de 
nutrientes
Escavação
Galerias
Grande homogeneização dos solos 
muito intemperizados
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ão Finalmente, o homemhomem pode agir 
sobre alguns atributos do solo 
por meio de práticas de manejo, 
como: movimentação do solo, 
drenagem, calagem, gessagem, 
adubação, uso de herbicidas e 
outras. 
Organismos vivos
Fatores de formação do solo
● Material de origem
● Relevo
● Clima
● Organismos vivos
● TempoTempo
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É o fator deformação que define o 
quanto a ação do clima e dos 
organismos ocorreram sobre o material 
de origem, em um determinado tipo de 
relevo. Todas as propriedades morfoló-
gicas necessitam de tempo para se 
manifestar no perfil do solo.
O solo pode ser considerado maduro 
quando os horizontes já estão bem 
desenvolvidos.
Tempo
Escala de tempo geológico
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Solos dos Solos dos 
Tabuleiros Tabuleiros 
CosteirosCosteiros
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Tempo
Idade absoluta dos solos?
Tempo zero?
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Estimativa da idade do solo em termos 
relativos:
● grau de desenvolvimento do solo
● diferenciação dos horizontes (quanti-
dade e espessura)
● composição química e mineralógica 
Tempo
JovemJovem = imaturo: pouco intemperizado
VelhoVelho = maduro: muito intemperizado
Tempo
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A
Rocha
Rocha
A
Bi
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Rocha
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Bt
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Rocha
Rocha 
recém-exposta
Solo jovem 
raso
Solo intermediário 
pouco desenvolvido
Solo maduro 
bem desenvolvido
T E M P OT E M P O
Tempo
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Tempo
Quantos anos são necessários 
para formar um solo? 
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Tempo
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Tempo
Resultados obtidos mostram que é
muito ampla a taxa de formação do 
solo, a depender das condições 
locais:
● 80 anos/cm de solo nos EUA
● 750 anos/cm de solo na África
● Média global = 178 anos/cm de solo
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Tempo
Sistemas de classificaSistemas de classificaçção de solosão de solos
MaturidadeMaturidade
● Solos pouco evoluSolos pouco evoluíídos: dos: NeossolosNeossolos
● Solos intermediSolos intermediáários: rios: CambissolosCambissolos
● Solos muito evoluSolos muito evoluíídos: dos: LatossolosLatossolos
● Objetivo
● Histórico
● Fatores de formação
● Material de origem
● Relevo
● Clima
● Organismos vivos
● Tempo
● Síntese
Resumo da aula
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Bibliografia recomendada
ALMEIDA, J. Fatores de formação do 
solo. Lages: UDESC-CAV, s.d. 16p. 
(Notas de aula da disciplina de GMCS).
OLIVEIRA, J. B. de. Fatores de 
formação. In: MONIZ, A. C. Elementos 
de pedologia. São Paulo: Polígono, 
1972. p. 275-288.
OLIVEIRA, J. B. de. Pedologia aplicada. 
Piracicaba: Fealq, 2008. p.17-83. F
at
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CCA 281 – Fundamentos do Solo I Fundamentos do Solo I – 2016.I (T02)
PROCESSOS DE FORMAÇÃO 
DO SOLO
Luciano da Silva Souza
Próxima aula: