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As adaptações para a Evolução Humana Para entendermos a evolução humana primeiramente precisamos entender as características favoráveis que já existiam singularmente em nossa espécie e os fatores extraordinários que aconteceram ao decorrer do tempo decorrente ao meio ambiente em que eles viviam. E que esta evolução levou milhares e milhares de anos para se completar. Consideramos a condição humana uma singularidade, por que tal acontecimento se deu apenas uma vez e levou tanto tempo para acontecer? A resposta é dada pela improbabilidade das pré-adaptações acontecerem para que o fenômeno evolutivo desse certo. Cada etapa evolutiva precisou de uma ou mais pré-adaptações a condição física que nossos ancestrais tinham. Nossa primeira grande pré-adaptação foi à vida em terra, pois nenhuma outra espécie por mais brilhante que seja como o polvo, por exemplo, conseguiu desenvolver uma cultura complexa e tecnológica como a nossa. Tal explicação esta em nossa segunda pré-adaptação, que é o nosso tamanho, pois somos a única espécie de mamíferos grande o suficiente para desenvolver um cérebro do tamanho do nosso. Isso explicaria o fato de as formigas mesmo tendo chegado ao mais alto grau de organização social dos animais, nunca terem passado por esse nível e evoluído, seus corpos não tinham estrutura física adequada para o aumento de seus cérebros. A terceira grande pré-adaptação foram as mão articuladas que se desenvolveram para manipular objetos separados. Este é o traço que distinguem os primatas de todos os demais animais mamíferos habitantes da terra firme. Garras e dentes comuns das espécies mamíferas seriam inadequados para o desenvolvimento da tecnologia. O próximo passo no caminho evolutivo da espécie humana foi a uma mudança na dieta alimentar para incluir uma importante quantidade de carne (proteína). A carne fornecia mais energia por grama consumido que os vegetais. Uma vez que o carnivorismo tinha sido estabelecido em um nicho da cadeia alimentar menos energia era necessário para ocupá-lo. As vantagens na cooperação em busca de carne levaram a formação de grupos altamente organizados. As primeiras sociedades constituíam se de família estendidas e de aliados e adotados. Essas pequenas e sociedades se expandiam até uma numero que pudesse ser sustentado pelo ambiente local. Cerca de 1 milhão de anos atrás aconteceu o uso controlado do fogo pelo hominídeos. Tal feito teve impacto direto na evolução posterior. Pois com o fogo manipulado a caçada por carne se tornou mais fácil e rápida, com a maior facilidade em obter carne, nossa mastigação e digestão evoluíram até especialização em carne e vegetais cozidos. E cozinhar se tornou um traço humano universal, com a partilha de refeições cozidas, aveio uma forma de conexão social. Com o fogo a carne e o ato de cozinhar os acampamentos passaram a durar mais do que apenas dias e então temos o surgimento dos primeiros “ninhos” ou acampamentos caracterizando outro importante passo evolutivo . Existem indícios fosseis de acampamentos e de seus “equipamentos” remontado ao Homo erectus, espécie ancestral intermediaria no tamanho do cérebro entre o Homo habilis e Homo sapiens moderno. Junto com o surgimento dos acampamentos veio a divisão do trabalho. Esta divisão surgiu automaticamente, pois já existia uma predisposição a auto-organização por hierarquias dominantes. Na época no Homo erectus, todos os passos que levaram essa espécie á eussocialidade, exceto pelo uso do fogo, também haviam sido seguidos pelos chimpanzés e pelos bonobos modernos. Graças as nossas pré-adaptações únicas, deixamos esses primos bem distantes para trás. O palco estava agora armado para que os primatas africanos com os cérebros maiores dessem o salto realmente definidor do rumo ao seu potencial. Bibliografia: Singularidade: Aquilo que é único, singular Extraordinário: Fora do comum Improbabilidade: Aquilo que não é provável que vá acontecer Distinguem: Diferencia Carnivorismo: Ato de comer carne. (Neste caso animal) Eussocialidade: É o mais alto grau de organização social dos animais. Palavras Chaves Australopithecus: 4,2-1,0 milhões de anos. Podiam caminhar erguidos, ainda que não por muito tempo. Estatura alcançava 1,5 m. Seu cérebro era pequeno e suas mandíbulas, grandes, comparadas ao crânio. Alimentavam-se de frutos, sementes e raízes. Viviam na África, na savana ou em bosques abertos. Homo Habilis Também caminhavam erguidos. Seu cérebro era um pouco maior que o dos Australopithecus, suas mandíbulas grandes, em proporção com seu crânio. Dieta carnívora. Habitavam a savana africana. Fabricavam ferramentas de pedra muito rudimentares. Homo erectus: 1,8 milhões de anos – 300 mil anos Sua postura natural era erguida. Seu cérebro era muito maior que o do Homo habilis, e sua mandíbula um pouco mais reduzida Dieta onívora. Distribuição ampla: habitou zonas quentes e frias. Dominou o fogo e fabricou ferramentas um pouco mais elaboradas. Homo neanderthalensis: 150 mil – 30 mil anos Muito parecidos com os seres humanos atuais, ainda que com aspecto mais tosco. Seu cérebro era maior, e a mandíbula, mais forte. É uma espécie irmã da espécie humana atual, com a qual coincide. Seu alimento principal era a carne. Viveu em zonas frias, inclusive na tundra. Foi o primeiro hominídeo a enterrar seus mortos. Homo sapiens: 100 mil anos até a atualidade Ser humano atual. Conquistou todos os habitats terrestres. Primeiro hominídeo que realizou manifestações artísticas e desenvolveu a tecnologia. Evolução Ato, processo ou efeito de evoluir. Qualquer série de movimentos desenvolvidos contínua e regularmente, gerando e completando um ciclo harmonioso. Adaptação Ação ou efeito de adaptar(-se). Ajuste de uma coisa a outra. Mudanças por fatores externos. Ministério da Educação Secretaria de educação Profissional e Tecnologia Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás – Campus Goiânia Departamento de Áreas Acadêmicas I Coordenação de Ciências Humanas e suas Filosofias Licenciatura em História Filosofia da Educação Professor: André Aciole
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