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CONTABILIDADE PÚBLICA
AULA DE NÚMERO 01.
Aula Inaugural. Apresentação do Plano de Ensino e Metodologias de Avaliações.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Professor: LUIZ ANTONIO DE FREITAS
Disciplina: Contabilidade Pública;
Código: 3184;
Período: Sétimo;
Pré-Requisito: Contabilidade Intermediária;
Carga Horária: 75 horas semestrais;
Créditos: 05;
Faltas: 25% (vinte e cinco por cento);
Total de faltas no semestre: 18 (dezoito);
Total de dias: 09 (nove)
CONTABILIDADE PÚBLICA
OBJETIVOS: Proporcionar ao aluno uma noção básica da legislação que estatui normas de direito financeiro público e controle contábil. Demonstrar funcionamento das respectivas contas que compõe os balanços orçamentários, financeiro e patrimonial. Propiciar ainda, aos alunos meios de elaborar as demonstrações contábeis da administração pública.. 
EMENTA: Orçamento Público. Princípios orçamentários. Receita pública. Despesas públicas. Licitações. Empenho das despesas. Adiantamento. Regimes contábeis. Variações patrimoniais. Escrituração. Balancetes e Balanços orçamentário, financeiro e patrimonial.
COMPETÊNCIA(S): 
Aplicar adequadamente a legislação inerente às funções contábeis das entidades públicas;
Ter condição de compreender a gestão econômica e patrimonial de qualquer entidade pública, analisando criticamente as suas mutações, antecipando e promovendo suas transformações;
CONTABILIDADE PÚBLICA
Ser capaz de desenvolver, analisar e interpretar sistemas de informação contábil e de controle gerencial;
Ter a capacidade de atuar em equipes multidisciplinares;
Compreender a gestão econômica e patrimonial das organizações públicas, em um mundo globalizado, além de desenvolver atividades específicas da prática profissional contábil em consonância com as demandas mundiais, nacionais, regionais e locais;
Ser proficiente no uso da linguagem contábil para desempenhar suas atividades profissionais na visão sistêmica, holística e interdisciplinar na elaboração de relatórios que contribuam para o desempenho eficiente e eficaz de seus usuários, na articulação e liderança de equipes multidisciplinares para a capacitação de dados e geração de relatórios de informações contábeis;
CONTABILIDADE PÚBLICA
Exercer suas funções com expressivo domínio das funções contábeis que viabilizem os agentes econômicos e aos administradores de qualquer segmento produtivo ou institucional o pleno cumprimento da sua responsabilidade quanto ao gerenciamento, aos controles e à prestação de contas da sua gestão perante à sociedade, gerando também informações para a tomada de decisão, organização de atitudes e construção dos valores orientados para à cidadania;
Lidar com modelos de gestões inovadoras da riqueza patrimonial;
Interagir criativamente face aos diferentes contextos organizacionais e sociais.
Desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle.
CONTABILIDADE PÚBLICA
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
1 ANGÉLICO, João. Contabilidade Pública. 9ª. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
2 PERES, Lázaro Borges; GOMES, Manoel Barbosa. Contabilidade Orçamentária - Manual da Gestão Governamental. Goiânia: Editora da UCG 2000. 
3 BEZERRA FILHO, João Eudes. Contabilidade Pública: teoria, técnica de elaboração de balanços e 300 questões. São Paulo. Impetus, 2012.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
1 PISCITELLI, Roberto Bocaddio. [et al.]. Contabilidade Pública - Uma Abordagem da Administração Financeira Pública. 8ª. ed. São Paulo: Atlas 2012.
CONTABILIDADE PÚBLICA
2 SILVA, Jair Cândido; VASCONSCELOS, Edílson Felipe. Manual da Execução Orçamentária. Brasília: Brasília Jurídica 2012.
3 VASCONSCELOS, Edilson Felipe; SILVA, Jair Cândido. Manual da execução orçamentária e contabilidade pública. Brasília: Brasília Jurídica 2012. 
4 Lei 4.320 DE 17-03-64. São Paulo: Atlas 1997
5 Lei Complementar n. 101, de 04/05/2000, publicada no DOU em 05/05/2000.
AVALIAÇÃO:
V1: Verificação Subjetiva/Objetiva (Verificação do conhecimento de toda matéria até a data da prova (valor de 0 a 10).
V2: Verificação Subjetiva/Objetiva (Verificação do conhecimento de toda matéria ministrada no semestre (valor de 0 a 10).
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VT: Verificação de trabalhos individuais ou em grupo, seminários, debates etc. (valor de 0 a 10)
VS: Verificação Suplementar Subjetiva (Verificação do conhecimento de toda matéria ministrada no semestre (valor de 0 a 10).
TRABALHO DISCENTE EFETIVO - TDE: 
1 Atividade Acadêmica: Estudos Dirigidos, Leituras Complementares, Vivências Profissionais, Atividades de Expressão Oral. Total: 06 (seis) horas. Até 2,0 (dois) pontos nota de VT. 
2 Estudos Independentes: Leituras. Resolução de Exercícios extra classe. Estudos Dirigidos. Total de 9 (nove) horas. Até 8,0 (oito) pontos na nota de VT.
ATIVIDADES DO UNIVERSO SOLIDÁRIO: (entregar o projeto na coordenação e o relatório após execução).
CONTABILIDADE PÚBLICA
CONTEÚDO:
UNIDADE I: INTRODUÇÃO: Conceitos Introdutórios; Tramitação do Orçamento Público; Créditos Adicionais;
HABILIDADES:
Ter a capacidade de entender o processo orçamentário, desde o início de sua tramitação na casa legislativa competente, passando pela aprovação e retorno ao poder executivo para sua execução.
Ser proficiente o uso da linguagem e dos termos orçamentários de qualquer ente público.
Ter a capacidade de identificar todos os conceitos, concernentes ao orçamento público.
Ter o completo domínio do que vem a ser orçamento público.
CONTABILIDADE PÚBLICA
ATITUDES: 
Respeito às normas e aos profissionais;
Ser ético;
Valores morais;
Valores Humanos;
Predisposição para aceitar o novo;
Investigação;
Questionamento;
Disciplina;
Ser comprometido com os estudos 
Criatividade;
Visão Crítica.
CONTABILIDADE PÚBLICA
METODOLOGIAS:
Aulas expositivas dialogadas;
Debates orais;
Dinâmicas de grupo;
Seminários;
Atividades de Pesquisa;
Apresentações de trabalhos em grupo;
Exercícios de fixação.
DISCIPLINAS CORRELATAS:
Contabilidade Introdutória;
Contabilidade Comercial;
Contabilidade de Custos;
Contabilidade Avançada;
Direito Tributário;
Auditoria;
Perícia Contábil
Orçamento;
Administração Financeira .
CONTABILIDADE PÚBLICA
CONTEÚDO:
UNIDADE II: Princípios Orçamentários.
HABILIDADES:
Ter a capacidade de entender os princípios orçamentário, vigentes em nosso país.
Ser proficiente o uso da linguagem e dos termos pertinentes aos princípios orçamentários.
Ter a capacidade de identificar todos os conceitos de cada princípio orçamentário, diferenciando-os na sua aplicabilidade ao caso concreto.
Ter o completo domínio do que vem a ser princípios orçamentários.
ATITUDES, METODOLOGIAS e DISCIPLINAS CORRELATAS: Vide Unidade I.
CONTABILIDADE PÚBLICA
CONTEÚDO:
UNIDADE III: Receita Pública: Conceitos; Estágios da Receita; Restos a Arrecadar; Restituição de Receita; Dívida Ativa.
HABILIDADES:
Ter a capacidade de entender e dominar os conceitos de Receita e os seus estágios.
Ser proficiente o uso da linguagem e dos termos pertinentes a receita pública, restos a arrecadar, restituição e dívida ativa.
Ter a capacidade de identificar todos os tipos de receitas a que o ente publico direito, conforme as disposições constitucionais vigentes.
Ter o completo domínio do que vem a ser Receita Pública, Estágios da Receita; Restos a Arrecadar; Restituição de Receita; Dívida Ativa.
ATITUDES, METODOLOGIAS e DISCIPLINAS CORRELATAS: Vide Unidade I.
CONTABILIDADE PÚBLICA
CONTEÚDO:
UNIDADE IV: Despesa Pública: Conceitos; Estágios da Despesa; Restos a Pagar; Despesas de Exercício Anterior.
HABILIDADES:
Ter a capacidade de entender e dominar os conceitos de Despesa e os seus estágios.
Ser proficiente o uso da linguagem e dos termos pertinentes a despesa pública, restos a pagar e despesas de exercício anterior
Ter a capacidade de identificar todos os
tipos de despesas a que o ente público a obrigação, conforme as disposições constitucionais vigentes.
Ter o completo domínio do que vem a ser Despesa Pública, Estágios da Despesa; Restos a Pagar e Despesas de Exercício Anterior.
ATITUDES, METODOLOGIAS e DISCIPLINAS CORRELATAS: Vide Unidade I.
CONTABILIDADE PÚBLICA
CONTEÚDO:
UNIDADE V: LICITAÇÕES: Conceitos; Modalidades; Processo Licitatório .
HABILIDADES:
Ter a capacidade de entender os conceitos, as modalidades e o processo licitatório.
Ser proficiente o uso da linguagem e dos termos pertinentes a licitações e o processo licitatório.
Ter a capacidade de identificar todos os conceitos, modalidades e o processo licitatório.
Ter o completo domínio do que vem a ser as modalidades e o processo licitatório, pertinente a cada ente publico. .
ATITUDES, METODOLOGIAS e DISCIPLINAS CORRELATAS: Vide Unidade I.
CONTABILIDADE PÚBLICA
CONTEÚDO:
UNIDADE VI: EMPENHO DAS DESPESAS: Conceitos; Tipos de Empenho.
HABILIDADES:
Ter a capacidade de entender o conceito e os tipos de empenho de despesas públicas.
Ser proficiente o uso da linguagem e dos termos pertinentes ao empenho e os tipos de empenho.
Ter a capacidade de identificar todos os conceitos e os tipos de emprenho, pertinentes às despesas públicas.
Ter o completo domínio dos conceitos e dos tipos de empenhos, na gestão pública de cada ente governamental e da administração pública .
ATITUDES, METODOLOGIAS e DISCIPLINAS CORRELATAS: Vide Unidade I.
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CONTEÚDO:
UNIDADE VII: ADIANTAMENTO: Conceitos; Disposições Básicas.
HABILIDADES:
Ter a capacidade de entender o que vem a ser aditamento, na gestão pública.
Ser proficiente o uso da linguagem e dos termos pertinentes a aditamento.
Ter a capacidade de identificar todos os conceitos de aditamento, na gestão pública.
Ter o completo domínio do que vem a ser aditamento, bem como o seu conceito e disposições básicas.
ATITUDES, METODOLOGIAS e DISCIPLINAS CORRELATAS: Vide Unidade I.
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CONTEÚDO:
UNIDADE VIII: REGIMES CONTÁBEIS: Conceitos; Comparações de Regimes.
HABILIDADES:
Ter a capacidade de entender os regimes contábeis na administração pública.
Ser proficiente o uso da linguagem e dos termos pertinentes aos regimes contábeis na administração pública.
Ter a capacidade de identificar todos os conceitos dos regimes contábeis na gestão pública.
Ter o completo domínio do que vem a ser regimes contábeis, dentro da gestão pública.
ATITUDES, METODOLOGIAS e DISCIPLINAS CORRELATAS: Vide Unidade I.
CONTABILIDADE PÚBLICA
CONTEÚDO:
UNIDADE IX: Variações Patrimoniais: Conceitos; Contabilizações.
HABILIDADES:
Ter a capacidade de entender as variações patrimoniais, seus conceitos e contabilizações.
Ser proficiente o uso da linguagem e dos termos pertinentes as variações patrimoniais.
Ter a capacidade de identificar todas as variações patrimoniais, face as suas mutações na gestão pública.
Ter o completo domínio do que vem a ser variações patrimoniais, seus conceitos e as suas contabilizações, em obediências as normas vigentes.
ATITUDES, METODOLOGIAS e DISCIPLINAS CORRELATAS: Vide Unidade I.
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CONTEÚDO:
UNIDADE X: Escrituração: Sistema Orçamentário; Sistema Financeiro; Sistema Patrimonial; Sistema de Compensação; Balancetes e Balanços.
HABILIDADES:
Ter a capacidade de entender e efetuar a escrituração dos atos e fatos contábeis praticados pelo gestor público, bem como elaborar os balancetes e balanços.
Ser proficiente o uso da linguagem e dos termos pertinentes à escrituração, o sistema orçamentário, o sistema financeiro, o sistema patrimonial, o sistema de compensação, os balancetes o e aos balanços.
Ter o completo domínio e a capacidade de identificar todos os conceitos pertinentes à escrituração, o sistema orçamentário, o sistema financeiro, o sistema patrimonial, o sistema de compensação, os balancetes o e aos balanços.
CONTABILIDADE PÚBLICA
ATITUDES, METODOLOGIAS e DISCIPLINAS CORRELATAS: Vide Unidade I.
PENSAMENTOS DO DIA:
Você irradia a luz, todos se iluminarão também;
O amor suaviza e embeleza a vida, tal como as flores num ambiente;
Agradeça acreditando que seu pedido já foi atendido;
A verdadeira beleza existe onde a Vida está presente;
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AULA DE NÚMERO 02.
Introdução à Contabilidade Pública.
CONTABILIDADE PÚBLICA
CONTABILIDADE PÚBLICA
O que é Contabilidade Pública?
Define-se Contabilidade Pública como sendo o ramo da contabilidade que registra, controla e demonstra a execução dos orçamentos, dos atos e fatos da fazenda pública e o patrimônio público e suas variações.
Portanto, seu escopo relaciona-se ao controle e gestão dos recursos públicos. 
Com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF (Lei Complementar 101/2000), a contabilidade pública alçou uma maior importância e valorização.
A contabilidade societária, relacionada com a atividade privada, rege-se pela Lei das Sociedades Anônimas e pelo Código Civil, que estabelecem regras de procedimentos contábeis.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Já a contabilidade pública é regulada pela Lei 4.320/1964, que é a Lei das Finanças Públicas.
A contabilidade societária tem como foco principal o patrimônio e as suas avaliações, de tal forma que a principal peça é o balanço patrimonial. 
Porém, na contabilidade pública, o mais relevante é o balanço de resultados, que trata da despesa e da receita, ou seja, de que forma foi arrecadado o dinheiro e como foi aplicado.
Outra diferença é que a contabilidade da área societária tem como visão o patrimônio e o lucro. 
Já na área pública, a visão é a gestão.
A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF deu forma ao Relatório Resumido da Execução Orçamentária, definiu o que compõe o relatório, como se publica essa informação.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Também trouxe como inovação o relatório de gestão fiscal, que visa demonstrar se foram atingidas as metas e os limites estabelecidos na lei de responsabilidade fiscal.
Outra inovação é que a lei exigiu que as receitas vinculadas tenham a contabilização de onde está evidenciado o que já foi aplicado e qual é o saldo.
A lei também passou a dar uma maior importância e visibilidade à contabilidade. 
A Contabilidade Pública - seja na área Federal, Estadual, Municipal ou no Distrito Federal - tem como base a Lei 4.320, de 17 de março de 1964, que instituiu normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
A Lei 4.320/64 está para a Contabilidade Aplicada à Administração Pública assim como a Lei das Sociedades por Ações, Lei 6.404/76, está para a Contabilidade aplicada à atividade empresarial.
CONTABILIDADE PÚBLICA
A Contabilidade Pública registra a previsão da receita e a fixação da despesa, estabelecidas no Orçamento Público aprovado para o exercício. Escritura a execução orçamentária da receita e da despesa, faz a comparação entre a previsão e a realização das receitas e despesas, controla as operações de crédito, a dívida ativa, os valores, os créditos e obrigações, revela as variações patrimoniais e mostra o valor do patrimônio.
A contabilidade pública está interessada também em todos os atos praticados pelo administrador, sejam de natureza orçamentária (previsão da receita, fixação da despesa, empenho, descentralização de créditos etc.) ou sejam, meramente administrativos (contratos, convênios, acordos, ajustes, avais, fianças, valores sob responsabilidade, comodatos de bens, etc.) representativos de valores potenciais que poderão afetar o patrimônio no futuro.
O objeto de qualquer contabilidade é o patrimônio.
CONTABILIDADE PÚBLICA
A contabilidade pública não está interessada somente no patrimônio e suas variações, mas, também, no orçamento e sua execução (previsão e arrecadação da receita e a fixação e a execução da despesa).
A contabilidade pública, além de registrar todos os fatos contábeis (modificativos,
permutativos e mistos), registra os atos potenciais praticados pelo administrador, que poderão alterar qualitativa e quantitativamente o patrimônio.
O objetivo da Contabilidade Pública é o de fornecer aos gestores informações atualizadas e exatas para subsidiar as tomadas de decisões, aos órgãos de controle interno e externo para o cumprimento da legislação e às instituições governamentais e particulares informações estatísticas e outras de interesse dessas instituições.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Assim, a Contabilidade Pública é o ramo da contabilidade é o ramo da contabilidade que se dedica ao estudo do patrimônio é o ramo da contabilidade que se dedica ao estudo do patrimônio dos entes públicos, entendidos como aqueles que são regidos pelo direito público interno. 
A contabilidade pública, também chamada de contabilidade governamental, não deve ser confundida com a contabilidade social, pois esta é uma disciplina da economia, pois esta é uma disciplina da economia, cujo objeto são as chamadas contas nacionais, pois esta é uma disciplina da economia, cujo objeto são as chamadas contas nacionais, como por exemplo, o produto interno bruto, pois esta é uma disciplina da economia, cujo objeto são as chamadas contas nacionais, como por exemplo, o produto interno bruto (PIB), cuja metodologia desenvolvida pela ONU, pois esta é uma disciplina da economia, cujo objeto são as chamadas contas nacionais, como por exemplo, o produto interno bruto (PIB), cuja metodologia desenvolvida pela ONU faz uso do universal método das partidas dobradas.
No Brasil, a contabilidade pública advém diretamente da legislação. 
O principal dispositivo legal é a Lei 4.320/64, embora na sua maior parte ela traga regulamentação orçamentária e financeira - e não patrimonial ou contábil.
Está intimamente ligada com a gestão dos recursos públicos.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Esta área ganhou maior visibilidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal, que é a Lei Complementar de nº. 101/00
De acordo com J. Teixeira Machado Jr. & Heraldo da Costa Reis ("A lei 4.320 comentada", 25ª edição, IBAM, 1993, pg. 150), o conjunto que constitui a contabilidade pública brasileira é composto dos seguintes componentes, previstos na Lei 4.320/64:
Sistema Orçamentário
Sistema Financeiro
Sistema de Compensação
Sistema Patrimonial
Segundo o artigo 105 da Lei 4.320/64, o Balanço Patrimonial demonstrará:
I - O Ativo Financeiro;
CONTABILIDADE PÚBLICA
II - O Ativo Permanente
III - O Passivo Financeiro
IV - O Passivo Permanente
V - O Saldo Patrimonial
VI - As Contas de Compensação
Dessa forma, partindo-se de que o sistema patrimonial resulta no balanço patrimonialDessa forma, partindo-se de que o sistema patrimonial resulta no balanço patrimonial público (mais as contas de compensação que lhe forem pertinentes), notar-se-á não haver a inclusão da demonstração das variações patrimoniais, prevista no artigo 104, Anexo XV. 
Como se constata, essa Demonstração reúne várias contas de resultado (análoga ao balanço de resultado econômico do Código Civil e não se constitui em apenas na conta patrimonial prevista no artigo 100 (interpretada como análoga à antiga conta empresarial dos Lucros & Perdas).
CONTABILIDADE PÚBLICA
Pela demonstração se convencionou auferir o superávit ou déficit econômico do exercício de determinado órgão ou governo, em atendimento a previsão do artigo 85 que faz menção a "resultados econômicos", o que nos leva a deduzir haver também um Sistema Econômico na Contabilidade Pública Brasileira. 
ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
1. Conceito de Serviço Público:
Serviço Público é todo aquele prestado pela Administração ou por quem lhe faça às vezes, debaixo de regras de direito público, para preservação dos interesses da coletividade.
O serviço público é prestado debaixo de regras de direito público, independentemente de quem esteja à frente da execução, pois tais regras são as únicas capazes de preservar o interesse da coletividade.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Segundo o princípio da continuidade da prestação do serviço público, a execução do serviço público, em regra, não pode ser interrompida. 
Assim, a greve dos servidores públicos não pode implicar em paralisação total da atividade, caso contrário será inconstitucional (art. 37, VII da CF).
2. Quem pode prestar o Serviço Público?
Tanto a Administração como quem lhe faça às vezes podem prestar o serviço público. 
A titularidade na prestação de um serviço público é intransferível, isto é, nunca sai das mãos da Administração. 
O que pode ser transferido aos particulares é a execução do serviço público, mas nunca a titularidade.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Sendo o Poder Público titular do serviço público, pode estabelecer regras para a sua execução, ou seja, pode aplicar sanções; pode retomar o serviço por interesse público; pode retomar quando mal utilizado e etc.;
3. Formas de prestação do Serviço Público:
A execução do serviço público pode ser realizada de forma direta (centralizada) ou de forma indireta (descentralizada).
a) Execução Direta ou Centralizada: Ocorre quando a execução do serviço público for realizada pela Administração direta, isto é, pelo próprio titular do serviço público.
b) Execução Indireta ou Descentralizada: Ocorre quando a execução do serviço público for realizada por terceiro que não se confunde com o titular do serviço público. 
Descentralizar significa tirar do centro, tirar a execução da Administração Direta.
CONTABILIDADE PÚBLICA
A execução descentralizada pode ser feita por terceiros que se encontrem dentro ou fora da Administração:
Terceiros que estão dentro da Administração:
Administração Indireta: Autarquias, Fundações, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e ainda as Agências reguladoras e Executivas.
“A administração pública, direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência...” (art. 37 da CF).
Terceiros que estão fora da Administração: Particulares. 
A descentralização do serviço público para particulares só pode ser feito através de Concessão, Permissão e Autorização (formas de se promover uma descentralização de serviço público a particulares).
CONTABILIDADE PÚBLICA
Descentralização por outorga e por delegação:
Descentralização por outorga: Transfere-se a titularidade e a execução do serviço público para terceiros.
Há dois requisitos para que a descentralização seja por outorga: Que a pessoa esteja dentro da Administração indireta e que esta pessoa tenha personalidade jurídica de direito público. 
Assim, só há descentralização por outorga para as Autarquias e para as Fundações Públicas que tenham personalidade jurídica de direito público.
Descentralização por delegação: Transfere-se a execução do serviço público para terceiros. 
A descentralização para particulares é sempre por delegação, pois a titularidade jamais sai das mãos da Administração.
CONTABILIDADE PÚBLICA
A descentralização para Empresa Pública e para a Sociedade de Economia Mista também se faz por delegação, pois, embora esteja dentro da Administração Indireta, não tem personalidade jurídica de direito público.
4. Diferença entre descentralização e desconcentração:
A descentralização é uma forma de transferir a execução de um serviço público para terceiros, que se encontram dentro ou fora da Administração. 
Já a desconcentração é uma forma de se transferir a execução de um serviço público de um órgão para outro dentro da Administração direta (também pode ocorrer transferência de competência dentro do mesmo órgão). 
Assim, a diferença está na amplitude da transferência. 
Exemplo de desconcentração: Serviço Público executado pela Secretaria de Segurança Pública transferido para a Administração Penitenciária.
CONTABILIDADE PÚBLICA
PENSAMENTOS DO DIA:
Fazer uma mensagem espontânea, conforme a temática da aula;
CONTABILIDADE PÚBLICA
AULA DE NÚMERO 03.
Administração Pública Indireta.
CONTABILIDADE PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: 
1. Introdução:
As pessoas da Administração indireta podem ser criadas para a prestação de serviço público ou para a exploração de atividade econômica.
2. Prestação de serviço público:
Com relação ao serviço público, criam-se pessoas na Administração indireta para que existam especialistas e, assim, o serviço público seja prestado com maior eficiência (princípio da eficiência e especialidade). 
3. Atividade econômica:
Quando o Poder Público explora atividade econômica, o faz como exceção, pois como regra geral diz que cabe a iniciativa privada a exploração da atividade econômica.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Assim, estas pessoas só exploraram atividade econômica nas hipóteses previstas na Constituição. 
Vejamos o que diz o art. 173 da CF: “Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta da atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos de segurança nacional ou relevante interesse coletivo, conforme definido em lei” 
Estas pessoas, quando exploraram atividade econômica, não poderão ter privilégios que a iniciativa privada tem. 
Ex: O regime dos seus servidores será o celetista. 
Vejamos o que diz o art. 173, § 1º, I, II, III, IV e V da CF: “A lei estabelecerá o estatuto jurídico das empresas públicas, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
CONTABILIDADE PÚBLICA
I - sua função social às formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; 
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributarias;
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observado os princípios da administração pública; 
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários; 
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
Para competir com a iniciativa privada, estas pessoas terão que obedecer aos princípios da ordem econômica. 
CONTABILIDADE PÚBLICA
Vejamos o que diz o art. 170, I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX  da CF: “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames de justiça social, observados os princípios:
I - soberania nacional; 
II - propriedade privada; 
III - função social da propriedade; 
IV - livre concorrência; 
V - defesa do consumidor; 
VI - defesa do meio ambiente, 
VII - redução das desigualdades regionais e sociais; 
VIII - busca do pleno emprego; 
IX - tratamento favorecido para empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
CONTABILIDADE PÚBLICA
AUTARQUIAS
1. Conceito: Autarquias são pessoas jurídicas de direito público criadas para prestação de serviço público contando com um capital exclusivamente público.
Com a criação da Autarquia, há uma descentralização por outorga (transferência da titularidade e execução do serviço público). 
A Autarquia surge como um “longa manus” da atuação do Estado, pois tem a mesma personalidade jurídica da Administração direta por ser criada para prestação de serviço público. 
Exemplos: 
a) INSS (Instituto Nacional do Seguro Social); 
b) INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária); 
c) IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis);
d) INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial);
CONTABILIDADE PÚBLICA
e) Banco Central (fiscaliza as demais instituições financeiras); 
f) CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que tem por finalidade fiscalizar as atividades desenvolvidas pela iniciativa privada, nelas interferindo se forem contrárias à Constituição, em particular às regras da ordem econômica: da livre concorrência e livre iniciativa. Irá combater a formação de monopólio.
g) Entidades de profissões regulamentadas (CFC, OAB, CFA, COFECI, etc)
2. Características:
a) Autonomia administrativa: A autarquia tem liberdade para gerir as suas atividades. Ex: Autarquia tem liberdade para contratar pessoas, mas com concurso público; para contratar serviços, mas por licitação e etc.
b) Autonomia financeira: A Autarquia tem verbas próprias que, em regra, vem do orçamento, mas nada impede que venha dos serviços por ela prestados.
CONTABILIDADE PÚBLICA
c) Patrimônio próprio.
3. Controle: Só pode existir um controle quanto à legalidade dos atos praticados pelas Autarquias. 
Assim, a Administração direta não poderá interferir no mérito dos seus atos, tendo que respeitar a autonomia que elas receberam ao serem criadas. 
4. Criação: As Autarquias só podem ser criadas e extintas por meio de lei específica. 
Assim, para cada Autarquia deve existir uma lei.
Vejamos o que diz o art. 37, XIX da CF: “Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo a lei complementar, neste último caso, definir as áreas de atuação”
CONTABILIDADE PÚBLICA
A lei ordinária que criar uma Autarquia será de iniciativa do Presidente da República, por força do artigo 61, §1º, II da CF. 
“São de iniciativa do Presidente da República leis que disponham sobre criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI da CF”. 
5. Privilégios:
Como a Autarquia tem personalidade jurídica de direito público e presta serviço público, terá os mesmos privilégios da Administração direta.
a) Privilégios processuais (art. 188 do CPC): As autarquias têm prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer, visto que estão incluídas na expressão “Fazenda Pública”. 
A expressão “contestar” foi utilizada num sentido amplo, isto é, no sentido de responder.
CONTABILIDADE PÚBLICA
b) Privilégios tributários (art. 150, §2º da CF): As autarquias são imunes a impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, vinculados as suas finalidades essenciais ou delas decorrentes. 
Não são imunes às taxas e contribuições de melhoria.
6. Responsabilidade: As próprias Autarquias respondem por obrigações, compromissos e prejuízos que causarem a terceiros, por consequência lógica da sua autonomia. 
A Administração direta pode ser chamada a responder pelas obrigações contraídas pelas Autarquias apenas em caráter subsidiário (depois de esgotadas as forças das autarquias) e não solidário.
7. Falência: As Autarquias não se submetem ao regime falimentar, pois são prestadoras de serviço público.
CONTABILIDADE PÚBLICA
AGÊNCIAS REGULADORAS (AUTARQUIAS DE REGIME ESPECIAL)
1. Conceito de Agências Reguladoras:
As Agências Reguladoras são espécies do gênero Autarquias, assim possuem as mesmas características, exceto pelo fato de se submeterem a um regime especial. 
Têm por finalidade a regulamentação, controle e fiscalização da execução dos serviços públicos transferidos ao setor privado.
a) São dotadas de poder normativo: Podem estabelecer unilateral e previamente as regras através das quais um serviço público será executado por terceiro. 
Não têm autonomia política (poder de fazer leis).
Fiscalizam o cumprimento das regras de execução e aplicam penalidades quando as regras forem mal executadas.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Conferem estabilidade aos seus dirigentes, ainda que não tenham entrado através de concurso público.
Vejamos o que diz o art. 52, III, “f” da CF: “Compete privativamente ao Senado Federal aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de titulares de outros cargos que a lei determinar”.
b) São dotadas de maior autonomia financeira: Podem cobrar taxas
pelos serviços que fiscalizam através de lei que as criou.
2. Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL):
ANEEL é uma agência reguladora vinculada (não subordinada) ao Ministério das Minas e Energia. 
Foi criada pela Lei 9.427/96, tendo por objetivo a fiscalização da execução do serviço de energia elétrica transferido a terceiros.
CONTABILIDADE PÚBLICA
O serviço de energia elétrica é um serviço público que pode ser explorado diretamente pela União ou transferido a terceiros. 
Vejamos o que diz o art. 21, XII, “b” da CF: “Compete à União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos”.
3. Agência Nacional de Telecomunicação (ANATEL):
ANATEL é uma agência reguladora vinculada (não subordinada) ao Ministério das Comunicações. 
Foi criada pela Lei 9.472/97, tendo por objetivo a fiscalização das execuções de serviços de telecomunicação transferidas a terceiros.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Vejamos o que diz o art. 21, IX da CF: “Compete a União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais”.
4. Agência Nacional de Petróleo (ANP):
ANP é uma agência reguladora vinculada (não subordinada) ao Ministério das Minas e Energia. 
Foi criada pela Lei 9.478/97, tendo por objetivo a fiscalização da execução de serviço público relacionado à área de petróleo. 
Ex: Fiscaliza a qualidade e o preço do combustível.
Vejamos o que diz o art. 177, da CF: “Constituem monopólio da União:
I - A pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos;
CONTABILIDADE PÚBLICA
II - A refinação do petróleo nacional ou estrangeiro; 
III - A importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades previstas nos incisos anteriores; 
IV - O transporte marítimo de petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos de petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem; 
V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares e seus derivados. 
As quatro primeiras hipóteses não são mais monopólio da União, por força do § 1º do mesmo artigo que dispõe da seguinte forma “A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades previstas nos inciso I a IV deste artigo, observadas as condições estabelecidas em lei”;
5. Agência Nacional de Saúde (ANS):
CONTABILIDADE PÚBLICA
ANS é uma agência reguladora vinculada (não subordinada) ao Ministério da Saúde.  
Foi criada pela Lei 9.961/00, tendo por objetivo a fiscalização da execução do serviço público de saúde transferido aos particulares. 
A ANS fiscaliza as Seguradoras de saúde. 
Ex: O prazo de carência de emergência ou urgência é de 24 horas; se o Hospital for descredenciado, o segurado tem que ser informado e deve ser creditado outro.
Vejamos o que diz o art. 197 da CF: “São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também por pessoa física ou jurídica de direito privado”.
CONTABILIDADE PÚBLICA
6. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA):
ANVISA é uma agência reguladora vinculada (não subordinada) ao Ministério da Saúde. 
Foi criada pela Lei 9.782/99, tendo por objetivo a fiscalização dos procedimentos e substâncias de interesse para a saúde. 
Ex: fiscalização de alimentos e determinação de recolhimento de medicamentos e dos produtos com prazo vencido.
PENSAMENTOS DO DIA:
Fazer uma mensagem espontânea, conforme a temática da aula;
CONTABILIDADE PÚBLICA
AULA DE NÚMERO 04.
Fundações e Outras Entidades Pública.
CONTABILIDADE PÚBLICA
FUNDAÇÕES:
1. Conceito: Fundações são pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado criadas somente para a prestação de serviço público, contando com um capital inteiramente público e patrimônio próprio personalizado, quando pública. 
Se for dotada de personalidade jurídica de direito público, o serviço público será transferido por outorga (99% das fundações que integram o Estado são de personalidade jurídica de direito público). 
Se for dotada de personalidade jurídica de direito privado, o serviço público será transferido por delegação.
É relevante não confundi-las com as Fundações particulares, pois embora esta também tenha patrimônio personalizado, submete-se a regime jurídico diferente. 
Nas Fundações particulares, os bens são particulares, não há um controle pelo Tribunal de Contas.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Os seus dirigentes não se submetem a Mandado de Segurança, a Ação Popular e nem a Ação Civil Pública.
Exemplos: 
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); 
FUNAI (Fundação Nacional do Índio); 
FEBEM (Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor); 
Hospital das Clínicas; 
Biblioteca Nacional; 
Fundação Memorial da América Latina; 
Fundação Zoológico; 
Fundação Butantã; 
PROCON (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor); 
Fundação Padre Anchieta Rádio e TV Cultura (esta última é a única Fundação com personalidade jurídica de direito privado).;
CONTABILIDADE PÚBLICA
As fundações que tiverem personalidade de direito público serão também chamadas de Autarquias Fundacionais, pois vão se assemelhar às autarquias, com exceção do patrimônio personificado. 
2. Características:
a) Autonomia administrativa: Tem liberdade para tomar suas decisões nesse setor, sem necessitar de concordância da Administração Direta. 
Ex: Pode contratar pessoas através de concurso, Adquirir bens através de licitação; Gerir as suas atividades.
b) Autonomia financeira: Tem verbas próprias para gerir suas atividades. 
A principal fonte de verbas vem do orçamento, mas não impede que possam cobrar pelos serviços que prestam.
CONTABILIDADE PÚBLICA
c) Patrimônio próprio personalizado: O patrimônio é personalizado, personificado, diferenciando-se das demais.
As pessoas jurídicas de base associativa têm como aspecto principal as pessoas que as integram, já as pessoas jurídicas de base fundacional têm como aspecto peculiar o patrimônio, pois ele vai beneficiar as pessoas que se encontram na Administração e as que estão fora dela.
3. Controle:
Há apenas um controle quanto à legalidade dos atos praticados pelas Fundações. 
Assim, a Administração direta não poderá interferir no mérito dos seus atos, tendo que respeitar a autonomia que elas receberam ao serem criadas. 
4. Criação:
CONTABILIDADE PÚBLICA
a) Se for pessoa jurídica de direito público: A lei específica cria.
b) Se for pessoa jurídica de direito privado: A lei específica autoriza a sua criação. 
Assim, só adquirirão personalidade jurídica após aprovação e registro dos Estatutos.
A lei deve ser específica, assim para cada Fundação deve existir uma lei. 
Vejamos o que diz o art. 37, XIX da CF: “Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo a lei complementar, neste ultimo caso, definir as áreas de atuação”.
CONTABILIDADE PÚBLICA
A lei ordinária que criará a Fundação será de iniciativa do Presidente da República, por força do artigo 61, §1º, II e da CF: “São de iniciativa do Presidente da República leis que disponham sobre criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI da CF”. 
5. Privilégios: 
Privilégios processuais (art. 188 do CPC):
a) Se for pessoa
jurídica de direito público: Tem os mesmos privilégios da Administração Direta, isto é, prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer, visto que estão incluídas na expressão “Fazenda Pública”. 
A expressão “contestar” foi utilizada num sentido amplo, isto é no sentido de responder.
b) Se for pessoa jurídica de direito privado: Não tem privilégios, pois não integra o conceito de “Fazenda Pública”.
CONTABILIDADE PÚBLICA
c) Privilégios Tributários (art. 150, § 2º da CF): As Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público são imunes a impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, vinculados as suas finalidades essenciais ou delas decorrentes.
Não são imunes às taxas e contribuições de melhoria.
6. Responsabilidade:
As próprias Fundações respondem por obrigações, compromissos e prejuízos que causarem a terceiros, por consequência lógica da sua autonomia e patrimônio. 
A Administração direta pode ser chamada a responder pelas obrigações contraídas pelas Fundações apenas em caráter subsidiário (depois de esgotadas as forças das autarquias) e não solidário.
7. Falência: Não se submetem a regime falimentar, pois são prestadoras de serviço público.
CONTABILIDADE PÚBLICA
AGENCIAS EXECUTIVAS:
1. Conceito:
É o qualificativo atribuído a certas Autarquias e Fundações por iniciativa da Administração Direta, através de um contrato de gestão, para o atingimento, durante um prazo certo e determinado, de novas metas em troca de uma ampliação da sua autonomia financeira, gerencial e orçamentária (Princípio da Eficiência).
Não estamos falando na criação de novas pessoas jurídicas, mas sim de qualificativo atribuído às pessoas que já existem.
2. Quem atribui esse qualificativo?:
É a Administração Direta que irá atribuí-lo, mais especificamente o Ministério ao qual as Autarquias ou Fundações estão vinculadas.
CONTABILIDADE PÚBLICA
3. Finalidade da atribuição:
É atribuído um qualificativo às Autarquias e Fundações para o alcance de novas metas que não estavam previstas inicialmente, conferindo, em troca, uma ampliação da sua autonomia financeira, gerencial e orçamentária.
Tendo em vista que a autonomia dessas pessoas foi estabelecida por meio de lei só poderiam ser ampliadas da mesma forma e não por meio de um contrato de gestão, como determina a Constituição. 
Entretanto, deve prevalecer a determinação da Constituição.
4. Instrumento para atribuição:
O qualificativo é atribuído através de um contrato de gestão.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Vejamos o que diz o art. 37, § 8º da CF: “A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o Poder Público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: o prazo de duração do contrato; os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; a remuneração do pessoal”.
5. Característica desse qualificativo:
Tendo em vista que o qualificativo tem caráter temporário, assim que as metas forem cumpridas as agências executivas voltam a ser Autarquias e Fundações. 
Caberá à lei dispor sobre o prazo de duração do contrato.
CONTABILIDADE PÚBLICA
EMPRESAS PÚBLICAS:
1. Conceito: Empresas Públicas são pessoas jurídicas de direito privado criadas para a prestação de serviço público ou para a exploração de atividade econômica, contando com um capital exclusivamente público e constituídas sob qualquer modalidade empresarial. 
A descentralização do serviço público só se faz por delegação (só transfere a execução do serviço público). 
Com relação à exploração de atividade econômica devem se submeter aos princípios da ordem econômica (art. 170 e 173, § 1º da CF).
Exemplos: 
a) BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social: financia projetos de natureza social - presta serviço público);
CONTABILIDADE PÚBLICA
b) Caixa Econômica Federal (explora atividade econômica); 
c) Radio Brás (responsável pela voz do Brasil: presta serviço público).
2. Características:
a) Autonomia administrativa: Tem liberdade para gerir as suas atividades, tomar decisões. 
Ex: Pode contratar pessoas por concurso público; pode contratar serviços por meio de licitação.
b) Autonomia financeira: Tem verbas próprias e verbas que vêm do orçamento.
c) Patrimônio próprio: A Administração Direta transferiu parte de seu patrimônio a elas. 
Não pode-se falar em execução do direito privado contra a Empresa Pública, pois o patrimônio é público, dando-se o pagamento por meio de precatórios.
CONTABILIDADE PÚBLICA
3. Controle da Empresa Pública:
Há apenas um controle quanto à legalidade dos atos praticados pelas Empresas Públicas. 
Assim, a Administração direta não poderá interferir no mérito dos seus atos, tendo que respeitar a autonomia que elas receberam ao serem criadas. 
4. Criação:
Sendo a Empresa Pública pessoa jurídica de direito privado, a lei autoriza a sua criação. 
A lei deve ser específica e assim, para cada Empresa Pública deve existir uma lei.
Adquirirão personalidade jurídica com o registro (inscrição) de seus estatutos no órgão competente.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Vejamos o que diz o art. 37, XIX da CF: “Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo a lei complementar, neste último caso, definir as áreas de atuação”. 
5. Privilégios:
a) Privilégios processuais (art. 188 do CPC): As Empresas Públicas não têm privilégios processuais, pois estes só são conferidos à Fazenda Pública, expressão esta que só abrange as pessoas jurídicas de direito público.
b) Privilégios tributários (art. 150, § 3º da CF):
1) Quando explorarem atividade econômica: Não terão privilégios tributários. Não serão imunes a impostos.
2) Quando prestarem serviços públicos: Não terão privilégios, salvo se não cobrarem tarifas dos usuários.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Vejamos o que diz o art. 173, § 2º da CF: “As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado”.
6. Responsabilidade:
As próprias Empresas Públicas respondem por obrigações, compromissos e prejuízos que causarem a terceiros, por consequência lógica das suas características.  
Se a Empresa Pública for prestadora de serviço público, a Administração Direta pode ser chamada a responder em caráter subsidiário (depois de esgotadas as forças da empresa publica) e não solidário. 
Entretanto, se for exploradora de atividade econômica, a Administração direta não poderá ser acionada, pois ela estará regulada pelo mesmo regime da iniciativa privada.
CONTABILIDADE PÚBLICA
7. Falência:
Se a Empresa Pública for prestadora de serviço público não se submete a regime falimentar. 
A Empresa Pública não será extinta pela falência, pois só pode ser extinta por meio de lei.
Mas, se explorar atividade econômica pode falir, pois está competindo com a iniciativa privada. 
PENSAMENTOS DO DIA:
Fazer uma mensagem espontânea, conforme a temática da aula;
CONTABILIDADE PÚBLICA
AULA DE NÚMERO 05.
Sociedades de Economia; Tramitação do Orçamento Público e Créditos Adicionais.
CONTABILIDADE PÚBLICA
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA:
1 Conceito:
Sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado criadas para prestação de serviço público ou exploração de atividade econômica, contando com um capital misto e constituídas sob a modalidade de sociedade anônima. 
A descentralização do serviço público só se faz por delegação (só transfere a execução do serviço público). 
Com relação a exploração de atividade econômica, assim como as Empresas Públicas, também estão submetidas aos princípios da ordem econômica (art. 170 e 173, § 1º da CF).
Diferem-se da empresa pública, pois contam com um
capital misto (participação da iniciativa privada) e são constituídas sob a modalidade de sociedade anônima.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Exemplos: 
Banco do Brasil (exerce atividade econômica); 
Petrobrás (presta serviço público); 
Sabesp (presta serviço público); 
Metrô (presta serviços públicos); 
Cetesb (presta serviços públicos); 
Dersa (presta serviços públicos); 
Anhembi Turismo (presta serviços públicos); 
CET (presta serviços públicos).
2. Características:
a) Autonomia administrativa: Tem liberdade para gerir as suas atividades, tomar decisões. 
Ex: Pode contratar pessoas por concurso público; pode contratar serviços por meio de licitação.
CONTABILIDADE PÚBLICA
b) Autonomia financeira: Tem verbas próprias e verbas que vêm do orçamento.
c) Patrimônio próprio: A Administração Direta transferiu parte de seu patrimônio a elas. 
Não pode-se falar em execução do direito privado contra a Sociedade de Economia Mista, pois o patrimônio é público, dando-se o pagamento por meio de precatórios.
3. Controle:
Há apenas um controle quanto à legalidade dos atos praticados pelas Sociedades de Economia Mista. 
Assim, a Administração direta não poderá interferir no mérito dos seus atos, tendo que respeitar a autonomia que elas receberam ao serem criadas.
4. Criação: Sendo a Sociedade de Economia Mista pessoa jurídica de direito privado, a lei autoriza a sua criação.
CONTABILIDADE PÚBLICA
A personalidade jurídica será adquirida com o registro (inscrição) dos Estatutos no órgão competente.
A lei deve ser específica. Assim para cada Sociedade de Economia Mista deve existir uma lei. 
Vejamos o que diz o art. 37, XIX da CF: “Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo a lei complementar, neste último caso, definir as áreas de atuação”.
5. Privilégios:
a) Privilégios processuais (art. 188 do CPC): As Sociedades de Economia Mista não têm privilégios processuais, pois estes só são conferidos à Fazenda Pública, expressão esta que só abrange as pessoas jurídicas de direito público.
CONTABILIDADE PÚBLICA
b) Privilégios Tributários (art. 150, §3º da CF):
1) Quando explorarem atividade econômica: Não terão privilégios tributários. 
Não serão imunes a impostos.
2) Quando prestarem serviços públicos: Não terão privilégios, salvo se não cobrarem tarifas dos usuários.
Vejamos o que diz o art. 173, § 2º da CF: “As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado”.
6. Responsabilidade:
As próprias Sociedades de Economia Mista respondem por obrigações, compromissos e prejuízos que causarem a terceiros, por consequência lógica das suas características.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Se a sociedade de Economia Mista for prestadora de serviço público, a Administração Direta pode ser chamada a responder em caráter subsidiário (depois de esgotadas as forças da Sociedade de Economia Mista) e não solidário. 
Entretanto, se for exploradora de atividade econômica, a Administração direta não poderá ser acionada, pois ela estará regulada pelo mesmo regime da iniciativa privada.
7. Falência:
Se a Sociedade de Economia Mista for prestadora de serviço público, não se submete a regime falimentar. 
Mas, se explorar atividade econômica pode falir, pois está competindo com a iniciativa privada.
CONTABILIDADE PÚBLICA
TRAMITAÇÃO DO ORÇAMENTO PÚBLICO:
PLANO PLURIANUAL - PPA
Ciclo Orçamentário no Brasil
O processo de elaboração do orçamento público no Brasil obedece a um “ciclo” integrado ao planejamento de ações, que, de acordo com a Constituição Federal de 1988, compreende o Plano Plurianual - PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e a Lei Orçamentária Anual - LOA.
CONTABILIDADE PÚBLICA
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CONTABILIDADE PÚBLICA
Plano Plurianual - PPA:
Lei de periodicidade quadrienal, de hierarquia especial e sujeita a prazos e ritos peculiares de tramitação, instituída pela Constituição Federal de 1988, como instrumento normatizador do planejamento de médio prazo e de definição das macro-orientações do Governo Federal para a ação nacional em cada período de quatro anos, sendo estas determinantes (mandatórias) para o setor público e indicativas para o setor privado (art. 174 da Constituição). 
Consoante estabelece o art. 165, § 1º da Constituição, à lei que instituir o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
CONTABILIDADE PÚBLICA
O prazo de encaminhamento para discussão e aprovação no Congresso Nacional deve ser feito até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial e devolvido para sanção presidencial até o encerramento da sessão legislativa (22/12), conforme art. 57 da Constituição Federal. 
No entanto, a partir do exercício de 2004, com a edição da Lei nº 10.933, de 11 de agosto de 2004, alterada pela Lei nº 11.044, de 24 de dezembro de 2004, estabelece que a alteração ou a exclusão de programa constante do plano, assim como a inclusão de novo programa, serão propostas pelo Poder Executivo, por meio de projeto de lei de revisão anual ou específico, sendo vedada a execução orçamentária de programações alteradas enquanto não aprovados os referidos projetos de lei.
CONTABILIDADE PÚBLICA
A Lei nº. 10.933 também estabelece que o Poder Executivo deverá enviar ao Congresso Nacional, até o dia 15 de setembro de cada exercício, relatório de avaliação contendo as estimativas das metas físicas e dos valores financeiros, tanto nas ações constantes do PPA e suas alterações, como das novas ações previstas, para os três exercícios subsequentes ao da proposta orçamentária enviada em 31 de agosto. 
Fica assim estabelecido o `PPA deslizante` ou `rolante`, que deverá sempre projetar indicadores e ações para os exercícios subsequentes ao PPA 2004-2007, assegurando, dessa forma, a perspectiva plurianual de programações.
CRÉDITOS ADICIONAIS:
Durante o exercício financeiro, o poder executivo pode solicitar ao legislativo o acréscimo das dotações orçamentárias. 
Esses acréscimos, quando autorizados pelo legislativo, serão, então, adicionados ao orçamento corrente. 
CONTABILIDADE PÚBLICA
Por isso, tais adições chamam-se de créditos adicionais.
Por se tratar de aumento de despesa do orçamento corrente, cada solicitação de crédito adicional deve ser acompanhada da fonte de recursos.
Consideram-se fontes hábeis de recursos:
1) superávit financeiro (apurado no balanço patrimonial do exercício anterior);
2) O excesso de arrecadação;
3) Os recursos provenientes da anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de outros créditos adicionais;
4) O produto de operações de crédito autorizadas em lei.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Vale lembrar que não são permitidas as concessões de créditos adicionais ilimitados, sendo necessário, portanto, que a concessão sempre expresse seu valor, que não poderá ser superior à fonte de recurso hábil.
A própria lei orçamentária anual pode incluir autorização para abertura de créditos adicionais até determinado montante, a fim de tornar mais ágil a gestão orçamentária e financeira.
Os créditos adicionais classificam-se, segundo sua finalidade em:
a) Créditos suplementares;
b) Créditos especiais;
c) Créditos extraordinários.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Créditos suplementares
Os créditos suplementares destinam-se a reforçar uma dotação já existente no orçamento do exercício financeiro corrente.
Sua vigência acompanha a do orçamento em vigor.
São abertos por decreto, mas autorizados por lei. 
A lei que autoriza determinado crédito suplementar é uma única, porém vários decretos podem abrir, parceladamente, o crédito autorizado.
Créditos especiais
Os créditos especiais se destinam
a financiar programas novos, que não possuem dotação específica no orçamento em vigor.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Sua vigência acompanha a do orçamento em vigor, exceto se abertos nos últimos quatro meses do ano, caso em que serão reabertos no orçamento do próximo ano no limite dos seus saldos remanescentes.
Igualmente aos créditos suplementares, são autorizados por lei e abertos por decreto. 
A autorização, em geral, pode constar na própria lei que criou o programa a ser financiado pelo crédito especial.
Créditos extraordinários
Os créditos extraordinários destinam-se a atender despesas imprevistas e urgentes (calamidade pública, guerra, surtos epidêmicos, etc).
São abertos por decreto do Executivo, independentemente de autorização legislativa, face à urgência das situações que o justificam.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Quando aberto este tipo de crédito adicional, o Poder Executivo tem a obrigação de informar imediatamente o Legislativo, justificando as causas de tal procedimento.
A vigência dos créditos extraordinários cessa em 31 de dezembro do ano de sua abertura, salvo se abertos nos últimos quatro meses do ano, caso em que sua vigência se estende até o término do exercício subseqüente ou até quando cessarem as causas que justificaram o crédito extraordinário.
PENSAMENTOS DO DIA:
Fazer uma mensagem espontânea, conforme temática da aula;
CONTABILIDADE PÚBLICA
AULA DE NÚMERO 06.
Princípios Orçamentários. Introdução
CONTABILIDADE PÚBLICA
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS: 
Conceito: 
Segundo o Prof. Francisco José Carrera Raya (Manual de Derecho Financiero, volumen III, Madrid, Editorial Tecnos, 1995), os "principios presupuestarios" constituem um:
“Conjunto de regras jurídicas que devem inspirar a elaboração, aprovação, execução e controle do orçamento".
De acordo com SANCHES (1997), Princípio Orçamentário é: 
“Um conjunto de proposições orientadoras que balizam os processos e as práticas orçamentárias, com vistas a dar-lhe estabilidade e consistência, sobretudo ao que se refere a sua transparência e ao seu controle pelo Poder Legislativo e demais instituições da sociedade...”.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Segundo alguns doutrinadores, os princípios orçamentários não tem caráter absoluto ou dogmático, tendo divergências sobre estrutura e conceitos. 
Entretanto, abordaremos, a seguir, aqueles aceitos pela maioria dos doutrinadores. 
A concepção moderna dos chamados "princípios orçamentários" compreende regras flexíveis, ou seja, que admitem exceções. 
Em concursos públicos, muito provavelmente, será exigido do candidato o conhecimento das exceções.
Os princípios orçamentários básicos para a elaboração, execução e controle do orçamento público, válidos para todos os poderes e nos três níveis de governo, estão definidos pela doutrina, pela Constituição Federal de 1988 e pela Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, que estabelece normas gerais de direito financeiro, aplicadas à elaboração e ao controle dos orçamentos.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Os princípios orçamentários básicos para a elaboração, execução e controle do orçamento público, válidos para todos os poderes e nos três níveis de governo, estão definidos pela doutrina, pela Constituição Federal de 1988 e pela Lei nº. 4.320, de 17 de março de 1964, que estabelece normas gerais de direito financeiro, aplicadas à elaboração e ao controle dos orçamentos. 
Atualmente nove princípios norteam à elaboração do orçamento anual:
Unidade,  
Universalidade,
Anualidade,
Exclusividade,
Equilíbrio,
Legalidade,
CONTABILIDADE PÚBLICA
Publicidade;
Especificação;
Não afetação da receita;
1 PRINCÍPIO ORÇAMENTÁRIO DA UNIDADE
De acordo com este princípio previsto no art. 2º da Lei nº. 4.320/1964, cada ente da federação (União, Estado, Distrito Federal ou Município) deve possuir apenas um orçamento, estruturado de maneira uniforme.
O princípio da unidade não significa que deve existir apenas um orçamento aplicável para todos os entes federados.
Tal princípio é reforçado pelo princípio da “unidade de caixa”, previsto no art. 56 da referida Lei, segundo o qual todas as receitas e despesas convergem para um fundo geral (conta única), com o objetivo de se evitar as vinculações de certos fundos a fins específicos.
CONTABILIDADE PÚBLICA
O objetivo é apresentar todas as receitas e despesas numa só conta, a fim de confrontar os totais e apurar o resultado: equilíbrio, déficit ou superávit.
Atualmente, o processo de integração planejamento-orçamento tornou o orçamento necessariamente multi-documental, em virtude da aprovação, por leis diferentes, de vários documentos (Plano Plurianual - PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e Lei Orçamentária Anual - LOA), uns de planejamento e outros de orçamento e programas. 
Em que pese tais documentos serem distintos, inclusive com datas de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo, devem, obrigatoriamente ser compatibilizados entre si, conforme definido na própria Constituição Federal.
Para melhor visibilidade dos programas do governo em cada área, o modelo orçamentário adotado a partir da Constituição Federal de 1988, com base em seu § 5º do art. 165, consiste em elaborar orçamento único, desmembrado em Orçamento Fiscal, da Seguridade Social e de Investimento da Empresas Estatais.
CONTABILIDADE PÚBLICA
O art. 165 da Constituição Federal define em seu parágrafo 5º o que deverá constar em cada desdobramento do orçamento:
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá (LOA):
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Exceções: 
Entidades Paraestatais dotadas de Autonomia Financeira (ex. Empresas Estatais - apenas os seus investimentos devem constar da Lei Orçamentária Anual. 
O Plano de Dispêndios Globais (PDG), ato infralegal, constitui o orçamento das empresas estatais abrangendo também as despesas de custeio.
 2 PRINCÍPIO ORÇAMENTÁRIO DA UNIVERSALIDADE
Segundo os artigos 3º e 4º da Lei nº. 4.320/1964, a Lei Orçamentária deverá conter todas as receitas e despesas. 
Isso possibilita controle parlamentar sobre todos os ingressos e dispêndios administrados pelo ente público.
Vejamos o que diz os citados dispositivos:
CONTABILIDADE PÚBLICA
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. 
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de crédito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros.
Art. 4º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no art. 2°.
Tal princípio complementa-se pela “regra do orçamento bruto”, definida no art. 6º da Lei nº 4.320/1964:
Art. 6º. Todas as receitas e despesas constarão da lei de orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
Exceções: Vide as exceções do Princípio da Unidade (EPAF/PDG).
CONTABILIDADE PÚBLICA
Por exemplo: as receitas e despesas operacionais das estatais não estão contidas no Orçamento de Investimentos das Estatais, que compõe a LOA.
3 PRINCÍPIO ORÇAMENTÁRIO DA ANUALIDADE OU PERIODICIDADE
O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um determinado período de tempo, geralmente um ano. 
No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, conforme dispõe o art. 34 da Lei nº 4.320/1964:
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
Observa-se, entretanto, que os créditos especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do exercício podem ser reabertos, se necessário, e, neste caso, serão incorporados ao orçamento do exercício subseqüente, conforme estabelecido no § 3º do art. 167 da Carta Magna.
CONTABILIDADE PÚBLICA
A não coincidência do exercício financeiro com o ano civil não implica em violação o princípio da anualidade. 
Pode existir Estados em que o orçamento tem vigência iniciando-se, por exemplo, em 01 de Agosto de X1 e terminando em 31.07.X2, sem que se possa falar em violação ao princípio da anualidade.
4 PRINCÍPIO ORÇAMENTÁRIO DA EXCLUSIVIDADE
Tal princípio tem por objetivo impedir a prática, muito comum no passado, da inclusão de dispositivos de natureza diversa de matéria orçamentária, ou seja, previsão da receita e fixação da despesa.
CONTABILIDADE PÚBLICA
O art. 165, § 8º da Constituição Federal, estabelece que a Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO), nos termos da lei. 
As leis de créditos adicionais também devem observar esse princípio.
Regra: Matérias Exclusivas da LOA: Fixação da Despesa + Previsão da Receita.
Exceções:
a) autorização para a abertura de créditos suplementares;
b) autorização para a realização de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita orçamentária.
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Finalidade: Evitar as chamadas "caudas orçamentárias", comuns na época da primeira República.
5 PRINCÍPIO ORÇAMENTÁRIO DO EQUILÍBRIO
Esse princípio estabelece que o montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser superior ao total de receitas estimadas para o mesmo período. 
Havendo reestimativa de receitas com base no excesso de arrecadação e na observação da tendência do exercício, pode ocorrer a abertura de crédito adicional. 
Nesse caso, para fins de atualização da previsão, devem ser considerados apenas os valores utilizados para a abertura de crédito adicional.
Conforme o caput do art. 3º da Lei nº 4.320/1964, a Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei.
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Assim, o equilíbrio orçamentário pode ser obtido por meio de operações de crédito.
Entretanto, conforme estabelece o art. 167, III, da Constituição Federal é vedada a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital (execução de obras), dispositivo conhecido como “regra de ouro”. 
De acordo com esta regra, cada unidade governamental deve manter o seu endividamento vinculado à realização de investimentos e não à manutenção da máquina administrativa e demais serviços.
A Lei de Responsabilidade Fiscal também estabelece regras limitando o endividamento dos entes federados, nos artigos 34 a 37, senão vejamos:
Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da dívida pública a partir de dois anos após a publicação desta Lei Complementar.
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Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente.
§ 1º Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações entre instituição financeira estatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se destinem a:
I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes (PFP);
II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente.
§ 2º O disposto no caput não impede Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União como aplicação de suas disponibilidades.
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Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União para aplicação de recursos próprios.
Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados:
I - captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7º. do art. 150 da Constituição;
II - recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação;
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III - assunção (assumir) direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes;
IV - assunção (assumir) de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços.
Exceção: operações de crédito autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; (M + 1 nº. T).
Finalidade: Evitar que as operações de crédito (receitas de capital) sejam usadas para financiar despesas correntes (custeio, despesas com manutenção das atividades, etc.).
Receitas Correntes + Receitas de Capital = Despesas Correntes + Despesas de Capital.
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Receitas Correntes: Conforme a Lei 4.320/64 Art. 11 § 1º. “São Receitas Correntes as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes.
Receitas de Capital: provenientes de operações de crédito, alienações de bens, amortizações de empréstimos concedidos, transferências de capital e outras receitas de capitais;
PENSAMENTOS DO DIA:
Fazer uma mensagem espontânea, de acordo com a temática da aula;
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AULA DE NÚMERO 07.
Princípios Orçamentários - Conclusão.
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6 PRINCÍPIO ORÇAMENTÁRIO DA LEGALIDADE:
Tem o mesmo fundamento do princípio da legalidade aplicado à administração pública, segundo o qual cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente autorizar, ou seja, se subordina aos ditames da lei. 
A Constituição Federal de 1988, no art. 37 estabelece os princípios da administração pública, dentre os quais o da legalidade e, no seu art. 165 estabelece a necessidade de formalização legal das leis orçamentárias:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
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7 PRINCÍPIO ORÇAMENTÁRIO DA PUBLICIDADE
O princípio da publicidade está previsto no art. 37 da Constituição Federal e também se aplica às peças orçamentárias. 
Justifica-se especialmente no fato de o orçamento ser fixado em lei, e esta, para criar, modificar, extinguir ou condicionar direitos e deveres, obrigando a todos, há que ser publicada. 
Portanto, o conteúdo orçamentário deve ser divulgado nos veículos oficiais para que tenha validade.
Publicidade Formal: Publicação no Diário Oficial
8 PRINCÍPIO ORÇAMENTÁRIO DA ESPECIFICAÇÃO OU ESPECIALIZAÇÃO
Discriminação ou detalhamento das receitas e despesas no orçamento.
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Segundo este
princípio, as receitas e despesas orçamentárias devem ser autorizadas pelo Poder Legislativo em parcelas discriminadas e não pelo seu valor global, facilitando o acompanhamento e o controle do gasto público. 
Esse princípio está previsto no art. 5º da Lei nº 4.320/1964 que diz:
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras [...]
Vedação às dotações globais destinadas a atender indiferentemente as despesas de pessoal, materiais e serviços de terceiros, etc.
O princípio da especificação confere maior transparência ao processo orçamentário, possibilitando a fiscalização parlamentar, dos órgãos de controle e da sociedade, inibindo o excesso de flexibilidade na alocação dos recursos pelo Poder Executivo.
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Além disso, facilita o processo de padronização e elaboração dos orçamentos, bem como o processo de consolidação de contas.
As entidades públicas podem realizar detalhamentos ainda maiores que os da Lei (Flexibilidade na especificação).
9 PRINCÍPIO ORÇAMENTÁRIO DA NÃO AFETAÇÃO DA RECEITA
Tal princípio encontra-se consagrado, como regra geral, no inciso IV do art. 167 da Constituição Federal de 1988, quando veda a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa:
Art. 167. São vedados:
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IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os artigos 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos artigos 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003);
§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os artigos 155 e 156, e dos recursos de que tratam os artigos 157, 158 e 159, I, “a” e “b”, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993).
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As ressalvas são estabelecidas pela própria Constituição estão relacionadas à repartição do produto da arrecadação dos impostos (Fundos de Participação dos Estados - FPE e dos Municípios - FPM e Fundos de Desenvolvimento das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste), à destinação de recursos para as áreas de saúde e educação, além do oferecimento de garantias às operações de crédito por antecipação de receitas. 
Trata-se de medida de bom-senso, uma vez que possibilita ao administrador público dispor dos recursos de forma mais flexível para o atendimento de despesas em programas prioritários.
No âmbito Federal, a Constituição reforça a não vinculação das receitas por meio do art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, ao criar a “Desvinculação das Receitas da União - DRU”, abaixo transcrito:
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Art. 76. É desvinculado de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2011, 20% (vinte por cento) da arrecadação da União de impostos, contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, já instituídos ou que vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos legais. (Redação dada pela EC nº. 56, de 2007)
§ 1º O disposto no caput deste artigo não reduzirá a base de cálculo das transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios na forma dos artigos 153, § 5º; 157, I; 158, I e II; e 159, I, a e b; e II, da Constituição, bem como a base de cálculo das destinações a que se refere o art. 159, I, c, da Constituição. (Redação dada pela EC nº. 42, de 19.12.2003)
§ 2º Excetua-se da desvinculação de que trata o caput deste artigo a arrecadação da contribuição social do salário-educação a que se refere o art. 212, § 5o, da Constituição. (Incluído pela EC nº. 27, de 2000).
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Exceções:
a) Repartição dos impostos conforme arts. 158/159, CF/88;
b) Destinação de recursos para a Saúde;
c) Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino;
d) Destinação de recursos para a atividade de administração tributária;
e) Prestação de garantias às operações de crédito ARO;
f) Art. 167, § 4°, CF/88 - garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta.
No tocante a este Princípio, convém esclarecer que os impostos são tributos destinados a cobertura dos Serviços Públicos Gerais "Uti universi". 
CONTABILIDADE PÚBLICA
Há estudiosos que defendem outros Princípios Orçamentários, que os estudaremos também.
a) PRINCÍPIO DA TOTALIDADE ORÇAMENTÁRIA: 
Admite a coexistência de diversos orçamentos, os quais, entretanto, deverão receber consolidação para que o governo tenha uma visão geral do conjunto das finanças públicas.
O autor James Giacomonni sustenta que a CF/88 estabelece que a LOA respeita o princípio da totalidade orçamentária, pois os três orçamentos (Fiscal, Seguridade Social e Investimento das Estatais) são elaborados de forma independente sofrendo, contudo, consolidação que possibilita o conhecimento do desempenho global das finanças públicas.
b) PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO: (corolário do princípio da universalidade):
CONTABILIDADE PÚBLICA
Todas as parcelas da receita e da despesa devem aparecer no orçamento em seus valores brutos, sendo vedada qualquer dedução.
Vejamos o que diz o Art. 6°. da Lei n° 4.320/64:
Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber.
§ 2º Para cumprimento do disposto no parágrafo anterior, o cálculo das cotas terá por base os dados apurados no balanço do exercício anterior aquele em que se elaborar a proposta orçamentária do governo obrigado a transferência.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Existem despesas que, ao serem realizadas, geram receitas ao Ente Público
Por outro lado, existem receitas que, ao serem arrecadadas, geram despesas.
O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam incluídas no orçamento, nos seus montantes líquidos.
Exemplo: No exemplo abaixo, não poderá ser incluída, no orçamento, somente a Despesa Pessoal Líquida (R$ 700.000,) mas deverão ser previstas as receitas de IRRF e a da Contribuição Social e autorizada a Despesa de Pessoal Bruta (R$ 1.000.000,).
FUNDOS: FORMAS DE VINCULAÇÃO.
O Art. 71, da Lei n°. 4.320/64 diz que: “Constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que, por lei, se vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços”.
CONTABILIDADE PÚBLICA
Art. 167, IX, CF/88 - Vedação à instituição de fundos de qualquer natureza sem autorização legislativa.
c) PRINCÍPIO DA CLAREZA: 
O orçamento deve ser apresentado em linguagem clara e compreensível para todas as pessoas que necessitam, de alguma forma, manipulá-lo.
d) PRINCÍPIO DA EXATIDÃO: 
Preocupação com a realidade. 
Incide sobre os setores encarregados da estimativa de receitas e dos setores que solicitam recursos para a execução das suas atividades/projetos.
e) PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO: 
O orçamento deve expressar as realizações e objetivos da forma programada.
CONTABILIDADE PÚBLICA
f) PRINCIPIO DA UNIDADE DE CAIXA:
O princípio da unidade de caixa estabelece que todas as receitas devem ser recolhidas em uma única conta. 
O art. 56, da Lei n° 4.320/64 veda a fragmentação no recolhimento das receitas, senão vejamos: 
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio

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