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Profa. Msc.Patrícia Vasconcelos 1 Morimoto, C. “Guia completo de Redes”. 3 ed. Notas de Aula Profa. Silvana Corrêa. Notas de aula prof. Marcus Fábio. Livro: Projeto de redes – Paulo Eustáquio 2 A fibra ótica transmite luz e por isso é totalmente imune a qualquer interferência eletromagnética; A fibra também é resistente a corrosão pois é feita de vidro; 3 São seguras em ambientes que oferecem riscos de incêndios ou explosões Não soltam faíscas; São cabos mais seguros para transmissões sigilosas: O sinal transmitido através da fibra ótica é mais difícil de interceptar; 4 Alto custo: Cabos; Placas de rede; Instalação; Exige mais material. O alto custo justifica o uso de cabos par trançado para a interligação local dos micros e cabos de fibra ótica para servir de backbone. 5 cobertura casca núcleo Constituída de um filamento de vidro, material dielétrico, contendo duas partes principais: o núcleo, por onde se propaga a luz a casca que serve para manter a luz confinada no núcleo. Cada um destes elementos, núcleo e casca, possuem índices de refrações diferentes fazendo com que a luz percorra o núcleo refletindo na fronteira com a casca. 7 – O princípio pelo qual a luz se propaga no interior de uma fibra óptica é fundamentado na reflexão total da luz, ou seja, quando um raio de luz se propaga em um meio cujo índice de refração é n1 (núcleo) e atinge a superfície de um outro meio com índice de refração n2 (casca), onde n1 > n2 e, desde que o ângulo de incidência (em reação à normal) seja maior ou igual ao ângulo crítico, ocorrerá o que é denominado de reflexão total, do que resulta o retorno do raio de luz ao meio com índice de refração n1. – Baseado nesse princípio, a luz é injetada em uma das extremidades da fibra óptica sob um cone de aceitação, em que este determina o ângulo no qual o feixe de luz deverá ser injetado, para que ele possa se propagar ao longo da fibra óptica. 8 – As fibras são constituídas, basicamente, de materiais dielétricos com uma estrutura cilíndrica, composta de uma região central, denominada núcleo, por onde trafega a luz, e uma região periférica, denominada casca, que a envolve completamente. – As dimensões variam conforme os tipos de fibras ópticas; o núcleo pode variar de 8 μm até 200 μm e a casca de 125 μm até 240 μm. Contudo, entre as fibras ópticas mais utilizadas no mercado atualmente, as dimensões mais utilizadas são de 9 e 62,5 μm para o núcleo e 125 μm para a casca. 9 – Um sistema de comunicação que utiliza fibras ópticas é composto basicamente por três blocos distintos: o bloco transmissor, o bloco receptor e o bloco do meio físico (canal), que neste caso são as fibras ópticas. – Nesse sistema, o bloco transmissor possui a função de transformar o sinal elétrico em óptico, sendo constituído de dois componentes básicos: o circuito de processamento elétrico ou driver e o circuito emissor de luz. – O circuito driver possui a função de controle de polarização elétrica e missão da potência óptica. 10 – A conversão e a emissão do sinal óptico são realizados pelo circuito emissor de luz. – O bloco receptor possui a função inversa do bloco transmissor, ou seja, detectar o sinal óptico e convertê-lo em sinal elétrico. – É constituído de um semicondutor fotodetector que realiza a conversão fotoelétrica e de um circuito amplificador-filtro, onde o sinal recebe um tratamento adequado para sua leitura. – O meio físico, composto pelas fibras ópticas, basicamente é um guia, cujo interior a luz trafega, desde a extremidade emissora até a extremidade receptora. 11 – Existe uma variedade de fibras ópticas, cada qual voltada a uma aplicação específica. Os tipos podem variar, de acordo com os materiais, dimensões e os processos de fabricação. Fundamentalmente, as fibras ópticas estão subdivididas em dois tipos: monomodo (single mode) e multimodo (multi mode). Fibras Multimodo (62,5 μm núcleo e 125 μm casca) – As fibras multimodo permitem em seu núcleo que os feixes luminosos percorram diversos caminhos em seu interior. As fibras, dependendo da variação do índice de refração do núcleo em relação a casca, classificam-se em índice degrau (não mais comercializadas) ou índice gradual. 12 Fibras Multimodo (62,5 μm núcleo e 125 μm casca) – As fibras multimodo com índice degrau são as fibras de fabricação mais simples, porém apresentam características muito inferiores aos outros tipos de fibras. – Uma das deficiências é a banda passante, que é bastante estreita. Isso restringe a capacidade de transmissão da fibra óptica. – As aplicações com as fibras multimodo ficam um tanto restritas com relação à distância e à capacidade de transmissão. – As dimensões são de 62,5 μm e 125 μm para o núcleo e para a casca respectivamente. 13 Fibras Multimodo (62,5 μm núcleo e 125 μm casca) – As fibras multimodo com índice gradual são as fibras bem mais utilizadas que a anterior, porém de fabricação mais complexa, pois o índice de refração gradual do núcleo somente é conseguido pelas dopagens diferenciadas, e isso faz com que o índice de refração diminua gradualmente do centro do núcleo até a casca. – Na prática, esse índice gradual faz com que os raios de luz que percorrem caminhos diferentes, tenham velocidades diferentes, e os raios de luz cheguem a outra extremidade da fibra aproximadamente ao mesmo tempo; a banda passante aumenta, conseqüentemente aumentando a capacidade de transmissão da fibra óptica. Quanto as dimensões, valem as mesmas que foram descritas na fibra multimodo de índice degrau. 14 Fibras Multimodo (50 μm núcleo e 125 μm casca) – Desde o advento da padronização FDDI (Fiber Distributed Data Interface), a fibra óptica MMF tem sido usada vastamente em redes locais. – Padronizações mais recentes, como o gigabit ethernet por exemplo, trouxe o interesse de se especificar soluções sobre fibras MMF de 50/125 μm. Porque com a utilização desta fibra consegue-se maiores distâncias e maior largura de banda, se comparado a de 62,5 μm. – Atualmente, a maioria dos sistemas utilizam um comprimento de onda de 850 nm mediante utilização de LED’s (Light-Emitting Diode). Estudos mais recentes, desenvolveram lasers que trabalham também em janelas de 850 nm, chamados de VCSEL (Vertical-Cavity Surface Emiting Laser). 15 Fibras Multimodo (50 μm núcleo e 125 μm casca) – Esta classe de laser, possibilita aumentar a capacidade de transmissão com a utilização de emissores de luz mais baratos do que os lasers de comprimento de onda maiores. – Num comprimento de onda de 850 nm, uma fibra MMF de 62,5/125 μm, possui uma largura de banda de 160 MHz/Km, já uma 50/125 μm de 500 MHz/Km. Com o advento do 10GE (10 Gigabit Ethernet), alguns fabricantes e comitês de padronização estão propondo especificações que implementariam o 10GE sobre fibras MMF 50/125 μm no comprimento de onda de 850 nm. 16 Fibras Monomodo – As fibras monomodo possuem um único modo de propagação, ou seja, contrariamente às fibras multimodo, os raios de luz percorrem o interior da fibra óptica por um só caminho. – Como nas fibras multimodo, as fibras monomodo também se diferenciam pela variação do índice de refração do núcleo em relação à casca; classificam-se em índice degrau standard, dispersão deslocada (dispersion shifted - ds) ou non-zero dispersion (nzd). – As fibras monomodo que possuem índice degrau têm fabricação mais complexa que as fibras multimodo, pois suasdimensões são muito reduzidas e a tecnologia envolvida é mais avançada. Contudo, as características das fibras monomodo são muito superiores às multimodo, principalmente no que diz respeito à banda passante, mais larga, o que aumenta a capacidade de transmissão. 17 Fibras Monomodo – Além disso, apresentam atenuações mais baixas que as fibras multimodo, aumentando a distância das transmissões em o uso de repetidores. – Os enlaces de longa distância com fibras monomodo geralmente ultrapassam 50 Km entre os repetidores, dependendo da qualidade da fibra. – A desvantagem dessa fibra com relação as fibras multimodo está relacionado ao manuseio, que é bem mais complexo, exigindo cuidados maiores. – As dimensões variam. O núcleo pode variar de 8 μm a 10 μm e a casca, em torno de 125 μm. Cabos monomodos (modo simples); Transmitem mais rápidos que cabos multimodos (luz viaja em linha reta – caminho mais curto); Cabos multimodos (modo múltiplo). O sinal viaja batendo continuamente nas paredes do cabo, tornando-se mais lento e perdendo a intensidade mais rapidamente. 18 São cabos bastante flexíveis e podem ser passados dentro de conduítes, sem problemas; Não é necessário que os cabos fiquem em linha reta; Devido às camadas de proteção, os cabos de fibra também apresentam uma boa resistência mecânica. 19 Video sobre fabricação de fibra óptica http://www.youtube.com/w atch?v=haWGyKT4QKk Fibra óptica Fabricação Redes de telecomunicações; Conexões de redes locais LANs e WANs; Redes de comunicações em ferrovias e metrôs; Redes para controle de distribuição de energia elétrica; Redes de transmissão de dados; Redes de distribuição de sinais de radiodifusão e televisão; Redes de estúdios, cabos de câmeras de televisão; Redes industrias, em monitoração e controle de processos; Interligação de circuitos dentro de equipamentos; Aplicação de controle em geral como em fábricas e maquinários ; Em veículos motorizados, aeronaves, trens e navios. Links com textos de aplicações: • http://super.abril.com.br/superarquivo/1988/conteudo_111248.shtml • http://super.abril.com.br/saude/exame-sangue-fibra-optica-438699.shtml • http://super.abril.com.br/cotidiano/fibras-oticas-bordo-438469.shtml Banda passante: alta, na ordem de Mbps, Gbps, Tbps. Perdas de transmissão baixa: é apenas reduzido ligeiramente após a propagação de grandes distâncias; Pequeno tamanho e peso: resolve o problema de espaço e de congestionamento de dutos no subsolo das grandes cidades e em grandes edifícios comercias. Ideal em aviões, navios e satélites; Imunidade a interferências: não sofrem interferências eletromagnéticas; Isolação elétrica: não precisa se preocupar com aterramento e problemas de interface de equipamento, uma vez que é constituída de vidro ou plástico, que são isolantes elétricos; Matéria-prima abundante: é constituída por sílica, material abundante e não muito caro. Maiores distâncias de transmissão; Fragilidade das fibras ópticas: deve-se tomar muito cuidado ao manusearmos uma fibra óptica, pois elas quebram facilmente; Dificuldade de conexões das fibras ópticas: por ser de pequena dimensão, exigem procedimentos e dispositivos de alta precisão na realização de conexões e emendas; Impossibilidade de alimentação remota de repetidores: requer alimentação elétrica independente para cada repetidor, não sendo possível a alimentação remota através do próprio meio de transmissão; Falta de padronização dos componentes ópticos: o contínuo avanço tecnológico e a relativa imaturidade não têm facilitado o estabelecimento de padrões. As categorias são definidas de acordo com a forma como a luz se move dentro do cabo. Podem ser: monomodo multimodo. Modo simples (monomodo) Diâmetro do núcleo varia de 8µm a 10m, bem mais finas que a múltiplo. Marcação 10/125 no revestimento da fibra monomodo: núcleo com diâmetro de 10 microns. revestimento interno com diâmetro de 125 microns. Tem pouca distorção do sinal que sai, mesmo em grandes distâncias e alta taxa de dados. Modo Múltiplo (multimodo) Diâmetro do núcleo varia de 50µm a 100µm. Raios de luz de diferentes ângulos refletidos ao longo da fibra viajam pelo núcleo. Como consequencia alguns raios chegarão na outra extremidade do cabo mais tarde do que outro. Para a informação pode ocorrer uma certa porção de distorção de sinal na ponta receptora de uma transmissão. Cabo de Fibra Ótica Podem ser: Loose Tight Loose (modo solto): Nesta técnica, um tubo longo, com diâmetro muito maior do que a fibra, contém a mesma, isolando-a das tensões do cabo. O tubo é preenchido, geralmente, com um material viscoso. Esta técnica é boa para cabos ópticos submetidos a tensões durante a instalação ou operação (cabos aéreos e submarinos). Tight (modo compacto): Neste tipo de cabo, uma camada protetora de plástico duro é colocado sobre a fibra revestida. Apesar dos problemas com tensões, este cabo apresenta uma espessura menor e maior resistência ao esmagamento. São utilizados, geralmente, quando se necessita dimensões pequenas e cabos que precisem muita resistência ao esmagamento. Montagem de um conector ST http://www.youtube.com/watch?v=EmTUwZ5cTao Dos 8 tipos de conectores de fibra ótica existentes, o mais comuns: ST, SMA e SC. ST Mais comumente usado em instalações comerciais, originalmente projetado pela AT&T. O centro do conector ST é uma ponteira de ferro de 2,5 mm que é colada à fibra. O invólucro externo do conector ST é semelhante ao invólucro do conector coaxial BNC no sentido de que a conexão do plugue à tomada é feita da mesma forma nos dois. SMA Semelhante ao ST, mas utilizado em alguns equipamentos de fabricantes europeus. Contêm um invólucro externo aparafusado. É desenvolvido pela AMP e padronizado pela NATO e pelas forças armadas americanas. SC: proporciona uma conexão "a prova de puxões" que às vezes é usada em cabos onde há divisões. A norma que rege que a atenuação máxima de emendas ópticas não pode exceder o valor de 0,3 dB, independente do tipo de emenda. Podem ser: por Fusão Mecânicas por Fusão: neste tipo de emenda as duas extremidades a serem unidas são aquecidas até o ponto de fusão, enquanto uma pressão axial adequada é aplicada no sentido de unir as partes. Importante deixar ambas as extremidades separadas por uma distância de 10 a 15um, para permitir a dilatação do vidro. 1= Eletrodo de ligação 2 = Fio Níquel - cromo 3 = Fibras visão frontal 3´= Fibras visão traseira Obs: Na prática tem-se conseguido atenuação em torno de 0.05 dB http://www.youtube.com/watch?v=gYUTQGQXiNo http://www.youtube.com/watch?v=ZgNIs3Ynhhw http://www.youtube.com/watch?v=M2w80RI31i8 Mecânica: Este tipo de emenda encontra muita aplicação no reparo emergencial de cabos ópticos. Consiste na utilização de conectores mecânicos, com a utilização de cola e polimento. Alguns tipos não se baseiam no polimento, devendo neste caso as fibras serem muito bem clivadas.
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