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Aula 1 – Poder de polícia e abordagem policial
Fundada suspeita
Art. 240 e 244 do Código Processo Penal Brasileiro
LEI Nº 7.209, DE 11 DE JULHO DE 1984. Art. 1º e 2º parágrafo único 
Como percebemos a prisão é a exceção, a regra é a liberdade, no Estado Democrático de Direito, porém ação ou omissão humana que estiver tipificada em lei como crime, não haverá como prevalecer à liberdade.
A norma também revela que deverá ter prévia lei que estabeleça que a ação ou omissão seja crime.
Não basta haver um projeto de lei, tem que haver uma lei que estabeleça que a conduta praticada seja crime. Não se pode confundir ofensa subjetiva aos princípios morais, religiosos ou culturais como crime. Clique aqui e veja um exemplo desse equívoco.
Se, no interior do país, o traje de banho utilizado nas capitais é considerado inadequado por força da cultura da cidade, a pessoa da capital, que se banha em um riacho que corta determinado município do interior do país, não pode ser presa.
Progressão de pena
A Reforma Penal de 1984 estabeleceu a progressividade de regimes no cumprimento de pena privativa da liberdade. O condenado inicia o cumprimento da pena em regime fechado, progride para o semiaberto e depois para o aberto. 
No regime fechado, o condenado não tem contato com a sociedade permanecendo preso na penitenciária, onde deve executar o trabalho que lhe for oferecido. 
No regime semiaberto, o condenado ainda não tem contato com a sociedade, mas cumpre sua pena em estabelecimento penal com trabalho agrícola ou industrial. 
Finalmente, no regime aberto o condenado tem contato com a sociedade onde deve trabalhar de dia e retornar ao estabelecimento penal no período noturno, feriado e fim de semana.
Poder de polícia
A definição de poder de polícia é tratada pelo 
Código Tributário Nacional, em seu art. 78.
Este dispositivo legal é um dos mais relevantes e cruciais para o êxito da Segurança Pública no Brasil, pois o legislador visa à regulação de toda e qualquer atividade econômica, visto que, se ela não for regulada pelo poder estatal, quer seja por impostos, taxas ou tarifas, estas atividades econômicas, cujo exercício demanda autorizações, permissões, concessões ou parcerias público-privadas, estão fadadas a serem dominadas por criminosos.
Estes que por falta de regulação, controle e fiscalização, se valeriam da violência e de fraudes para se impor e dominar as atividades econômicas junto ao seu “território”.
Fala-se em poder de polícia quando o Estado interfere no âmbito do interesse privado para proteger um interesse público preponderante, restringindo direitos individuais em prol de um interesse coletivo maior.
Os dois sentidos apontados por José dos Santos Carvalho Filho do poder de polícia?
Sentido amplo
Poder de polícia significa toda e qualquer ação restritiva do Estado em relação aos direitos individuais;
Sentido estrito
O poder de polícia se configura como atividade administrativa, consubstanciada na prerrogativa de restringir e condicionar a liberdade e a propriedade.
O mesmo autor aponta para a diferenciação entre polícia-função e polícia-corporação. A polícia-corporação executa frequentemente funções de polícia administrativa, mas a polícia-função, ou seja, a atividade oriunda do poder de polícia é exercida por outros órgãos administrativos além da corporação policial.
Perceba que o poder de polícia não é apenas inerente às forças policiais.
Cabe observar que a competência para exercer o poder de polícia é, em princípio, da pessoa federativa à qual a CRFB conferiu o poder de regular a matéria. Assim, será considerado inválido o ato de polícia praticado por agente do ente federativo que não tenha competência constitucional para regular a matéria.
Lembre-se que o poder de polícia é exercido em todos os entes da Federação.
É a atividade relacionada ao serviço público de Segurança Pública, com o objetivo de preservar a ordem pública. Vide art. 144 da Constituição.
É aquela destinada à apuração e investigação das infrações penais, embora seja atividade administrativa. Incide sobre indivíduos e é predominantemente repressiva. 
No Brasil, é exercida pelas Polícias Federal e Civil. 
A polícia administrativa incide sobre atividades e é predominantemente preventiva, iniciando-se e completando-se no âmbito da função administrativa. Vide art. 78 do CTN.
Ordem de polícia: é comando legal ou normativo sujeito ao princípio da legalidade. Trata-se da disciplina normativa da atividade. 
Ex.: Resoluções do Conselho Federal da OAB.
Consentimento de polícia: é a atividade administrativa que consente com pedidos formulados por indivíduos interessados na prática de uma atividade. 
O consentimento é exteriorizado através dos atos de licença e autorização, que são materializadas pelo alvará. 
Ex.: Habilitação para o exercício da advocacia: ser bacharel em Direito, não possuir antecedentes criminais e ser aprovado no Exame da OAB. É ato vinculado.
Fiscalização: prática de atos materiais de fiscalização. 
Ex.: Fiscalização do cumprimento dos deveres éticos do advogado; do pagamento da anuidade.
Sanção de polícia: é aplicação da penalidade, é a retribuição que a Administração Pública aplica ao infrator. São atos de coerção, de “puissance publique”. 
Ex.: Advogado pode sofrer multa pecuniária, interdição temporária das atividades etc.
Deve-se observar que embora o poder de polícia imponha certa limitação a direito, interesse ou liberdade, esta não é ilimitada, devendo respeitar os direitos do cidadão, as prerrogativas individuais e as liberdades públicas asseguradas constitucionalmente e na legislação infraconstitucional.
Características do poder de polícia
São características do poder de polícia:
Legalidade, autoexecutoriedade, coercibilidade, proporcionalidade, discricionaridade e vinculação.
Vamos conhecer o significado de cada característica do poder de polícia?
Legalidade
Os atos de polícia devem estar dentro dos limites legais e devem ser executados nos moldes estabelecidos pela lei.Na esfera do poder de polícia, verifica-se claramente a tensão entre autoridade e liberdade.Sendo assim, por se tratar de restrição a atividades privadas, o poder ordenador deve se submeter à legalidade.
Autoexecutoriedade
Os atos administrativos são, a princípio, auto executórios, de modo a permitir que a Administração atue de ofício e programe suas próprias decisões sem auxílio de tutela jurisdicional. 
Exceção: multas (é necessário que haja notificação prévia).
Tendo sido verificados os pressupostos legais do ato, a Administração Pública pode praticá-lo imediatamente e executá-lo de forma integral, ou seja, desde que a lei autorize o agente público não depende de autorização de qualquer outro poder para praticar o ato.
Coercibilidade
Os atos de polícia são revestidos de imperatividade, ou seja, quando necessário, a Administração pode se valer do uso da força, respeitando os princípios administrativos e as limitações legais.
Lembre-se que o uso da força deve sempre ser proporcional à ação sofrida pelo agente da lei, nunca poderá ser excessivo, e se assim o for, responderá o agente pelo excesso cometido. 
Proporcionalidade
A ideia de proporcionalidade significa que a atuação do agente público, no exercício do poder de polícia, deve ficar restrita aos atos indispensáveis e necessários para que se consiga atingir o fim público a que a medida se destina.
Discricionaridade e vinculação 
Dentro dos limites da legalidade, a Administração pode escolher a área de atividade que vai receber as restrições, o conteúdo e a dimensão dessa limitação. 
Neste sentido, há juízo de conveniência e oportunidade, havendo, portanto, discricionariedade.
No entanto, quando a dimensão da limitação já está fixada, a Administração deve respeitar esse espaço, não podendo ampliar a restrição sobre a liberdade dos indivíduos. Neste caso, então, o ato é vinculado.
Sem o poder de polícia, o Estado perde o controle sobre o território e não consegue manter a ingerência daordem pública. 
Dessa forma, o Poder Público corre o risco de perder para o tráfico ou para milícias, que constituem verdadeiros poderes paralelos, o domínio sobre aquela localidade, de modo que a ordem pública e a garantia de segurança ficam ameaçadas diante desta situação.
 
O poder de polícia é observado do Oiapoque ao Chuí, ou seja, em todo o território brasileiro.
Aula 2 – Grupos Vulneráveis 
Lamentavelmente, ainda se observa a existência de preconceito, de desigualdade de gênero e discriminação seja no ambiente doméstico, seja no ambiente social, escolar ou de trabalho.
Infelizmente, ainda é muito comum a ocorrência de casos de violência contra a população feminina, os idosos, as crianças, os adolescentes, o grupo LGBT e os portadores de necessidades especiais. A estes grupos, chamamos de vulneráveis e serão estudados nesta aula.
A Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006, é o principal diploma  legislativo no âmbito da violência doméstica e familiar.
A previsão legal repousa no art. 226, § 8º, da Constituição da República Federativa do Brasil, na Convenção Sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência Contra a Mulher e no Decreto nº 1.973/1996, que promulga a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher (Convenção de Belém do Pará).
Violência psicológica: qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis)      
Somente a educação sem homofobia irá proporcionar à sociedade o entendimento e o respeito àqueles que escolheram sua orientação sexual e identidade de gênero, diversa da “convencional”.
 
É inconcebível que atos de violência sejam destinados a pessoas devido à opção sexual.
 
O diferente tem que ser respeitado desde que não desobedeça a lei, pois esta é erga omnes, ou seja, é válida para todos.
As relações homoafetivas recebem seu amparo pela Lei Maria da Penha (art. 5º, Parágrafo 1º), que independe da orientação sexual, resguardando todos aqueles que se comportam como mulher, incluindo os travestis e os transexuais. 
Contudo, também, são protegidos por esta norma a categoria LGBT. Se assim não fosse, seria discriminação e preconceito, contrariando o que a própria lei buscou coibir.
 
Releia os artigos 3º e 5º inciso XLI da CFRB. 
De acordo com o artigo 136 do Código Penal Brasileiro, maus tratos têm a seguinte definição:
a exposição a perigo à vida ou à saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina. 
Logo, o sujeito passivo deste crime é qualquer pessoa sob autoridade, guarda ou vigilância, não fazendo nenhuma referência específica ao espaço familiar.
 
O art. 13 do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra crianças e adolescentes devem ser obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outrasprovidências legais.
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a violência doméstica contra crianças e adolescentes como “todo ato ou omissão praticado por pais, parentes ou responsáveis contra crianças e/ou adolescentes que - sendo capaz de causar dano físico, sexual e/ou psicológico à vítima - implica de um lado em uma transgressão do poder/dever de proteção do adulto e, de outro, em uma coisificação da infância, isto é, em uma negação do direito que crianças e adolescentes têm de ser tratados como sujeitos e pessoas em condição peculiar de desenvolvimento”.
No que concerne aos agentes envolvidos na proteção dos direitos da criança e do adolescente com relação a uma situação de violência doméstica, são listados no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), devido a sua atuação perante a sociedade e seu dever profissional de assegurar o tratamento digno a criança e ao adolescente: o profissional de Saúde, o médico, o professor e toda a sociedade.
 
Releia os artigos 4º, 5º, 13º, 56º inciso I e 245 do ECA.
Violência Física
Caracterizada pelo uso da força física, de forma intencional ou não, praticada por pais, responsáveis ou pessoas próximas da pessoa em condição peculiar de desenvolvimento, visando ferir, danificar ou destruir a criança ou o adolescente, podendo deixar marcas visíveis.
Violência psicológica 
Toda forma de rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito, cobrança ou punição exageradas e utilização da criança ou do adolescente para atender às necessidades psíquicas dos adultos. 
 
Por normalmente não deixar marcas evidentes, este tipo de violência doméstica contra crianças e adolescentes é o mais difícil de ser identificado, tendo sido reconhecida há pouco tempo e não havendo uma definição universal que a caracterize.
 
Muitos casos de violência psicológica jamais serão denunciados, devido a esta dificuldade de caracterização e de constatação.
Este tipo de violência produz inúmeras consequências para a criança ou o adolescente, tais como: 
. comprometimento de seu desenvolvimento psicológico em termos de inteligência, memória, percepção, atenção, imaginação, senso moral;
. comprometimento de sua capacidade de perceber, sentir, compreender e exprimir emoções; 
. dano ao desenvolvimento social.
Clique aqui e conheça a Síndrome da Alienação Parental.
Negligência 
Caracterizada por todo ato de omissão dos pais ou responsáveis pela criança ou adolescente, deixando de prover ou não provendo adequadamente as necessidades básicas para o seu perfeito desenvolvimento.
A negligência é verificada nos casos em que a pessoa, em condição peculiar de desenvolvimento, não é aprovisionada com os nutrientes adequados ou não recebe proteção e supervisão adequada. 
A ocorrência de negligência pode ser constatada por meio de alguns sinais como: 
. Desnutrição; 
. baixo peso; 
. doenças frequentes;
. falta de higiene. 
 
O abandono constitui a forma extrema de negligência, sendo tipificado pelo Código Penal Brasileiro nos seguintes dispositivos: 
. artigo 244 (abandono material);
. artigo 246 (abandono intelectual);
. artigo133 (abandono de incapaz).
 
A negligência dos pais ou responsáveis pode acarretar a perda do poder familiar.
Violência Sexual
Todo ato ou jogo sexual impostos à criança ou ao adolescente pela violência física, por ameaças ou pela indução de sua vontade, cujo agressor está em estágio de desenvolvimento psicossexual mais adiantado que a vítima, podendo haver contato físico ou não. 
O abuso sexual envolve questões de grande amplitude, como a exploração sexual visando a lucros, a exploração sexual comercial de crianças e adolescentes, a pornografia infantil e a pedofilia.
Idosos
A sociedade que não respeita àqueles que possuem experiência dos anos de vida, não tem visão de futuro. 
O idoso é vítima de inúmeras formas de violência, seja no ambiente familiar, seja perante a sociedade como um todo.
Verifica-se que a violência contra a população idosa é pouco denunciada, pois geralmente ocorre dentro da própria casa e é cometida pelos próprios cuidadores da pessoa idosa ou por parentes próximos da vítima, como filhos, netos, genros e noras. 
Muitos idosos sofrem calados frente ao temor de serem abandonados por seus cuidadores, com quem estabeleceram uma relação de afeto e de dependência, e de serem levados para instituições de repouso, chegando até a negar a ocorrência de violência,o que torna o trabalho dos profissionais envolvidos na proteção do idoso mais árduo. 
A sensação de culpa, por se sentirem um “fardo” para a família também é um fator que favorece a impunidade nestes tipos de violência.
A violência doméstica contra o idoso pode ser dividida em:
A inclusão social tem como objetivo fazer com que os diferentes façam parte da sociedade, respeitando seus limites.
 
Os portadores deficiência física, motora, intelectual ou visual devem ser respeitados pelos limites que possuem, sejam eles crianças, adolescentes, adultos ou idosos.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMC), deficiência é o termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica.
A pessoa portadora de necessidades especiais geralmente precisa de atendimento especializado, seja para fins terapêuticos, como fisioterapia ou estimulação motora, seja para que possa aprender a lidar com a deficiência e a desenvolver as potencialidades. 
A pessoa portadora de necessidades especiais geralmente precisa de atendimento especializado, seja para fins terapêuticos, como fisioterapia ou estimulação motora, seja para que possa aprender a lidar com a deficiência e a desenvolver as potencialidades. 
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência é o primeiro tratado dos Direitos Humanos do 
século XXI e é amplamente reconhecida como tendo uma participação da sociedade civil sem precedentes na história, particularmente de organizações de pessoas com deficiência.
A violência contra a pessoa portadora de necessidades especiais pode ocorrer das seguintes formas: 
. agressões físicas e psicológicas, 
. restrição exagerada, 
. excesso de medicação, 
. abuso sexual, 
. negligência, 
. impedimento da tomada de 
  decisões próprias e 
. exploração financeira.
Clique aqui e leia sobre o bullying que pessoas com deficiência podem sofrer.
Aula 3 – Fundamentos Jurídicos para atuação do operador de segurança pública
Nesta terceira aula, vamos estudar as diligências realizadas pelos policiais e os crimes de resistência, desobediência e desacato, praticados por particulares contra a administração em geral.
Visando proteger as atividades administrativas contra a ação nociva de pessoas contrárias à lei, no Capítulo II do Título XI, o Código Penal Brasileiro prevê estes tipos penais.
          
Sabemos que o Estado é o titular da normalidade e regularidade administrativa. É o interessado em regular toda a atividade administrativa. Tem seus funcionários, nos diversos quadros, que precisam ser respeitados no exercício de suas funções, pois estes funcionários agem em nome do Estado, ou seja, da Administração Pública.
 
Quando uma pessoa age contra o trabalho legal exercido pelos funcionários do Estado, ela age contra o próprio Estado. 
          
Desta forma, o violador da lei não pode ficar impune, a ele será aplicada uma pena.
Resistência
Reza o artigo 329 do Código Penal Brasileiro que a resistência é a oposição a ato legal de funcionário público ou a quem auxilia, mediante violência ou grave ameaça.
Pena: de 2 meses a 2 anos de detenção. Porém, se o ato legal, em razão da resistência não se consumar, a pena altera para reclusão de 1 a 3 anos. 
 
Vamos entender...
Para se caracterizar a resistência tem que haver violência ou grave ameaça. A violência pode consistir em força física contra o funcionário ou a quem o auxilia.
A ameaça pode ser real, caracterizada, por exemplo, como apontar uma arma para o funcionário ou a quem o auxilia, ou verbal como uma promessa de um mal ao funcionário ou a quem o auxilia.
Exemplos de resistência:
. Oposição ao cumprimento de um mandado de prisão: o indivíduo agride fisicamente o policial militar;
. Oposição à ordem de identificarem-se: indivíduos agridem fisicamente um bombeiro militar e um guarda municipal durante uma manifestação nas ruas da cidade;
. Oposição ao cumprimento de um mandado de busca e apreensão: o indivíduo agride fisicamente o policial civil.
Desobediência
De acordo com o artigo 330, do Código Penal Brasileiro, desobedecer à ordem legal de funcionário público, caracteriza este tipo penal.
 
Pena: detenção de 15 dias a 6 meses e multa.
Vamos entender...
Desobediência é o não cumprimento, ou seja, a não obediência à ordem legal de funcionário público. Distingue-se da resistência por não haver o uso da violência ou ameaça ao funcionário público.
É necessário que seja ordem, não mera solicitação ou pedido de funcionário público.
É necessário que a ordem seja dirigida expressamente a quem tenha o dever jurídico de obedecê-la, a ordem deve ser legal.
O funcionário público precisa estar no exercício de suas funções.
‘Exemplos de desobediência:
. Recusa de entrega de material necessário à prova de um crime.
. Venda de bebida alcoólica no dia das eleições, vez que o juiz competente ordena que não seja vendido qualquer tipo de bebida
  que contenha álcool durante o sufrágio.
. A recusa de entregar a documentação do veículo, quando legalmente ordenado pelo policial.
. A recusa de motorista em atender a ordem de parada de um policial.
Desacato
De acordo com o artigo 331, do Código Penal Brasileiro, desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela é crime. 
Vamos entender... 
Desacatar significa ofender, vexar, humilhar, espezinhar, desprestigiar, menosprezar, ou seja, todo e qualquer ato que venha ofender  a dignidade e o decoro da função. É a ofensa, o menosprezo a funcionário público no exercício de sua função.
Assim sendo, toda e qualquer palavra ou ato que tragam em si significados de desprestígio ao funcionário público, com a consciência de atingi-lo nas funções que desempenha.
Caso o funcionário não esteja presente para ouvir a injúria proferida, não se poderá falar em crime de desacato, ou seja, é indispensável a presença do mesmo, e que ele ouça palavras de calão ou grosseiras para caracterizar o crime.
Exemplos de desacato:
. Gritos, gestos e escritos vexatórios se presente o funcionário público.
. Em uma busca veicular, o indivíduo abordado pelo policial profere palavras de calão.
. Em uma busca pessoal, o indivíduo começa a rir durante a revista.
. Em uma busca domiciliar, o indivíduo faz gestos obscenos.    
Art.240 A busca será domiciliar ou pessoal.
§ 2º Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior.
Clique aqui e veja os objetos mencionados no § 1, do artigo 240 do CPP.
Art. 241
Quando a autoridade policial ou judiciária não for pessoalmente realizar a busca domiciliar, deverá haver um mandado de busca domiciliar.
Art.244
A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar.
Art. 249
A busca em mulher será realizada por outra mulher, caso não importe retardamento ou prejuízo à diligência. 
Quando um policial aborda um indivíduo que está trafegando com um veículo ou caminhando pela rua ou ainda quando policiais se dirigem a uma residência, para uma busca domiciliar, ação policial tem que estar de acordo com o embasamento legal da fundada suspeita.
    O policial, por meio de denúncia via telefone, informações passadas pela central de rádio ou de populares que presenciaram a cena de um crime, realiza as abordagens pessoais ou buscas domiciliares ou ainda, em veículos.
Pela visualização do agente de Segurança Pública de uma pessoa portando algo que possa ser uma arma de fogo, ele realiza a busca pessoal, com o objetivo de verificar se é um caso concreto de porte ilegal de arma de fogo, pois isto é um crime.
Uma pessoa que ao avistar a viatura policial empreenda desabalada carreira pode ser abordada pelo agente,pois estará agindo dentro da lei.
Toda abordagem policial deve ser pautada na legalidade.
A abordagem policial não pode ser baseada na subjetividade do agente.
O que é justiça 
De acordo com o dicionário da Língua Portuguesa justiça é atribuir a cada um aquilo que de direito lhe pertence, ou seja, é dar a cada pessoa o que é certo, de acordo com as leis vigentes.
  
A representação da justiça como uma mulher com venda na face cobrindo os olhos, tendo em um dos braços uma espada e no outro uma balança significa a ideia que ninguém está acima da lei. 
A venda nos olhos passa a mensagem de imparcialidade.
A espada, a punição.
A balança, a igualdade.
Abuso de autoridade
. À liberdade de locomoção.
. À inviolabilidade de domicílio.
. Ao sigilo de correspondência.
. À liberdade de consciência e de crença.
. Ao livre exercício de culto religioso.
. À liberdade de associação;
. Aos direitos e garantias legais       assegurados ao exercício do voto;
. Ao direito de reunião;
. À incolumidade física do indivíduo;
. Aos direitos e garantias legais.
. Ordenar ou executar medida privativa de liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder; 
. Submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou constrangimento não autorizado em lei;
. Deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa;
. Deixar o juiz de ordenar o relaxamento da prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada;
. Levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança prevista em lei;
. Cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer quanto à espécie quer quanto ao seu valor.
. Recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de importância recebida a título de carceragem, custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa.
. O ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal.
. Prorrogar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade.
Definição de Autoridade
Art. 5º - Considera-se autoridade, de acordo com a Lei estudada, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração.
Punição: administrativa, civil e penal
Art. 6º- O autor de abuso de autoridade será punido administrativamente, civilmente e penalmente.
Não será preciso intimar as testemunhas 
Art.18º- As testemunhas de acusação e defesa poderão ser apresentadas em juízo, independentemente de intimação.
 
A Lei 4898/65 possui 29 artigos, estudaremos alguns desses nesta aula.
Constitui abuso de autoridade - Artigos 3º e 4º
Observe que, no artigo 3º da Lei, alguns destes itens já foram estudados em aulas anteriores quando abordamos o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira/88.
Art. 3º- Considera-se abuso de autoridade, qualquer atentado; e
Art. 4º- Constitui também abuso de autoridade.
Art. 331 do Código Penal Brasileiro; um homem foi preso por desacato, pois ofendeu o policial militar com palavras de calão, durante uma ocorrência de trânsito. 
Art. 330 do Código Penal Brasileiro; na mesma ocorrência outro homem se recusou de ser testemunha dos fatos.
Aula 4 – Guarda Municipal
SUSP
Vale a pena acrescentar que o Gabinete de Gestão Integrada foi originalmente concebido pelo governo federal como instrumento operacional do SUSP, que deveria, em um primeiro momento, ser implementado pelos estados “como um fórum deliberativo e executivo, além de espaço de diálogo, produção de consensos, identificação de prioridades comuns, formulação de pautas que pudessem ser compartilhadas e celebração de acordos em torno de medidas e/ou ações conjuntas ou complementares voltadas para a Segurança Pública”. 
(Soares, 2009, p.262). 
O investimento em montagem de Guardas Municipais com uma atuação diferenciada da Polícia Militar, tem apresentado bons resultados na manutenção da ordem pública com respeito à cidadania, conforme o exemplo de Diadema (SP). 
As Guardas Municipais têm assumido atribuições importantes para a vida de um município ao atuar na proteção de bens, serviços e instalações municipais, segurança de eventos, autoridades e do público, como auxílio ao público, ronda escolar, patrulhamento ostensivo e de vias públicas (Patrício, 2008).
A Constituição de 1988 (artigo 144, parágrafo 8º) possibilita a atuação da Guarda Municipal na “proteção de bens, serviços e instalações do município”. 
A CF 1988 embora inclua o município na área da Segurança Pública, confere uma possibilidade limitada de atuação tanto para o município quanto para a Guarda Municipal. 
Mas a despeito do que traz a carta magna, alguns municípios têm apresentado arranjos e soluções locais para enfrentar a violência urbana, em sua dimensão multicausal, e uma delas é a ampliação da atuação da Guarda Municipal visando a atender às necessidades da municipalidade. 
Dessa forma, as Guardas municipais estão sendo empregadas de acordo com a decisão do gestor local, que se baseia em uma compreensão “elástica” do termo “proteção de bens”.
Dessa forma, conforme ressalta Luciane Patrício (2008), a ausência da regulamentação específica quanto a sua estruturação resulta em implicações de ordem estrutural, identitária e atuação, possibilitando o debate sobre a mudança do marco legal.
A construção da identidade da Guarda Municipal sofre influência da 
Polícia Militar, enquanto polícia ostensiva – seja por oposição ou imitação. 
O que é intensificado quando a GM é chefiada por indivíduos oriundos da Polícia Militar, que, não raro, reproduzem a forma de organização dessa polícia na Guarda Municipal, inclusive com a ênfase à ritualística militar.              
A atuação das guardas municipais não está restrita apenas em ações de trânsito, nesta aula, estudamos serviços desenvolvidos em alguns estados do Brasil, como: proteção do patrimônio, serviços e instalações dos municípios.
É válido ressaltar que ações com cães, atos educativos e repressivos também são realizados por estes agentes.
Veja a seguir uma reportagem que trata desse debate importante e necessário que envolve a Guarda Municipal.
Gabinete de Gestão Integrada
Já estudamos em aulas anteriores, que, de acordo com o Ministério da Justiça, o 
Gabinete de Gestão Integrada é um fórum deliberativo e executivo que opera por consenso, sem hierarquia respeitando a autonomia das instituições que o compõe.
Trata-se de uma reunião com os órgãos que compõe a Segurança Pública a nível municipal, estadual e federal.
As três linhas de ação do GGI são:
 
. Integração entre os órgãos da Justiça Criminal;
. Implantação do planejamento estratégico como ferramenta gerencial das ações empreendidas pelo sistema de Justiça Criminal;
. Constituição da informação como principal ferramenta da ação policial.
Qual o objetivo geral do GGI?
O objetivo geral do GGI é a promoção conjunta das ações dos órgãos que o compõe na esfera municipal, estadual e federal, visando controle e prevenção da criminalidade em todos os estados da nação.
Os objetivos específicos do GGI são:
. Implementação das políticas vinculadas aos Planos Nacional, Estaduais e Municipais de Segurança Pública, sempre observando as diferenças locais;
. Estabelecimento de rede de informações de caráter nacional/estadual, visando intercâmbio, experiências, práticas de gestão que alimentem um sistema de planejamento nacional, com agendas de fóruns nacionais e regionais;
. Elaboração de um planejamento estratégico de ações integradas;
. Criação de indicadores que possam medir a eficiência dos sistemas de 
Segurança Pública;
Os objetivos específicos do GGI são:
 . Identificação de demandas, eleição de prioridades, com base em diagnósticos;
. Sistema deinteligência e estatísticas integradas;
. Gestão integrada em Segurança Pública;
. Representação da SENASP para comunicação, articulação e alcance dos objetivos.
PRONASCI
As ações estruturais do PRONASCI são as seguintes:
1ª- Modernização das instituições de Segurança Pública e do sistema prisional;
2ª- Valorização dos funcionários da Segurança Pública e agentes penitenciários; 
3ª- Enfrentamento à corrupção policial e ao crime organizado.
Os programas locais abarcados pelo PRONASCI são:
1º- Território da Paz;
2º- Integração do jovem e da família; 
3º- Segurança e convivência.
Aula 5 – Sistema de Segurança Pública no Brasil
Já estudamos a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Polícia Ferroviária Federal em aulas anteriores. Não podemos esquecer que as Guardas Municipais (também já estudadas) fazem parte da segurança pública municipal.
 
Nesta aula, estudaremos:
. A Polícia Federal;
. A Polícia Rodoviária Federal;
. Os Corpos de Bombeiros Militares.
A Polícia Federal
Encontrada em todos os estados do país, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União, é uma instituição estruturada em carreira. O papel da Polícia Federal (PF) e sua atuação estão discriminados no &1º, incisos I, II, III e IV do artigo 144 da Constituição Federal.
 
A partir de agora, vamos ver cada um desses incisos.
Assim nos revela o inciso I:
 
A Polícia Federal apura as infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual e exija repressão uniforme, de acordo com a lei.
Inciso II
 
“Cabe à Polícia Federal prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência”.
Entendendo o inciso II:
 
Uma plantação de canabis sativa no meio da Floresta Amazônica. 
Uma falsa empresa de fitoterápicos que na verdade é um laboratório para refinar cocaína.
 
Você já sabe que todas essas investigações ficarão a cargo da Polícia Federal.
Inciso III
 
“A Polícia Federal exerce as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras”.
Entendendo o inciso III:
 
Você já percebeu que nas fronteiras do nosso país existe um posto da Polícia Federal? Já notou que em algumas comunidades ribeirinhas, que fazem fronteira com outros países, o acesso só é possível através do transporte marítimo?
 
Isso porque o inciso III do Artigo 144 da Constituição Federal confere a atuação deste órgão nas fronteiras. Seja pelo ar, pelo mar ou pela terra, sempre você irá encontrar a Polícia Federal. Este é um exemplo do poder público sempre presente em qualquer lugar deste imenso país.
Inciso IV
 
“A Polícia Federal exerce com exclusividade as funções de polícia judiciária da União”.
Entendendo o inciso IV:
 
Você estudou em aulas passadas que a Polícia Civil tem a função polícia judiciária, ressalvando as questões da União, que ficam a cargo da Polícia Federal. Quando o caso é da União, a função da polícia judiciária é da Polícia Federal.
Vamos entender o motivo destes fatos, avaliando o Artigo 144 & 2º da Constituição Federal.
 
De acordo com este preceito constitucional, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) é um órgão permanente, organizado e mantido pela União. A PRF é estruturada em carreira, sendo destinada ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
 
Você já percebeu que em algumas rodovias a Polícia Rodoviária Federal não faz patrulhamento? Isso ocorre porque estas são rodovias estaduais, e neste caso, apenas a polícia rodoviária estadual pode atuar.
 
A PRF patrulha somente as rodovias federais, enquanto as polícias rodoviárias estaduais patrulham as rodovias estaduais.
Você se lembra da diferença entre as rodovias federais e as estaduais?
A diferença consiste na administração das rodovias. As que são administradas pela União são consideradas federais. As administradas pelos estados do nosso país, estaduais.
 E do significado da palavra patrulhar?
 
Patrulhar significa “vigiar ou rondar com patrulha”, isto é, tomar conta de tudo o que se passa pelas rodovias. O termo vem do idioma francês patroviller.
 
Ao observarmos os policiais rodoviários federais dentro das viaturas policiais em deslocamento nas rodovias federais, podemos afirmar que eles estão realizando o patrulhamento nas rodovias federais.
 
Com isto entendemos que as operações, conhecidas como blitz, realizadas pelos Policiais Rodoviários Federais, têm o objetivo de verificar a situação dos veículos que transitam na rodovia federal, a documentação do condutor (motorista) e a carga permitida pela legislação vigente.
 
Ou seja, se você está em deslocamento em uma das rodovias federais, provavelmente estará sendo observando por um destes agentes.
 
Você entendeu também o motivo da atuação destes agentes quando ocorre um acidente nas rodovias federais, seja de trânsito ou ocasionado por uma queda de barreira, ou até mesmo por uma ruptura do asfalto, impossibilitando o tráfego de automóveis.
Corpo de Bombeiros
Histórico 
A história do Corpo de Bombeiros começa no dia 2 de julho de 1856. O Imperador 
Dom Pedro II assinou nessa data o decreto instituindo o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte no Rio de Janeiro.
 
No início, a missão do Corpo de Bombeiro era orientar a população quanto às medidas de socorro, cabendo à equipe técnica a supervisão dos trabalhos de salvamento e extinção do fogo.
 
Em 1880, a Corporação passou a ter organização militar e foram concedidos postos e insígnias aos seus componentes.
Função
A função do Corpo de Bombeiros hoje não é apenas apagar incêndios, mas também os atendimentos pré-hospitalares em caso de trauma, salvamentos em altura e em meio líquido, além das atividades de busca e defesa civil.
Em alguns estados brasileiros, como no caso do Rio de Janeiro, o Corpo de Bombeiros tem status de Secretaria de Estado de Defesa Civil.
 
Assim sendo, o Comandante do Corpo de Bombeiros no Estado do Rio de Janeiro é um coronel bombeiro militar e ocupa a função cumulativamente de secretário estadual de Defesa Civil.
Curiosidade
O que nos revela a Constituição Federal de 1988 a respeito do Corpo de Bombeiros?
De acordo com a Magna Carta, no art. 144 & 6º o Corpo de Bombeiro Militar é força auxiliar e reserva do Exército, sendo subordinado aos governadores de estado e do Distrito Federal.
Aula 6 – Fundamentos Jurídicos para a atuação do operador de segurança pública – Parte II
Introdução
Nesta sexta aula, vamos revisar os conceitos e a legislação nacional e internacional sobre imunidades e prerrogativas de função, bem como conhecer o funcionamento do Tribunal de Haia.
Órgão da ONU criado, em 2002, por meio do Estatuto de Roma e estabelecido em Haia, na Holanda é também conhecida como Tribunal Penal Internacional e Corte de Haia.
Foi criada para investigar e processar os litígios entre os países, cabendo aos Estados membros prenderem os indivíduos acusados.
 
Para fazer parte como Estado membro do tratado internacional, o país, após a assinatura do tratado, deverá ratificá-lo, pois somente após isto haverá efeitos legais.
 
Ainda faltam a ratificação de alguns países e outros sequer assinaram o tratado internacional. Até o mês de fevereiro de 2012 apenas 122 países ratificaram o tratado.
Existem outras cortes internacionais, a saber: 
. Corte Interamericana de Direitos Humanos;
. Corte Europeia de Direitos Humanos; 
. Tribunal de Justiça Europeu da União. 
 
Porém, a mais importante é a Corte de Haia, também conhecida como Corte Internacional de Justiça.
Corte Internacional de Justiça e a Imunidade dos Estados
Em fevereiro de 2012, o Tribunal de Haia anunciou a decisão que reafirma a imunidade de jurisdição entre as nações.
 
Assim sendo, um país não pode ser julgado pelo poder judiciáriooutro, mesmo que o crime cometido seja uma grave violação dos Direitos Humanos.
Direito Internacional 
O Direito Internacional é o ramo que cuida das relações entre os países e as normas relacionadas ao funcionamento de organizações e instituições internacionais entre países e indivíduos. 
 
Uma das regras do Direito Internacional é ao respeito à imunidade do Estado, isto é de cada país.
Imunidade dos Estados
Alguns atos públicos dos países são exercidos exclusivamente, 
e não podem ser questionados por outras nações, são exemplos:
. Atos administrativos internos, como a expulsão de um 
Estrangeiro;
. Atos legislativos, como nacionalização;
. Atos relativos à atividade diplomática;
. Empréstimos públicos.
Organizações públicas internacionais
As organizações públicas internacionais são criadas geralmente por um tratado multilateral, têm personalidade internacional de graus diferentes.
 
Isto porque algumas delas firmam tratados e possuem imunidades.
Imunidade Diplomática
A Convenção de Viena estabelece imunidade às missões diplomáticas, visando garantir o perfeito desempenho como representantes de Estados.
 
A convenção estipula que as dependências, as correspondências oficiais, as malas (bagagem) e o chefe da missão são invioláveis.
 O país que recebe a missão diplomática, isto é, o Estado anfitrião, pode notificar ao Estado remetente e sem ter que informar o motivo, que o chefe da missão ou algum dos integrantes do corpo diplomático é persona non grata ou inaceitável.
 
Assim ocorrendo, o Estado remetente removerá a pessoa ou a retirará da missão.
 Aprenda ainda mais a respeito da imunidade das missões diplomáticas, estabelecida pela Convenção de Viena clicando aqui.  
A lei máxima do país é a Constituição. 
Assim sendo, a CRFB/88 contém todo o dispositivo legal que necessitamos nesta aula.
Imunidade ou privilégio 
Imunidade não se confunde com privilégio, pois privilégio é exceção à lei e no Brasil não se admite privilégios, pois é algo inconstitucional. Ocorrem, na verdade, prerrogativas. 
 
Imunidade, na realidade, são prerrogativas inerentes à função exercida. Então, podemos afirmar que se trata de foro por prerrogativa de função ou do cargo exercido.
 
 A imunidade parlamentar é dividida em duas espécies: absoluta ou material e relativa ou formal.
Imunidade Parlamentar 
Absoluta ou Material
É a prevista no art. 53 da CRFB/88.
Os deputados e os senadores são invioláveis civil e penalmente por qualquer de suas palavras, opiniões e votos.
Imunidade Parlamentar 
Relativa ou Formal
É a prevista no art.53 da CRFB/88. 
Os deputados e os senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. 
Imunidade do judiciário 
Releia o estabelecido no art. 221, da CRFB/88.
O art. 96, da CRFB/88, prevê a independência do Poder Judiciário em relação aos demais poderes. Trata-se da prerrogativa de autogoverno, ou seja, o exercício de atividades administrativas e normativas. 
 
O art. 95, da CRFB/88, garante aos magistrados a vitaliciedade, inamovibilidade, irredutibilidade de vencimentos e visando a garantia da imparcialidade, este dispositivo legal impede que os magistrados exerçam outro cargo ou função, salvo uma de magistério.
Imunidade do executivo 
Atenção ao art. 221, da CRFB/88
De acordo como este dispositivo legal o presidente e o vice-presidente, os senadores, os deputados federais e os estaduais, os ministros de estado, os governadores de estados e territórios, os secretários de estados, os prefeitos do Distrito Federal e dos municípios, os membros do Poder Judiciário, os ministros e os juízes dos Tribunais de Contas da União, dos estados, do Distrito Federal e dos Tribunais Marítimos, quando na qualidade de testemunha, prestarão depoimento no dia, local e horário estabelecido entre eles e o juiz. 
 
Note apenas qualidade de testemunha. A lei não oferece prerrogativa de função quando estas autoridades estiverem na qualidade de investigado.
 
Releia sobre a Convenção de Viena que estabelece imunidade às missões diplomáticas.
Imunidade no Ministério Público
Nos art. 127 ao 130, da CRFB/88, encontramos as garantias do Ministério Público, dentre as quais podemos destacar: a exclusividade da promoção da ação penal pública e assim como aos magistrados, aos membros do Ministério Público são garantidos: a vitaliciedade, inamovibilidade e a irredutibilidade de vencimentos.
Prerrogativa de Função de Defensor Público
Como é de seu conhecimento, defensor público é o advogado que o Estado fornece àqueles que necessitam.
 
O art. 133, da CRFB/88, prevê que o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
O estatuto da OAB não isenta os profissionais dos excessos cometidos enquanto no desempenho de suas funções.
 
Punições como advertência e até a perda da inscrição na OAB são aplicadas aos incautos.
A respeito da prerrogativa de função do advogado ou do defensor público se faz necessário sinalizar que está atrelada ao desempenho de seu papel na sociedade como garantidor da proteção e defesa dos direitos e liberdades fundamentais.
 
Assim, a prerrogativa o alcança quando ele está no desempenho de suas funções, porém, há um limite, a lei.
 
O defensor público ou o advogado deve observar a lei.
Aula 7 – Preservação e Valorização da Prova
Introdução
Nesta aula, buscaremos revisar os conceitos e a legislação sobre preservação de local de crime, perícia técnica e investigação da polícia judiciária.
A definição do local de crime
São diversas as definições de local de crime, desde as mais rebuscadas, até aquelas com uso de poesias e rimas.
Uma definição simples: é toda área onde tenha ocorrido um fato definido como crime. 
Segundo o renomado mestre Eraldo Rabello: “Local de crime constitui um livro extremamente frágil e delicado, cujas páginas por terem consistência de poeira, desfazem-se, não raro, ao simples toque de mãos imprudentes, inábeis ou negligentes, perdendo-se desse modo para sempre os dados preciosos que ocultavam à espera da argúcia dos peritos.
A importância da preservação do local de crime é tamanha, que a ONU preparou um manual a respeito da conscientização sobre o local de crime e as evidências materiais, em especial para o pessoal não forense, ou seja, para os policiais militares, bombeiros e guardas municipais, público que normalmente chega primeiro ao local, e para os gestores de políticas públicas e funcionários da segurança pública e justiça.
Trata-se de um compêndio, de fácil compreensão e muito elucidativo, contendo temas dentre os quais se destacam: 
planejamento; 
. organização e coordenação do trabalho no local de crime;
. preservação do local de crime e suas evidências;
. o que pode estar presente e ser coletado em um local de crime.
Visando dar coerência aos fatos, as provas testemunhais ou as obtidas através de exames periciais têm grande valor no processo. 
A prova é o instrumento pelo qual o juiz obterá sua convicção.
Assim sendo, percebemos que a preservação do local de crime é necessária, pois preservado o local terá os vestígios e os indícios que após a devida coleta pelos peritos criminais e exames laboratoriais servirão como prova no processo.
Como saber se o sangue deixado no chão, as impressões digitais em cima de uma mesa, o cabelo que estava repousando sob o corpo da vítima, as imagens gravadas por uma câmera de segurança são do autor do crime?
Somente após os exames laboratoriais têm-se a prudente resposta.
 
De acordo com as Ordenações Filipinas, a prova é o farol que deve guiar o juiz. 
Falar em provas significa pensar na formação do convencimento do juiz, no processo.
 
A CRFB/88 não admite provas obtidas ilicitamente, art. V, inciso LVI.
 
Os códigos de Processo Penal e de Processo Civil contêm artigos esclarecedores a respeito das provas no processo.O juiz não poderá formar sua convicção pela livre apreciação das provas.
Os laboratórios forenses
Os laboratórios de perícia criminal são chamados de laboratórios forenses. Neles são encontrados aparelhos, reagentes e toda tecnologia necessária para elucidar as questões periciais.
Os laboratórios de perícia criminal são chamados de laboratórios forenses. Neles são encontrados aparelhos, reagentes e toda tecnologia necessária para elucidar as questões periciais.
Você já observou que o perito criminal, profissional especializado, carrega uma maleta com material que utiliza nos locais de crime? 
Clique na pasta e conheça suas ferramentas de trabalho.
A tecnologia avançada contribui para análise dos materiais encontrados na cena do crime, como equipamentos do tipo:
Tomógrafo: mostra as perfurações feitas por PAF;
Comatógrafo gasoso: indica quais substâncias compõe os medicamentos;
Cromatógrafo líquido: utilizado para analisar medicamentos, praguicidas, explosivos, urina e outros; 
Geladeira científica, com controle de temperatura e alarme: acusa qualquer alteração na temperatura; 
Espectrofotômetro IR: analisa a composição química em explosivos, entorpecentes, substâncias líquidas ou pastosas, fibras. 
Este equipamento não destrói a amostra, podendo esta no futuro ser reanalisada; 
Maleta para levantamento de local de crime: contém, em seu interior, câmeras digitais, netbook, luzes especiais, lanternas com UV para verificação de fluídos corporais; 
Pós especiais para levantamento de impressões digitais; 
Comparadores balísticos;
Equipamento para analisar celulares: recuperam as mensagens do tipo SMS e fotografias digitais apagadas, com terminais para serem encaixados nos aparelhos celulares de marcas diversas; 
Luzes forenses que permitem que o olho humano perceba vestígios em uma cena de crime, como sêmen, saliva, impressões dígito-papilares, mordidas, lesões no corpo humano.Para cada exame é usado um filtro diferente. 
Tudo isso proporcionará um resultado expressivo se os vestígios forem corretamente preservados, colhidos e acondicionados até o momento da análise laboratorial.
Caso contrário, não terá utilidade alguma.  
Tudo isso proporcionará um resultado expressivo se os vestígios forem corretamente preservados, colhidos e acondicionados até o momento da análise laboratorial.
Caso contrário, não terá utilidade alguma.  
Um engenheiro mecânico, ambiental, civil, eletrônico, de computação e das demais áreas; um biólogo; um papiloscospita; um entomologista; um contador; um médico; um farmacêutico. 
O papel do policial é investigar o fato ocorrido, ou seja, o crime.
O policial requer os exames laboratoriais aos peritos criminais que irão realizá-los nos laboratórios forenses. 
Na maioria dos estados do Brasil a perícia criminal faz parte dos quadros da Polícia Civil, ou seja, a polícia judiciária.
Perito Federal ou Estadual?
Existem os dois, na Polícia Federal há o quadro de peritos criminais e nas polícias estaduais também.
O papel do perito no local de crime é recolher todos os indícios ou vestígios para chegar à autoria do fato delituoso.
Toda legislação pertinente à preservação de local de crime não será suficiente se não tivermos profissionais comprometidos com o serviço. 
 
A garantia legal da preservação do local de crime é a lei 8.862/94, que deu nova redação aos artigos 6º, incisos I e II; artigo 159 caput e 
§ 1º; artigo 160 caput e parágrafo único; artigo 164 caput e artigos 169 e 181; todos do Decreto lei 3.689, conhecido como o Código de Processo Penal:
Art. 6º 
I- dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e 
a conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais. 
II- aprender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais.  
Art. 159 
Os exames de corpo de delito e as outras perícias serão feitos por dois peritos oficiais. 
§1º Não havendo peritos oficiais, o exame será realizado por duas 
pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior, escolhidas, 
de preferência, entre as que tiverem habilitação técnica relacionada
à natureza do exame. 
Art. 160 
Os peritos elaborarão laudo pericial, onde descreverão minuciosamente
o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados. 
Parágrafo único 
O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo
este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento 
dos peritos. 
 
Art. 164 
Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões 
externas e vestígios deixados no local do crime. 
Art. 169 
Parágrafo Único - Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do
estado das coisas e discutirão, no relatório, as conseqüências dessas 
alterações na dinâmica dos fatos. 
Art. 181 
No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade jurídica mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo. 
A respeito do desfazimento do local de acidente de trânsito, é uma autorização prevista na Lei 5.970/73: 
Art. 1º 
Em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial que primeiro tomar conhecimento do fato poderá autorizar, independentemente de exame de local, a imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos veículos nele envolvidos, se estiverem no leito da via pública prejudicando o tráfego. 
 
O código de Trânsito Brasileiro delega a competência para realizar a perícia, em locais de acidente de trânsito, em rodovias e estradas 
federais, à Polícia Rodoviária Federal, o dispositivo legal prevê: 
Art. 20 
Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das rodovias e estradas federais Inciso IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito e dos serviços de atendimento, socorro e salvamento de vítimas.
Aula 8 – Uso Legítimo da Força Parte I
Ao final desta aula, você será capaz de:
1 - Conhecer a legislação nacional e internacional sobre o uso da arma de fogo e de equipamentos próprios do profissional de segurança pública;
2 - Analisar questões e casos concretos sobre o uso da arma de fogo e de equipamentos próprios do profissional de segurança pública.
Introdução
Nesta aula, vamos revisar os conceitos e legislações nacionais e internacionais sobre o uso da arma de fogo e de equipamentos próprios do profissional de segurança pública. Bons estudos!
Legislação Internacional 
De acordo com o artigo 29 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, os órgãos de segurança pública têm por missão garantir a paz e a segurança da comunidade, bem como a segurança de cada cidadão, impondo, caso necessário, para o respeito e o cumprimento da lei, usar da força e de armas de fogo.
Limite
 
O uso da força e das armas de fogo é limitado por leis e regulamentos, pois não sendo respeitados estes limites, o agente de segurança pública responderá criminalmente pelo excesso cometido.
Letalidade
 Equipamento não letal
Muito se discute a respeito dos equipamentos não letais utilizados pelas forças de segurança, pois o bem jurídico mais importante é a vida.
 
Estes equipamentos utilizados de forma errada podem levar à morte. Assim, se faz necessário o treinamento dos funcionários encarregados de aplicar a lei.
 Armas especificamente projetadas e empregadas para incapacitar pessoal ou material, ao mesmo tempo em que minimizam mortes, ferimentos permanentes no pessoal, causam danos indesejáveis à propriedade e comprometimento do meio ambiente (Allen Holmes – então Subsecretário de Defesa EUA, por ocasiãoda II Conferência de Defesa Não Letal, na Virgínia, em 1996).
 
A Secretaria Nacional de Segurança Pública - SENASP, situada em Brasília, promove seminários a respeito das tecnologias não letais, visando equipar seus órgãos e propiciar treinamento aos homens e mulheres que compõem o quadro de segurança pública.
Armas não letais
 
Armas não letais são aquelas projetadaspara degradar a capacidade do pessoal ou do material e, simultaneamente, evitar baixas não desejadas (Grupo de Assessoria em Pesquisa e Desenvolvimento Aeroespacial da OTAN).
 
Possuem efeitos relativamente reversíveis sobre pessoal e material.
O uso progressivo da força consiste na seleção adequada do uso da força pelo agente de segurança pública, em resposta ao nível de submissão do indivíduo. Vale ressaltar que nem sempre o indivíduo é um criminoso.
Esse escalonamento do uso da força é proporcional ao grau de resistência do oponente. Falamos em grau de resistência, pois há casos em que apenas com a verbalização o oponente cessa a resistência.
 
É certo que poderá haver casos de absoluta necessidade do último grau, ou seja, do uso da arma de fogo. Sempre deve ser respeitado o princípio essencial para o uso da força, baseado na legalidade, necessidade, proporcionalidade e conveniência.
Você sabe o que é força?
 
Força é toda intervenção compulsória sobre um indivíduo, ou um grupo de pessoas, reduzindo ou eliminando a mobilidade, ou seja, a capacidade de autodecisão.
Arma de Fogo
O agente de segurança pública deve estar treinado para utilizar a arma de fogo, pois seu uso se enquadra no nível máximo do uso da força.
 Disparo de arma de fogo para o alto, como advertência, não se enquadra em legislação nacional.
 
Vamos recordar os níveis do uso da força? São estes os níveis:
 
. Verbalização;
. Controle de contato;
. Técnicas de submissão;
. Utilização de equipamentos não letal;
. Força letal.
 
Vale ressaltar que esta ordem deve ser necessariamente observada.
Qualquer pessoa pode fabricar ou andar com artefatos explosivos?
A resposta é não.
 
Segundo os artigos 252 e 253 do Código Penal Brasileiro, fabricar, fornecer, adquirir, possuir ou transportar, sem licença da autoridade, substância ou engenho explosivo, gás tóxico ou asfixiante, ou material destinado à sua fabricação sofrerá uma pena de seis meses a dois anos e ainda pagará multa.
 
Além da previsão legal no Código Penal Brasileiro, ainda há previsão no 
Estatuto do Desarmamento, Lei 10.826/2003, precisamente no artigo 16.
 
A pena no Estatuto do Desarmamento é maior: de três a seis anos de reclusão e multa.
Na verdade, são duas as autoridades que disciplinam o uso deste material: o Exército brasileiro e a Polícia Federal.
 
O Ministério do Exército Brasileiro possui um regulamento para fiscalização de Produtos Controlados: o R-105.
 
O Departamento de Polícia Federal fiscaliza estes equipamentos nas empresas de segurança privada, por meio da Portaria 387/2006-DG/DPF.
Respondem por este código todos os militares, sejam das forças armadas (Exército, marinha e aeronáutica) ou das forças auxiliares.
 
Artigo 42: acompanha o art. 23 do Código Penal Brasileiro.
Dicas
A munição não letal é a utilizada pelos funcionários da segurança pública, seja federal, estadual ou municipal, visando evitar ferimentos letais nas pessoas quando atingidas.
 
A munição de borracha, ou elastômero, pode causar ferimentos graves quando atinge a região do rosto e cabeça, levando em consideração a distância do disparo. A região da nuca é considerada bastante sensível.
 
Os agentes de segurança pública devem ser treinados no sentido de saber utilizar esse tipo de munição, para que as pessoas atingidas não sofram a perda de um órgão, como a visão.
 
O papel da munição não letal, como o nome já diz, é: não causar letalidade.
Aula 8 – A prisão e seus postulados jurídicos e técnicos
Ao final desta aula, você será capaz de:
1 - Reconhecer o conceito e a legislação nacional a respeito da prisão em flagrante delito;
2 - Analisar questões e casos concretos a respeito da prisão fundamentada na Lei 9.099/95 e na Lei Maria da Penha;
3 - Revisar as funções da polícia judiciária, do Ministério Público e dos órgãos judiciais;
4 - Identificar apreensão de criança e adolescentes.
Introdução
Nesta nona aula, vamos revisar o conceito e a legislação nacional a respeito da prisão em flagrante delito. Analisar questões e casos concretos a respeito da prisão fundamentada na Lei 9.099/95 e na Lei Maria da Penha. Iremos também revisar as funções da polícia judiciária, do Ministério Público e dos órgãos judiciais, bem como verificar como ocorre a apreensão de criança e adolescentes infratores.
Prisão no Estado Democrático de Direito art. 1º e 2º do Código Penal Brasileiro
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Clique aqui e veja a Lei nº 7.209, de 11.7.1984
 
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 
 
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
Como percebemos a prisão é a exceção, a regra é a liberdade, no Estado Democrático de Direito, porém, ação ou omissão humana que estiver tipificada em lei como crime, não haverá como prevalecer à liberdade.
 
A norma também revela que deverá ter prévia lei estabelecendo que a ação ou omissão seja crime. Não basta haver um projeto de lei, tem que haver uma lei.
 
Não se pode confundir ofensa subjetiva aos princípios morais, religiosos ou culturais como crime.
Vejamos alguns exemplos: 
 
. Caso, na sua cidade, tenha uma pessoa que não vai à missa aos domingos, ela não é uma criminosa.
 
. Se o traje de banho utilizado nas capitais é considerado inadequado, no interior do país, por força da cultura da cidade, a pessoa da capital, que se banha em um riacho — que corta determinado município do interior do país — não pode ser presa.
Artigo 5º, LXI da CRFB - Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita ou fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definido por lei. 
Código de Processo Penal Brasileiro
De acordo com o art. 301, do Código de Processo Penal Brasileiro: “Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito”.
À luz do artigo 302 do Código de Processo Penal, considera-se em flagrante delito quem:
. Está cometendo a infração penal.
. Acaba de cometê-la.
. É perseguido logo após, em situação que faça presumir ser o autor do crime.
. É encontrado logo após, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser o autor do crime.
Quem é a autoridade judiciária? É o juiz de direito.
O que é juiz competente? É o juiz da causa.
O processo penal
Todo o processo penal, no território brasileiro, é regido por um Decreto lei de número 3.689, de 03 de outubro de 1941, conhecido como Código de Processo Penal. 
As documentações anexadas aquele volume de folhas podem ser: 
. os depoimentos;
. as perícias realizadas
. as petições dos advogados;
. outros documentos pertinentes que vemos o juiz manusear.
Isto é o processo. 
 
Um processo pode ter vários volumes, isto é o processo físico. Atualmente, podemos acompanhar o andamento de um processo através do site do Tribunal de Justiça. 
O que favoreceu as partes, pois com um computador com acesso a internet é possível saber a tramitação do processo.
JUIZADO CRIMINAL ESPECIAL
O grande número de ações com crimes ou contravenções de menor potencial ofensivo emperrava a máquina judiciária. 
O cenário era alarmante, não havia uma boa resposta por parte do judiciário, o réu na ação geralmente era beneficiado, pois ou crime era prescrito ou a absolvição era declarada pela dificuldade de se fazer provas suficientes. 
Perguntas como:
Como fazer justiça? 
A lei deve ser cumprida?  
Quem vai pagar o prejuízo?  
E agora, excelência? 
O que eu faço? 
E o meu direito?  
Era preciso dar agilidade ao judiciário. Alguma providência deveria ser tomada, caso contrário, seria um estímulo à impunidade.O ofendido não poderia continuar nesta situação.
A instituição dos Juizados Especiais CRFB/88 Artigo 98, inciso I
Os constituintes, em 1988, perceberam que algo deveria ser feito para mudar o cenário e, como providência, temos o artigo 98 que institui os juizados especiais criminais e cíveis. 
 
Nesta aula, daremos ênfase apenas aos juizados especiais criminais.
Art. 98 - A União, o Distrito Federal e os Territórios, e os estados criarão:
Juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados ou leigos, competentes para conciliação, o julgamento de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante o procedimento oral e sumaríssimo, permitido, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau.
Lei 9099, de 26 de setembro de 1995
A Lei 9099, de 26 de setembro de 1995, dispõe sobre os juizados Especiais 
Cíveis e Criminais. 
Nesta aula, daremos ênfase apenas aos Juizados Especiais Criminais.
 
Nas sentenças estipuladas no Juizado Especial Criminal, a punição do infrator 
ou criminoso não será com pena privativa de liberdade, vez que, neste órgão, apenas os crimes de menor potencial ofensivo são julgados.
. Não julga as causas militares e nem
 as eleitorais.
 
. É competente para a conciliação, o processo, o julgamento e a execução.    
 
. Vale ressaltar que muitos casos são resolvidos na fase da conciliação.
 
. Funciona com juiz togado ou juiz togado e leigo.
A Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006, é o principal diploma  legislativo no âmbito da violência doméstica e familiar.
A previsão legal repousa no art. 226, § 8º, da Constituição da República Federativa do Brasil, na Convenção sobre a eliminação de todas as formas de violência contra a mulher e no Decreto nº 1.973/1996, que promulga a Convenção interamericana para prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher (Convenção de Belém do Pará).
Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8.069/90
— Crianças e Adolescentes Infratores
De acordo com o ECA as crianças e os adolescentes cometem ato infracional e, pelo cometimento deste ato, são apreendidas (art. 103 e 107).
A lei define como crianças pessoas que possuam até 12 anos incompletos e adolescentes, dos 12 aos 18 anos de idade (art. 2º).
O juiz competente para julgar os atos infracionais é o juiz da criança e do adolescente; ele aplicará as medidas protetivas, no caso de criança e as socioeducativa, no caso de adolescente art. 98, 101, 105, 112, 115 a 118.
Polícia Judiciária
É a polícia destinada à apuração e investigação das infrações penais, embora seja atividade administrativa. 
No Brasil, é exercida pelas Polícias Federal e Civil.
De acordo com o artigo 127, da Constituição Federal/88, o Ministério Público é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do estado. Cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais disponíveis. É um órgão com previsão constitucional.
O Ministério Público é o órgão que defende todos os interesses da sociedade e fiscaliza a aplicação e a execução da lei. É um órgão 
que age com imparcialidade em defesa da sociedade.
O Ministério Público abrange o Ministério Público da União e o 
Ministério Público dos estados.
Ministério Público da União: 
Quando falamos em Ministério Público da União temos os seguintes órgãos:
. Ministério Público Federal;
. Ministério Público do Trabalho;
. Ministério Público Militar;
. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
Constitucionalmente as funções do Ministério Público estão descritas no artigo 129, da Magna Carta. 
Não é apenas uma função, são várias as funções do Ministério Público.
 
Somente os integrantes de carreira podem exercer as funções do Ministério Público, isto é, não existe a figura do promotor ad hoc. 
Em outras palavras, significa dizer que o promotor de Justiça não pode ser substituído por outro profissional para exercer as funções a ele inerentes.
Funções:
. Promover privativamente a ação penal pública;
. Zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços de relevância pública;
. Promover o inquérito civil e a ação civil pública, visando à proteção do patrimônio público, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
. Promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos estados, de acordo com a previsão da Magna Carta;
. Expedir notificações e requisitar informações e documentos;
. Defender os índios;
. Exercer o controle externo da atividade policial;
. Requisitar diligências investigatórias e instaurar inquérito policial; 
. Exercer outras funções, desde que compatíveis com sua finalidade.
O Tribunal de Justiça é o órgão de cúpula do estado. Cada estado-membro possui apenas 1 Tribunal de Justiça. 
 
A Constituição Federal/88 garante a autonomia administrativa e financeira aos Tribunais de Justiça, ou seja, o Tribunal de Justiça se organiza administrativamente criando suas secretarias e demais serviços auxiliares. 
Na garantia de autonomia financeira, o tribunal elabora sua proposta orçamentária. 
 
A Constituição Federal designa os artigos 96 e 99 para os Tribunais de Justiça dos Estados.
Aula 10 – Uso legitimo da força parte II
Ao final desta aula, você será capaz de:
1 - Conhecer os conceitos e legislação nacional e internacional sobre o uso da força pelo profissional de segurança pública;
2 - Analisar questões e casos concretos sobre o uso da força pelo profissional de segurança pública.
Introdução
Nesta nossa última aula, vamos revisar os conceitos e legislações nacional e internacional sobre o uso da força pelo profissional de segurança pública. Bons estudos!
Os direitos humanos são direitos e liberdades a que todos temos direito, não importando quem somos, nem de onde vivemos. Ninguém pode nos privar 
desses direitos.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha é um órgão de proteção humanitária, assistência em situações de conflitos armados e de promoção do direito internacional humanitário junto aos integrantes das forças armadas no mundo todo.
A natureza dos conflitos armados está mudando, passando de internacional para nacional. 
Assim sendo, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha preocupa-se com as forças policiais de segurança.
Anistia Internacional
É uma organização não governamental que defende os direitos humanos. Foi fundada em 1961 pelo advogado britânico Peter Benenson.
 
Atua em casos de prisões políticas, torturas e execuções. Para isso, recolhe informações e encaminha missões de investigações ao país.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é o termo utilizado como uma referência ao conjunto de quatro regulamentos de suma importância na área do direito civil, político, social, econômico, cultural e direitos humanos.
São quatro os regulamentos:
 
. Declaração Universal dos Direitos Humanos (Declaração Universal);
. Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (PIDCP);
. Pacto Internacional sobre os Direitos Econômico, Social e Cultural (PIDESC);
. Primeiro Protocolo Facultativo referente ao PIDCP (Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos).
É o mais importante documento utilizado pela Assembleia Geral das Nações Unidas desde 1948. Oferece normas orientadoras aos países, visando o fiel cumprimento dos direitos humanos.
 
De acordo com o artigo 29 da Declaração Universal dos Direitos 
Humanos, os órgãos de segurança pública têm por missão garantir a paz e a segurança da comunidade, bem como a segurança de cada cidadão.
 
Caso necessário, para o respeito e o cumprimento da lei, impõe aos órgãos, usar da força e de armas de fogo.
Limite
O uso da força e das armas de fogo é limitado por leis e regulamentos, pois não sendo respeitados estes limites, o agente de segurança pública responderá criminalmente pelo excesso cometido.
Uso progressivo da forçaO uso progressivo da força consiste na seleção adequada do uso da força, pelo agente de segurança pública, em resposta ao nível de submissão do indivíduo.
 
Vale ressaltar que nem sempre o indivíduo é um criminoso. O escalonamento do uso da força é proporcional ao grau de resistência do oponente.
 
Falamos em grau de resistência, pois há casos que apenas com a verbalização o oponente cessa a resistência.
 
É certo que poderá haver casos de absoluta necessidade do último grau: o uso da arma de fogo. Sempre deve ser respeitado o princípio essencial para o uso da força, baseado na legalidade, necessidade, proporcionalidade e conveniência.
Você sabe o que é força?
Força é toda intervenção compulsória sobre um indivíduo, ou um grupo depessoas, reduzindo ou eliminando a mobilidade, ou seja, a capacidade de autodecisão.
Você sabia que, assim como a artilharia, cavalaria, infantaria, intendência, engenharia e as demais, o quadro de material bélico faz parte de uma das armas do EB?
Geralmente, ao falarmos em material bélico, lembramos as armas de fogo. Porém, além do armamento, também fazem parte: as viaturas, as aeronaves, as espadas, os espadins, dentre outros.
ARMAS DE FOGO
 O agente de segurança pública deve estar treinado para utilizar as armas de fogo, pois o seu uso se enquadra no nível máximo do uso da força.
Disparo de arma de fogo para o alto, como advertência, não se enquadra em legislação nacional.
O Estatuto do Desarmamento é uma legislação que se posiciona favoravelmente à diminuição do uso de armas na sociedade.
Pensava-se que quanto mais armas nas ruas, mais segurança o povo teria. Porém, isto não é verdade: quanto mais armas estiverem à disposição das pessoas, mais violência será criada na sociedade.
 
O Estatuto versa sobre o registro, posse e comercialização de armas de fogo e munições, o Sistema Nacional de Armas e define os crimes correlatos.
CÓDIGO PENAL MILITAR
Respondem por este código todos os militares, sejam das forças armadas (exército, marinha e aeronáutica) ou das forças auxiliares (as polícias e os corpos de bombeiro militares).
O artigo 42 do Código Penal Militar acompanha o art. 23 do Código 
Penal brasileiro.
De acordo com o Código de Conduta da ONU para funcionários encarregados de fazer cumprir a lei e os Princípios Básicos sobre o emprego da força e das armas de fogo, o policiamento de manifestações deve respeitar a todo o momento as obrigações dos direitos humanos internacionais e os padrões internacionais de manutenção da ordem pública.

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