Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

Prévia do material em texto

1 
 
A.T. 
Análise Transacional, uma ferramenta para condução de times 
 
 
FACULDADE ESTÁCIO 
Disciplina: Planejamento na condução de Times 
Professor: Jovan Leite 
 
 
 
2 
 
ÍNDICE 
 
Assunto Página 
Introdução ................................................................................................ 03 
Sobre o Autor ........................................................................................... 04 
Análise Trasacional .................................................................................. 06 
Estados do Ego ......................................................................................... 07 
Transações ................................................................................................ 08 
Carícias ..................................................................................................... 09 
Textos Complementares ........................................................................... 11 
Execícios de Fixação................................................................................ 14 
Bibliografia .............................................................................................. 15 
Teste do seu perfil transacional ............................................................... 16 
 
 
 
3 
Introdução 
A Análise Transacional é uma filosofia humanística que pode ser resumida na frase "Eu 
estou OK e você está OK". É uma teoria da psicologia individual e social. Consiste 
num conjunto de técnicas destinadas a ajudar as pessoas a compreender e modificar seus 
sentimentos e comportamentos. É também uma filosofia de vida, uma tomada de 
posição quanto ao ser humano. Um conjunto de técnicas de mudanças positivas. Se 
constitui em um modelo prático e útil para se modelar as relações entre "organismos" 
porque é fácil de aprender; permite que as pessoas se comuniquem numa linguagem 
fácil e compreensível; possibilita uma melhor compreensão de si mesmo, dos outros e 
das transações; permite melhor integração social; permite um tipo de auto avaliação sem 
maiores riscos e é um método para analisar não apenas pessoas mas também roteiros de 
vida. 
A Análise Transacional (AT) é uma teoria do desenvolvimento do comportamento nada 
complexa. É chamada de Análise Transacional por tratar do relacionamento humano 
como sendo composto, basicamente, de "transações", uma palavra de amplo uso no 
campo comercial e organizacional; "transação" implica na troca de bens e serviços entre 
duas ou mais pessoas. Na AT a "transação" tem essa conotação, pela qual "eu lhe dou 
alguma coisa, e você me dá alguma coisa em troca". 
Em AT, uma "transação" é na verdade, qualquer "movimento ou ação que uma pessoa 
empreende no seu relacionamento com os outros, provocando outro movimento ou ação 
de volta". 
A teoria fundamental da AT foi escrita por Eric Berne, psiquiatra canadense (1910-
1970). Os tijolos que constróem a AT são os estados de ego que são, de acordo com 
Berne, (1961), as posições psicológicas tomadas pelo indivíduo e que são 
fenomenologicamente observáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Sobre o Autor – Análise Transacional 
Eric Berne (Montreal, Quebec no Canadá, 10 de maio de 1910 - Califórnia, 1970), 
nascido Eric Lennard Bernstein médico e psiquiatra naturalizado estado-unidense. 
Filho do médico David Hiller Bernstein e da jornalista e escritora Sarah Gordon 
Bernstein, foi o criador da abordagem da psicologia chamada Análise Transacional 
(AT). A sua família imigrou da Polônia e da Rússia para o Canadá. O pai faleceu 
prematuramente de tuberculose, na idade de 38 anos. 
Eric Berne bacharelou-se em Medicina (1935) e fez mestrado de Cirurgia na 
Universidade McGill. Em 1936 iniciou residência na Clínica de Psiquiatria da Escola de 
Medicina da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, onde trabalhou por dois anos. 
Quando se tornou cidadão norte-americano, o que ocorreu por volta de 1938, mudou seu 
nome de Eric Lennard Bernstein para simplesmente Eric Berne. 
Sofreu forte influência da psicanálise durante dez anos, nos quais desenvolveu diversos 
estudos significativos, até o surgimento da AT. Na realidade em 1956, quando requereu 
seu reconhecimento como psicanalista, o seu pedido foi rejeitado, sendo-lhe 
recomedado que voltasse a requerer o seu reconhecimento após mais quatro anos de 
análise e estudos, o que o deixou muito decepcionado. Após o fato, Berne começou a 
perceber que não pensava como psicanalista e na realidade, suas teorias estavam 
embrionando uma nova abordagem, uma variação da psicanálise, que mais tarde 
chamou Análise Transacional. 
Berne criticava a psicanálise por relegar a cura dos pacientes a um segundo plano, assim 
como preocupar-se em excesso com a análise da personalidade do indivíduo, para ele 
"as pessoas nascem príncipes e princesas, até que seus pais as transformem em sapos". 
Para Berne a psicologia deveria preocupar-se em curar primeiro e investigar depois e 
sua fé na natureza humana o fazia defender a idéia de que são circunstâncias externas e 
não fraquezas internas que levam as pessoas a se tornarem "pacientes" psiquiátricos. 
Achava certas palavras, como esquizofrênico, maníaco, paranóico, especialmente 
insultuosas, era um homem espirituoso e admirava as crianças e a criança nos outros. 
Seus clientes eram tratados como iguais e com igual responsabilidade pelo processo 
terapêutico, não achava correto tratá-los como se não pudessem compreender o que se 
passava com eles e dizia: "Qualquer coisa que não se deva dizer na frente de um 
paciente, não merece ser dita em geral", acreditava que a cooperação e o consentimento 
era um grande passo para a cura. Afirmava que: 
"Um Analista Transacional tentará curar seu paciente na primeira sessão. Se não 
conseguir passará a semana seguinte pensando, e tentará curá-lo na segunda sessão e 
assim por diante, até que se obtenha êxito ou admita o fracasso." 
 
 
5 
Steiner(1976) cita Berne em sua última aparição em público: 
"Outra forma pela qual nós (psicoterapeutas) escapamos de fazer qualquer coisa é a 
falácia sobre a personalidade total. Uma vez que a personalidade toda está envolvida, 
nos perguntamos: Como se pode esperar curar alguém, particularmente em menos de 
cinco anos? OK, eis como. 
Se um homem tem um dedo do pé infeccionado por causa de um espinho, começa a 
mancar um pouco, e os músculos da sua perna se enrijecem. Para compensar seus 
músculos da perna enrijecidos, os músculos das suas costas precisam se retesar, e em 
seguida os músculos do pescoço se retesam; e então os músculos do couro cabeludo; e 
em pouco tempo terá dor de cabeça. Fica com febre por causa da infecção; seu pulso 
aumenta. Em outras palavras, tudo está envolvido - toda sua personalidade, inclusive 
sua cabeça que dói, e chega mesmo a se enfurecer com o espinho ou quem quer que o 
tenha colocado aí, de modo que é capaz de gastar muito tempo indo a um advogado. 
Envolve toda a sua personalidade. Então chama o cirurgião. Este vem, olha para o 
sujeito e diz: "Bem, é algo muito sério. Como você pode ver, envolve toda sua 
personalidade. Todo o seu corpo está envolvido. Você está com febre; está respirando 
depressa demais; seu pulso está elevado; todos os seus músculos estão tensos. Penso 
que três ou quatro anos... é claro que depende muito de você... mas acho que em três ou 
quatro anos... poderemos curar esta condição. O paciente diz: humm, OK. Amanhã 
entrarei em contato consigo, e vai procurar outro cirurgião, e o outro cirurgião diz: 
Oh, você está com o artelho infeccionado por causa deste espinho. E pega um par de 
pinças e puxa o espinhopara fora, e a febre desce, o pulso diminui, os músculos 
relaxam e o sujeito volta ao normal dentro de quarenta e oito horas, menos talvez. 
Assim é a nova menira de praticar psicoterapia. É como descobrir um espinho e 
arrancá-lo. 
Berne sentia que um terapeuta efetivo deveria ser mais ativo na busca da cura de seus 
pacientes, o que a psicanálise daquela época discordava. 
A necessidade de uma cura mais rápida surgiu em 1945, quando Berne, psiquiatra que 
trabalhava na seleção do exército, via-se obrigado a realizar o "exame psiquiátrico" em 
25.000 soldados, de onde dispunha em média de 40 a 90 segundo para analisar os 
candidatos. 
Berne utilizava um método simples que constituía de duas perguntas seguidas de uma 
observação. As perguntas eram: "Você é nervoso?" e "Você alguma vez já procurou um 
psiquiatra?". Com isso ele percebeu que poderia predizer, com grande margem de 
acertos, as respostas que os candidatos dariam, apesar de todos vestirem-se da mesma 
forma. 
Partindo destas observações ele resolveu ir além, decidindo adivinhar as ocupações dos 
soldados sem observar os registros e percebeu que também havia um alto grau de 
acertos, concluindo que era possível intuir algo, sem que houvesse uma explicação 
lógica para tal fenômeno. Ele passou a valorizar a imagem intuitiva (imagem do ego) 
que ele tinha da pessoa, que de alguma maneira descrevia seu ego e percebeu que a 
intuição a respeito da pessoa era eficaz em auxiliá-la, mais que o relacionar-se com ela 
em termos de uma diagnose psiquiátrica. 
 
 
6 
Em 1945, Berne iniciou um rigoroso estudo da teoria da intuição, do qual surgiu em 
1949 surgiu sua primeira publicação sobre o assunto, seguido de outros 5 artigos, o 
último impresso em 1962. 
Sua definição de intuição é "o conhecimento baseado na experiência que é adquirido 
através do contato sensorial com o sujeito, sem qua a pessoa que intui seja capaz 
de formular para si própria e para os outros, exatamente como ela chegou a suas 
conclusões." 
Esta intuição, segundo Berne, é facilitada pelo estado de alerta e receptividade e requer 
uma concetração intensa e uma atenção direcionada para o objeto da intuição e pode ser 
aperfeiçoada com a prática e prejudicada pelo cansaço, por estímulos externos e outros 
fatores. 
A lógica racional para este estudioso não era suficiente para se compreender a vida e a 
mente humana. 
Berne com os estudos sobre a intuição percebeu que as imagens do ego da infância 
existiam em todas as pessoas e denominou-as Estados do Ego. Surgiu então o Estado do 
Ego Criança, o Estado do Ego Adulto e o Estado do Ego Pai. 
Análise Transacional 
A Análise Transacional é um método psicológico criado em 1958 pelo psiquiatra Eric 
Berne* de origem canadense e residente nos EEUU. Informalmente conhecida como 
AT, estuda e analisa as trocas de estímulos e respostas, ou transações entre indivíduos. 
O nome original do método é Transactional Analysis. Os pressupostos básicos foram 
escritos por Claude Steiner** (Os Papéis que Vivemos na Vida), e são: 1. Todos 
nascemos OK, isto é, com potencial para viver, pensar, desfrutar. 2. Todas as doenças 
são curáveis, desde que se encontre a abordagem adequada. Estes dizeres levam a crer 
que a AT diferencia Caráter e Personalidade. O Caráter são as tendências que trazemos, 
como por exemplo, tendência para a lealdade, passividade, alcoolismo, rebeldia, etc. Já 
a Personalidade constitui-se da educação e sociedade, daquilo que provém do meio 
externo, ou seja, das informações de pais, professores, religião, cultura. A análise 
Transacional é um estudo psicodinâmico, entretanto sua principal diferença em relação 
a psicanálise é que a pessoa pode modificar seus sentimentos, pensamentos e escolhas 
pelo autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Esta possibilidade é enfatizada em 
sua teoria básica, vinda de Berne, que são: estados de ego, transações, posição 
existencial e roteiro de vida. O Caráter, advindo da genética - gestação - parto - 
desenvolvimento neuromotor não invalida a autonomia possível em suas escolhas. 
CARÁTER + PERSONALIDADE = FORMAÇÃO DO SER. 
 
 
 
 
7 
Estados do Ego 
Na figura estão representados os órgãos psíquicos, os quais se 
manifestam fenomenologicamente e operacionalmente através 
dos três estados de Ego correspondentes, que são eles Pai, 
Adulto e Criança. Os Estados do Ego são manifestações dos 
órgãos psíquicos, podendo compreendê-los da seguinte forma: 
• Estado de Ego Pai - Exteropsiquê (formada a partir da 
influência de pais e familiares) 
• Estado de Ego Adulto - Neopsiquê (aquisição de 
informações, contato objetivo com a realidade) 
• Estado de Ego Criança - Arqueopsiquê (processos 
fisiológicos, experiências desde o nascimento, 
pensamento mágico, emoções, adaptações.) 
O Estado de Ego Pai é o reservatório de normas e valores, de 
conceitos e modelos de conduta, surge no indivíduo por volta 
dos 3 anos de idade e suas principais fontes são os pais, (ou 
substitutos) e outros familiares e pessoas que convivam com a 
criança e tenham uma figura de autoridade e importância na 
vida dela. Está sujeito a influências culturais e impõe à pessoa 
ações, regras e programas de conduta. 
O Estado de Ego Adulto é a parte da personalidade do indivíduo que recebe 
informações de fora para dentro, as analisa, as compara e toma decisões baseado no seu 
banco de dados. É a parte racional do ser humano, que adquire conceitos pensados da 
vida desprovidos de influências sentimentais. Seria segundo Kertész(1985), o 
hemisfério esquerdo do cérebro, nos destros. Sua função básica é trabalhar, estudar e 
operacionar. 
O Estado de Ego Criança surge logo que se nasce. É o primeiro Estado de Ego a emergir 
no ser humano e representa as emoções básicas como alegria, amor, prazer, tristeza, 
raiva e medo. Esta é a parte mais autêntica do ser humano e também a mais reprimida 
pela educação. Segundo Kertész(1985) representada pelo hemisfério direito do cérebro 
dos destros, hemisfério esse que processa os sonhos, as imagens, estimulado quando se 
usa a criatividade e a arte. 
 
 
 
 
 
 
8 
Transações Complementares, Cruzadas e Ulteriores 
As transações ocorrem quando alguém se relaciona com uma outra pessoa. Cada 
transação é formada de um estímulo e de uma resposta e as transações podem proceder 
do Pai, Adulto ou Criança de uma pessoa, para o Pai, Adulto ou Criança de uma outra 
pessoa. 
Transações Complementares e Cruzadas: Uma transação complementar envolve um 
estado de ego de cada pessoa. Numa transação cruzada, a resposta transacional dirige-se 
a um estado de ego diferente daquele que emitiu o estímulo. A comunicação entre duas 
pessoas pode continuar, quando as transações são complementares. As transações 
cruzadas são importantes porque interrompem a comunicação. Seu conhecimento é útil, 
pois auxilia os analistas transacionais a compreenderem "como" e "por quê" a 
comunicação é interrompida. A regra é a seguinte: "sempre que ocorrer" uma 
interrupção na comunicação, uma transação cruzada a provocou". Um tipo muito 
importante de transação cruzada é a desqualificação. Neste caso, a pessoa, ao dar uma 
resposta, desconsidera completamente o conteúdo de um estímulo transacional. As 
desqualificações nem sempre são óbvias, mas são sempre perturbadoras para a pessoa 
que as recebe e, quando repetitivas, podem perturbar gravemente o receptor. 
Transações ulteriores: As transações ulteriores ocorrem quando as pessoas falam uma 
coisa e querem dizer outra. As transações ulteriores são a base dos jogos psicológicos, 
sendo especialmente interessantes porque são enganosas. Possuem um nível social ( 
aparente) e um nível psicológico(oculto, ulterior). O oculto fornecerá mais informação 
do que o nível aparente. A razão pela qual falamos uma coisa, quando queremos dizer 
outra, é que geralmente sentimos vergonha dos desejos e sentimentos de nossa Criança 
ou de nosso Pai. . Por exemplo,quando queremos atenção ou amor, freqüentemente 
fingimos indiferença, e temos dificuldade de dar ou aceitar amor. De fato, como nossas 
vidas estão imersas em meias verdades e decepções, pode acontecer de não sabermos 
mais o que nossa Criança realmente deseja. Como também não podemos esperar que as 
pessoas sejam totalmente honestas, nunca poderemos realmente saber se confiamos 
naquilo que elas dizem. Os analistas transacionais encorajam as pessoas a serem 
honestas umas com as outras e consigo mesmas, sobre seus desejos e sentimentos, em 
vez de desonestas e dissimuladas. Desta maneira, as pessoas podem descobrir o que elas 
necessitam, bem como pedir por isso e, se possível, como consegui-lo. 
 
 
 
 
 
 
9 
Carícias 
A Análise Transacional é uma das poucas abordagens da psicologia que fala de maneira 
científica sobre o amor, a partir de seus pressupostos (Steiner, Claude) e pelo 
instrumento chamado Carícias (assim traduzido do inglês Strokes): são estímulos 
dirigidos que transmitem aceitação incondicional (pelo que a pessoa é) e condicional 
(pelo que a pessoa faz ou tem). 
A carícia é o reconhecimento que uma pessoa dá à outra. As carícias são essenciais à 
vida de uma pessoa. Sem elas, dizia Berne, "a espinha dorsal secará". Foi demonstrado 
que recém-nascidos necessitam carícias físicas reais a fim de sobreviver. Os adultos 
pode arranjar-se com menos carícias físicas, pois aprendem a trocar carícias verbais: 
carícias positivas, como elogios ou expressões de apreciação ou carícias negativas, 
como julgamentos negativos ou depreciações. Assim, a troca de carícias é uma das 
coisas mais importantes que as pessoas podem fazer em suas vidas. 
"Carícias são estímulos sociais dirigidos de um ser vivo a outro, o qual, por sua 
vez, reconhece a existência daquele." (Kertész)*** 
O ser humano tem necessidade de carícias assim como tem necessidade de alimento. 
Isso pode ser observado nos bebês, muitas pesquisas já provaram que o contato físico 
dos bebês com a mãe ou com quem os alimenta é de importância vital para sua 
sobrevivência. Neste ponto Berne tem grande influência da psicanálise, quando sugere o 
contato físico dos bebês com suas mães algo prazeiroso, algo semelhante ao prazer 
sexual sugerido por Freud. 
Berne sugere quatro "fomes" vitais: 
• Fome de estímulo:De onde provém os estímulos sensoriais da visão, da audição, do 
tato, olfato e paladar. 
• Fome de reconhecimento:Onde os atos ou palavras são estímulos especiais para o 
comportamento. 
• Fome de contato:Nesta categoria encontra-se a carícia física propriamente dita, não 
necessariamente apenas aquelas agradáveis, mas também a própria dor é 
considerada uma fome de contato. 
• Fome sexual:De onde pode-se saciar todas as outras fomes. 
Um famoso estudo de Levine, em creches, nos mostra a necessidade vital dos estímulos 
em crianças, onde foi observado uma grande taxa de mortalidade em uma creche, que 
mereceu atenção especial. Na fachada da instituição encontrava-se os seguintes dizeres: 
"Crianças são como flores, servem para serem admiradas e não tocadas." 
A alta mortalidade foi constatada proveniente da ausência quase total de toques, ou 
carícias nos bebês. Eles eram bem alimentados, bem tratados e cuidadosamente limpos, 
porém, privados de carícias, morriam. 
 
 
10 
Outro estudo, feito por Harlow, em seu laboratório experimental mostrou a importância 
do contato físico para o apego: macacos separados de suas mães ao nascer eram 
colocados em mães substitutas feitas de arames. Uma das mães foi coberta com um 
tecido felpudo e macio. O alimento era colocado na mãe de arame sem o tecido e era 
oferecido para os macaquinhos as duas mães. A grande maioria dos macacos, se 
alimentavam na mãe de arame e saciada a fome corriam para a mãe felpuda, passando 
com ela a maior parte do tempo, mostrando assim que o contato físico superava a 
própria fonte de alimentação, o apego era maior com a mãe adotiva que lhes dava 
carícias que com a mãe adotiva que lhes dava o alimento. 
Para Berne ficava claro a importância do contato físico, e que o estímulo é a "unidade 
básica da ação social", sendo tão importante para a sobrevivência do ser humano como 
o alimento e o ar que se respira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Textos Complementares 
Principais conceitos de Análise Transacional. 
Compilado pela Comissão de Desenvolvimento da ITAA. - Claude Steiner, 
Presidente.Translated by Anamaria Cohen, Agosto de 2000. Corrigido por Mônica Levi 
A Análise Transacional é: 1.) uma teoria psicológica de fácil compreensão, ainda que 
sofisticada, sobre o pensamento, os sentimentos e o comportamento das pessoas; 2.) um 
sistema de psicoterapia contemporâneo e eficaz; uma análise educacional, 
organizacional e sociocultural e uma psiquiatria social. 
ESTADOS DE EGO E TRANSAÇÕES: As interações entre as pessoas são 
denominadas transações. Qualquer transação tem duas partes: o estímulo e a resposta. 
Os conjuntos ou seqüências transacionais podem ser diretos, produtivos e saudáveis ou 
podem ser indiretos, improdutivos e doentios. 
Quando as pessoas interagem, elas o fazem a partir de três diferentes estados de ego. 
Um estado de ego é uma maneira específica de pensar, sentir e comportar-se e cada 
estado tem sua origem em regiões específicas do cérebro. As pessoas podem comportar-
se a partir de seu estado de ego Pai, de seu estado de ego Criança ou a partir de seu 
estado de ego Adulto. 
Criança 
Quando estamos no estado de ego Criança, agimos como a criança que já fomos um dia. 
Não estamos apenas representando; mas pensamos, sentimos, percebemos, ouvimos e 
reagimos como uma criança de três, cinco ou oito anos de idade. Os estados de ego são 
estados do ser totalmente experienciados, e não, apenas papéis. Quando a Criança é 
raivosa ou amorosa, impulsiva, espontânea ou brincalhona denomina-se Criança 
Natural. Quando está pensando ou é imaginativa, criativa denomina-se Pequeno 
Professor. Quando sente medo, culpa ou vergonha denomina-se Criança Adaptada. A 
Criança sente todas as emoções: medo, amor, raiva, alegria, tristeza, vergonha, etc. 
A Criança é vista como fonte da criatividade, recreação e procriação, a única fonte de 
renovação na vida. Pode ser observada nas crianças por extensos períodos, mas também 
nos adultos, em situações onde as pessoas têm permissão de liberar a Criança, como nos 
eventos esportivos, festas ou em reuniões de diretoria, discussões, onde não é de forma 
alguma desejada. Pode dominar completamente, na sua forma mais indesejável, a vida 
de uma pessoa, como nos casos de pessoas emocionalmente perturbadas: confusas, 
deprimidas, loucas ou drogadas. A Criança praticamente as levará à auto-destruição, 
também pode aparecer por longos períodos, na forma de depressão ou dor, como no 
caso de pessoas que sofreram uma grande perda.A Criança pode resistir à repressão 
decorrente do crescimento. 
 
 
12 
O Pai 
O Pai é como um gravador. É uma coleção de códigos de vida pré registrados e pré-
julgados. Quando uma pessoa está no estado de Ego Pai, ela pensa, sente e comporta-se 
como um de seus pais ou substituto. O Pai julga a favor ou contra e pode ser controlador 
ou apoiador. Quando o Pai é controlador denomina-se Pai Crítico. Quando é apoiador, 
denomina-se Pai Nutritivo. Um estado de ego pode dominar uma pessoa, chegando até a 
excluir os outrosdois. Um exemplo disto é o Pai Crítico ou Nutritivo exclusor, que 
ocorre quando uma pessoa é incapaz de usar sua Criança ou Adulto, sendo assim 
privada do uso de dois terços do seu potencial humano. Esta pessoa ficará em grande 
desvantagem, pois os três estados de ego devem estar disponíveis, sempre que 
necessário, para o bom funcionamento do ser humano. O Pai usa velhos registros para 
resolver problemas, permanecendo, assim, 25 anos atrás no tempo ( embora possa estar 
250 ou 2500 anos atrás), sendo útil quando não há informação ou tempo disponível para 
usar o Adulto para pensar. A Criança, por outro lado, criará novas soluções baseadas na 
intuição, mas essas soluções não são tão confiáveis quanto aquelas baseadas em 
decisões Adultas. 
O Adulto 
Quando no estado de ego Adulto, uma pessoa funciona como um computador humano. 
Opera, baseada em dados que coleta, armazenando ou usando para tomar decisões, de 
acordo com um programa lógico, certificando-se de que a Criança ou o Pai não 
contaminem o processo com informações que podem estar incorretas. Isto é conhecido 
como contaminação. Quando a contaminação procede do Pai, é chamada de 
preconceito. Por exemplo, quando alguém pressupõe que as mulheres preferem seguir a 
orientação de um homem, em vez de tomar suas próprias decisões , sendo uma 
contaminação, pois são aceitos como fatos, sem checar com a realidade. O mesmo pode 
ocorrer com informações alimentadas pela Criança, denominadas ilusões. Geralmente, 
uma ilusão é fundamentada num medo ou esperança que é aceita como realidade pelo 
Adulto. Por exemplo, quando uma pessoa está convencida de que está sendo 
envenenada pelo governo, isto se baseia provavelmente nos medos da Criança aceitos 
pelo Adulto, a despeito dos fatos. Um procedimento extremamente importante em 
Análise Transacional é a descontaminação do Adulto. Ser maduro ou adulto não é o 
mesmo do que estar no estado de ego Adulto. Crianças pequenas podem estar em seu 
Adulto e adultos bem equilibrados usam seu Pai ou Criança todo o tempo. Uma função 
muito importante do Adulto é predizer resultados e a eficácia do comportamento das 
pessoas na busca de seus objetivos. Esta função crítica, fundamentada em fatos, é 
diferente da função baseada em valores, do Pai Crítico. 
 
 
 
 
13 
Vozes na Cabeça. 
O Ego Pai assemelha-se a um gravador, repleto de afirmações pré-julgadas e pré-
programadas. Estas afirmações "gravadas" podem permanecer ativadas, enquanto 
estamos em nosso Adulto ou Criança e, assim, podemos realmente ouvi-las como 
"vozes em nossas cabeças". As gravações parentais podem ser boas ou más, dependendo 
de qual "Pai" está no comando. Em outras teorias da personalidade, as vozes 
prejudiciais do Pai Crítico são conhecidas como o severo superego, diálogo interno 
negativo. O Pai Crítico pode fazer afirmações depreciativas, tais como: "Você é mau, 
estúpido, feio, louco e doente, em suma, você é um fracassado, Não-OK." O Pai 
Nutritivo ama a Criança incondicionalmente e diz coisas do tipo: "Você é um 
vencedor," "Você é inteligente", "Você é uma princesa" . O Pai Crítico pode fazer as 
pessoas sentirem-se Não-OK e força-las a fazer coisas que elas não querem fazer. Para 
prevenir-se contra o Pai Crítico, as pessoas precisam aprender a desenvolver o Pai 
Nutritivo, o Adulto e a Criança Natural. Por meio de um egograma, podemos 
demonstrar as forças relativas dos estados de ego de uma pessoa, a qualquer tempo. Isto 
é muito útil para diagramar o modo como as pessoas mudam no decorrer do tempo; 
especialmente para verificar como elas diminuem seu Pai Crítico e aumentam seu Pai 
Nutritivo, Adulto ou Criança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
Exercícios de Fixação 
1. O que você entende por Análise Transacional? 
2. Quais os benefícios da Análise Transacional? 
3. Quais são os 5 passos básicos para a aplicação da Análise Transacional? 
4. A maneira como a pessoa foi educada, influencia na forma como ela se relaciona 
com os outros? Por quê? 
5. Explique o estado do EU Pai Crítico Positivo? 
6. Quais os benefícios do estado do Eu Pai Crítico Positivo? Por quê? 
7. Quando utilizar o estado do Eu Pai Crítico Positivo? 
8. Explique o estado do EU Pai Crítico Negativo? 
9. Quais os benefícios do estado do Eu Pai Crítico Negativo? 
10. Quando utilizar o estado do Eu Pai Crítico Negativo? Por quê? 
11. Explique o estado do EU Pai Nutritivo Positivo? 
12. Quais os benefícios do estado do Eu Pai Nutritivo Positivo? 
13. Quando utilizar o estado do Eu Pai Nutritivo Positivo? Por quê? 
14. Explique o estado do EU Adulto? 
15. Quais os benefícios do estado do Eu Adulto? 
16. Quando utilizar o estado do Eu Adulto? Por quê? 
17. Explique o estado do EU Criança Adaptada Submissa? 
18. Quais os benefícios do estado do Eu Criança Adaptada Submissa? 
19. Quando utilizar o estado do Eu Criança Adaptada Submissa? Por quê? 
20. Explique o estado do EU Criança Adaptada Rebelde? 
21. Quais os benefícios do estado do Eu Criança Adaptada Rebelde? 
22. Quando utilizar o estado do Eu Criança Adaptada Rebelde? Por quê? 
23. Explique o estado do EU Criança Criativa ou Pequeno Professor? 
24. Quais os benefícios do estado do Eu Criança Criativa ou Pequeno Professor? 
25. Quando utilizar o estado do Eu Criança Criativa ou Pequeno Professor? Por quê? 
26. Quando que o estado do eu Criança Criativa ou Pequeno Professor é negativo? 
27. Explique o que é transação complementar ou paralela? 
28. Quais os benefícios da transação complementar ou paralela? 
29. Explique o que é transação cruzada? 
30. Quais os benefícios da transação cruzada? 
31. Explique o que é transação ulterior? 
32. Quais os benefícios da transação ulterior? 
33. Quando um cliente age no estado do eu Pai Crítico Positivo, que estado(s) do EU 
você ativaria para se relacionar com essa pessoa? 
34. Quando um cliente age no estado do eu Pai Crítico Negativo, que estado(s) do EU 
você ativaria para se relacionar com essa pessoa? 
35. Quando um cliente age no estado do eu Adulto, que estado(s) do EU você ativaria 
para se relacionar com essa pessoa? 
36. Quando um cliente age no estado do eu Pequeno Professor (manipulação), que 
estado(s) do eu você ativaria para se relacionar com essa pessoa? 
37. Ao visitar um cliente novo, quais estados do EU você acredita serem mais 
produtivos para abrir o relacionamento? Justifique sua resposta? 
38. Qual(s) o(s) estado(s) do EU você ativaria para treinar um PG que acabou de sair do 
CTH? Justifique sua resposta? 
39. Qual(s) o(s) estado(s) do Eu você ativaria para agir com um colaborador que utiliza 
o Pequeno Professor para manipular? Justifique sua resposta? 
 
 
15 
Bibliografia 
 
Berne, Eric: 
Análise Transacional em Psicoterapia. Summus, SP, 1981 
Estrutura e Dinâmica de Organizações e Grupos. Ed. UNAT-BR 
Os Jogos da Vida. Artenova, 1977 
Princípios do Tratamento de Grupo. Ed. UNAT-BR 
Sexo e Amor. Ed. Olympio, Rio, 1976 
O Que Você Diz Depois de Dizer Olá?. Nobel SP, 1988 
Teoria Básica: 
Woolams, Stanley, Michael Brown, and Kristyn Huige. Manual Completo de 
Análise Transacional. Ed Cultrix, São Paulo, 1979. 
Kertész, Roberto. Análise Transacional ao Vivo. Ed. Summus Editorial, São Paulo, 
1987 
Textos complementares: 
James, Muriel e Jongeward. Nascido para Vencer. Ed Brasiliense, São Paulo, 15ª 
ed., 1986 
Steiner, Claude. Os Papéis que Vivemos na Vida. Ed. Artenova 1976 
Harris, Thomas. I´m OK - You are OK. Harper & Row, New York, 1967 
Goulding, Mary e Goulding, Robert. Ajuda-te pela Análise Transacional. Ed. Ibrasa, 
São Paulo, 1985 
Caracushansky, Sofia Rozzanna. Curso Avançado de Análise Transacional - Ed 
Assertiva 
http://monicalevi.vilabol.uol.com.br/ConceitosAT.htmhttp://www.eps.ufsc.br/disserta99/berger/cap4.html 
http://www.josesilveira.com/novosite/index.php?option=com_content&task=view&i
d=21&Itemid=33

Mais conteúdos dessa disciplina