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Textos de Anatomia Humana

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IAP – FACULDADE ADVENTISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTOS DE ANATOMIA HUMANA 
1º bimestre – 2009 
 
 
 
Curso: ENFERMAGEM – 1º ano 
 
 
Disciplina: Anatomia Humana 
 
Professora: Sandra Regina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2009 
 
 
 2 
 ÍNDICE 
 
 
1. Introdução ao estudo da Anatomia Humana......................................... 03 
2. Sistema Esquelético................................................................................. 06 
3. Sistema Articular...................................................................................... 15 
4. Sistema Muscular..................................................................................... 20 
5. Sistema Circulatório – coração................................................................ 27 
6 Sistema Circulatório – vasos sanguíneos........................................... 35 
7. Sistema Circulatório – circuitos sanguíneos.......................................... 44 
8. Sistema Linfático...................................................................................... 46 
9. Sistema Respiratório................................................................................ 50 
10. Referências bibliográficas........................................................................ 61 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
IAP - ENFERMAGEM – 1º ano - 2009 
disciplina: ANATOMIA HUMANA - Profª. Sandra Regina Stabille 
 
TEXTO No 01 – Introdução ao estudo da Anatomia Humana 
 
I - POSIÇÃO ANATÔMICA 
 Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições do corpo humano ou mesmo descrições 
diferentes para uma mesma estrutura, optou-se por adotar uma posição padrão do corpo humano, a 
partir da qual os estudos anatômicos são realizados. Esta posição denomina-se POSIÇÃO 
ANATÔMICA. Nela o indivíduo deve ser imaginado em pé, ereto, com a face voltada para frente, 
o olhar dirigido para o horizonte, membros superiores estendidos ao longo do tronco e com as 
palmas das mãos voltadas para frente, os membros inferiores unidos, com as pontas dos pés 
dirigidas para frente. Todas as descrições em anatomia são realizadas a partir de um indivíduo em 
posição anatômica. 
 
II – NOMENCLATURA ANATÔMICA (NOMINA ANATOMICA) 
 A nomenclatura anatômica representa a padronização dos termos utilizados para nomear as 
estruturas que constituem o corpo humano, ou seja, representa a nomenclatura anatômica oficial 
adotada internacionalmente. A padronização dos termos anatômicos se fez necessária para evitar 
que uma mesma estrutura recebesse diversos e diferentes nomes e para estabelecer critérios para a 
denominação das estruturas do corpo. De modo geral, pelas regras da nomina, os termos devem ser 
informativos, ou seja, devem fornecer ao leitor uma idéia sobre todos ou alguns dos seguintes itens: 
localização, formato, tamanho, função das estruturas, entre outros. A nomina oficial é redigida em 
latim, mas é permitida a cada país a versão dos termos para a língua oficial. Também de acordo com 
a nomina os epônimos (estruturas com nomes de pessoas) devem ser abolidos. De tempos em 
tempos, a nomina é revisada e atualizada por um comitê internacional. A última revisão publicada 
da nomina anatomica foi feita no ano 2000. 
 
II - PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO 
Para localizar os diferentes órgãos que constituem os sistemas do corpo humano e dos demais 
animais foi necessário estabelecer padrões de referências para orientação e descrição dos órgãos no 
espaço, no caso o corpo humano ou de outro animal. Os padrões que servem de referência para a 
localização são denominados de planos de delimitação e de secção do corpo . 
 
 1) - PLANOS DE DELIMITAÇÃO DO CORPO: 
 É possível traçar paredes imaginárias interligadas que passam tangentes à superfície do 
corpo humano como se fossem as "lâminas" ou paredes de um paralelepípedo (como se o sujeito 
estivesse em posição anatômica, dentro de uma caixa retangular). Cada uma dessas lâminas ou 
paredes é um plano de delimitação do corpo humano. São elas: 
 1.a. – Plano ventral ou anterior - corresponde à "parede" vertical que passa tangente ao 
ventre ou parte anterior do nosso corpo (na caixa seria a parte da frente); 
 1.b. - Plano dorsal ou posterior - corresponde à "parede" vertical que passa tangente à 
superfície do dorso ou da parte de trás do nosso corpo (na caixa seria a parede de trás); 
 1.c. – Planos laterais direito e esquerdo - correspondem às "paredes" verticais que passam 
tangentes às superfícies dos lados direito e esquerdo do corpo, respectivamente (seriam os lados da 
caixa); 
 1.d. – Plano cranial ou superior - corresponde à "parede" horizontal que passa tangente à 
porção superior da cabeça (seria o teto da caixa); 
 1.e. – Plano inferior ou podálico (caudal) - corresponde à "parede" horizontal que passa 
tangente aos pés, ou seja, a “sola dos pés” (seria o chão da caixa). 
 
 4 
II – LINHA MEDIANA DO CORPO 
Corresponde a uma linha imaginária longitudinal (vertical) que passa no “meio” ou centro do 
corpo ou de um segmento do corpo ou de um órgão do corpo. 
 
III -PLANOS DE SECÇÃO ou de CORTE DO CORPO 
Para o estudo do corpo humano ou de seus componentes, é necessária a realização de cortes 
para visualização das estruturas internas. Assim, os cortes também são padronizados e recebem 
denominações. 
1) Plano de secção frontal (coronal): é o corte que permite obter um segmento ou “pedaço” 
anterior e outro posterior. 
2) Plano de secção transversal: é o corte que permite a obtenção de um segmento superior e outro 
inferior. 
3) Plano de secção sagital mediano: é o corte que permite a obtenção de um segmento direito e 
outro esquerdo de mesmo tamanho. Para isso o corte é realizado ao longo da linha mediana do 
corpo, ou seja, bem ao meio do corpo (no sentido do eixo longitudinal) ou bem ao meio de um 
órgão ou outro de componente do corpo. Neste caso, cada uma das partes obtidas é denominada 
ANTÍMERO (antímero direito e antímero esquerdo). 
4) Plano de secção sagital (ou cortes paramedianos): é o corte que permite a obtenção de um 
segmento direito e outro esquerdo. Contudo, neste corte, os segmentos obtidos não possuem o 
mesmo tamanho e, portanto, não são denominados antímeros. 
 
IV - TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO 
 Nas descrições das estruturas e órgãos do corpo, são utilizados termos que relacionam estas 
estruturas e órgãos aos planos e eixos do corpo humano, fornecendo-nos, assim, uma idéia da 
localização, posição e direção dos mesmos dentro do corpo. Os termos mais utilizados são: 
 1) - mediano (a) - é toda a estrutura que se localiza na linha mediana do corpo (linha 
vertical que passa exatamente no centro do corpo), ou seja, é a estrutura ou órgão cuja localização 
coincide com a localização da linha mediana. Exemplo: localização do osso esterno no corpo; 
localização do nariz na face. 
 2) - lateral - estrutura ou órgão que tem localização afastada da linha mediana, ou seja, tem 
localização mais próxima dos planos laterais direito ou esquerdo. Exemplo: na cavidade torácica, o 
pulmão é lateral em relação ao coração. 
 3) - medial - estrutura ou órgão que tem localização próxima à linha mediana, ou seja, 
distante dos planos laterais; Este termo não deve ser confundido com o termo mediano. Exemplo: O 
olho é medial em relação ao nariz e em relação à orelha. 
 4) - intermédio (a) - estruturaou órgão localizado entre outros dois, onde um é lateral e o 
outro é medial; 
 5) - ventral ou anterior - estrutura ou órgão com localização mais próxima ao plano ventral 
ou anterior. (ventral ou anterior = “na frente”); 
 6) - dorsal ou posterior - estrutura ou órgão com localização mais próxima ao plano dorsal 
ou posterior. (dorsal ou posterior = “atrás”) 
 7) - cranial ou superior - estrutura ou órgão com localização mais próxima do plano cranial 
ou superior; (cranial ou superior = “acima”) 
 8) - podálico, caudal ou inferior - estrutura ou órgão com localização mais próxima do 
plano podálico ou inferior; (podálico, caudal ou inferior = “abaixo”) 
 9) - média (o) - estrutura ou órgão localizado entre um ventral e outro dorsal, ou estrutura 
localizada entre uma anterior e outra posterior, ou ainda, estrutura localizada entre uma superior 
(cranial) e outra inferior (caudal); 
 5 
 10) - proximal e distal - termos utilizados, geralmente, para os membros superior e inferior. 
Indicam, respectivamente, as estruturas mais próximas e mais distantes (longes) das raízes dos 
membros superior e inferior; são sinônimos dos termos superior e inferior; 
 11) - interno(a) - situação de uma região ou de uma parte de uma estrutura ou de um órgão 
voltada para o interior de uma cavidade; 
 12) - externo(a) - situação da parte voltada para o exterior (lado de fora) de uma cavidade. 
 
OBSERVAÇÃO: 
Os termos lateral, intermédio, medial e mediano são utilizados para situar uma estrutura em relação 
aos planos de delimitação laterais direito e esquerdo; 
Os termos superior ou cranial, inferior ou caudal e médio são utilizados para situar uma estrutura 
em relação aos planos de delimitação superior (cranial) e inferior (caudal), e em se tratando de 
componentes dos membros superior e inferior utilizam-se os termos proximal, médio e distal; 
Os termos anterior ou ventral, posterior ou dorsal e médio são utilizados para situar uma estrutura 
em relação aos planosde delimitação posterior (dorsal) e anterior (ventral). 
 
V - CONCEITOS DE NORMAL, VARIAÇÃO, ANOMALIA E MONSTRUOSIDADE 
 1) - normal - em anatomia representa a forma mais bem adaptada à uma função, e que 
ocorre com maior freqüência na população. Ex: ter cinco dedos. 
 2) - variação - é toda a alteração (desvio) na forma, localização, trajeto, etc., de um órgão ou 
de uma estrutura que não acarreta prejuízo à função. Ex:ter o tamanho do háluz ( “dedão” do pé) 
menor do que o tamanho dos demais dedos do pé. 
 3) - anomalia - é toda alteração na forma, localização, trajeto, etc., de um órgão ou de uma 
estrutura que resulta um prejuízo à função. Esta alteração, no entanto, é compatível com a vida e, 
muitas vezes, pode ser corrigida. Ex; fissura lábio-palatal (“lábio leporino”) 
 4) - monstruosidade - é toda alteração de forma, localização, etc., de estruturas do corpo e 
que é incompatível com a vida (é letal). Ex; anencefalia (nascer sem o encéfalo). 
 
VI - DIVISÃO DO CORPO HUMANO: 
 
1. cabeça e pescoço 
 
 
 . tórax 
 
2. tronco 
 
 abdome 
 
 raiz ombro 
3. membro superior 
 braço 
 parte livre antebraço 
 mão 
 
 raiz quadril 
 4. membro inferior 
 coxa 
 parte livre perna 
 pé 
 
 
 
 
 6 
TEXTO N º 02 - SISTEMA ESQUELÉTICO 
 
I - ESQUELETO 
Definição: O esqueleto representa o conjunto de ossos e de cartilagens que se interligam para 
formar o arcabouço do corpo do indivíduo, desempenhando várias funções. 
 
II - FUNÇÕES DO ESQUELETO 
1. Proteção para certos órgãos como, por exemplo: a caixa torácica aloja e protege o 
coração, os pulmões, o esôfago, etc.; a caixa craniana aloja e protege o encéfalo, que faz parte do 
Sistema Nervoso Central; a pelve óssea aloja e protege a beixa, parte do intestino grosso, vasos 
sangüíneos, útero, etc. Portanto, o esqueleto tem função de proteção porque alguns de seus ossos 
formam caixas ósseas que alojam (guardam) órgãos de outros sistemas do corpo, protegendo-os 
contra agressões vindas do meio externo. 
2. Sustentação de partes moles do corpo: no esqueleto prendem-se os músculos, os 
ligamentos, etc. 
3. Armazenamento de sais minerais: o esqueleto armazena no interior de seus ossos, 
principalmente, sais de cálcio e de fósforo. 
4. Locomoção: auxilia nos movimentos do corpo, juntamente com as articulações e com a 
musculatura. O esqueleto é elemento passivo no movimento. 
5. Produção de células do sangue: produz células do sangue como as hemácias ou glóbulos 
vermelhos, os leucócitos ou glóbulos brancos e as plaquetas. Essa função deve-se ao fato de no 
interior dos ossos existir um tecido chamado medula óssea (tecido mielóide) que tem capacidade 
hematopoiética. A capacidade de produzir células do sangue denomina-se hematopoiética. 
6. Armazenamento de gordura: no interior de muitos ossos há gordura armazenada. 
 
III - SUBSTÂNCIAS ÓSSEAS. 
 
De acordo com a arquitetura ou distribuição espacial das estruturas que compõem o tecido 
ósseo, podemos identificar nos ossos do corpo dois tipos diferentes de substâncias ósseas: 
1. Substância óssea esponjosa: os elementos do tecido ósseo arranjam-se de maneira a 
formar septos ósseos (lamínulas ósseas) que delimitam diminutos espaços (poros), os quais 
conferem ao osso um aspecto poroso semelhante à uma esponja; 
2. Substância óssea compacta: os elementos do tecido ósseo arranjam-se de maneira densa, 
formando lamelas ósseas concêntricas que não deixam espaços entre si, conferindo, assim, ao osso 
um aspecto compacto e maciço. 
OBSERVAÇÃO: os ossos do esqueleto são constituídos externamente (na parte 
superficial) por camadas de substância óssea compacta e, internamente, por substância óssea 
esponjosa. 
 
IV - MEMBRANAS DE REVESTIMENTOS DOS OSSOS 
Externamente, os ossos são revestidos (forrados) por membrana de tecido conjuntivo 
denominada periósteo. 
1. Periósteo: é uma membrana dupla de tecido conjuntivo que reveste a superfície externa 
dos ossos, exceto as superfícies articulares. Por ser dupla, possui, portanto, um folheto externo e 
outro interno o qual fica em contato com a superfície óssea. O periósteo é formado por tecido 
conjuntivo. É denso, bastante inervado e vascularizado. As terminações musculares e alguns 
ligamentos prendem-se no periósteo. 
 Alguns dos tipos de células do tecido conjuntivo do periósteo, quando estimuladas por 
pressão mecânica ou por lesão, assumem aparência de células ósseas (osteoblastos) com capacidade 
 7 
de formar novo tecido ósseo, atividade esta denominada osteogênica. Participa, portanto, do 
crescimento em espessura de um osso, da remodelação e da reparação do osso por ocasião de 
fraturas. 
Atividade osteogênica = capacidade de produzir (“fabricar”) tecido ósseo. 
 
V - PREENCHIMENTO DAS CAVIDADES E POROS DO INTERIOR DE UM OSSO 
Todos os espaços presentes no interior de um osso, inclusive os poros (BURAQUINHOS) 
da substância óssea esponjosa, são preenchidos por um tecido mielóide que recebe o nome de 
medula óssea. A medula óssea pode ser de dois tipos: 
1. Medula óssea vermelha: é rica em vasos sangüíneos. É responsável pela produção de 
células do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas). Esta capacidade de produção de células do 
sangue denomina-se capacidade hematopoética. Ao nascimento, a medula óssea vermelha está 
presente, preenchendo os espaços internos da maioriados ossos. No adulto, sua localização 
restringe-se aos espaços presentes no interior das costelas, vértebras, epífises dos ossos longos, 
ossos do crânio, osso esterno e osso ílio. A medula óssea vermelha é a medula óssea ativa, isto é, 
aquela capaz de produzir células do sangue. 
2. Medula óssea amarela: representa a medula óssea vermelha que se tornou inativa e rica 
em gordura. É a medula óssea vermelha que recebeu, com o desenvolvimento do esqueleto, 
deposição de gordura. É inativa na produção de células do sangue, podendo, quando requisitada, 
transformar-se em vermelha. No adulto, está presente preenchendo os espaços internos da maioria 
dos ossos e servindo como reservatório de gordura no esqueleto. 
 
VII - NÚMERO DE OSSOS 
O esqueleto de um indivíduo adulto e normal apresenta 206 ossos. 
 
VIII - DIVISÃO DO ESQUELETO e OSSOS DO ESQUELETO 
O esqueleto está dividido em duas partes: esqueleto axial e esqueleto apendicular. 
Denomina-se ESQUELETO AXIAL o conjunto de ossos presente na cabeça, pescoço e no 
tronco. Representa o eixo central de nosso esqueleto. 
Denomina-se ESQUELETO APENDICULAR o conjunto de ossos presente nos membros 
superior e inferior. Representa “apêndices” que se ligam ao esqueleto axial. 
Os ossos presentes nas diferentes regiões do corpo estão listados abaixo. 
1. CABEÇA 
 1.a. crânio: 
 ossos ímpares: frontal, occipital, esfenóide e etmóide 
 ossos pares: parietais e temporais 
 1.b. face: 
 ossos ímpares: mandíbula e vômer; 
 ossos pares: nasais, lacrimais, maxilas, palatinos, zigomáticos e conchas nasais inferiores. 
 
2. PESCOÇO E TRONCO 
 2.a. coluna vertebral: 
 07 vértebras cervicais, 12 vértebras torácicas, 05 vértebras lombares, osso sacro e osso 
 cóccix. 
 2.b. caixa torácica: 
 osso esterno e 12 pares de costelas. 
 2.c. osso hióide. 
3. MEMBRO SUPERIOR 
 3.a. ombro: 
 8 
 ossos escápula e clavícula, denominados em conjunto como cíngulo do membro 
superior (cintura escapular). 
 3.b. braço: 
 osso úmero 
 3.c. antebraço: 
 ossos rádio e ulna 
 3.d. mão: 
 ossos do carpo, do metacarpo (ossos metacarpais) e falanges. 
 
4. MEMBRO INFERIOR 
 4.a. quadril: 
 osso do quadril. O referido osso forma o cíngulo do membro inferior (cintura pélvica) 
com o osso correspondente do antímero oposto. 
 4.b. coxa: 
 osso fêmur 
 4.c. joelho: 
 osso patela 
 4.d. perna: 
 ossos tíbia e fíbula. 
 4.e. pé: 
 ossos do tarso, do metatarso (ossos metatarsais) e falanges. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esqueleto 
 
 
 
 IX - CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS 
Os ossos do esqueleto podem ser classificados de acordo com vários critérios. Dentre eles 
destacam-se os ossos longos e os ossos pneumáticos. 
l. Osso longo: é o osso no qual o comprimento predomina sobre a largura e a espessura. 
Todos os ossos longos possuem duas extremidades (pontas) denominadas EPÍFISES, e uma região 
intermediária denominada DIÁFISE. Como a maioria dos ossos longos localiza-se nos membros, 
uma das epífises é dita proximal e a outra é distal. Além disso, a diáfise do osso longo apresenta no 
 
 
 
Esqueleto apendicular 
 
Esqueleto 
axial 
 9 
seu interior, e por toda sua extensão, um canal (túnel) denominado CAVIDADE MEDULAR - 
preenchido por medula óssea. 
Nos ossos longos de indivíduos que não completaram o crescimento, entre cada epífise e o 
corpo do osso (diáfise), existe um disco de cartilagem hialina denominado CARTILAGEM 
EPIFISÁRIA, também conhecido como cartilagem epifisial, disco epifisial ou cartilagem de 
crescimento. A referida cartilagem permite o crescimento do osso longo em comprimento. 
O osso longo cessa seu crescimento em comprimento quando a cartilagem epifisária for 
totalmente substituída por tecido ósseo (calcificação); 
 
2. Osso pneumático: é todo o osso que apresenta uma ou mais cavidades no seu interior, 
revestidas por mucosa e preenchidas por ar. Estes ossos estão localizados na cabeça e suas 
cavidades constituem os seios paranasais. São pneumáticos os ossos maxilas, temporais, frontal, 
etmóide e esfenóide; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
X - COLUNA VERTEBRAL 
 Representa a parte do esqueleto axial localizada, mediana e posteriormente, no pescoço e no 
tronco. A coluna possui um canal ósseo chamado CANAL VERTEBRAL, que aloja a medula 
espinal, protegendo-a. 
1. CONSTITUIÇÃO: é formada por 24 vértebras pré-sacras (7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 
lombares) e pelos ossos sacro e cóccix. 
 O osso sacro é resultante da fusão de 5 vértebras sacrais e o osso cóccix, pela fusão de 3 a 5 
vértebras coccígeas. 
2. FUNÇÕES: aloja e protege a medula espinal e suas raízes nervosas. Confere pontos de inserções 
(fixações) para alguns músculos do tronco. Participa da movimentação do tronco. Auxilia a 
sustentação da cabeça, do tronco e dos membros superiores. 
3. COMPRIMENTO: 70 cm aproximadamente no homem; e cerca de 60 cm na mulher. 
4. FORMATO: na fase de vida intra-uterina, a coluna vertebral é toda côncava anteriormente. 
Após o nascimento assume a forma de uma letra "S", com 04 (quatro) curvaturas normais: 
 4.a. lordose cervical (curvatura cervical): possui concavidade posterior; 
 4.b. cifose torácica (curvatura torácica): possui concavidade anterior; 
 4.c. lordose lombar (curvatura lombar): possui concavidade posterior; 
 4.d. cifose sacral (curvatura sacro-coccígea): possui concavidade anterior. 
 
Osso longo 
Epífise distal 
diáfise 
Epífise proximal 
 
Osso esfenóide 
Osso etmóide 
Exemplos de ossos pneumáticos 
Osso maxila 
Osso frontal 
 10 
 Sob a influência de vários fatores, inclusive postura errada, as curvaturas da coluna 
vertebral podem se acentuar resultando em desvios patológicos de coluna que podem comprimir 
raízes dos nervos espinais. Os desvios patológicos são: 
 - hipercifose: curvaturas primárias acentuadas. 
 - hiperlordose: curvaturas secundárias acentuadas. 
 - escoliose: desvio lateral da coluna vertebral. 
5.FORAMES INTERVERTEBRAIS: são orifícios presentes lateralmente (de cada lado) ao longo 
da coluna vertebral. Fornecem passagens aos nervos espinais (nervos conectados com a medula 
espinal) e vasos sanguíneos. São visíveis na coluna vertebral articulada. 
6. CANAL VERTEBRAL: é um longo túnel ósseo delimitado por estruturas vertebrais que se 
estende da 1a VC até ao sacro. Aloja e protege a medula espinal e seus envoltórios (meninges), bem 
como as raízes nervosas (nervos espinais) conectadas à medula espinal. Este canal é visível apenas 
na coluna vertebral articulada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
f 
 
 
Lordose cervical = curvatura secundária 
Cifose torácica = curvatura primária 
Lordose lombar = curvatura secundária 
Cifose sacral = curvatura primária 
7 vértebras 
cervicais (VC) 
12 vértebras 
torácicas (VT) 
5 vértebras 
lombares (VL) 
5 vértebras sacrais 
= osso sacro 
Osso cóccix 
Forame intervertebral 
VISTA LATERAL DA COLUNA 
VERTEBRAL - 
 
Processo 
espinhoso 
Corpo da 
vértebra 
Incisura 
vertebral 
Vértebra – vista lateral 
 
Processo 
espinhoso 
Corpo da vértebra 
Processo 
transverso 
Forame 
vertebral 
Vértebra – vista superior 
 11 
XII - CAIXA TORÁCICA 
 É um arcabouço ósseo, de volume variável, presente no tronco e que aloja e protege órgãos 
como o coração, pulmões, esôfago, etc. Participa da mecânica respiratória. 
1. CONSTITUIÇÃO: É formada pelo osso esterno, por 12 pares de costelas e respectivas 
cartilagenscostais e por 12 vértebras torácicas. 
 
2. OSSO ESTERNO: 
 2.a. - Localização: anteriormente no tronco, coincidente com a linha mediana do corpo. 
 2.b Divisões (partes): é constituído por 3 peças ósseas articuladas entre si, são elas: 
manúbrio (é superior), corpo (é médio) e processo xifóide (é inferior). 
 
3. COSTELAS: (12 pares) 
 3.a. – Extremidades ( = pontas): cada costela possui 2 extremidades a saber: 
 - Extremidade esternal: é achatada e anterior. Articula a costela, por meio da cartilagem 
costal, ao osso esterno. 
 - Extremidade vertebral: é volumosa e posterior. Articula a costela com as vértebras 
torácicas. 
 3.b- Cartilagem costal: é cartilagem hialina que serve para articular as costelas ao osso 
esterno. Essas cartilagens podem sofrer calcificação gradativa após os 40 anos de idade, reduzindo a 
capacidade de aumentar ou diminuir o volume da cavidade torácica. 
 
3.c. - Classificação das costelas: classificamos as costela quanto à articulação com o osso 
esterno como mencionado a seguir. 
3.c.1.Classificação das costelas quanto ao modo de articulação com o osso 
esterno: 
 - Costelas verdadeiras: são aquelas que se articulam com o osso esterno diretamente 
através da cartilagem costal, ou seja, para cada costela verdadeira existe uma cartilagem costal e 
uma incisura costal correspondentes. São costelas verdadeiras da 1a à 7a costelas; 
 - Costelas falsas: são aquelas que se articulam indiretamente, por meio da cartilagem costal, 
ao osso esterno. Suas respectivas cartilagens costais ligam-se, primeiramente, às cartilagens costais 
suprajacentes. São costelas falsas as 8a, 9a e 10a costelas; 
 - Costelas flutuantes: são aquelas que não se articulam com o osso esterno. Estão ligadas 
apenas às vértebras torácicas. São flutuantes as 11a e 12a costelas. 
 
4 CONSIDERAÇÕES GERAIS: 
 A abertura superior da caixa torácica tem forma de rim (reniforme) medindo 
aproximadamente 10 cm de diâmetro transversal e 5 cm de diâmetro sagital e é bem menor do que a 
abertura inferior. 
 Na mulher, a caixa torácica é mais arredondada e curta, as costelas são mais oblíquas e a 
capacidade (volume) torácica é menor. 
 Os movimentos do tórax aumentam e diminuem a capacidade torácica umas 20 vezes por 
minuto durante a respiração tranqüila. O movimento das costelas é comparável ao movimento de 
levantamento e abaixamento da "alça de um balde". A elevação das costelas aumenta a largura 
torácica e desloca anteriormente o osso esterno, aumentando a profundidade torácica. Esses 
movimentos são permitidos pela elasticidade da cartilagem costal e pelas articulações das costelas 
com as vértebras torácicas 
 
 
 
 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XIII - ESQUELETO APENDICULAR 
 
ESQUELETO APENDICULAR - MEMBRO SUPERIOR 
 
1.Constituição: o membro superior é constituído pelo ombro, braço, antebraço e mão. 
 ombro: formado pelos ossos escápula e clavícula. O conjunto desses ossos forma o cíngulo do 
membro superior (cintura escapular) que representa a raiz do membro superior que prende o 
membro ao tronco. No ombro a escápula tem localização posterior e a clavícula ocupa posição 
anterior; 
 braço: osso úmero; 
 antebraço: ossos rádio e ulna. No antebraço o rádio ocupa posição lateral e a ulna posição 
medial; 
 mão: ossos do carpo (localizados na região do “pulso”), metacarpo (situado na palma da mão) e 
falanges dos dedos. 
 
2 - MÃO (carpo, metacarpo e falanges dos dedos) 
 
2.1.Ossos carpais (ossos da região do carpo): 
 A região do carpo é formada por 8 ossos curtos dispostos em 2 fileiras (fileiras proximal e 
distal) contendo, cada uma, 4 ossos. 
 .a. fileira proximal: no sentido látero-medial, é constituída pelos ossos escafóide, 
semilunar, piramidal e pisiforme. 
 b. fileira distal: no sentido látero-medial, possui os ossos: trapézio, trapezóide, capitato e 
uncinado (hamato). 
 A fileira proximal articula-se com o rádio e a distal, com os ossos metacarpais (articulação 
carpometacárpica). 
OBS: as fileiras articulam-se entre si. 
 
2.2. Ossos metacarpais (ossos da região do metacarpo) 
 
LEGENDA 
1. Componentes da caixa torácica 
-Osso esterno : A = manúbrio do osso esterno 
 B = corpo do osso esterno 
 C = processo xifóide do osso esterno 
-Vértebras torácicas (12 vértebras) 
-12 pares de costelas 
 
2. Classificação das costelas segundo o modo de 
união ao osso esterno: 
Costelas verdadeiras = costelas 1, 2, 3, 4, 5, 6, e 7; 
Costelas falsas = costelas 8, 9 e 10; 
Costelas flutuantes = costelas 11 e 12. 
 
3. Outras estruturas da caixa torácica: 
D = cartilagens costais 
Costelas 
flutuantes 
(11ª e 12ª) 
Abertura 
superior da 
caixa torácica 
B 
C 
D 
A 
clavícula 
D 
D 
Vértebras torácicas 
 13 
 São 5 ossos longos localizados na região da palma da mão. São numerados, no sentido 
látero-medial, em metacarpais I, II, III, IV, V. Os metacarpais articulam-se com os ossos da fileira 
distal do carpo e com as falanges proximais dos dedos (articulação metacarpofalângicas). 
 
2.3.Ossos dos dedos (falanges): 
 Os dedos são constituídos por ossos longos denominados falanges. Cada dedo possui 
falanges proximal, média e distal. O dedo polegar representa uma exceção, pois possui apenas as 
falanges proximal e distal. As falanges além de se articularem com os metacarpais, articulam-se, 
também, entre si (articulação interfalângica). 
 
XVI -ESQUELETO APENDICULAR - MEMBRO INFERIOR 
 
1. Constituição: o membroi inferior é formado pelo quadril, coxa (incluindo joelho), perna e pé. 
1.a. região do quadril.: possui os ossos do quadril direito e esquerdo. O conjunto destes 
dois ossos constituem o cíngulo do membro inferior (cintura pélvica) ; 
1.b. coxa:.osso fêmur; 
1.c. região do joelho: osso patela; 
1.d. perna: ossos tíbia e fíbula; 
1.e. pé: ossos do tarso, metatarso e dedos 
 
2. Cíngulo do membro inferior - OSSO DO QUADRIL 
 O cíngulo do membro inferior representa a raiz do membro inferior, ou seja, a ligação do 
membro inferior com o tronco. Suporta o peso do corpo. É formado pelo osso do quadril direito e 
osso do quadril esquerdo 
 Cada osso do quadril é uma peça óssea única resultante da fusão de 3 peças ósseas. Estas são 
denominadas ossos ílio, ísquio e púbis. Estas peças fundem-se em nível de uma região denominada 
de acetábulo e seus acidentes ósseos recebem nomes relacionados às referidas peças. 
 
3. Coxa - OSSO FÊMUR é o maior osso do corpo. O osso fêmur se articula com o osso do quadril 
(articulação coxo-femoral) na região proximal e com o osso tíbia (da perna) na região distal. 
 
4. Joelho – OSSO PATELA 
 É um osso curto. Tem forma triangular, com base superior e ápice inferior. 
 A patela é móvel e serve para aumentar a ação de alavanca dos músculos que retificam o 
joelho. 
 
5. - Perna – OSSOS TÍBIA E FÍBULA 
 Encontramos medialmente na perna o osso tíbia e, lateralmente, o osso fíbula. A tíbia pode 
ser palpada anteriormente na perna em toda sua extensão, ao passo que a fíbula é palpável apenas 
no 1/3 inferior da perna. 
 
6- PÉ (tarso, metatarso e dedos) 
É composto pelas regiões do tarso, metatarso e dedos. Cada região possui ossos. 
 6.1.TARSO: esta região é constituída por sete ossos curtos: calcâneo, tálus, cubóide, navicular, 
cuneiformes medial, intermédio e lateral. 
 
 6.2.METATARSO: esta região é constituída por cinco ossos longos localizados na "planta" do pé. 
São numerados a partir do hálux ("dedão" do pé) em metatarsais I, II, III, IV, V. 
 
 6.3.DEDOS: os dedos do pé estão constituídos por ossos longos denominados de falanges. Cada 
dedo possui falanges proximal, média e distal. O hálux apresenta apenas falanges proximal e 
distal. 
 14XVII- PELVE ÓSSEA 
 
 Representa uma caixa óssea ligeiramente cilíndrica que suporta o peso do tronco e o 
transmite para o osso fêmur (posição ereta) ou para o túber isquiático do osso do quadril (posição 
sentada). Além disso, aloja e protege órgãos como o útero, vagina, próstata, uretra, bexiga, parte do 
intestino, etc. 
1.Constituição: é formada pelo osso sacro, osso cóccix e pelos ossos do quadril direito e esquerdo. 
2.Divisão: 
 2.a.pelve maior ou falsa: corresponde à parte inferior da cavidade abdominal ou região 
superior da pelve óssea. É limitada lateralmente pelas asas do osso ílio; 
 2.b.pelve menor ou verdadeira: corresponde à cavidade pélvica propriamente dita. É a 
parte inferior da pelve óssea, limitada pelos ossos ísquio, púbis, restante do osso ílio, ossos sacro e 
cóccix. Limita o canal do parto. 
 Possui duas aberturas: 
 - abertura superior: margem representada pelo promontório e linha arqueada do osso do 
quadril. 
 - abertura inferior: linha imaginária que passa pelo cóccix, espinha isquiática e arco 
púbico. 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
clavícula 
fíbula 
rádio ulna 
úmero Escápul;a 
 
tíbia 
patela 
fêmu
Osso do 
quadril 
Ossos tarsais 
Ossos metatarsais 
falanges 
Esqueleto apendicular 
Membro inferior 
 
Esqueleto apendicular 
Membro superior 
Ossos 
carpais 
Ossos 
metacarpais 
falanges 
ulna rádio 
Úmero 
clavícula 
Escápula 
Fíbula 
 15 
XVIII - ALGUMAS DIFERENÇAS SEXUAIS DA PELVE ÓSSEA 
 
 HOMEM MULHER 
- a pelve é mais pesada - a pelve é mais leve 
- os acidentes são mais acentuados acidentes menos acentuados 
- diâmetros menores - os diâmetros são maiores 
- cavidade pélvica mais profunda - cavidade pélvica mais rasa 
- paredes laterais oblíquas - paredes laterais mais retilínea 
- abertura superior mais estreita - abertura superior mais ampla 
- ângulo subpúbico mais agudo - ângulo subpúbico mais obtuso 
- osso sacro mais côncavo - osso sacro mais retilíneo 
- fossa do acetábulo maior - fossa do acetábulo menor 
- distância entre a espinha is- - a distância entre a espinha is- 
 quiática e o sacro é menor quiática e o sacro é menor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO Nº 03 
 
 SISTEMA ARTICULAR (estudo das articulações ou junturas) 
 
Definição de articulação: Articulação representa a união entre as peças que compõem o esqueleto, 
ou seja, união entre 2 ou mais ossos, entre ossos e cartilagens ou entre cartilagens. 
 
 CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES (tipos de articulações) 
 As articulações podem ser classificadas levando-se em consideração o tipo de união 
existente entre as peças do esqueleto e a natureza do tecido que promove a união. Assim temos: 
articulações fibrosas, articulações cartilagíneas e articulações sinoviais. 
 
1. ARTICULAÇÕES FIBROSAS 
1.1. Definição: são articulações nas quais as partes ósseas do esqueleto são unidas entre si por 
tecido conjuntivo. 
1.2. Tecido ou meio de união: O tecido de união presente na articulação fibrosa é o tecido 
conjuntivo fibroso, que estabelece uma solução de continuidade entre as peças participantes de 
articulação. 
1.3. Tipo de movimento proporcionado: São articulações imóveis, ou seja, não permitem 
movimentos entre os ossos que dela participam.. 
1.4. Subtipos de articulações fibrosas: De acordo com a quantidade de tecido conjuntivo fibroso 
presente na articulação fibrosa, podemos subdividi-la em subtipos denominados: sutura, 
sindesmose e gonfose. 
 
Osso do quadril 
esquerdo 
Osso do quadril 
direito 
Ossos sacro e 
cóccix 
Sínfise púbica 
Pelve óssea 
 16 
 a. Articulação fibrosa do sutipo sutura: neste subtipo existe pouco tecido conjuntivo 
unindo as partes ósseas, pois o espaço entre as partes é pequeno. É comum entre os ossos da cabeça. 
Exemplos: sutura escamosa (entre os ossos temporal e parietal); sutura sagital (entre os dois 
ossos parietais); sutura coronal (entre os ossos frontal e parietais); sutura lambdóide (entre os 
ossos parietais e occipital; etc. 
 
 b. Articulação fibrosa do subtipo sindesmose: é aquela que se caracteriza pela presença de 
muito tecido conjuntivo entre as partes ósseas envolvidas na articulação, pois o espaço existente 
entre as peças é amplo. Ex:. sindesmose tíbio-fibular ou membrana interóssea da perna, 
membrana interóssea do antebraço ou sindesmose rádio-ulnar. 
 
 c. Articulação fibrosa do subtipo gonfose: é especificamente a articulação do dente com 
seu respectivo alvéolo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS 
2.1. Definição: São as articulações que possuem como tecido de união presente entre as 
extremidades ósseas o tecido cartilaginoso, e que estabelece uma solução de continuidade entre as 
extremidades ósseas. 
2.2. Tecido ou meio de união: O tecido de união presente na articulação cartilagínea é o tecido 
cartilaginoso ou cartilagem, que estabelece uma solução de continuidade entre as peças 
participantes de articulação. 
2.3. Tipo de movimento proporcionado: São articulações imóveis, ou seja, não permitem 
movimentos entre os ossos que dela participam.. 
2.4. Subtipos de articulações cartilagíneas: De acordo com o tipo de tecido cartilaginoso ou de 
cartilagem presente na articulação cartilagínea, podemos subdividi-la em subtipos denominados: 
sincondrose e sínfise. Assim temos: 
 a. Articulação cartilagínea do subtipo sincondrose: neste subtipo, a cartilagem presente 
é de natureza hialina (cartilagem hialina). Ex: no osso esterno existe a articulaçào cartilagínea 
denominada sincondrose xifoesternal (unindo o processo xifóide ao corpo do osso esterno). 
 b. Articulações cartilagíneas do subtipo sínfise: neste subtipo, a cartilagem presente é de 
natureza fibrosa (fibrocartilagem). Ex: sínfise púbica (articulação anterior entre os dois ossos do 
quadril), sínfise intervertebral (articulação entre uma vértebra e outra). 
 A cartilagem da sínfise intervertebral é conhecida com o nome de “disco intervertebral”. 
O disco intervertebral apresenta na região central uma área de aspecto gelatinoso, denominada 
 
Sindesmose – membrana 
interóssea rádio-ulnar 
 
suturas 
gonfose 
 
 
 
Sindesmose – membrana 
interóssea tíbio-fibular 
 17 
núcleo pulposo. O núcleo pulposo serve para amortecer os impactos da coluna vertebral que podem 
ocorrer em diversas situações, tais como: marcha, corrida, salto, etc. 
 OBSERVAÇÕES: as articulações fibrosas e cartilagíneas podem, com o tempo, sofrer 
calcificação (ossificação), desaparecendo. Este processo é denominado de sinostose, e determina a 
perda de elasticidade da articulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. - ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
 São as mais numerosas do nosso corpo, e as que permitem maior mobilidade do esqueleto. 
 Neste tipo, não existe solução de continuidade entre as peças ósseas participantes, mas sim, 
solução de contiguidade. Em outras palavras, neste tipo de articulação os ossos não estão 
“grudados” um ao outro, entre eles permanece um pequeno espaço. 
3.2. Meio de união: O meio de união é representado por uma cápsula (igual a uma capa ou um saco 
aberto dos dois lados) que envolve as extremidades ósseas da articulação e depois se prende na 
superfície dos ossos, mantendo um espaço entre eles. 
3.3. Características gerais das articulações sinoviais: para ser classificada como articulação 
sinovial, a articulação deve apresentar: cápsula articular, cartilagem articular, sinóvia ou líquidosinovial e cavidade articular e ausência de periósteo nas extremidades ósseas envolvidas na 
articulação. 
 a. Cartilagem articular: é uma fina camada de cartilagem hialina que reveste (cobre) as 
superfícies ósseas participantes da articulação sinovial. Essas superfícies são desprovidas (não têm) 
de periósteo. A cartilagem articular não é vascularizada, ou seja, não possui vasos sanguíneos. 
 b. Cápsula articular: é uma membrana dupla de tecido conjuntivo que envolve as 
extremidades ósseas de uma articulação sinovial, unindo-as parcialmente e limitando uma cavidade 
no interior da articulação. É constituída por dois folhetos (folhetos interno e externo): 
 - folheto externo da cápsula articular: é denominado membrana fibrosa. É 
constituído por tecido conjuntivo rico em fibras. Confere resistência e proteção à articulação, bem 
como serve de local de inserção para ligamentos e músculos. É muito vascularizado e inervado. 
 - folheto interno da cápsula articular: é denominado de membrana sinovial; é 
constituído por tecido conjuntivo rico em células. É bastante vascularizado, e produz a sinóvia ou 
líquido sinovial. 
 
Articulação cartilagínea do 
sub-tipo sínfise: sínfise 
púbica 
 
Articulação cartilagínea do 
sub-tipo sincondrose: 
sincondrose esternal 
 
Articulação cartilagínea do 
sub-tipo sínfise: sínfise 
intervertebral 
 18 
 c. Cavidade articular: é o espaço presente no interior das articulações sinoviais e limitado 
pela cápsula articular (a cápsula é a parede da cavidade). A cavidade é preenchida pela sinóvia ou 
líquido sinovial. 
 d. Sinóvia ou líquido sinovial: é um líquido incolor semelhante à "clara do ovo", e 
produzido pela membrana sinovial da cápsula articular. Preenche a cavidade articular. É 
responsável pela nutrição da cartilagem articular e pela lubrificação da articulação. Diminui o atrito 
entre as partes ósseas participantes. Possui, em sua constituição química, o ácido hialurônico 
responsável pela viscosidade do líquido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.4 – Anexos das articulações sinoviais 
 São as estruturas que podem estar presentes em algumas articulações sinoviais, mas não 
em todas. 
 a. menisco: é uma estrutura feita de fibrocartilagem (cartilagem fibrosa). Tem formato de 
"meia lua" e está localizado interposto entre as extremidades ósseas participantes da articulação. 
Suas funções são bastante discutidas. Entre as funções atribuídas aos meniscos têm-se: -tornam as 
extremidades ósseas mais congruentes, conferindo melhor ajuste (encaixe) as mesmas; -amortecem 
impactos sofridos pela articulação; conferem estabilidade à articulação; garantem uma boa 
distribuição do líquido sinovial sobre as superfícies ósseas. 
Os meniscos estão presentes na articulação do joelho. 
 b. discos: são estruturas semelhantes aos meniscos no que diz respeito à localização entre as 
extremidades ósseas, estrutura fibrocartilaginosa e funções. Seu formato é o de um "disco". 
Encontram-se discos, por exemplo, na articulação temporomandibular (ATM – articulação entre a 
mandíbula e o osso temporal), articulação acromioclavicular (articulação entre a clavícula e o 
acrômio da escápula), articulação esternoclavicular (articulação entre a clavícula e o osso esterno), 
etc. 
 c. ligamentos: são estruturas de tecido conjuntivo presentes em algumas articulações 
sinoviais. Geralmente tem o formato de uma “fita”. Suas funções são: limitar os movimentos de 
uma articulação, impedindo movimentos indesejados ou não apropriados, impedindo que o 
movimento lesione a articulação; reforçar a articulação; conferir estabilidade à articulação. 
Exemplos: ligamento cruzado do joelho; ligamento fibular, etc. 
 
 
 Articulação sinovial 
Vista externa 
Cápsula articular 
Osso do quadril 
Osso fêmur 
 
Articulação sinovial em corte 
Vista interna Osso 
Cápsula articular 
Folheto fibroso 
Membrana sinovial 
Cavidade 
articular 
Cartilagem 
articular 
Cartilagem articular 
Ossos 
 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. PRINCIPAIS MOVIMENTOS PROMOVIDOS PELAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
 4.1. flexão: é o movimento que promove a aproximação de um ou mais eixos ósseos do 
esqueleto no sentido longitudinal, com diminuição do ângulo formado entre eles. Ex: “Dobrar” o 
braço ou cotovelo 
 4.2. extensão: é o movimento de afastamento, no sentido longitudinal, de dois ou mais 
eixos ósseos com aumento do ângulo existente entre eles. Ex: “esticar” o braço ou o cotovelo 
 4.3. abdução: é o movimento de afastamento, no sentido transversal, de um ou mais eixos 
ósseos da linha mediana do corpo.Em outras palavras, a abdução permite que um segmento do 
esqueleto se distancie da linha mediana do corpo. Ex: abrir “os braços”, abrir ou afastar as coxas 
 4.4.adução: é o movimento de aproximação, no sentido transversal, de dois ou mais eixos 
ósseos em direção à linha mediana do corpo. Ex: “fechar” ou juntar as coxas. 
 4.5. rotação: é o movimento que leva um eixo ósseo girar, no sentido longitudinal, em torno 
de um outro eixo (pode ser medial e lateral). Ex: rotação da cabeça (Ex: fazer “não” com a cabeça). 
 4.6.circundação: é o movimento que descreve no espaço a figura geométrica de um cone 
cujo o ápice (do cone) é a raiz. É resultante da combinação seqüencial de flexão, abdução, extensão 
e adução. 
 4.7.pronação: é o movimento que permite voltar a palma da mão posteriormente (para trás). 
 4.8.supinação: é o movimento que permite voltar a palma da mão anteriormente (para 
frente). 
 
5. NOMENCLATURA DAS ARTICULAÇÕES (como os nomes para as articulações do corpo são 
dados) 
Para dar nome a uma articulação fibrosa (e sub-tipos), cartilagínea (e sub-tipos) ou sinovial, 
normalmente utilizam-se os nomes dos ossos que estão sendo unidos pela articulação em questão. 
Exemplos: 
Sutura frontomaxilar: é o nome dado a articulação fibrosa do sub-tipo sutura que está unindo 
o osso frontal ao osso maxila; 
Articulação radioulnar distal: é o nome dado a articulação sinovial que está unindo o osso 
rádio ao osso ulna em nível de epífises distais. 
Articulação umeroulnar: é o nome dado a articulação sinovial que está unindo o osso úmero 
ao osso ulna. 
 
 
 
Ligamento 
intra-capsular 
menisco menisco 
Interior da articulação do 
joelho - vista superior 
 
 
 
 
Ligamento 
intra-capsular 
menisco 
Ligamento 
extra-capsular 
Interior da articulação do 
joelho - vista anterior 
 
menisco 
 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO Nº 04 - SISTEMA MUSCULAR (estudo dos músculos) 
 
1. CONSTITUIÇÃO DOS MÚSCULOS: os músculos são formados por células alongadas que 
possuem capacidade de contração. Essas células denominam-se fibras musculares (fibra muscular 
= célula muscular). 
 
2. CONTRAÇÃO: a contração muscular determina movimento ou gera força. Quando os músculos 
se contraem afetam o movimento do corpo como um todo; o movimento do sangue, dos alimentos 
através do tubo digestório; da urina através do sistema urinário; do tórax, do diafragma e abdome 
durante a respiração; na deambulação, etc. Quando os músculos se contraem geram força para 
segurar objetos, para empurrar objetos, para segurar o próprio corpo, etc. 
 
OBSERVAÇÃO: para que um músculo possa se contrair ele precisa receber uma “ordem” do 
sistema nervoso denominada “impulso nervoso”. Sem o impulso nervoso o músculo não se 
contrai, torna-se paralisado. 
 
 
I. PARTES DA FIBRA MUSCULAR 
1.Sarcolema: é o nome dado à membrana celular da fibra muscular. 
2.Sarcoplasma: é o nome dado ao citoplasma da fibra muscular. 
3. Miofibrilas: são microfilamentos (“fiosmicroscópicos”) feitos de proteínas e presentes dentro de 
toda fibra muscular, suspensos (“boiando”) no sarcoplasma e que são os elementos contráteis da 
 
rotação 
 
circundução 
 
extensão 
 flexão 
 
abdução 
adução 
 
pronação 
supinação 
 21 
fibra muscular. Se retirássemos todas as miofibrilas de dentro da fibra muscular, a fibra não poderia 
mais se contrair. Os impulsos nervosos são transmitidos para as miofibrilas. 
 O arranjo (disposição) das miofibrilas no interior do sarcoplasma pode ou não determinar o 
surgimento de estriações na fibra muscular visíveis ao microscópio. 
 
II. TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES – TIPOS DE MÚSCULOS 
 
 Os diferentes tipos de fibras musculares determinam a formação de diferentes tipos de 
músculos. Existem três tipos de fibras musculares: fibra muscular estriada esquelética; fibra 
muscular lisa; e fibra muscular estriada cardíaca. E, consequentemente, 3 tipos de músculos: 
músculo estriado esquelético; músculo liso; e músculo estriado cardíaco. 
 
1. Músculo Estriado Esquelético: 
É o tipo de músculo formado por fibras musculares estriadas esqueléticas. 
 1.1. características da fibra muscular estriada esquelética: 
a. formato: são células estreitas e bem longas e possuem as extremidades afiladas. 
b. Nº de núcleos: Possui vários núcleos dispostos na periferia da fibra (núcleos 
periféricos). 
c. Disposição das miofibrilas ao microscópio (MO): as miofibrilas do sarcoplasma se 
organizam formando fileiras bem ordenadas que parecem listras. Essas fileiras bem 
organizadas são as estriações transversais bem visíveis ao M.O. 
1.2. Localização do músculo estriado esquelético: estão localizados no esqueleto fixado 
(presos) aos ossos, ou fixados em cartilagens e, também (em alguns casos), fixados na superfície 
interna da pele e da tela subcutânea. 
1.3. Resultado da contração do músculo estriado esquelético: ao se contrair esse tipo de 
músculo pode promover o movimento de alguma parte do esqueleto (andar, mecher a cabeça, 
movimentar os braços, fazer caretas, etc). Também a contração deste tipo de músculo pode gerar 
força muscular para segurarmos peso, sustertarmos o corpo, movimentar objetos, etc. E, por último, 
a contração destes tipos de músculos geram calor para o organismo e ajudam as veias a 
encaminharem o sangue em direção ao coração (auxiliam no retorno venoso). 
1.4 Controle nervoso do músculo estriado esquelético: o controle nervoso é dado pelo 
sistema nervoso somático, sendo, portanto, um controle voluntário (pode ser regido pela nossa 
vontade). Em outras palavras: os impulsos nervosos que fazem o músculo estriado esquelético se 
contrair vêm de uma parte do nosso sistema nervoso denominada sistema nervoso somático. Diz-
se que o controle desse músculo ou a sua contração é voluntário pois essa parte do nosso sistema 
nervoso é controlada por nós, pela nossa “vontade”. 
 Observação: O exercício prolongado pode aumentar a espessura do músculo por aumentar 
o tamanho ou volume das fibras musculares daquele músculo– hipertrofia muscular. A falta de 
uso do músculo pode levar a hipotrofia ou atrofia muscular por diminuição no tamanho ou 
volume dos músculos 
 
2. Músculo liso: 
É o músculo constituído pelas fibras musculares lisas. A fibra muscular lisa é alongada e fusiforme 
e possui um núcleo central alongado. 
 2.1. características da fibra muscular lisa: 
a. formato: são células estreitas e longas e possuem as extremidades afiladas. 
b. Nº de núcleos: Possui apenas um núcleo dispostos na região central da fibra 
(núcleo. Central) 
 22 
c. Disposição das miofibrilas ao microscópio (MO): as miofibrilas do sarcoplasma 
estão dispostas de maneira desordenada e não formam as fileiras denominadas 
estriações transversais visíveis ao M.O. 
2.2. Localização do músculo liso: estão localizados fazendo parte da parede dos vasos 
sangüíneos, da parede da maioria das vísceras ocas (bexiga, útero, estômago, intestinos, ureter, 
uretra, vagina, etc.), da íris e do cristalino do olho, da parede dos ductos glandulares e junto com os 
folículos dos pêlos (músculos eretores dos pêlos). 
2.3. Resultado da contração do músculo liso: ao se contrair esse tipo de músculo pode 
promover o movimento do conteúdo de uma víscera oca (ex: pode deslocar o alimento do estômago 
para o intestino, pode expulsar o feto durante o parto, pode esvasiar a bexiga, pode diminuir o 
diâmetro dos vasos sanguíneos, pode empurrar as secreções glandulares, pode dilatar ou diminuir o 
tamanho da pupila – menina dos olhos -, etc. – pode deixar a pele arrepiada, etc.) Esse tipo de 
músculo não atua sobre nosso esqueleto. 
2.5 Controle nervoso do músculo liso: o controle nervoso é dado pelo sistema nervoso 
autônomo, sendo, portanto, um controle involuntário (não pode ser regido pela nossa vontade). Em 
outras palavras: os impulsos nervosos que fazem o músculo liso se contrair vêm de uma parte do 
nosso sistema nervoso denominada sistema nervoso autônomo. Diz-se que é involuntário pois essa 
parte do nosso sistema nervoso não pode ser controlada por nós, e pela nossa “vontade”. 
 
3. Músculo Estriado Cardíaco: 
É o tipo de músculo constituído por fibras musculares estriadas cardíacas. 
 3.1. características da fibra muscular estriada cardíaca: 
a. formato: A fibra muscular estriada cardíaca é longa e possui um núcleo central. Ela 
apresenta as duas extremidades ramificadas. Essas ramificações terminais prolongam o 
tamanho da fibra, conferindo ao conjunto de fibras um aspecto de rede. 
b. Nº de núcleos: Possui um núcleo disposto na região central da fibra (núcleo central). 
c. Disposição das miofibrilas ao microscópio (MO): as miofibrilas do sarcoplasma se 
organizam formando fileiras bem ordenadas que parecem listras. Essas fileiras bem 
organizadas são as estriações transversais bem visíveis ao microscópio e iguais às 
miofibrilas do sarcoplasma da fibra muscular estriada esquelética. 
3.2. Localização do músculo estriado cardíaco: está localizado no coração formando a 
parede ou túnica média do coração também conhecida com o nome de miocárdio. 
3.3. Resultado da contração do músculo estriado cardíaco: ao se contrair esse tipo de 
músculo promove o esvasiamento das cavidades cardíacas, impulsionando ou movimentando o 
sangue para fora do coração e para o interior (para dentro) dos vasos sangüíneos. 
3.5 Controle nervoso do músculo estriado cardíaco: o controle nervoso é dado pelo sistema 
nervoso autônomo, sendo, portanto, um controle involuntário (não pode ser regido pela nossa 
vontade). Em outras palavras: os impulsos nervosos que fazem o músculo estriado cardíaco se 
contrair vêm de uma parte do nosso sistema nervoso denominada sistema nervoso autônomo. Diz-
se que é involuntário, pois essa parte do nosso sistema nervoso não pode ser controlada por nós, e 
pela nossa “vontade”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
Principais características e diferenças entre os 3 tipos de fibras musculares e respectivos músculos 
formados por elas. 
 Fibra muscular 
estriada esquelética 
Fibra muscular lisa Fibra muscular 
estriada cardíaca 
Tipo de músculo que 
as fibras musculares 
formam 
Músculo estriado 
esquelético 
Músculo liso Músculo estriado 
cardíaco 
Localização no 
corpo do músculo 
formado pelas fibras 
musculares 
Distribuídos por todo o 
corpo fixado (preso) 
no esqueleto e em 
camadas da pele 
Faz parte da parede dos 
vasos sangüíneos, olho, 
ductos, vísceras ocas e 
junto ao folículo dos 
pêlos 
Fazendo parte da túnica 
média do coração ou 
miocárdio 
Disposição ou 
arranjo das 
miofibrilas dentro do 
sarcoplasma da fibra 
muscular 
Arranjo organizado, 
formando fileiras 
denominadas 
estriações tranversais 
visíveis ao MO*. 
Arranjo desorganizado, 
não forma fileiras 
denominadas estriações 
tranversaisvisíveis ao 
MO* 
Arranjo organizado. 
formando fileiras 
denominadas estriações 
tranversais visíveis ao 
MO* 
Número de núcleos 
da fibra muscular 
Polinucleada (vários 
núcleos) 
Uninucleada (um núcleo) Uninucleada (um núcleo) 
Posição do núcleo 
dentro da fibra 
muscular 
Núcleos posicionados 
nas regiões periféricas 
da fibra 
Núcleo posicionado na 
região central da fibra 
Núcleo posicionado na 
região central da fibra 
Extremidade da fibra 
muscular 
Sem ramificações Sem ramificações Extremidades 
ramificadas 
Controle nervoso É feito pelo sistema 
nervoso somático 
É feito pelo sistema 
nervoso autônomo 
É feito pelo sistema 
nervoso autônomo 
Qualidade do 
controle nervoso 
voluntário involuntário involuntário 
Movimento resltante 
da contração 
muscular 
Movimento dos 
segmentos do corpo 
(movimento do 
esqueleto), expressão 
facial, força muscular 
Movimento do conteúdo 
da víscera, diminuição 
do diâmetro dos vasos 
sangüíneos alterando a 
velocidade de passagem 
do sangue, alteração do 
diâmetro da pupila, 
ereção dos pêlos 
Impulsiona o sangue 
para o interior dos vasos 
sanguíneos (batimentos 
cardíacos). 
*(MO = microscópio óptico) 
 
OBS.: Neste capítulo estudaremos apenas a musculatura estriada esquelética. 
 
I - MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO 
 Representa cerca de 40% do peso de um indivíduo. Sua contração pode determinar 
movimento de partes do esqueleto, sendo, pois, o elemento ativo do movimento. Sua contração 
também pode gerar “força muscular” e calor. 
 
1. REGIÕES DE UM MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO 
Em todo músculo estriado esquelético, macroscopicamente, é possível visualisar ao menos 2 
extremidade (pontas) e um ventre muscular. 
 2.1.Ventre muscular: é a região carnosa do músculo, ou seja, é a região constituída por 
fibras musculares. O ventre muscular é a porção contrátil do músculo. Durante a contração 
muscular, o ventre diminui (encurta) o tamanho ou tem alterada a tensão em suas fibras. Possui 
coloração avermelhada, sendo intensamente vascularizada. O ventre muscular tem cor “vermelha 
escura”. (cor de “bife”) 
 Os ventres musculares apresentam formatos e tamanhos variáveis. 
 2.2.Extremidades musculares: representam as regiões terminais dos músculos (as pontas 
ou extremidades). Não possuem fibras musculares e são constituídas por tecido conjuntivo. As 
extremidades servem para fixar o músculo nas superfícies ósseas (periósteo) ou em outras estruturas 
 24 
do esqueleto (pele, cartilagem, etc.). Não apresentam capacidade de contração, possuem coloração 
esbranquiçada e brilhante, sendo muito resistentes. 
 De acordo com o formato das extremidades, estas podem ser classificadas em tendões e 
aponeuroses. 
 a. tendões: são extremidades musculares cilindróides ou em formato de "fitas". Podem ser 
longos ou curtos. 
 b. aponeurose: é a extremidade muscular em formato de lâmina. É larga, podendo ser 
grande ou curta. 
 OBS.: um músculo, geralmente, apresenta um ventre e duas extremidades (uma é a cabeça e 
a outra é a cauda). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. ANEXOS MUSCULARES: representam estruturas de natureza "não muscular", ou seja, que 
não são feitas por fibras musculares. Os anexos não entram na constituição do músculo e não estão 
presentes em todos os músculos estriados esqueléticos, apenas junto à alguns deles. São eles: 
 3.1. fáscia muscular: é a membrana de tecido conjuntivo fibroso, desprovida de gordura, 
que envolve os músculos, facilitando o deslizamento de um músculo, ou de um grupo muscular 
sobre outro, durante a contração. 
 Em alguns locais do corpo, as fáscias podem apresentar-se espessadas, constituindo 
estruturas denominadas retináculos. Por exemplo, no antebraço, em nível dos tendões musculares 
do “pulso”, existe um retináculo cuja função é manter em posição os tendões musculares. 
Espessamento de fáscia semelhante a este encontramos na perna. 
 
3.2.bolsa sinovial: estrutura semelhante a uma pequena "bolsa", (esfera achatada), constituída 
externamente por tecido conjuntivo e internamente por membrana sinovial. Contém no seu interior 
líquido sinóvia. Surge também como anexo de algumas articulações sinoviais. 
 A bolsa sinovial tem como função proteger um músculo quando este se movimenta 
diretamente sobre um osso. Neste caso, a bolsa localiza-se entre o osso e o músculo. A inflamação 
da bolsa sinovial é conhecida como “bursite”. 
 
3.3. bainha sinovial: é uma dupla membrana de tecido conjuntivo que envolve certos tendões 
musculares. No espaço entre as duas membranas existe uma película de líquido sinóvia. A bainha 
sinovial forma "túneis" pelo interior dos quais passa um tendão. Sua função é facilitar o 
 
tendão 
tendão 
Ventre 
muscular 
Regiões ou partes do músculo 
estriado esquelético 
 
aponeurose 
Ventre 
muscular 
Regiões ou partes do músculo estriado 
esquelético 
 25 
deslizamento dos tendões, mantendo-os em posição. A inflamação nesta bainha é conhecida como 
“tendosinovite”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. TÔNUS MUSCULAR 
Ë o estado de tensão presente nas fibras musculares estriadas esqueléticas mesmo quando elas 
não estão se contraindo, ou seja, mesmo em repouso o músculo estriado esquelético tem uma certa 
“firmeza ou tensão”, uma consistência que impede que ele se torne extremamente flácido (mole). 
Aumento do tônus de um músculo é a hipertonia. Diminuição do tônus é a hipotonia. 
Ambos os casos dificultam a realização dos movimentos. 
 
5. DENOMINAÇÕES DAS FIXAÇÕES MUSCULARES 
 O músculo apresenta suas extremidades (tendões ou aponeuroses) fixadas aoperiósteo do 
esqueleto (ossos e cartilagens) ou em camadas da pele. Essas fixações recebem os nomes de origem 
e inserção musculares, como veremos: 
 5.1. origem muscular: corresponde ao acidente ósseo onde se prende uma das extremidades 
muscular, sendo que esse osso permanece fixo durante o movimento. 
 5.2. inserção muscular: é o acidente ósseo onde se prende a outra extremidade muscular e 
cujo osso se desloca durante o movimento. 
 OBS: nos músculos dos membros, a origem geralmente é proximal e a inserção é distal. 
Existem músculos com mais de um ponto de origem e com mais de um ponto de inserção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS ESTRIADOS ESQUELÉTICOS 
Os músculos estriados esqueléticos podem ser classificados de acordo com vários critérios: 
 7.1. Quanto ao formato: classifica os músculos analisando a forma geométrica do mesmo. 
Por exemplo, músculo deltóide (forma de letra grega delta), músculo trapézio (forma geométrica de 
trapézio), etc; 
Exemplo: existe um músculo que possui uma extremidade fixada no capítulo do 
osso úmero e a outra extremidade fixada na cabeça do osso rádio e quando este 
músculo se contrai observa-se um movimento (deslocamento) do osso rádio. Diz-se, 
então, que a origem deste músculo está no capítulo do osso úmero (o úmero não se 
movimentou, se manteve fixo) e que a inserção está na cabeça do osso rádio (foi o 
osso rádio que se movimentou quando o músculo se contraiu). 
 
Retináculo da 
perna 
Bainha sinovial 
Bainha sinovial 
Tendão 
muscular 
 
Retináculo do 
antebraço 
 26 
 7.3. Quanto à ação, função ou quanto ao movimento que ele proporciona: 
 Podem ser flexores, extensores, adutores, abdutores, pronadores, etc.; 
 7.4. Quanto ao número de cabeças (nº de extremidades) de origem: 
 Como comentado anteriormente, um músculo, geralmente, tem duas extremidades e um 
ventre. Contudo, alguns podem apresentar mais do que duas extremidades. Sendo, assim, temos: 
 a. músculo bíceps:possui duas extremidades de origem (m. bíceps do braço); 
 b. músculo tríceps - possui três extremidadesde origem (m. tríceps do braço); 
 c. músculo quadríceps - possui quatro extremidades de origem (m. quadríceps da 
coxa); 
 Nos itens citados, as cabeças de origem unem-se em um único ventre, o qual possui uma 
única extremidade de inserção; 
 7.5. Quanto ao número de caudas (extremidades) de inserções: 
 a.músculo policaudado - possui várias extremidades para inserção (ex: músculo 
extensor longo dos dedos); 
 7.6. Quanto ao número de ventres: nestes casos, o músculo possui uma extremidade de 
origem, uma de inserção e vários ventres; 
 a. músculo digástrico - possui dois ventres (músculo digástrico); 
 b. músculo poligástrico - possui três ou mais ventres (músculo reto do abdome); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. UNIDADE MOTORA 
 
8.1. Definição: É o conjunto formado pelo corpo ou pericário de um neurônio (corpo da 
célula nervosa), pelo prolongamento do corpo deste neurônio (fibra nervosa) e pelas fibras 
musculares inervadas por este prolongamento, ou, conectadas a este prolongamento (fibra nervosa). 
 Cada ventre muscular é um conjunto de unidades motoras. 
 
 8.2. Função da unidade motora: conduzir e transmitir o impulso nervoso para as fibras 
musculares que fazem parte da unidade motora para que, então, essas fibras musculares possam se 
contrair. 
 
 
 
Ventre muscular 
tendões 
Músculo bíceps 
tendão 
Músculo poligástrico 
ventre 
aponeurose 
 
tendão 
Músculo policaudado 
tendões 
ventre 
 27 
TEXTO Nº 05 
 
 SISTEMA CIRCULATÓRIO: GENERALIDADES E CORAÇÃO 
 
I.GENERALIDADES 
 O sistema circulatório compreende o conjunto de órgãos e estruturas que impulsiona o 
sangue e forma um circuito fechado de vasos por onde circula este sangue. 
 
1. FUNÇÕES 
 Através da circulação do sangue, o organismo recebe elementos nutritivos (glicose, lipídios, 
aminoácidos, sais minerais, etc.) necessários para a vida celular. Recebe também o oxigênio 
necessário para a respiração e demais reações celulares. Além disso, é por meio da corrente 
sangüínea que o produto do metabolismo celular e o dióxido de carbono (CO2), entre outros 
produtos, são coletados das células e encaminhados para posterior eliminação. Também serve de via 
de distribuição dos hormônios para as células do corpo, via de administração de medicamentos. 
Participa, junto com o sistema nervoso, do controle e manutenção da temperatura corporal. Participa 
do sistema de defesa do organismo. 
 
2 CONSTITUIÇÃO 
 É constituído pelo sangue, por um órgão central, contrátil e oco - CORAÇÃO – e por um 
conjunto de vasos sangüíneos. 
 
II. SANGUE - GENERALIDADES 
 O sangue é um líquido de coloração vermelha, constituído por plasma e células sangüíneas. 
1. PLASMA: é o líquido incolor no qual se encontram mergulhadas as células sangüíneas. O 
plasma é composto por água, sais minerais, lipídios, glicose, proteínas (albumina, protrombina, 
fibrinogênio e globulinas, entre outras), etc. 
 Quando se retira o fibrinogênio do plasma passamos a ter o SORO. Para tanto, basta retirar 
um pouco de sangue e deixar um tempo em repouso, a parte líquida resultante é o soro. Para 
obtermos plasma devemos acrescentar ao sangue retirado substâncias anticoagulantes. 
 
2.CÉLULAS DO SANGUE 
 2.a. Hemácias ou glóbulos vermelhos (eritrócitos): são células anucleadas que possuem no 
seu interior um pigmento denominado HEMOGLOBINA. Este pigmento confere a cor vermelha 
ao sangue. As hemácias são células importantes para as trocas gasosas entre o sangue e os tecidos, e 
entre o sangue e o ar dos alvéolos pulmonares. O oxigênio liga-se à hemoglobina e é transportado, 
pelas hemácias, para todas as células do corpo. As hemácias captam parte do CO2 e libera o mesmo 
em nível de alvéolo pulmonar. Portanto a principal função da hemácia é o transporte de oxigênio 
para os tecidos via corrente sanguíea. 
 2.b. Leucócitos ou glóbulos brancos: são células do sangue que participam da defesa do 
organismo. Há vários tipos de leucócitos: neutrófilos, eosinófilos, linfócitos, monócitos, basófilos. 
Exercem o papel de defensores do organismo devido a sua capacidade de fagocitose e de produção 
de anticorpos. 
 2.c. Plaquetas: são células do sangue importantes para o processo de coagulação sangüínea. 
 
3. FORMAÇÃO DO SANGUE 
 Até o 3o mês de vida intra-uterina, o sangue é produzido pelo tecido conjuntivo intra-
embrionário do saco vitelino. Do 2o mês ao 5o mês de vida intra-uterina, o sangue é produzido pelo 
fígado, baço e, em pequenas proporções, pelos linfonodos linfáticos. Após o 5o mês de vida intra-
 28 
uterina, é produzido pela medula óssea vermelha. Após o nascimento é produzido pela medula 
óssea vermelha. 
III CORAÇÃO 
 
 O coração é um órgão oco e muscular, portanto contrátil, que possui quatro cavidades: átrio 
direito, átrio esquerdo, ventrículo direito e ventrículo esquerdo. 
 
1. FUNÇÃO: com a contração do coração o sangue é impulsionado para o interior da rede vascular 
(vasos), distribuído ao corpo e coletado de volta ao coração. O coração impulsiona o sangue para 
todos os tecidos do corpo, recebe o sangue proveniente de todos os tecidos do corpo, impulsiona o 
sangue para os pulmões para a oxigenação e recebe o sangue oxigenado proveniente dos pulmões. 
 
2. LOCALIZAÇÃO: está localizado na cavidade torácica, entre os dois pulmões, em um espaço 
denominado mediastino. No mediastino o coração ocupa uma posição oblíqua, com a base voltada 
superiormente (para cima), para a direita e posteriormente (para trás). O ápice está voltado para a 
esquerda, inferiormente (para baixo) e anteriormente (para a frente). 
 1/4 do volume do coração está localizado à direita da linha mediana do corpo e 3/4 de seu 
volume situa-se à esquerda da linha mediana. 
 No mediastino, o coração situa-se posteriormente ao osso esterno e cartilagens costais; 
anteriormente à coluna vertebral torácica; e superiormente ao músculo diafragma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. FORMATO: o coração possui o formato de um cone, com base superior e ápice inferior. 
 
4. MORFOLOGIA EXTERNA (lado de “fora” do coração) 
4.1. Faces (superfícies): o coração possui três faces ou superfícies a saber: 
 a. face esternocostal: é a face anterior do coração. É convexa e relaciona-se com o 
osso esterno e cartilagens costais; 
 b. face diafragmática: é a face inferior e plana do coração, relacionada com o músculo 
diafragma; 
 c. face pulmonar: é a face esquerda e a face direita do coração relacionada com o 
pulmão. 
 
4.2. Regiões: como mencionado, no coração pode-se distinguir 2 regiões: 
 a. base do coração: região superior do coração, volumosa (grande), onde encontram-se 
grandes vasos sangüíneos conhecidos como vasos da base; 
 
 29 
 b. ápice do coração: região inferior e afilada do coração (ponta do coração). 
 
4.3. Sulcos: Na superfície do coração encontram-se os seguintes sulcos (“canaletas”): 
 a. sulco coronário: é um sulco que contorna a base do coração. Este sulco é 
interrompido, na face esternocostal, pela emergência do tronco pulmonar (vaso sangüíneo). O 
sulco coronário marca, externamente, a separação entre átrios e ventrículos. Superiormente ao 
sulco estão os átrios e inferiormente os ventrículos. O sulco é ocupado por vasos sangüíneos 
(artérias coronárias, seus ramos, e veias do coração); 
 b. sulco interventricular anterior: é um sulco oblíquo presente na face esternocostal. 
Inicia-se nas imediações do sulco coronário e dirige-se obliquamente em direção ao ápice do 
coração; 
 c. sulco interventricular posterior: sulco oblíquo presente na face diafragmática. Inicia-
se nas imediações do sulco coronário e dirige-se obliquamente ao ápice do coração. 
 OBS: os sulcos interventricularesanterior e posterior marcam, na superfície do coração (no lado 
de fora), a separação entre os ventrículos direito e esquerdo. Estes sulcos são ocupados 
(preenchidos) pelos ramos interventriculares das artérias e veias coronárias. 
 
5. CAVIDADES DO CORAÇÃO 
Existem no interior do coração 4 cavidades a saber: 
 átrios direito e esquerdo; ventrículos direito e esquerdo. 
Os átrios não se comunicam entre si. Estão separados por uma parede músculo-membranosa 
denominada SEPTO INTERATRIAL. O mesmo ocorre com os ventrículos, que estão separados 
por uma parede muscular denominada SEPTO INTERVENTRICULAR. Deste modo, as únicas 
comunicações possíveis entre as câmaras cardíacas são: entre o átrio direito e o ventrículo direito, 
através do óstio atrioventricular direito; e entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo, através do 
óstio atrioventricular esquerdo. 
 Passaremos agora ao estudo de cada cavidade lembrando, entretanto, que cada uma delas 
possui orifícios para a entrada e para saída do sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.1. ÁTRIO DIREITO 
 É uma cavidade cuja parede medial é representada pelo septo interatrial. Neste local (septo 
interatrial) é possível observar uma depressão ovalada denominada FOSSA OVAL, que nada mais 
é do que o vestígio do FORAME OVAL que no feto estabelece a comunicação entre os átrios 
direito e esquerdo. Ao nascimento este forame está fechado, restando apenas uma depressão. 
 O átrio direito recebe o sangue rico em CO2 (sangue “venoso”) de todo o corpo, incluindo o 
do próprio coração, através de vasos que desembocam neste átrio. 
São eles: veias cavas superior, veia cava inferior, e seio coronário. O sangue venoso sai do átrio 
direito para o ventrículo direito pelo óstio atrioventricular direito. 
COMUNICAÇÕES ENTRE AS CAVIDADE CARDÍACAS (a seta representa a direção da passagem 
do sangue e o símbolo representa passagem proibida) 
 
Átrio direito Átrio esquerdo 
 
 
 Óstio atrioventricular Ostio atrioventricular 
 Direito esquerdo 
 
 
 
Ventrículo direito Ventrículo esquerdo 
 30 
 Portanto, no átrio direito temos os seguintes orifícios: 
 a. Orifícios de entrada para o sangue: 
- óstio da veia cava superior: orifício de abertura da veia de mesmo nome. Esta veia lança no 
átrio direito o sangue rico em dióxido de carbono (CO2) proveniente da cabeça, pescoço, membro 
superior e tórax; 
- óstio da veia cava inferior: orifício de abertura da veia de mesmo nome. Esta veia lança no 
átrio direito o sangue rico em dióxido de carbono (CO2) proveniente do abdome, pelve e membro 
inferior; 
- óstio do seio coronário: orifício de abertura da veia de mesmo nome. Esta veia lança no átrio 
direito o sangue rico em dióxido de carbono (CO2) dos tecidos do próprio coração. 
 b. Orifício de saída para o sangue: 
- óstio atrioventricular direito: orifício que comunica o átrio direito com o ventrículo direito. O 
sangue rico em dióxido de carbono (CO2 lançado no átrio direito passa, a seguir, para o ventrículo 
direito através deste óstio. Este, representa ao mesmo tempo, o orifício de saída do átrio direito e 
o orifício de entrada do ventrículo direito. 
 
5.1.1. Função do átrio direito: receber o sangue trazido pelas veias cavas superior e inferior e seio 
coronário e impulsioná-lo para o ventrículo direito. 
 OBS: o átrio direito possui uma pequena expansão em sua cavidade, visível na superfície do 
coração, e denominada aurícula direita. 
 
 
5.2.VENTRÍCULO DIREITO 
 É uma cavidade cônica que possui paredes mais delgadas (menos espessa, mais fina), 
quando comparadas com as paredes do ventrículo esquerdo. Recebe o sangue rico em dióxido de 
carbono (CO2) do átrio direito, e envia este sangue, por meio do tronco pulmonar, para ser 
oxigenado nos pulmões. Para tanto possui os seguintes orifícios: 
 a. Orifício de entrada para o sangue: 
- óstio atrioventricular direito: permite a passagem de sangue do átrio direito para o ventrículo. 
Este óstio já foi mencionado no item sobre orifício de saída do átrio direito. 
 b. Orifício de saída para o sangue: 
- óstio do tronco pulmonar: orifício de abertura de um calibroso vaso sangüíneo de mesmo 
nome. O sangue rico em dióxido de carbono (CO2) do ventrículo direito passa para o tronco 
pulmonar que o leva em direção aos pulmões. 
 
5.2.1. Função do ventrículo direito: receber o sangue do átrio dierito e impulsionar o sangue para 
dentro do tronco pulmonar, assim o tronco pulmonar e seus ramos pode enviar o sangue para os 
pulmões. 
 
5.3. ÁTRIO ESQUERDO 
 É uma cavidade cubóide que também apresenta uma expansão, visível na superfície do 
coração, denominada de AURÍCULA ESQUERDA. Este átrio recebe o sangue oxigenado 
proveniente dos pulmões, por meio das quatro veias pulmonares, e impulsiona este sangue para o 
ventrículo esquerdo. Portanto, possui os seguintes orifícios: 
 a. Orifícios de entrada para o sangue: 
- óstio das veias pulmonares: são 04 orifícios de abertura das veias pulmonares, sendo que 2 
veias são direitas e 2 esquerdas, e lançam no átrio esquerdo o sangue oxigenado que vem dos 
pulmões. 
 b. Orifícios de saída para o sangue: 
 31 
- óstio atrioventricular esquerdo: o orifício que comunica o átrio esquerdo com o ventrículo 
esquerdo. Representa o orifício de saída do átrio e o orifício de entrada para o ventrículo. É 
através deste óstio que o sangue do átrio esquerdo alcança o ventrículo esquerdo. 
 
5.3.1. Função do átrio esquerdo: receber o sangue trazido pelas 4 veias pulmonares e impulsionar 
o sangue para o ventrículo esquerdo. 
 
5.4. VENTRÍCULO ESQUERDO 
 É uma cavidade que possui paredes bem espessas. Recebe o sangue oxigenado do átrio 
esquerdo, e impulsiona este sangue para a aorta para que seja distribuído para todo o corpo. Possui 
os seguintes orifícios: 
 a. Orifício de entrada para o sangue: 
- óstio atrioventricular esquerdo: é o mesmo orifício de saída do átrio esquerdo, como 
comentado anteriormente. 
 b. Orifício de saída para o sangue: 
- óstio da aorta: é o orifício de abertura da artéria (vaso) de mesmo nome. O sangue do 
ventrículo esquerdo é impulsionado para o interior da aorta, que o distribui, através de suas 
inúmeras ramificações, para todo o corpo. 
 
5.4.1. Função do ventrículo esquerdo: receber o sangue do átrio esquerdo e impulsionar o sangue 
para dentro da aorta, assim a aorta e seus ramos pode enviar o sangue para todos os tecidos do 
corpo. 
 
 OBSERVAÇÃO : as paredes dos átrios são mais delgadas (“mais finas”) e mais 
membranosas, enquanto que, as paredes dos ventrículos são mais espessas (“mais grossas’) e mais 
musculares. 
 As aurículas direita e esquerda servem para amortecer o impacto do sangue que chega até 
aos átrios. 
 
6. VALVAS DO CORAÇÃO 
 Definição de valva: A valva é o nome que se dá ao conjunto de membranas de tecido 
conjuntivo localizadas dentro do coração presas no contorno de um orifício (óstio) e que serve para 
fechar e abrir o orifício, controlando a passagem de sangue através do orifício. 
Definição de válvula: é o nome que se dá a cada uma das membranas de tecido conjuntivo 
que fazem parte de uma valva. 
Assim, cada valva é constituída (possui) por 2 ou mais válvulas (por 2 ou mais membranas 
conjuntivas). Cada membrana é formada (é feita) por tecido conjuntivo fibroso revestido por 
endotélio. 
 As valvas estão presentes em quase todos os óstios de entrada e saída das câmaras cardíacas, 
fechando ou abrindo estes orifícios, no intuito de controlar o fluxo sangüíneo no coração. As 
principais

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