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Minha Alma Poética Minha Alma Poética Minha Alma Poética Iranete Pontes 1 Minha Alma Poética Iranete Pontes Minha Alma Poética Iranete Pontes 2 Apoio cultural Jornal de Vicente Pires www.evandocarmo.com Minha Alma Poética Iranete Pontes 3 © Copyright by Iranete Pontes 2013 Programação Visual o Autor Arte da capa Evan do Carmo Revisão Autora Minha Alma Poética / Iranete Pontes – Brasília 2013. 100 p. 1. Literatura, Brasil 8. Poesia. I. Título CDU 82-1(81) CDD 869.1 B ISBN 978-85-7062-828-2 Composto e impresso no Brasil Printed in Brazil www.evandocarmo.com Minha Alma Poética Iranete Pontes 4 Minha Alma Poética Iranete Pontes Editor: Evan do Carmo Minha Alma Poética Iranete Pontes 5 Ele é rock, eu samba, mas dançamos no mesmo compasso... Ele é bonanza, eu ventania, mas na mesma tempestade, a vida, seguimos sempre juntos na mesma estrada! Minha Alma Poética Iranete Pontes 6 E o ódio e a inveja... é realmente lamentável como alguns não vivem a sua própria vida e ficam com ódio e inveja da felicidade e da vida pessoal de outros... Minha Alma Poética Iranete Pontes 7 Com certeza, Deus pra nós humanos, tarda, mas nunca falha! (Pra nós tarda, pois nosso tempo, não é o mesmo Dele, nós somos imediatistas...) Minha Alma Poética Iranete Pontes 8 O tempo não para e com ele se vão as pessoas que amamos, então o que nos resta são as lembranças, sorrisos e bons momentos cada um mais inesquecível que o outro... Saudades de minha mãe, de tudo de bom que foi pra mim. Minha Alma Poética Iranete Pontes 9 A primeira vez que olhei no teu olhar, mergulhei num lago límpido e calmo que me deu segurança, quando tentei voltar não encontrei mais a saída, fiquei aprisionada pra sempre dentro de você!... Minha Alma Poética Iranete Pontes 10 Surtei Mergulhei nos teus olhos, me afoguei, Acendi meu corpo no teu corpo, me queimei, Encostei minha boca em tua boca, surtei, Nunca mais tive paz, amei! Tenho medo de te perder, Me perdi! No teu amor! E me achei sonhando, acordei! E senti o teu calor, Minha realidade! 28,09/2006 Minha Alma Poética Iranete Pontes 11 Duas faces I Estou com meu ser pesado, Me parece carregar um fardo, Da minha vida que carece De amor, de abraço, de agrado Estou só e triste neste tablado Dói na alma e desabafo. Meu ego está vazio, Minha alma em pânico, Socorro meu Deus eu peço, Isto é obra do satânico. Minha Alma Poética Iranete Pontes 12 Infância singular Era o ano de 1960, em nossa humilde casa, lamparinas acesas, minhas irmãs e eu deitadas no chão da sala, minha mãe sentada no meio de nós, fazendo crochê...A única fonte de renda que ela tinha para nos sustentar. Eu com apenas três aninhos, passava pela angústia de ser desmamada, pois mamãe não tinha mais leite. Então meu avô (0 pai Chiquinho) comprou uma cabra para tirar leite pra me alimentar; isto tudo, acho que só lembro por serem passagens marcantes na minha mente, e por ouvir minhas irmãs e minha mãe repetirem. Minha Alma Poética Iranete Pontes 13 Duas faces II Baixa o pano é outro dia Dia de paz e harmonia. Muda o cenário, se alegra, Temor já não tenho mais... Vive um dia de palhaço, Pinta a cara, colore a roupa, Os cabelos...palha de aço... Grita, canta, pirilampa, Até a garganta ficar rouca. Dança, rodopia, corre, neste corpo o amor acampa!!! Minha Alma Poética Iranete Pontes 14 Ser Tudo que entendo da vida é que amo tudo que a vida entende de mim é que eu chamo Mergulho cá dentro de mim e não sei o que sinto Se gosto do meu ser ou se apenas consinto Sinto o gosto de você Sinto o cheiro de uma flor Sinto tanto ciúme Que sinto uma enorme dor... Sou mulher, às vezes nem isso sou Sou apenas um ser que não quer ser... Se sou feliz, tudo sou E só quero te fazer feliz!!! Iranete 24/11/2008 Minha Alma Poética Iranete Pontes 15 Ser ll Olho teu retrato e reflito Na luz que vem dos teus olhos me leva a um enorme conflito Essa luz se funde em mim, em meus ossos... Mergulho em teu ser Quero estar contigo Se és feliz, também sou... Tudo que quero é nos fazer feliz... Iranete do Carmo 24/11/2008 Minha Alma Poética Iranete Pontes 16 Teu corpo Ali no meu leito tonteante, afinal minha alegria é viver mais doçuras com meu amante, ver brilhar na sua face a luz... quando no calor dos nossos corpos arfantes, dizemos e fazemos muitas coisas. Olho nos seus olhos em brasas e... eis que incendeio petulante. Repentinamente, como em profundezas de águas me afogo, e desfaleço em seus mares.Com seu veneno, me afago e morro pra ressuscitar e esperar com desespero novamente essa volúpia inebriante que só em nosso prazer acaba, com bis, como se fora um visitante. Minha Alma Poética Iranete Pontes 17 Teu Pé Muitas vezes ,na falta da mão, procuramos o pé Ah! teu pé! Todas as vezes que o toquei o encontrei! E roço o meu pé no teu Tu roça o teu pé no meu... Aí o fogo acende nem que seja por pouco tempo... É o tempo passa!... E junto com ele, a paixão tudo que permanece é "o amor"... "A chama do amor" Aí voltamos a entrelaçar nossas mãos! E adormecemos, saciados, cansados! Isto se chama"amor"... 24/06/2009 Minha Alma PoéticaIranete Pontes 18 Não me afastarei de ti, até a hora da partida... Podem falar que o primeiro amor é inesquecível, mas dependendo dos anos que se passam, nem o nome não se lembra mais... porque terei ciúmes da primeira, se fui a última? Ah! A última é que te alimenta de emoção! te dá tudo que precisa, oferece a vida...! Ah! "você não sabe quanta coisa eu faria pra ti fazer feliz!" Fui capaz de criar um filho que não era meu e fazê- lo meu... Fui capaz de tirar de minhas entranhas um filho que não podia mais forjar... Forjei-o pra vc, pra nós...! Tirei de minhas entranhas poesias que ti ofereci lembra? Quando eu partir... te lembrarás de mim, quando olhares pra esse filho que forjei Sem poder forjar, forjei com o poder de Deus... "Você não sabe quanta coisa eu fiz pra ti fazer feliz!" Minha Alma Poética Iranete Pontes 19 Entre quatro paredes, "Só nós dois é que sabemos, só nós dois e mais ninguém!" Mas, como saber, se depois que eu partir, serei a última? Fácil, ninguém que possa vir depois, superará o meu amor... O nosso amor...! 29/06/2006 Minha Alma Poética Iranete Pontes 20 Contigo. Hoje tive uma inspiração acho que fiquei com saudade, você não me levou contigo, fiquei só e não gostei ,vou a teu encontro com essas palavras que ditei, aqui grito o meu amor para todo orkuteiro, vão ver como se ama e também o que não ocultei. Tu és minha própria vida, se não estás, juro, falta- me tudo, fico doente, sem nada ter, falta-me o ar. Me perco em pensamentos, e não me encontro até te encontrar... a tarde fica longa, e a noite demora chegar... Noite que com inveja de minha felicidade, quando te ver escurece, fica cega, pra não nos enxergar... 04/07/2009 Minha Alma Poética Iranete Pontes 21 Procurando Me olhei no espelho e me espelhei... me assustei... do meu lado vi minha sombra...chorei... com todos os homens me enganei... Desiludida fiquei entristecida... retornei ao espelho.. pra minha surpresa percebi dentro dele não era eu, era vc... Me volto assustada... A sombra que me acompanhava...minha sombra? Não era a minha, era a sua...ou será o contrário? não sei... Procurei em vão... não encontrei... Até em amores passados... sem perceber que sempre foi vc que esteve em mim... ao meu lado... 11\11\2007 Minha Alma Poética Iranete Pontes 22 O tempo Cansei de ficar Esperando o tempo passar Ser certinha e me aquietar, Calei por muito tempo, Vendo o tempo me levar Coerente, fui levando-o, Achando que ele podia parar... Envolvendo-me e enganando-me Ia a metamorfose A me transformar. Hoje quente, Amanhã frio quietinho ia Como a me devorar... Olhando-me no espelho Ia uma ruga encontrar... Revoltada contra ele Uma atitude fui buscar Abracei a minha vida e precisei Da cumplicidade para caminhar. Minha Alma Poética Iranete Pontes 23 Fiz um pacto com a loucura E consegui escandalizar Beijei minha juventude Soltei a sua mão Parei de lamentar Pela primeira vez no espelho Olhei a me admirar Vi ruga sim Mas, com clareza, Vi o espelho A me elogiar... O inesperado aconteceu! Estava toda colorida, Como a vida... Laranja, verde Florescente a ofuscar O tempo parou assustado Pois querendo-me entristecer, Ele viu, que eu me pus A cantarolar e a dançar. 21/12/2006. Minha Alma Poética Iranete Pontes 24 Se não posso ir contigo Se não posso ir contigo não tenho tempo pra te ouvir Tenho-te comigo... Neste poema, que sempre posso voar... leva-me neste poema, seja qual for o destino a seguir... leva-me contigo também... como amante e amiga Nas minhas palavras lê a paixão, elas formam o abraço de dois corações O beijo que é meu, tudo que imaginei... E tudo que realizei!!!! Estaremos sempre juntos, não tem espaço nem tempo. Se não podemos estar perto, voaremos... nas asas da poesia... Se não podemos ouvir, ouviremos, nas notas das músicas que fizeste pra nós... 04/07/2009 Minha Alma Poética Iranete Pontes 25 Surtei Mergulhei nos teus olhos, me afoguei, Acendi meu corpo no teu corpo, me queimei, Encostei minha boca em tua boca, surtei, Nunca mais tive paz, amei! Tenho medo de te perder, Me perdi! No teu amor! E me achei sonhando, acordei! E senti o teu calor, Minha realidade! 28/09/2006 Minha Alma Poética Iranete Pontes 26 Alma gêmea Alma irmã da minha alma, Ser metade do meu ser, Tu és eu quando te quero Eu sou tu se queres ser. Tens prazer quando te dou Sou feliz quando tu és, Não há tempo nem espaço Que separe tu de mim Meu sorriso em tua face Faz sorrir teu rosto em mim. Alma irmã da minha alma, Ser que habita no meu ser És a paz tão desejada, A plenitude do viver Toda aventura na terra Se resume em te querer. Minha Alma Poética Iranete Pontes 27 Dia de chuva(melancolia) A chuva cai lá fora... E eu aqui dentro com o coração em pranto. Onde andas, que eu não sei, choras por mim ou outra se espanta? A vida te tomou de mim, Ou foi outra, que o teu olhar encanta? Teu olhar que era só meu, Que nele ainda me encontro, Era só no teu olhar que eu nascia e a mim causava dor, um tanto! Oh! Sopro quente que sopra em meu cangote, Não se lembra de outros tempos? Que eras brisa a me esparramar os cabelos? Trazias alegria e canto, Agora tristeza e morte! Minha Alma Poética Iranete Pontes 28 Levavas as nuvens escuras, para que aparecesse o sol, que resplandecia e alegrava os iludidos mortais. Agora vem tu e trazes, nuvens carregadas de horror.. Escurece o dia e fazes triste Quem antes se iludia e era feliz.. Achava que dar, valia mais do que receber... Descobriu que é dando, que precisa ganhar Pra se ter verdadeira felicidade! Minha Alma Poética Iranete Pontes 29 Só Só, na escuridão do dia está me faltando você... Estou sem fôlego, fôlego que me dá vida... Está me faltando você. Você, meu próprio ser, Minha imagem no espelho é você, Minha fantasia, meu êxtase, meu prazer... é você... Você que não sai de mim, só penso em, você... Você que sempre está comigo, Você que sempre me aquece, e me apetece, Que me envolve em seu calor...sua luz. Você que sabe o que eu sei...pensa comigo. É meu amigo que me quer, É meu amante, que me deixa ser eu... Reverencio ao meu Deus em oração, Que me abraça, me acalma queme permite ter Minha Alma Poética Iranete Pontes 30 você. Me dá tempo para está com você. Você que sempre é meu caminho de volta, Minha direção certa, você que é meu amor, Meu amigo, meu amante, o sol que me aquece, Me queima...me enlouquece... Você é minha calma, Meu raciocínio...se você não está, Desespero-me...todos notam que estou triste... Ou nem me notam...não existo! Minha Alma Poética Iranete Pontes 31 Beatriz Hoje uma criança, aos quinze uma mulher, Teus pais ainda não sabem de onde vem você. Da lua ou das estrelas, do mais distante céu, Só pra trazer para eles o mais sublime mel. Teu nome já diz tudo o que poderias ser, A soma das virtudes que eles queriam ter. Nas horas mais difíceis do nosso existir, Tu és a prova viva que um anjo pode vir. A calma e a paciência que nós podemos ver, Na luz do teu sorriso luzindo o viver. É o fulgor da vida que enche nosso ser, Teu nome é Beatriz só pra nos dar prazer. Minha Alma Poética Iranete Pontes 32 Belle Bella, bellinha, este é seu nome Feito pra você... Bello como você... Quando nasceste, os que te acolheram como pais, sabiam da belleza terna que irias ter... Como tudo que enxergamos bello, O mar a terra e o céu, a natureza... Tens uma belleza ímpar... Sua belleza interna Que se apresenta no teu sorriso, É como uma flor Que sorri quando desabrocha... És Bella, como Bello é o colorido da borboleta ... Uma borboleta colorida voando... Como Bella é a tua existência... Cheia de reticências... Completas a tua família Bella... Minha Alma Poética Iranete Pontes 33 Deus, quando abriu as portas do céu Para que tu viesses, como anjo habitar entre nós, Sabia que família iria te receber, Tinha que ser especial... Colocaram o teu nome Bella Pois especial e Bella é você... 27/01/2009 Para uma pessoa especial Minha Alma Poética Iranete Pontes 34 Homenagem08/03/2009 Ontem vi uma coisa muito triste um irmão querido partir... Mas neste mesmo instante, ouvi muitas coisas bonitas De entristecer e dar inspiração! Ouvi que partiu quando chegou o verão... Mas ao mesmo tempo eu lembro, Cantou no inverno pra alegrar nosso torrão! Como uma cigarra cantava...como gafanhoto dançava! Como cupido flechava o coração! D.Marta é testemunha E nela ainda ecoa seu grito de emoção! No Pelourinho sua dança, sua graça, vai viver pra sempre Na eterna imensidão! E os tambores em sua homenagem tocarão! Hoje o mundo acordou silencioso e triste... Minha Alma Poética Iranete Pontes 35 Mas vc não queria que chorássemos... Isso tb fiquei sabendo... A música que mais gostava, Dizia que queria ver todos sorrir! E, que ironia, ouvir esta, na voz do teu irmão, Pra sempre todos chorarão!!!! Minha Alma Poética Iranete Pontes 36 Heverson Você não saiu de minhas entranhas, mas eu te amei... te amei quando contigo briguei, quando te repreendi E não me arrependi te amei quando te ensinei... Você não saiu de minhas entranhas, mas eu te amei... Quando arranquei teu primeiro dentinho... Quando te ensinei a escrever a primeira letrinha... a primeira palavra... Te amei quando te levei pra escola pela primeira vez... Pra faculdade... Te amei quando te mostrei a vida...o que era errado e o que era o certo a fazer... E te dei conselhos a respeito dela... Minha Alma Poética Iranete Pontes 37 E te amei mais ainda quando te mostrei Jeová E te pedi que nunca se afastasse Dele Te amei desde a primeira vez que te vi... Quando entrou em minha casa pelas mãos do Paizinho E te amei quando pela primeira vez me chamou de Mãezinha Te amei quando por muitas vezes choramos juntos e abraçados, as vezes por coisas boas Outras vezes nem tão boas assim... Continuo te amando, pois cordão umbilical uterino se corta... Mas cordão umbilical dos corações, Eles ficam unidos pra sempre! Você não nasceu das minhas entranhas, Más do meu coração!... Hoje a força desse amor mostrou isso...quando precisou foi esse laço que procurou... E foi pra esse laço que você voltou... Minha Alma Poética Iranete Pontes 38 O laço do amor... Mãezinha 10/06/2010 Resposta “Oi mãezinha... achei muito lindo o poema. E concordo totalmente com cada linha dele. Também a amo muito. Terça feira irei aí pra matar a saudade! beijos mãezinha!” Minha Alma Poética Iranete Pontes 39 Sônia, minha cunhada e irmã Sonia Ah! doce ilusão dos mortais, Que pensam que são imortais... Essa doce ilusão, que se instala em nossos corações... A dura realidade mostrando, que você, antes aqui tão perto, Seguiu seu caminho, Pra nós tão incerto... Deixou-nos sozinhos, Por que você fez isso? Por que não me disse adeus? Eu fico repetindo :Ah! se eu soubesse... Ah! se eu soubesse... Desculpe-me, não sei perder, Não consigo entender, Já não reconheço o teu lugar, Este medo cruel de ir lá, Vou ver o teu sorriso e chorar... Lembrar da hora que partiu E mentindo disse até já... Acreditando, te deixamos pra trás... Sem saber que não te veríamos jamais... E sem piedade foste embora, Deixando nossas vidas vazias... Pois com teu sorriso as preenchia... Nunca, nada o apagará de nossas lembranças... Loucuras desse sentimento doente, Desses corações carentes... Agora vivo a fazer poesias e sonho... procuro uma palavra que rima com Sônia! 05/10/2011 Minha Alma Poética Iranete Pontes 40 Meu Marido Olho em teu olhar... tu canta...e até hoje ME encanta !!!Assim prossegues todos os dias , como um jardineiro, regando a plantinha com tua Arte Divina, e esta bendita água vai se transformando em um mar de amor! 30/08/2013 Minha Alma Poética Iranete Pontes 41 Meu Equilíbrio Tu és o caminho que me leva ao Paraíso... Tu és a força que me falta na fraqueza... És o amor que me faltava e contigo aprendi a amar... Amor esse, que nem sabia que existia... Tu és meu equilíbrio, quem me traz à razão... Tu és os versos dos meus poemas Eu sou a musa de tua canção! Realidade dos meus sonhos!!! Minha Alma Poética Iranete Pontes 42 Deitada em minha cama Ouvindo pássaros cantar... Bem-te-vi, bem-te-vi !!! Com meu amor ao lado ouvindo-o ressonar... olho e o vejo sorrir!Começo a fazer uma prece e a pensar... Feliz és de ter a natureza a te encantar... O sol nascendo a brilhar... Parece uma festa com orquestra a tocar... Com pássaros maestros regendo ao revoar... Vejo meu amor ao lado e fico a delirar... Me dá vontade de dançar... Começo a escrever estas rimas e a versar! Minha Alma Poética Iranete Pontes 43 Vovó de Lourdes! Olhando seu neto percebo um lugar vazio... A falta que teve do seu amor é esguio... No ventre chorou e sofreu e não te conheceu... Os que não lhe conheceram Hoje rapaz, moça, diz que queria amor de vó, o seu! Os que tiveram seu afeto, sua ausência só dói... Foram ofertados e preenchidos com este amor, Com sua presença.... E isto o tempo não corrói... Têm a lembrança da mulher guerreira... Da mulher crocheteira...Trabalhando... Da mulher cozinheira... Assa pão na frigideira vovó, dizia um Minha Alma Poética Iranete Pontes 44 faminto... Faz cuscuz pra mim vovó, dizia outro... E ainda outro, vovó eu quero é tapioca... E a senhora bailando pra lá, bailando pra cá, Ia saciando a vontade dos netos... A festa nas férias era tua companhia, teu lar... E tanto fazia... e tanto contava histórias... Histórias de Trancoso... E até hoje não descobri o que significava, Esta tal "história de Trancoso"... Acho que se referia à "histórias de mentiroso"! E brincava... E brigava... Cipózinho nas pernas de quem ia pra rua, De quem era teimoso... Mas os netos se derretiam de amores, E brigavam, disputando o seu abraço carinhoso, O seu colo gostoso! Minha Alma Poética Iranete Pontes 45 Até hoje debatem quem era o mais querido, O preferido, cada um querendo ser... Ter sido... o mais Gracioso...!!! Iranete 01/09/2013 Minha Alma Poética Iranete Pontes 46 Mãe Certo dia tive um sonho... Avistava minha mãe debaixo de uma árvore... Abria os braços pra mim e cantava... A árvore frondosa e florida, Aberta como um guarda-chuva... A música se confundia com suas lembranças... Lembranças de um neto que não conheceu... Mas como vó no sonho concebeu... Sua imagem me confunde... se mistura com o tronco... E a música dizia," andei por todos os jardins, procurei uma flor pra te ofertar..." Eu também procurei uma flor, mas não encontrei rosa alguma, com o aroma do perfume que queria lhe dar, Minha Alma Poética Iranete Pontes 47 Chorei muito e acordei... Aquela flor que procurei Nunca pude encontrar... Iranete 01/09/2013 Minha Alma Poética Iranete Pontes 48 O reencontro Passo pensativamente em uma floricultura, Com os braços cheios de rosas... Lentamente chego à rua... Vou à casa da Inês... A vida é muito estranha... Nos afasta das pessoas que mais amamos! Tem muito tempo que não entro por aquela porta, Em outros tempos tão familiar... Nenhuma de nós sabe o que aconteceu, acho... Só que o tempo passou e agora Nos sentimos estranhas... Éramos como duas irmãs... Quando penso, bate-me uma nostalgia... Minha Alma Poética Iranete Pontes 49 Meus passos ficam mais lentos, estou chegando... Um calafrio de medo arrepia meu corpo... Medo de passar por aquela porta , minha velha conhecida... Como Inês irá me receber? Em sua face haverá algumas rugas que não conheço? Lágrimas escorrem pelo meu rosto... Chamo como outrora já chamara, -Inês Ela aparece e subitamente me encho de coragem, Corro ao seu encontro, Seguro em sua mão...E lhe entrego as rosas! Iranete 03/09/2013 Para uma grande amiga Minha Alma Poética Iranete Pontes 50 O Portão Cheguei...Parei e comecei a respirar rapidamente, até mesmo ofegante... Minhas pernas sedimentaram e não pude sair do lugar... Fiquei paralisada com imagens e lembranças que povoaram minha mente... Tinha vontade, mas Não conseguia gritar o que estava sentindo... De repente a sua ausência me faz um grande silêncio, Que me obriga a perfazer um longo caminho de volta ao passado... Minha alma está congelada dentro de um enorme túnel, De uma imensa solidão! Repentinamente alguém segura em meu braço E me tira do transe em que me encontro... Me convida a abrir o portão e entrar... Eu inesperadamente viro as costas Minha Alma Poética Iranete Pontes 51 E e a passos largos me distancio dali rapidamente... Iranete 03/09/2013 Minha Alma Poética Iranete Pontes 52 A um homem estranho As poesias que faço a ti, Histórias de Trancoso, de Carochinha... Escrevo tudo que queria que fosse pra mim. Que perdurasse em ti o bem que me faz; Quando o homem que amo, sensível, leal Homem amoroso, amigo, amante, Em ti habita... Mas o homem que amo pouco demora... Logo surge o homem que reside mais demoradamente... Que odeio e só me faz mal... E em seguida me faz padecer de um enorme vazio... De uma grande ausência presencial... Deixando-me cheia de solidão... E uma estática melancolia! Iranete 03/09/2013 Minha Alma Poética Iranete Pontes 53 Agradecimento Quero agradecer ao meu Deus, que cuidou de mim até aqui...de minha espiritualidade! Sem Ele eu não nada seria, pois Ele é minha riqueza! Agradeço meu Deus de ter o teu favor, e de ter-me escolhido como um de seus servos e de ter-me dado o grande privilégio de ser uma de suas Testemunhas e levar o seu Grandioso Nome, Jeová Deus, ao conhecimento de outros... Lhe agradeço Jeová, pela família que tenho, marido maravilhoso e meu grande apoiador, filhos amorosos e amigos maravilhosos, embora poucos, de qualidade. Agradeço-lhe pela vida e pela natureza que nos inspira a escrever grandes coisas a seu respeito e assim lhe dar louvor! Iranete 03/09/2013 Minha Alma Poética Iranete Pontes 54 Para Evan Do Carmo Andamos de mãos dadas com a felicidade, Fizemos um pacto com a tal deidade... Que um cordão tríplice seríamos, Como um Acróstico de gozo viveríamos... E- eterna para nós é a fidelidade... V- vamos dar de coração e a alegria buscar... A- atrás de levar a vida, N- não deixar ela nos levar... N- nada é mais prazeroso... E- eternizar-nos na dança... T- tendo-o nos meus braços E- em tuas canções não sentir saudade... Iranete 03/09/2013 Minha Alma Poética Iranete Pontes 55 À isete “Sabe aquele dia e aquela hora que sentimos vontade dedesabafar, e vontade que todo o mundo saiba a mulher que Você é, e que às vezes o próprio mundo e algumas pessoas até mesmo da própria família rejeita? Hoje é este dia de dizer e fazer a declaração, que tu, minha irmã querida, tem o coração enorme, perdoadora e benevolente... Não guarda rancor dentro de si... Tu provaste até agora ser a melhor de todos nós... dos filhos do ventre de nossa mãe... O maior presente que podemos oferecer a alguém é aquele que não se vende, nem se compra: o AMOR. Deus colocou muito amor em seu coração. A resposta de gratidão consiste em partilhá-lo. Você é simplesmente intermediária nessa missão. Sem o seu calor humano, a vida poderia se tornar um deserto... E você minha irmã é a chuva... o mar. o oceano que Deus colocou em (nosso deserto) Minha Alma Poética Iranete Pontes 56 nossas vidas! Pena que tem gente que morre de sede por não querer enxergar e beber dessa fonte, você e a tua bondade!... Amo-te muito, por tudo que representa pra mim e minha família... da sua Irmã.” Minha Alma Poética Iranete Pontes 57 Saudade não é o começo do esquecimento e sim a lembrança inconformada... sofrida... é a vontade de estar novamente perto, a certeza da inutilidade e o medo de nunca mais poder realizar ou estar com a pessoa amada... A saudade que anda de mãos dadas com a esperança, é menos dolorida... Iranete 03/09/2013 Minha Alma Poética Iranete Pontes 58 Tua face Olho e vejo a tua face Em tudo o que é vida, Toco e sinto a tua pele Em tudo o que agarro. Ouço a tua voz no Murmúrio suave do vento, Inebrio-me no teu cheiro, Nas fragrâncias do teu corpo, Desejos intensos de estar contigo, Vontade desenfreada de viver. É a loucura de saber amar Para se deixar morrer. Olho e vejo a tua face Em tudo o que é vida, Toco e sinto a tua pele Em tudo o que agarro Minha Alma Poética Iranete Pontes 59 Ouço a tua voz no Murmúrio suave do vento, Inebrio-me no teu cheiro, Nas fragrâncias do teu corpo Desejos intensos de estar contigo. Vontade desenfreada de viver. É a loucura de saber amar Para se deixar morrer. Minha Alma Poética Iranete Pontes 60 Duas faces I Estou com meu ser pesado, Me parece carregar um fardo, Da minha vida que carece De amor, de abraço, de agrado Estou só e triste neste tablado Dói na alma e desabafo. Meu ego está vazio, Minha alma em pânico, Socorro meu Deus eu peço, Isto é obra do satânico. Minha Alma Poética Iranete Pontes 61 II Baixa o pano é outro dia Dia de paz e harmonia. Muda o cenário, se alegra, Temor já não tenho mais... Vive um dia de palhaço, Pinta a cara, colore a roupa, Os cabelos...palha de aço... Grita, canta, pirilampa, Até a garganta ficar rouca. Dança, rodopia, corre, neste corpo o amor acampa!!! Minha Alma Poética Iranete Pontes 62 A natureza Lua clara Lindo luar Esperta-me o sono De tanto te olhar. Lua meia-taça Lua crescente e ao contrário nova A inovar. Lua cheia...Lua gorda Escancarada a iluminar... E os amantes na calçada a te endeusar... Lua minguante, esvaziando cansada a se apagar. Chega o sol Quente e dourado Com seus fios de ouro a brilhar. Sustentar a vida e bonito ser, Coisa complicada de se entender... De repente, vem as nuvens, Minha Alma Poética Iranete Pontes 63 Sua aura a esconder A chuva lava seus raios, Que com trovões, traz preocupação e medo. Um arco-íris é formado: Pára a chuva Pára tudo Ele deixar o céu encantado E com os pés molhados A chutar as poças d’água Sinto o cheiro... O perfume da terra molhada... 13/10/2006 Minha Alma Poética Iranete Pontes 64 infância singular Era o ano de 1960, em nossa humilde casa, lamparinas acesas, minhas irmãs e eu deitadas no chão da sala, minha mãe sentada no meio de nós, fazendo crochê...A única fonte de renda que ela tinha para nos sustentar. Eu com apenas três aninhos, passava pela angústia de ser desmamada, pois mamãe não tinha mais leite. Então meu avô(0 pai Chiquinho)comprou uma cabra para tirar leite pra me alimentar; isto tudo, acho que só lembro por serem passagens marcantes na minha mente, e por ouvir minhas irmãs e minha mãe repetirem. Minha mãe me contara , que morando de aluguel numa casa que era de sua tia ,um dia atrasou o pagamento do aluguel e ela pediu que desocupasse a mesma, por conta disso foi minha mãe com os filhos para debaixo de uma árvore chamada oiticica, muito frondosa, onde residiu por três longos dias, até que pai Chiquinho veio lá Minha Alma Poética Iranete Pontes 65 do Recanto, onde morava,( era um lugarejo vizinho de nossa cidade Novas Russas, no Ceará), para nos ajudar. Dona de Lourdes, minha querida mãe, como a maioria das mulheres nordestinas sofredoras, ficou sozinha com os filhos quando meu pai resolveu ir tentar a sorte no rio de Janeiro; Sorte dele, pois foi e não voltou; ou só voltou para passear, seis anos depois de deixar minha mãe com cinco filhos, quatro meninas e um menino, sendo uma, apenas bebê. Neste passeio de um mês, deixou ela grávida de mim. Portanto eu com quatro anos, não conhecia ainda meu pai. Lá em casa tinha uma foto dele, num quadro pendurado na parede, adornando o ambiente tão humilde, juntamente com os santos. Na foto papai tinha um lindo bigode e cabelos muito pretos, era magro, vestia um terno de linho branco e fazia pose de um homem muito elegante. Aquele quadro era meu orgulho, tinha verdadeira adoração à ele, ficando horas à amá-lo Minha Alma Poética Iranete Pontes 66 e a Admirá-lo. Seu Antônio meu pai, já estava há um longo ano sem dar notícias. Lembro de minha mãe contar que ele mandou para casa de minha avó paterna uma mala cheia de tecidos, e que ela os levou pra mamãe. Era como se fosse prêmio de consolação, só tinha chita dentro da mala. Um dia, chegou uma prima dele, lá do rio, a Socorro, dizendo que ele estava muito bem, e que sabia do seu endereço; assim, incentivou minha mãe a ir em busca dele. Batista, o único menino, que tinha apenas oito anos quando o pai foi embora, era muito inteligente, gostava de ler tudo que via. Um dia conseguiu um gibi de um super-herói e fazia deste uma moeda, usando para trocar com alguém que nunca o tinha lido, por outro que ele queria ler. com apenas quatorze anos, quis ir embora para Brasília, menor de idade não podia viajar sozinho num pau-de-arara.(caminhão coberto com lona com bancos de madeiras) únicomeio de Minha Alma Poética Iranete Pontes 67 transporte do Ceará para Brasília. Foi então que nossa mãe usando um artifício que era muito usado naquele tempo aumentou a idade dele registrando-o de novo, como se tivesse dezoito anos. Meu irmão foi pra Brasília em 1960 e em 1962, Dona de Lourdes, cansada de sofrer, criando os filhos sozinha no Ceará, resolveu ir atrás do Seu Antônio. Não podia levar todas as filhas mesmo com a ajuda dos parentes; o dinheiro não dava para comprar as passagens e para os gastos da viagem. Amélia que era a mais velha de nós era um tanto doente e ela não podia deixá-la, mesmo porque queria, ao chegar lá, fazer um tratamento de saúde nela. A Isete e eu, éramos as mais novas, e restaram as meninas do meio que eram a Irinete e a medalha, que ficaram na casa de uma tia. Chegando ao Rio de janeiro, Seu Antônio estava à nossa espera na rodoviária, era um homem baixo e gordo mal arrumado, de bigode e cabelos já um Minha Alma Poética Iranete Pontes 68 pouco grisalhos, e não tinha nem de longe a elegância e o porte que o meu pai do quadro tinha. não! Aquele não era meu pai .O homem me chamava, queria me abraçar e eu corria pra detrás de minha mãe, agarrando-me nela, e me escondendo nas suas saias, como quem pedia socorro. Ele tinha os olhos vermelhos e um cheiro que eu, na minha inexperiência, não conseguia identificar; cheiro esse que depois se tornou peculiarmente insuportável e conhecido, era cachaça misturada com cebola. Eu não quis nem saber dele. Fomos para casa, papai chamou um táxi pra nos levar. Encantei-me com a paisagem a caminho. Mar pra todo lado. Logo avistamos a praia do Flamengo, Botafogo, passamos por um túnel e chegamos à Copacabana, Ipanema, Leblon, subimos o morro do Vidigal, logo avistamos a praia de São Conrado e finalmente chegamos ao nosso destino: A favela da Rocinha, a maior favela do mundo! Lá no largo do boiadeiro, meu pai tinha uma birosca(nome que se dá, no Rio de Minha Alma Poética Iranete Pontes 69 Janeiro, a um armazém) muito grande e sortida, vendia de tudo, da cachaça à carne de jabá. Nos fundos as nossas acomodações tinha até geladeira e rádio “voz de ouro”. Muita bagunça e sujeira, meu pai vendia até carvão, então tinha um pó preto que cobria tudo, mas com uma boa faxina, logo ficou com cara de lar, "o lar da Dona de Lourdes". Vivíamos aos trancos e barrancos, com as dificuldades da adaptação familiar, por tanto tempo separados; e minha mãe teve de suportar os desmandos do meu “novo pai”, que bebia bastante, e às vezes nos ameaçava de forma até violenta, tudo fruto da embriaguez, é claro. Meu pai, além de tudo que fez minha mãe e nós passar, era um homem bom, tinha suas qualidades, era generoso, não deixava-nos faltar nada. Em nossa nova casa tínhamos muita fartura. O tio Zé, irmão de minha mãe, já vivia no Rio havia muitos anos, era gerente de um hotel no bairro do leme em Copacabana. O ‘praia leme” como se chamava o hotel era de uma americana, Minha Alma Poética Iranete Pontes 70 de alma nobre e um enorme coração, Dona Lot. Mesmo sendo rica, se incomodava com o sofrimento dos humildes que lhe rodeavam.ao saber da história de minha mãe, se ofereceu para trazer as duas meninas que haviam ficado no Ceará. Comprou até passagens de avião e as duas meninas puderam enfim, depois de ir de Nova Russas para Fortaleza, vir pra junto de nós, depois de nove meses que estávamos no Rio de janeiro. Em uma das peripécias do meu pai, sob o efeito maldito da pinga, ocasiões em que maltratava a minha inocente mãe uma dessas noites eternas, em que ninguém tinha sossego, e nem conseguia dormir, o Seu Antônio foi longe demais, nos ameaçou de morte, dizia que ao dormirmos ele levaria a termo seu projeto, e para isso começou a afiar a faca na nossa frente e voltar para frente da birosca, onde bebia sem parar. Nós apavoradas chorávamos sem ter onde buscar ajuda, nem uma solução...De repente, uma de nós teve uma ideia: fugirmos pelos fundos dos barracos caminhando de lado em cima de umas tábuas que Minha Alma Poética Iranete Pontes 71 vinham das sobras dos assoalhos que eram de madeira barata. Os barracos eram suspensos do chão, pois passava uma vala embaixo de todos eles, era o esgoto da favela que passava por ali como um rio a céu -aberto. Pra subir ou entrar em casa, se usava fazer escadas de tijolos.Com muito sofrimento chegamos de madrugada à Copacabana, onde meu tio morava no andar térreo do hotel Praia leme, nessa época já a bondosa D. Lot, havia ido embora para os EUA e deixou meu tio tomando conta do hotel. Lá ficamos por dois deliciosos meses, as melhores lembranças de minha humilde infância, quando tive tudo que uma criança gosta de ter ,praia , carnaval, banheira, bonecas(claro que eram de minha priminha inesquecível, Ana Cristina)...luxo que eu depois senti muita falta. O tio Zé não queria que voltássemos pra Rocinha. Minha mãe cedeu à insistência de Seu Antônio, e voltamos à rotina; pois apesar das promessas ,seu Antônio não mudou, continuou bebendo, jogando e aprontando das suas. Certa vez em uma das brigas Minha Alma Poética Iranete Pontes 72 que minha mãe era personagem passiva; ouvi-o falar: “vieste atrás de homem no rio de Janeiro”! Minha Mãe respondeu: “vim atrás do meu marido, e pai dos meus filhos”, dizia isso com muita força e integridade batendo no peito, um costume que ela tinha para reforçar uma atitude de coragem. Também lembrava pra ele o motivo de sua zanga infinita, que era o fato dela ter vindo acabar com a vida mansa que ele levava, usufruindo liberdade de solteiro, enquanto sua família passava necessidade , no Ceará. Lembro também, que quando tinha uns sete anos, fugi de casa, ou melhor, saí escondida, num dia de Cosme e Damião. Lá na favela quase todos davam doce, promessas de umbanda e coisas assim, e eu, só por farra, fui entrando em todos as filas, recebendo os saquinhos, e nem comia, colocava tudo dentro de outro saco grande, já tinha ido em mais de dez residências receber doces, e só voltei pra casa, chorando, quando passou um moleque e me tomou tudo, e saiu correndo...Ah! aquele dia Minha Alma Poética Iranete Pontes 73 frustrante não saiu nunca mais da minha cabeça. Acho que é por isso que hoje quando vejo, doces, chocolates, ou qualquer outra guloseima, quero comer logo tudo de uma vez, com medo de perder de novo… Havia umas mulheres lá pra cima do morro, que segundo rumores, tinham liberdades com nosso pai antes de chegarmos, tinham inveja e raiva de nós. A Irinete, minha irmã, era uma moça muito bonita, quase índia, de dar inveja, nessa época, ela já trabalhava, na extinta “Casas pernambucanas”, por isso, andava muito bem arrumada; Um dia ela e eu íamos passando, quando uma dessas mulheres, que morava em um barraco de andar, tipo sobrado, lá de cima, despejou um pinico de “xixi” em cima dela, lembro-me do constrangimento e enorme vergonha que ela ficou, chegou em casa chorando…E quem pagou o pato foi o seu Antônio, com o falatório de Dona de Lourdes, e lhe apontando como culpado. Minha Alma Poética Iranete Pontes 74 A ,Medalha, que com a Irinete veio do Ceará depois,de avião, era a que gostava de lavar a roupa lá de casa. Na Rocinha tinha uns tanques comunitários no Largo do Boiadeiro, onde podia- se lavar e estender as roupas. Então a Medalha sempre que tinha roupa suja, com aquele jeitão simples que sempre teve, colocava a bacia na cintura segurando com uma das mãos, e lá ia para os tanques lavar roupa. Numa destas vezes, começou a escutar uma voz atrevida que dizia, “Oh! Garota linda! Leva meu lenço pra lavar...” E isto se tornou uma constante. Ela chegava em casa aborrecida dizendo que não ia mais, porque um paraibano metido á besta não largava de atormentá-la, minha mãe dizia “porque tu não pega o lenço dele pra lavar mulher, deixa de ser besta!” e ria. João era o nome deste paraibano, dono de um caminhão e de uma casa muito bonita,(coisa rara no meio de tanto barraco), subindo na nossa rua mais em cima um pouco. O João tinha vinte e oito anos e a Medalha apenas dezessete, mas enfim, deu em casamento, e Minha Alma Poética Iranete Pontes 75 foram muito felizes. Amélia, minha irmã mais velha, tinha quinze anos quando viemos para o Rio, no mesmo ônibus que viajamos, veio também o seu namorado Tété, que era parente de meu pai, depois de um tempo ficaram noivos. Meu pai um dia, não sei porquê, determinou que a Amélia não ia mais namorar o Tété. Ela revoltada respondeu umas malcriações a ele, que quis bater nela com uns fios de luz dobrados, minha mãe que imaginou que ela não aguentaria apanhar com aquilo, tomou a sua frente, e as suas pancadas também. Amélia dessa vez foi morar com o tio Zé e a tia Antônia, lá no Leme, que fizeram o seu casamento com o Tété, lá mesmo em Copacabana, por sinal, o casamento mais bonito que eu já vi. Minha prima Ana Cristina, filha do tio Zé, e eu, fomos as damas de honra da cerimônia. Lá na Rocinha, cedo da noite, costumávamos nos sentar numas pilastras de cimento que tinha na escada na frente da birosca, para ficarmos vendo Minha Alma Poética Iranete Pontes 76 o movimento da rua, numa noite destas passou um marginal da favela chamado Tenório, parou na nossa frente, abriu a braguilha e começou a fazer “xixi” na nossa frente; corremos para dentro contando o que aconteceu. No dia seguinte o papai contou o ocorrido ao chefe do tráfico de drogas, o “anjo” protetor da favela, o “Pernambuquinho”, que se encarregou de punir o dito cujo. Não sabemos qual foi a repreensão, só sabemos que o Tenório quando passava na frente da birosca, parecia santo. Uma noite, já depois da birosca fechada, começou um tiroteio em frente à nossa casa, e a do seu Mateus que ficava do outro lado da rua. Depois que o tiroteio cessou, reinou um silêncio de dar medo! Mais tarde fomos olhar nos buracos da madeira, e tive o meu primeiro contato com a morte, que eu, então com seis anos nem sabia que existia. lá fora, jazia um corpo. Logo vimos um homem que se aproximava, daquele no chão. O homem todo vestido de branco (que meu pai logo Minha Alma Poética Iranete Pontes 77 identificou aos cochichos que era o" Pernambuquinho"Chefe do tráfico da Rocinha) até o sapato era branco, notório pois ele com o pé virou o corpo para constatar se estava mesmo morto. A disputa era pelo poder do tráfico de drogas na favela. Aquele morto não era morador da Rocinha, e sim de outro morro. Dias depois, armaram uma tocaia pra ele, uma foto no jornal e uma nota dizia: “morto na favela do Canta Galo o chefe do tráfico de drogas da Rocinha”, e isso dava fim ao episódio. Não muito depois ouvi minha mãe dizer ,com uma cara de desdém, que a viúva do Pernambuquinho (que só andava de linho branco e engomado) já estava engomando as roupas dele, para aquele que agora cantava de galo em seu galinheiro. Eu na época não entendi nada, anos depois que perdi a inocência é que fui compreender o que minha mãe dizia. Seu Mateus, o da birosca em frente a nossa, era um homem estranho, calado, mas educado, tinha Minha Alma Poética Iranete Pontes 78 mulher e três filhas, de quem tinha muito ciúmes. A Leninha era a mais velha, com dezessete anos, a Lenira com mais ou menos quatorze, e Maria com dez anos, foi a minha primeira amiga, eu ia para casa dela brincar, e ajudar sua mãe, dona Amália a bater os bolos, existia um interesse de minha, parte ,pois sempre depois, ela nos dava a bacia para lambermos. Um dia a isete entrou em casa chorando, o motivo fora a notícia imprevista, de que a Leninha havia falecido; pois segundo seus pais passara mal á noite, e levada ao hospital já chegara morta. Fato estranho pois era uma moça saudável e muito jovem. Mais estranho ainda, fora a reação da família; resignada, ao ponto de nem mesmo sua mãe derramar um única lágrima. E o enterro? Não houve! Pelo menos ninguém fora convidado para chorar a defunta. Disse a família que, o corpo fora levado direto do hospital ao cemitério e que não dera tempo para avisar a ninguém. Passado alguns dias, correu na vizinhança um boato que a Minha Alma Poética Iranete Pontes 79 morte da donzela, quem causara fora o seu namoro com um marginal chamado Tenório, aquele lembra? O do xixi! E o cemitério, era um convento lá pelos lados de Niterói. Até o Tenório havia se convencido da morte da coitadinha. Os boatos da vizinhança desocupada chegaram aos seus ouvidos; ele, muito apaixonado, não mediu esforços e se esmerou em descobrir se era de fato veraz tal informação. Foi em busca do tal convento e não demorou muito para encontrá-lo, e a ela também, começou então ,os encontros noturnos com a moça que estava muito bem viva; e para se vingar do seu Mateus, que arquitetara tal ardil, contava para Deus e o mundo sobre seu romance. Não demorou muito para que as freiras descobrissem as fugas noturnas. Tarde demais, pois a moça já estava grávida. Tiveram que fazer o casamento lá mesmo no convento. Seu Mateus morreu de vergonha e desgosto, o Tenório largou a vida errante, e se mudou para Niterói para Minha Alma Poética Iranete Pontes 80 consumar sua linda história de amor, e até onde sei fez a Leninha muito feliz.. Lá em casa as coisas continuaram na mesma. Chegando no ano de 1964, começou a si ouvir rumores de uma revolução em Brasília, onde vivia meu irmão, que nesta época era engajado ao exército. No rádio “voz de ouro”, de hora em hora tocava uma música que anunciava o REPORTER- ESSO e eu me apavorava, chorava, e gritava dizendo: “desliga, desliga" !Meu irmão Batista, era funcionário da NOVACAP, mas no ínterim engajado no exército, por isso o meu pavor. O Batista escreveu pra mamãe dizendo! “se me mandarem para batalha, eu “mato ou morro”! Eu chorava e minha mãe dizia,”deixa de ser besta menina, teu irmão está brincando”...Batista disse que comprara um lote com uma barraco numa cidade chamada Gama, e que a mamãe parasse de sofrer e que viesse para Brasília, pois ganhava razoavelmente bem, e que podia nos sustentar. Minha Alma Poética Iranete Pontes 81 Ele gostaria que estudássemos, pois na Rocinha não estudávamos, lá as escolas eram como faculdades de malandragem. Minha mãe então com 45 anos, estava grávida já de sete meses, mesmo assim resolveu ir embora para Brasília atendendo ao pedido do meu irmão, que era para ela o esteio da família. A Amélia e a Medalha já casadas,não vieram de imediato conosco para Brasília. Viemos, minha mãe, a Irinete, a Isete e eu, agora já com oito anos. O seu Antônio disse: “Eu não vou, pois não sou homem inútil para ser sustentado por filho.” logo que partimos, ele se envolveu em um jogo com marginais e chamou um de ladrão, foi jurado de morte e teve que dá fim em tudo que tinha, do dia para noite e fugir...Pra onde...? Depois de uns meses em Brasília, bem instalados, reinava a paz em nossa casa. Minha mãe deu à luz no Hospital distrital de Brasília, hoje Hospital de base ,a um lindo menino e deu-lhe o nome de Francisco Antônio para homenagear os avós, Minha Alma Poética Iranete Pontes 82 paterno e materno. A Isete e eu estávamos estudando em uma escola pertinho de casa e éramos muito felizes! Era o ano de 1965, e quem chega...?O seu Antônio de mala e cuia. Continua nossa vida em Brasília... Mas essa é uma outra historia... !!! Minha Alma Poética Iranete Pontes 83 Aperto no peito Estou com uma dor no meu peito, Parece um mau presságio... Que acontecerá algo trágico... Mas na verdade já aconteceu... Perdi o que era pra mim mais valioso... Um carinho que tinha gostoso! De um abraço que não me pertenceu... Que só me iludiu... Era de Trancoso... Iranete 04/09/201 Minha Alma Poética Iranete Pontes 84 Rompamos as barreiras As dificuldades da vida, as pedras...os obstáculos... Existem, para que ao removê-las nos preparem e nos deixem fortes para sermos gigantes diante delas ...nos proporcionando para um futuro brilhante...sem eles não saberíamos ser sábios e não saberíamos abrir fronteiras no caminho difícil da vida, pra chegarmos ao nosso destino de cabeça erguida!!! 06/09/2013 Minha Alma Poética Iranete Pontes 85 Amor de uma mulher, o grande bem de um homem. O maior presente que um homem pode ganhar é o bem maior de um ser humano, ser amado sem restrições, por uma mulher, fiel e leal, ele pode dizer que o maior amor é o da mãe, mas é diferente, o da mãe não é presente, faz parte da gente, é obrigação de toda mãe, amar seus filhos... já a mulher quando ama verdadeiramente, se doa, entrega-se ao ser amado e vive pra isso...pra ele!!! Minha Alma Poética Iranete Pontes 86 Teu corpo como ópio No teu corpo sinto um frenesi... Que não consigo explicar... Não sei a hora de acabar... Nem sei se chegarei ao fim... Sinto dificuldades de relembrar É como se não fosse eu... Mas porque depois sempre quero mais? O teu corpo é como um vício...um ópio... O teu amor me dá embriaguez... No teu corpo me sinto divina! Tu em mim é como um deus E logo queremos tudo outra vez... Minha Alma Poética Iranete Pontes 87 A felicidade é a gente que constrói, pra eternidade!, ame, aproveite cada oportunidade de estar juntos, brinque, beije, e dê valor a pequenas coisas, que podem parecer bobas a princípio, mas fazem falta no dia a dia. Minha Alma Poética Iranete Pontes 88 Parei de procurar monstros em esconderijos...Eles se fazem encontrar nas pessoas de nosso convívio...Não precisamos procurá-las, apenas conviver num rebanho e esperar, os monstros aos poucos vão deixando cair sua máscara de lobo- mau... Minha Alma Poética Iranete Pontes 89 Oração Senhor Jeová, no silêncio deste dia que amanhece venho pedir-te a paz, a sabedoria , a tua justiça e força! Quero hoje olhar o mundo com os olhos cheios de amor, assim como teu filho Jesus fez. Quero ser paciente, compreensiva, mansa e prudente! Quero ver além das aparências os teus filhos, como tu mesmo os vê, só ver o bem em cada um! Fecha os meus ouvidos de toda calúnia....Guarda a minha língua de toda maldade...que só de bênçãos se encha o meu espírito! Que eu seja tão alegre e bondosa que todos aqueles que se achegarem a mim sintam a tua presença! Senhor, reveste-me de tua beleza, pra que no decurso de minha vida, eu te revele a todos! Amém, amém, amém...! Minha Alma Poética Iranete Pontes 90 Ao Fábio No dia 29 de março nasceu meu primogênito... lembro muito bem daquele dia...eu quase uma criança, ou uma criança literalmente, com muita coragem e ganhando elogios da equipe de enfermagem, por não fazer escândalos pois tinha moças mais velhas que eu fazendo isso....dei á luz á uma criança linda com 4.300 kg que fez um sucesso na clínica Nossa Senhora da Piedade em Piedade RJ. Me orgulho de vc meu filho, você é muito trabalhador, lutador, ótimo pai e segundo as palavras de sua própria esposa , um ótimo marido e um dedicado servo de Deus! Te amo muito, não só porque é meu filho, mas porque me deu meus netos lindos e maravilhosos e minha princesa, primogênita, tão esperada e amada Beatriz. Quero deixar registrado isso... Do orgulho que tenho de ser tua mãe, pra posteridade Minha Alma Poética Iranete Pontes 91 Heverson Henrique Carreguei você, em meus braços (não só quando quebrou a perna) mas muitas vezes... já acordei durante a noite só pra te olhar e te cobrir, confortei-o junto ao meu coração, sacrifiquei meu sossego e minha lua de mel pela maternidade de coração, choramos e sorrimos e cantamos juntos pelas estradas a música do seu "Lobato"... Não sou perfeita, mas quando me olho no espelho sinto orgulho de ver a mãe e a pessoa que me tornei e agradeço a Deus a chance que me deu de Te AMAR... E INCONDICIONALMENTE fazeres parte de mim, de minha prole, embora não o tenha gerado Minha Alma Poética Iranete Pontes 92 Glauco Pontes 31 de Março... fazia um dia lindo! Me parece um dia tão próximo...Dia em que recebi você em meus braços...pequenino e indefeso, chorãozinho e carente de carinhos...E recebeu sempre muito carinho e muito amor de todos que tinham sensibilidade e se aproximaram de ti... Jeová sempre te amou e se colocou em seu caminho...e te fez um servo digno de bênçãos maiores concedidas por Ele...!!te amo muito e sei que sempre vou me orgulhar de ter lhe concebido Glauco Pontes. Minha Alma Poética Iranete Pontes 93 Evan Henrique 19 de Março ... Hoje faz 20 anos que, meu amor e eu, materializamos nossa união, o sonho de ter um filho nosso... E ele nasceu exatamente como planejamos, um menino com o nome Evan do pai, e o Henrique do irmão, abençoado por Deus, um príncipe no sentido exato da palavra, obediente aos pais e a Deus, um servo deJeová fiel! Somos agradecidos a Jeová Deus e o louvamos muito! Ele nos deu um tesouro Dele pra cuidarmos e fazemos o que é possível e também o impossível pra fazermos isso bem, regamos da melhor forma que sabemos na nossa impotência de humanos imperfeitos... mas com a ajuda e ensinamentos de Deus e dele próprio que se tornou maleável nas mãos do Oleiro, nosso Criador! Minha Alma Poética Iranete Pontes 94 Cumplicidade. Perdoe, mas também peça perdão e não ofenda ! Caminhem juntos, contudo, sem nunca se deixarem sozinhos ! Alegrem-se juntos, mas nunca sejam a causa de tristezas ! Não semeie espinhos, quando o outo estiver descalço ! Dê água quando o outro estiver com sede ! Sinta falta quando o outro está longe... mas queira sempre estar perto quando estiverem juntos... Sejam cúmplices... e ser cúmplices implica não ter segredos... sermos livro aberto para o outro, ou quem sabe um cofre valioso... Significa ser amigos em primeiro lugar! É ser um só... Em um cordão tríplice..." 07/09/2013 Minha Alma Poética Iranete Pontes 95 Para Gisa minha irmã caçula... Olhando suas fotos do Facebook, começo a fazer uma viagem em meus pensamentos...perfaço um caminho já muito distante aos meus olhos... vejo que continuas uma menina ao longo do tempo... plena e radiante, a natureza conspira a seu favor! És muito importante pra mim... quando nasceste eu só tinha 10 anos, nos meus delírios de criança sonhadora, te recebi de presente, como se fosses uma boneca, quando estavas na adolescência, eu comprava roupas pra te enfeitar, pra fazer mais bonita, como se isso fosse possível...depois ... vou com minhas lembranças... agora volto e me encontro aqui, pensando em como nossa vida passa rápido, em como nosso caminhar juntas foi tão curto, quisera não tivesse passado...me acho ainda muito jovem pra tantas recordações... e você ainda uma bonequinha! Minha Alma Poética Iranete Pontes 96 Giovanna Nasceu Giovanna! Você chegou em nossas vidas! Seu nome Giovanna foi escolhido por Deus! Jeová lhe enviando a nos dizer, Que favor nos favoreceu! Que a esperança veio nos conceder! Que sua presença e seu sorriso Trouxe-nos a paz tão esperada! Que és mais uma luz a brilhar ... Juntou-se aos outros anjos, À outra estrela... Formando um Céu...ou uma constelação, Não sei... Só sei que também, Pra nos dar prazer, nasceu!!! Iranete (Vozinha) 07/09/2013 Minha Alma Poética Iranete Pontes 97 O Abraço Quando você está feliz ninguém percebe seu sorriso...quando você está triste ninguém percebe suas lágrimas ... Quando está carente ninguém percebe seu abraço apertado... Então note um abraço...Abrace...O abraço é como um laço dando um nó entre dois corpos unidos por dois corações... Iranete 07/09/2013 Minha Alma Poética Iranete Pontes 98 Mateus Estou no tempo de me extasiar com as coisas mais simples...ver um neto correndo, se molhando, correndo junto a um cachorro atrás de uma bola, se pintando de índio ou se lambrecando todo com tinta de variadas cores...Quisera Mateus morasse mais perto, tua vó sente uma dor imensa no peito, um sossego que a idade já não deseja...um silêncio da ausência inconcebida...! Iranete 07/09/2013 Minha Alma Poética Iranete Pontes 99 Minha Alma Poética Iranete Pontes 100 Minha Alma Poética Iranete Pontes 101 Minha Alma Poética Iranete Pontes 102 Minha Alma Poética Iranete Pontes 103
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