Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EVOLUÇÃO DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO Profa. Ma. Ana Crist ina Gramoza Santana O crescimento acelerado e desorganizado das empresas, ocasionando uma gradativa complexidade em sua administração e exigindo uma abordagem científica e mais apurada que substituísse o empirismo e a improvisação até então dominantes. Necessidade de aumentar a eficiência e a competência das organizações, no sentido de se obter o melhor rendimento possível dos recursos e fazer face à concorrência e à competição que se avolumavam entre as empresas. Teoria da Administração Científica A preocupação básica era aumentar a produtividade da empresa por meio do aumento de eficiência no nível operacional, isto é, no nível dos operários. 1º Período de Taylor 1. O objetivo da administração é pagar salários melhores e reduzir custos unitários de produção. 2. Para realizar tal objetivo, a administração deve aplicar métodos científicos de pesquisa e experimentos para formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitam o controle das operações fabris. 3. Os empregados devem ser cientificamente selecionados e colocados em seus postos com condições de trabalho adequadas para que as normas sejam cumpridas. 4. Os empregados devem ser cientificamente treinados para aperfeiçoar suas aptidões e executar uma tarefa, para que a produção normal seja cumprida. 5. A administração precisa criar uma atmosfera de íntima e cordial cooperação com os trabalhadores para garantir a permanência desse ambiente psicológico Corresponde à publicação do seu livro “O Princípio da Administração Científica”(1911), quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma estruturação geral para tornar coerente a aplicação dos seus princípios na empresa como um todo. A partir daí, desenvolveu seus estudos sobre a administração geral, a qual denominou Administração Científica, sem deixar de lado sua preocupação quanto à tarefa do operário. 2º Período de Taylor 1. Vadiagem sistemática por parte dos operários, que reduziam propositadamente a produção a cerca de um terço da que seria normal, para evitar a redução das tarifas de salários pela gerência (métodos empíricos ineficientes e engano disseminado dos trabalhadores). 2. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização. 3. Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho. Taylor assegurava que as indústrias de sua época padeciam de males que poderiam ser agrupadas em três fatores: Taylor verificou que os operários aprendiam a maneira de executar as tarefas do trabalho por meio da observação dos companheiros vizinhos. Isso levava a diferentes métodos para fazer a mesma tarefa e uma grande variedade de instrumentos e ferramentas diferentes em cada operação. Como há sempre um método mais rápido e um instrumento mais adequado que os demais, esses métodos e instrumentos melhores podem ser encontrados e aperfeiçoados por meio de uma análise científica e um acurado estudo de tempos e movimentos, em vez de ficar a critério pessoal de cada operário. A tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT). Ênfase na análise e na divisão do trabalho do operário, uma vez que as tarefas do cargo e o ocupante constituem a unidade fundamental da organização Organização Racional de Trabalho 1. Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos. 2. Desenho de cargos e tarefas. 3. Incentivos salariais e prêmios de produção. 4. Conceito de homo economicus. 5. Condições ambientais de trabalho, como iluminação, conforto etc. 6. Padronização de métodos e de máquinas 7. Supervisão funcional. 8. Estudo da fadiga humana. 9. Divisão do trabalho e especialização do operário. Fundamentação Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos. O trabalho é executado melhor e mais economicamente por meio da análise do trabalho, isto é, da divisão e da subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de cada operação de uma tarefa. O estudo de tempos e movimentos permite a racionalização do método de trabalho e a fixação do tempo-padrão para sua execução. Desenho dos cargos, Divisão do trabalho e Especialização dos operários Desenhar um cargo é especificar seu conteúdo (tarefas), os métodos de executar as tarefas e as relações com os demais cargos existentes. O desenho de cargos é a maneira pela qual um cargo é criado e projetado e combinado com outros cargos para a execução das tarefas. 1. Admissão de empregados com qualificações mínimas e salários menores, reduzindo os custos de produção. 2. Minimização dos custos de treinamento. 3. Redução de erros na execução, diminuindo os refugos e as rejeições. 4. Facilidade de supervisão, permitindo que cada supervisor controle um número maior de subordinados. 5. Aumento da eficiência do trabalhador, permitindo maior produtividade. Vantagens da simplificação dos cargos Incentivos salariais e prêmios de produção O estímulo salarial adicional para que os operários ultrapassem o tempos- padrão é o prêmio de produção. Conceito de homo economicus Toda pessoa é concebida como influenciada exclusivamente por recompensas salariais, econômicas e materiais. Em outros termos, o homem procura o trabalho não porque gosta dele, mas como meio de ganhar a vida pelo salário que o trabalho proporciona. O homem é motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela necessidade de dinheiro para viver. Assim, as recompensas salariais e os prêmios de produção influenciam os esforços individuais do trabalho, fazendo com que o trabalhador desenvolva o máximo de produção de que é fisicamente capaz para obter um ganho maior. Condições ambientais de trabalho Verificou-se que a eficiência depende não somente do método de trabalho e do incentivo salarial, mas também de um conjunto de condições de trabalho que garantam o bem-estar físico do trabalhador e diminuam a fadiga. Padronização de métodos e de máquinas Padronização de métodos e processos de trabalho, máquinas e equipamentos, ferramentas e instrumentos, matérias-primas e componentes, no intuito de reduzir a variabilidade e a diversidade no processo produtivo e, daí, eliminar o desperdício e aumentar a eficiência. Estudo da fadiga humana 1. Evitar movimentos inúteis na execução de uma tarefa. 2. Execução econômica dos movimentos úteis do ponto de vista fisiológico. 3. Seriação apropriada aos movimentos (princípios de economia de movimentos). Verificou que a fadiga predispõe o trabalhador para: diminuição da produtividade e qualidade do trabalho; perda de tempo; aumento da rotatividade de pessoal; doenças e acidentes e diminuição da capacidade de esforço. Princípios da Administração Científica Criação de princípios pudessem ser aplicados a todas as situações possíveis. Um princípio é uma afirmação válida para determinada situação; é uma previsão antecipada do que deverá ser feito quando ocorrer aquela situação. Princípios segundo Taylor •Planejamento, preparo, controle e execução. Princípios básicos de Ford • Intensificação, economicidade e produtividade. Princípio da exceção •Verificação das exceções ou desvios dos padrões normais Princípios de eficiência de Emerson •Seleção e treinamento de empregados Crítica à Administração Científica Mecanicismo da Administração Científica Superespecialização do operário Visão microscópica do homem Ausência de comprovação científica Abordagem incompleta da organização Limitação do campo de aplicação Abordagem prescritiva e normativa Abordagem de sistema fechado Pioneirismo na administração Mão de obra e não recursos humanosControle e Comando Única maneira certa Segurança Teoria Clássica Partia do todo organizacionale da sua estrutura para garantir eficiência a todas as partes envolvidas, fossem elas órgãos (seções, departamentos, etc.) ou pessoas (ocupantes de cargos e executores de tarefas). Visualizar futuro e traçar metas Funcionamento da empresa Direção e orientação Ligar e harmonizar atos e esforços Verificar Proporcionalidade: A administração não é restrita a apenas um nível. É distribuída proporcionalmente a todos. Divisão do trabalho Autoridade e responsabilidade Disciplina Unidade de comando (autoridade única) Unidade de direção (1 cabeça 1 plano) Subordinação dos interesses individuais aos gerais Remuneração do pessoal (justa) Centralização (topo da hierarquia) Cadeia escalar (linha de autoridade ↑) Ordem Equidade Estabilidade do pessoal Iniciativa Espírito de equipe 14 Princípios Teoria da Administração Baseada em divisão do trabalho, especialização, coordenação e atividades de linha e de staff. Fayol defendia a necessidade de um ensino organizado e metódico da administração, de caráter geral para formar administradores. TEORIA DA ORGANIZAÇÃO A estrutura organizacional é uma cadeia de comando, ou seja, uma linha de autoridade que interliga as posições da organização e define quem se subordina a quem. A cadeia de comando – também denominada cadeia escalar – baseia-se no princípio da unidade de comando, que significa que cada empregado deve se reportar a um só superior. Estrutura organizacional é analisada de cima para baixo (da direção para a execução) e do todo para as partes (da síntese para a análise) Elementos da Administração (Fayol) Previsão Organização Comando Coordenação Controle (Urwick) Investigação Previsão Planejamento Organização Coordenação Comando Controle (Gulick) Planejamento Organização Assessoria Direção Coordenação Informação Orçamento Princípios Urwick: Especialização (cada pessoa, única função) Autoridade (linha de autoridade claramente definida) Amplitude administrativa (Cada supervisor com n° certo de subordinados a supervisionar) Definição (deveres, autoridade e responsabilidade) Apreciação crítica •Abordagem simplificada da organização formal •Ausência de trabalhos experimentais • Fundamentados principalmente na observação, senso comum, na experiência direta. •Extremo racionalismo na concepção da Administração • Eficiência do ponto de vista técnico e econômico. •Teoria da máquina • Organização como uma máquina •Abordagem incompleta da organização • Sem interação entre pessoas e grupos informais. •Abordagem do sistema fechado Teoria das Relações Humanas Abordagem humanística A abordagem humanística ocorreu com o aparecimento da Teoria das Relações Humanas, nos Estados Unidos, a partir da década de 1930. A teoria administrativa passou por uma revolução conceitual: a transferência da ênfase antes colocada na tarefa (pela Administração Científica) e na estrutura organizacional (pela Teoria Clássica) para a ênfase nas pessoas que trabalham nas organizações ou que participam delas. A abordagem humanística faz com que a preocupação com a máquina, o método de trabalho, a organização formal e os princípios de administração cedam prioridade para a preocupação com as pessoas e os grupos sociais – dos aspectos técnicos e formais para os psicológicos e sociológicos. Abordagem humanística Análise do trabalho e adaptação do trabalhador a ele ◦ Meramente produtivo. ◦ Análise das características humanas que cada tarefa exige do seu executante e a seleção científica dos empregados baseada nessas características por meio de testes psicológicos. ◦ Os temas predominantes são a seleção de pessoal, a orientação profissional, o treinamento e os métodos de aprendizagem, a fisiologia do trabalho e o estudo de acidentes e fadiga. Adaptação do trabalho ao trabalhador ◦ A psicologia industrial está voltada para os aspectos individuais e sociais do trabalho, que predominam sobre os aspectos produtivos. ◦ Os temas predominantes são o estudo da personalidade do trabalhador e do gerente, a motivação e os incentivos do trabalho, a liderança, as comunicações e as relações interpessoais e sociais dentro da organização. A psicologia industrial contribuiu para demonstrar a parcialidade dos princípios de administração adotados pela Teoria Clássica Teoria das Relações Humanas Surgiu em 1930 nos Estados Unidos como consequência das conclusões da Experiência de Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e colaboradores. Foi um movimento de reação e oposição à Teoria Clássica da Administração. Origens Necessidade de humanizar e democratizar a administração Libertando-se dos conceitos rígidos e mecanicistas Desenvolvimento das ciências humanas Da psicologia, influencia intelectual e suas primeiras aplicações na organização industrial Ideias da filosofia pragmática de John Dewey e da psicologia dinâmica de Kurt Lewin Fundamentais para o humanismo 1927 a 1932 Puserem em xeque os principais postulados da Teoria Clássica da Administração Em 1927, Elton Mayo coordenou uma pesquisa na fábrica Hawthorne, situada em Chicago, a fim de avaliar a correlação entre a iluminação e a eficiência dos operários, medida por meio da produção. Tal indústria possuía elevadíssima rotatividade de pessoal (ao redor de 250 % ao ano) e que havia tentado inutilmente vários esquemas de incentivos salariais. Mayo introduziu um intervalo de descanso, delegou aos operários a decisão sobre horários de produção e contratou uma enfermeira. Em pouco tempo, emergiu um espírito de grupo, a produção aumentou e a rotatividade do pessoal diminuiu. Os pesquisadores verificaram que os resultados da experiência eram prejudicados por variáveis de natureza psicológica, o que fez a experiência se prolongar até 1932. Experiência de Hawthorne Composta por 4 fases 1ª fase: iluminação X produtividade 2ª fase: mudança nas condições de trabalho (local, períodos de descanso, lanches, redução no horário de trabalho, etc.) 3ª fase: programa de entrevistas (1928 a 1930 – 21.128 empregados) 4ª fase: organização formal X informal (condições de trabalho idênticas às do departamento) Maior liberdade e menor ansiedade Objetivos comuns ↑ ritmo de produção Desenvolvimento social e amizade Conhecer suas atitudes e sentimentos, ouvir suas opiniões quanto ao trabalho e ao tratamento que recebiam, bem como ouvir sugestões a respeito do treinamento dos supervisores. Os operários passaram a apresentar uniformidade de sentimentos e solidariedade grupal. Experiência de Hawthorne foi suspensa em 1932 por motivos financeiros. Sua influência sobre a teoria administrativa foi fundamental, abalando os princípios básicos da Teoria Clássica então dominante. Conclusões O nível de produção é resultante da integração social Quanto maior a integração social no grupo de trabalho, tanto maior a disposição de produzir. Comportamento social dos empregados O comportamento do indivíduo se apoia totalmente no grupo. Os trabalhadores não agem ou reagem isoladamente como indivíduos, mas como membros de grupos Recompensas e sanções sociais O comportamento dos trabalhadores está condicionado a normas e padrões sociais. Os operários que produziram acima ou abaixo da norma socialmente determinada perderam o respeito e a consideração dos colegas Conclusões Grupos informais A empresa passou a ser visualizada como uma organização social composta de grupos sociais informais, cuja estrutura nem sempre coincide com a organização formal da empresa. Relações humanas As pessoas procuram ajustar-se às demais pessoas e grupos: querem ser compreendidas, aceitas e participar, no intuito de atender a seus interesses e aspirações.O comportamento humano é influenciado pelas atitudes e normas informais existentes nos grupos dos quais participa. Importância do conteúdo do cargo O conteúdo e a natureza do trabalho têm influência sobre o moral do trabalhador. Trabalhos simples e repetitivos tornam-se monótonos e maçantes, afetando negativamente a atitude do trabalhador e reduzindo a sua satisfação e eficiência. Conclusões Ênfase nos aspectos emocionais Os elementos emocionais não planejados e irracionais do comportamento humano merecem atenção especial da Teoria das Relações Humanas A Teoria das Relações Humanas mostra o esmagamento do homem pelo impetuoso desenvolvimento da civilização industrializada. Pontos de vista de Mayo Trabalho é uma atividade tipicamente grupal Operário não reage como indivíduo isolado, mas como membro de um grupo social Tarefa básica da administração é formar uma elite capaz de compreender e comunicar Passou-se de uma sociedade estável para uma sociedade adaptável Ser humano é motivado pela necessidade de “estar junto”, de “ser reconhecido”, de receber adequada comunicação Civilização industrializada traz como consequência a desintegração dos grupos primários da sociedade Organização Industrial A organização industrial tem duas funções principais: produzir bens ou serviços (função econômica que busca o equilíbrio externo) e distribuir satisfações entre seus participantes (função social que busca o equilíbrio interno da organização), antecipando-se às atuais preocupações com a responsabilidade social das organizações. A organização técnica e a organização humana – formal e informal – são subsistemas interligados e interdependentes. Os dois subsistemas permanecem em estado de equilíbrio, no qual uma modificação em uma parte provoca reação da outra no sentido de restabelecer a condição anterior de equilíbrio preexistente. Decorrência das Teorias Humanas O advento da Teoria das Relações Humanas trouxe uma nova linguagem que passou a dominar o repertório administrativo: fala-se agora em motivação, liderança, comunicação, organização informal, dinâmica de grupo, etc. Os conceitos clássicos de autoridade, hierarquia, racionalização do trabalho, departamen- talização, princípios gerais de administração, etc. passaram a ser contestados ou deixados de lado. Decorrência das Teorias Humanas Essa revolução na administração ocorreu nos prenúncios da Segunda Guerra Mundial, ressaltando o caráter democrático da administração. A ênfase nas tarefas e na estrutura é substituída pela ênfase nas pessoas. Ênfase Tarefas Estrutura Pessoas LIDERANÇA A liderança é necessária em todos os tipos de organização humana, seja nas empresas ou em cada um de seus departamentos. Ela é essencial em todas as funções da administração: o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar COMUNICAÇÃO Comunicação é a troca de informações entre pessoas. Todo o acervo de teorias psicológicas a respeito da motivação humana passou a ser aplicado dentro das organizações. A motivação é a tensão persistente que leva o indivíduo a alguma forma de comportamento visando à satisfação de uma ou mais necessidades. Daí o conceito de ciclo motivacional: o organismo humano permanece em estado de equilíbrio psicológico até que um estímulo o rompa e crie uma necessidade. NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS A motivação se refere ao comportamento que é causado por necessidades dentro do indivíduo e que é dirigido em direção aos objetivos que podem satisfazer essas necessidades. A motivação se refere ao comportamento que é causado por necessidades dentro do indivíduo e que é dirigido em direção aos objetivos que podem satisfazer essas necessidades. Os três níveis ou estágios de motivação correspondem às necessidades fisiológicas, psicológicas e de autorrealização. Fisiológicas Relacionadas com a sobrevivência do indivíduo Psicológicas Padrão mais elevado e complexo de necessidades (segurança, participação, autoconfiança e afeição) Autorrealização São raramente satisfeitas em sua plenitude, pois o ser humano procura maiores satisfações e estabelece metas crescentemente sofisticadas. ORGANIZAÇÃO INFORMAL Relação de coesão ou de antagonismo Colaboração espontânea Padrões de relações e atitudes Mudanças de níveis e alterações dos grupos informais Organização informal transcende a organização formal Padrões de desempenho nos grupos informais DINÂMICA DE GRUPO Os processos grupais e os hábitos sociais não são estáticos; ao contrário, são processos vivos e dinâmicos. Exemplo A empresa moldou a um sistema que delega decisões e tarefas e apresenta hoje um dos escores mais elevados de empoderamento de pessoas e equipes, que funciona como uma alavanca para dividir responsabilidades com o pessoal. Chefes em campo junto com suas equipes. Propagandistas possuem autonomia e implantar seu próprio plano de negócios. Programa de melhoria diretamente confiado a administração dos funcionários (crítica e autocrítica) Alto investimento em treinamento. Presidente convida funcionários para comemorarem os aniversários dos funcionários no período. Apreciação crítica da teoria das relações humanas Oposição cerrada à Teoria Clássica. Inadequada visualização dos problemas de relações industriais. Concepção ingênua e romântica do operário: imaginavam um trabalhador feliz, produtivo e integrado no ambiente de trabalho. ◦ Existem trabalhadores felizes e improdutivos, bem como infelizes e produtivos. Descaracterização da correlação entre satisfação e produtividade. Limitação do campo experimental: FÁBRICA e examina as relações entre pessoa vs. grupo. Parcialidade das conclusões: favorece a administração em detrimento dos trabalhadores. Ênfase nos grupos informais: pesquisas têm revelado que a coesão de grupo não está necessariamente correlacionada com o aumento de produtividade, podendo até ser disfuncional, integrando o grupo contra a direção. Apesar das críticas, não resta dúvida de que a Escola das Relações Humanas abriu novos horizontes à teoria administrativa em duas orientações bem definidas: A primeira orientação é a chamada equação humana: o sucesso das organizações depende diretamente das pessoas. A segunda orientação é o novo papel do administrador. A partir da década de 1940, as críticas feitas tanto à Teoria Clássica – pelo seu mecanicismo – quanto à Teoria das Relações Humanas – por seu romantismo ingênuo – revelaram a falta de uma teoria da organização sólida e abrangente e que servisse de orientação para o trabalho do administrador. Alguns estudiosos foram buscar nas obras de um economista e sociólogo já falecido, Max Weber, a inspiração para essa nova teoria da organização. Surgiu, assim, a Burocrática na administração. As burocracias surgiram a partir da era vitoriana como decorrência da necessidade que as organizações sentiram de ordem e de exatidão e das reivindicações dos trabalhadores por um tratamento justo e imparcial. Estudou as organizações sob um ponto de vista estruturalista, preocupando-se com sua racionalidade, isto é, com a relação entre os meios e recursos utilizados e os objetivos a serem alcançados pelas organizações burocráticas. A organização por excelência é a burocracia. Visão estreita e limitada aos aspectos internos da organização passou a ser ampliada e substituída por uma visão mais ampla, envolvendo a organização e suas relações com outras organizações dentro de uma sociedade maior. Segundo o conceito popular, a burocracia é entendida como uma organização na qual o papelório se multiplica e se avoluma, impedindo soluções rápidas ou eficientes. O termo também e empregado com o sentidode apego dos funcionários aos regulamentos e rotinas, causando ineficiência a organização. O leigo passou a dar o nome de burocracia aos defeitos do sistema (disfunções) e não ao sistema em si mesmo. O conceito de burocracia para Max Weber é exatamente o contrário. A burocracia é a organização eficiente por excelência. 1. Caráter legal das normas e regulamentos. 2. Caráter formal das comunicações. 3. Caráter racional e divisão do trabalho. 4. Impessoalidade nas relações. 5. Hierarquia de autoridade. 6. Rotinas e procedimentos padronizados. 7. Competência técnica e meritocracia. 8. Especialização da administração. 9. Profissionalização dos participantes. 10. Completa previsibilidade do funcionamento. Teoria estruturalista A Teoria Estruturalista significa um desdobramento da Teoria da Burocracia e uma leve aproximação a Teoria das Relações Humanas. Representa uma visão crítica da organização formal. O estruturalismo esta voltado para o todo e para o relacionamento das partes na constituição do todo. A totalidade, a interdependência das partes e o fato de que o todo e maior do que a simples soma das partes são as características básicas do estruturalismo. Focaliza o “homem organizacional”: homem que desempenha diferentes papéis em varias organizações. Natureza Trabalho Capital OrganizaçãoSociedade de organizações Flexibilidade, tolerância às frustrações, capacidade de adiar as recompensas e permanente desejo de realização. Homem organizacional bem sucedido Os estruturalistas utilizam uma análise organizacional mais ampla do que a de qualquer teoria anterior, pois pretendem conciliar a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas, baseando-se também na Teoria da Burocracia. Assim, a análise das organizações do ponto de vista estruturalista é feita a partir de uma abordagem múltipla que leva em conta simultaneamente os fundamentos da Teoria Clássica, da Teoria das Relações Humanas e da Teoria da Burocracia. Abordagens múltiplas: 1. Tanto a organização formal como a organização informal; 2. Tanto as recompensas salariais e materiais como as recompensas sociais e simbólicas; 3. Todos os diferentes níveis hierárquicos de uma organização; 4. Todos os diferentes tipos de organizações; 5. A análise intra-organizacional e análise interorganizacional. Objetivos Organizacionais Ambiente organizacional Estratégia organizacional Conflitos Teoria Neoclássica A abordagem neoclássica nada mais é do que a redenção da Teoria Clássica devidamente atualizada e redimensionada aos problemas administrativos atuais e ao tamanho das organizações de hoje. Apesar de todas as críticas aos postulados clássicos e aos enfoques tradicionais da organização, os princípios de administração, a departamentalização, a racionalização do trabalho, a estrutura linear ou funcional, enfim, a abordagem clássica nunca foi totalmente substituída por outra abordagem. Fundamentos 1. A administração é um processo operacional composto por funções, como planejamento, organização, direção e controle. 2. Como a administração envolve uma variedade de situações organizacionais, ela precisa fundamentar-se em princípios básicos que tenham valor preditivo. 3. A administração é uma arte que, como a medicina ou a engenharia, deve se apoiar em princípios universais. 4. Os princípios de administração, a exemplo dos princípios das ciências lógicas e físicas, são verdadeiros. 5. A cultura e o universo físico e biológico afetam o meio ambiente do administrador. Como ciência ou arte, a teoria da administração não precisa abarcar todo o conhecimento para servir de fundamentação científica aos princípios de administração. Principais características Ênfase na prática da administração Teoria somente tem valor quando operacionalizada na prática Reafirmação relativa dos postulados clássicos Redimensionando-a e reestruturando-a de acordo com as contingências da época atual, dando-lhe uma configuração mais ampla e flexível. Ênfase nos princípios gerais de administração Orientar o administrador no desenvolvimento de suas funções Ênfase nos objetivos e resultados São os objetivos que justificam a existência e a operação de uma organização. Ecletismo nos conceitos Absorve o conteúdo de teorias administrativas mais recentes ADMINISTRAÇÃO COMO TÉCNICA SOCIAL Administração consiste em orientar, dirigir e controlar os esforços de um grupo de indivíduos para um objetivo comum. E o bom administrador é, naturalmente, aquele que possibilita ao grupo alcançar seus objetivos com o mínimo dispêndio de recursos e de esforço e com menos atritos com outras atividades úteis. Ducker Quanto aos objetivos: definir claramente seus objetivos. Quanto à administração: equilíbrio de objetivos c/ flexibilidade e liberdade individual. Quanto ao desempenho individual: organização é o instrumento do pessoal. 3 aspectos nas organizações Cada organização deve ser considerada sob o ponto de vista de eficácia e eficiência, simultaneamente. EFICÁCIA é uma medida do alcance de resultados, enquanto a EFICIÊNCIA é uma medida da utilização dos recursos nesse processo (custos e benefícios). Princípios básicos da organização Divisão do trabalho Automatização na atividade humana Especialização Cada órgão ou cargo passou a ter funções e tarefas específicas e especializadas Hierarquia Diversificação funcional dentro da organização Amplitude administrativa Amplitude média adotada por uma organização determina a configuração geral de sua estrutura organizacional Toda a literatura neoclássica se assenta no processo administrativo para explicar como as várias funções administrativas são desenvolvidas nas organizações. Administração por Objetivos A Administração por Objetivos (APO) ou por resultados é o modelo administrativo identificado a partir da Teoria Neoclássica a partir de 1954. A APO é um processo pelo qual gerentes e subordinados identificam objetivos comuns, definem as áreas de responsabilidade de cada um, em termos de resultados esperados, e utilizam esses objetivos como guias para sua atividade. Características 1. Estabelecimento conjunto de objetivos entre o gerente e o seu superior. 2. Estabelecimento de objetivos para cada departamento ou posição. 3. Interligação entre os vários objetivos departamentais. 4. Ênfase na mensuração e no controle de resultados. 5. Contínua avaliação, revisão e reciclagem dos planos. 6. Participação atuante das gerências e dos subordinados. 7. Apoio intensivo do staff. Administração por Objetivos Teoria Comportamental Comportamento é a maneira pela qual um indivíduo ou uma organização age ou reage em suas interações com o seu meio ambiente e em resposta aos estímulos que dele recebe. As ciências comportamentais trouxeram à teoria administrativa uma variedade de conclusões a respeito da natureza e características do ser humano. A Teoria Comportamental (ou behaviorista) surgiu no final da década de 1940 com uma redefinição total de conceitos administrativos: ao criticar as teorias anteriores. Fundamenta-se no comportamento individual das pessoas. Motivação humana Maslow Herzberg McGregor Herzberg É através da participação pessoal e da cooperação entre as pessoas que surgem as organizações. A teoria comportamental percebe a organização como um sistema de decisões em que cada membro participa racional e conscientemente, escolhendo e tomando decisões individuais a respeito de alternativas racionais de comportamento. Ou seja, mostra que não é somente o administrador quem toma as decisões dentro da empresa, mas sim todos os membros que dela fazem parte, compondo assim um complexo sistema de decisões. Surge, então, a teoria das decisões, fundada por Hebert Simon, na qual busca explicar o comportamentode cada indivíduo dentro de uma organização. A decisão é uma escolha entre alternativas ou possibilidades e são tomadas para resolver problemas ou aproveitar oportunidades. Elementos: tomador de decisão, objetivos, preferências, estratégia, situação, resultado Homem administrativo Teoria do Desenvolvimento Organizacional Surgiu em 1962. DO é um desdobramento prático e operacional da Teoria Comportamental em direção à abordagem sistêmica. Não se trata de uma teoria administrativa propriamente dita, mas de um movimento congregando vários autores no sentido de aplicar as ciências do comportamento – e principalmente a teoria comportamental – na Administração. O conceito de DO está relacionado com os conceitos de mudança e de capacidade adaptativa da organização à mudança que ocorre no ambiente. Isso levou a um novo conceito de organização e de cultura organizacional a organização é a coordenação de diferentes atividades de contribuintes individuais com a finalidade de efetuar transações planejadas com o ambiente Cultura organizacional é o conjunto de hábitos, crenças, valores, tradições, interações e relacionamentos sociais típicos de cada organização Mudança da cultura e do clima organizacional Processo de mudança segundo Lewin A tendência natural da organização é crescer e desenvolver-se em função de fatores endógenos e exógenos. O desenvolvimento é um processo lento e gradativo que conduz à realização das potencialidades da organização. O foco principal do DO está em mudar as pessoas, bem como a natureza e a qualidade de suas relações de trabalho. Sua ênfase está na mudança da cultura da organização. Em princípio, o DO é uma mudança organizacional planejada. Focalização na organização como um todo Orientação sistêmica Agente de mudança Solução de problemas Aprendizagem experiencial Retroação Orientação contingencial Desenvolvimento de equipes Enfoque interativo Teoria Contingencial AUGE ANOS 60/70 Contingente: que pode ou não ocorrer; acidental, casual. Enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é relativo, tudo depende. A ESTRUTURA DEPENDE DAS CARACTERIZAÇÕES DO AMBIENTE EXTERNO. NÃO HÁ O MELHOR JEITO Pesquisas PESQUISA DE CHANDLER (1962) Estudo comparativo entre GM, STANDAR OIL, DuPONT e SEARS ROEBUCK Resultado: estrutura organizacional de grandes empresas americanas determinada pelas suas estratégias mercadológicas. Conclusões: ≠ ambientes exigem novas estratégias e ≠ estruturas PESQUISA DE BURNS E STALKER (1961) 20 empresas inglesas. Tipo de estudo: verificação das relações entre as práticas administrativas e o ambiente externo Resultado: Classificação das indústrias em ◦ Mecanicistas (Princ. Gerais da T. Clássica) ◦ Orgânicas (Asp. Democ. das Teorias das RH) Pesquisas PESQUISA DE LAWERENCE E LORSCH (1972) Tipo de estudo: pesquisa comparativa a fim de determinar as características que as empresas devem ter para enfrentar com eficiência as diferentes condições externas, tecnológicas e de mercado. Resultado: os problemas operacionais básicos são a diferenciação e integração. Conclusão: empresas com elevado desempenho apresentam maior ajustamento às necessidades do ambiente através da alta diferenciação e integração interdepartamental através de um trabalho conjunto e integrado. Diferenciação Integração Cada departamento da empresa reage a parte do ambiente que esta exposto na realização de sua tarefa. Desta forma aparecem diferenças nas abordagens e estruturas dos diversos departamentos da empresa. Pressões do ambiente levam à busca de unidade de esforços e coordenação entre os vários departamentos para atingir objetivos. Pesquisas PESQUISA DE JOAN WOODWARD (1958) Empresas: 100 (100 a 8000 empregados)- Inglaterra Tipo de estudo: comparação buscando agregar as empresas em diferentes grupos de tecnologia de produção. Resultado: identificação de 3 grupos: 1. Produção unitário ou oficina 2. Produção em massa ou mecanizada 3. Produção em processo ou automatizada. Homem complexo Sistema complexo de valores, percepções, características pessoais e necessidades.
Compartilhar