Buscar

Apostila_-_Licitações

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
AS LICITAÇÕES 
 1-Licitações 
Noções Gerais 
A Exigência de Licitação: 
No campo do Direito Administrativo, as compras, obras e serviços públicos não são 
livres. Devem ser precedidos de licitação, já que o administrador não é “dominus” da 
coisa pública e dela não pode dispor como quiser (princípio da indisponibilidade). O 
contrato administrativo exige então licitação prévia, só dispensável, inexigível ou 
vedada nos casos expressamente previstos em lei, e que constitui uma de suas 
peculiaridades de caráter externo. 
A licitação é apenas um procedimento administrativo preparatório do futuro ajuste, de 
modo que não confere ao vencedor nenhum direito ao contrato, apenas uma expectativa 
de direito. 
Conceito de Licitação: 
Licitação é o procedimento administrativo mediante o qual a Administração Pública 
seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse. Como 
procedimento, desenvolve-se através de uma sucessão ordenada de atos vinculantes para 
a Administração e para o licitante, o que propicia igual oportunidade a todos 
interessados e atua como fator de eficiência e moralidade nos negócios administrativos. 
Objeto da Licitação: 
Objeto da licitação é a obra, o serviço, a compra, a alienação ou a concessão que a final, 
será contratada com o particular. 
Legislação 
Histórico: 
A licitação foi introduzida no direito brasileiro em 1862, no Decreto nº 2.926, que 
regulamentava as arrematações dos serviços a cargo do então Ministério da Agricultura, 
Comércio e Obras Públicas.Após o advento de diversas outras leis que mencionaram o 
assunto, o procedimento licitatório só veio a ser consolidado, no âmbito federal, pelo 
Decreto nº 4.536, de 28.01.22, que organizou o Código de Contabilidade da União. 
Desde este Código, o procedimento licitatório veio evoluindo, com o objetivo de 
conferir maior eficiência às contratações públicas, sendo, por fim, sistematizado através 
do Decreto-Lei nº 200, de 25.02.67, que estabeleceu a reforma administrativa federal. O 
Decreto-lei nº 2.300, de 21.11.86, atualizado em 1987, pelos Decretos-lei 2.348 e 2.360, 
instituiu, pela primeira vez, o Estatuto Jurídico das Licitações e Contratos 
2 
 
Administrativos, reunindo normas gerais e especiais relacionadas à matéria. Com a 
Constituição de 1988 houve um notável progresso na institucionalização e 
democratização da Administração Pública. Apesar dos textos constitucionais anteriores 
contemplarem dispositivos relacionados ao acesso à função pública e ao regime do 
funcionalismo estatal, somente com a Constituição de 1988 o assunto foi tratado de 
forma sistematizada. 
Constituição Federal: 
Constituição Federal trata da licitação em várias passagens. Depreende-se dela os 
seguintes preceitos: 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 22 - Compete privativamente à União legislar sobre: 
... XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para a 
administração pública, direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas 
pelo poder público, nas diversas esferas de governo, e empresas sob seu controle; 
 Que a competência é privativa da União Federal para legislar sobre normas 
gerais de licitação e contratação e também quais entes estão sujeitos a licitação. 
No caso de empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividade 
econômica, a obrigatoriedade de licitação não abrange, logicamente, os atos comerciais 
de rotina. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 37 - A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e, também, ao 
seguinte: 
... XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e 
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure 
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam 
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, 
o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica 
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 
............................................................................................................................................. 
Art. 175 - Incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de 
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. 
 Que existe a obrigatoriedade da licitação quando o contrato se referir a compras, 
obras, serviços e alienações e também para a prestação de serviço público. 
3 
 
 É previsto o princípio da isonomia (igualdade de condições para os 
concorrentes); 
 Há permissão das exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis 
à garantia do cumprimento das obrigações. 
Lei n° 8.666, de 21.06.93: 
A lei 8.666/93 regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui 
normas para licitações e contratos da Administração Pública. 
LEI N° 8.666, DE 21.06.93 
Art. 1º - Esta lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos 
pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações 
no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Lei n° 8.883, de 08.06.94: 
Alterou a lei 8.666/93, havendo seis pontos de destaque da alteração: 
 acrescentou-se a possibilidade de leilão para bens imóveis; 
 possibilidade de realização de convite em licitação internacional; 
 novas hipóteses de dispensa de licitação; 
 exigência de regularidade fiscal em relação ao FGTS para poder licitar; 
 novo tipo de licitação - de maior lance e oferta; 
 possibilidade de apresentação de nova documentação quando todos os licitantes 
forem considerados inabilitados. 
Princípios da Licitação 
Os princípios que regem a licitação, qualquer que seja a sua modalidade, resumem-se 
nos seguintes preceitos: 
1) Procedimento Formal: 
O princípio do procedimento formal é o que impõe a vinculação da licitação às 
prescrições legais que regem em todos os seus atos e fases. 
2) Publicidade de seus Atos: 
A publicidade dos atos da licitação é o princípio que abrange desde os avisos de sua 
abertura até o conhecimento do edital e seus anexos, o exame da documentação e das 
propostas em público e a publicação oficial das decisões dos órgãos julgadores e do 
respectivo contrato, ainda que resumidamente. 
3) Igualdade entre os Licitantes: 
A igualdade entre os licitantes é princípio impeditivo da discriminação entre os 
participantes do certame, quer através de cláusulas que no edital ou convite, favoreçam 
4 
 
uns em detrimento de outros, quer mediante julgamento faccioso, que desiguale os 
iguais ou iguale os desiguais. 
4) Sigilo na Apresentação das Propostas: 
Princípio este consectário da igualdade entre os licitantes, pois ficaria em posição 
vantajosa o proponente que viesse a conhecer a proposta de seu concorrente antes da 
apresentação da sua. 
5) Vinculação do Edital. 
O edital é a lei interna da licitação, e, como tal, vincula aos seus termos tanto os 
licitantes como a Administração que o expediu. 
6) Julgamento Objetivo. 
Baseia-se no critério indicado no edital e nos termos específicos das propostas. 
7) Probidade Administrativa. 
A probidade administrativa é dever de todo administrador público, mas a Lei a incluiu 
dentre os princípios específicos da licitação, naturalmente como uma advertência às 
autoridades que a promovem ou a julguem. 
8) Adjudicação Compulsória: 
Este princípio impede que a administração,concluído o procedimento licitatório atribua 
seu objeto a outrem que não o legítimo vencedor. 
2 – A Obrigatoriedade da Licitação 
Noções Gerais 
Noções Iniciais: 
Conforme o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, a licitação de obras, serviços, 
compras e alienações é uma exigência para toda a Administração Pública, direta e 
indireta, mas faz uma ressalva para “os casos especificados na legislação”, deixando 
assim, para a lei ordinária a delimitação das hipóteses em que a licitação não é 
obrigatória. A Lei 8.666/93 distingue as hipóteses de dispensa e inexigibilidade de 
licitação. 
Embora exista ressalva para os contratos de obras, serviços e compras e alienações, o 
mesmo não existe para a execução de serviço público por concessão ou permissão.A 
Constituição exige que para a concessão e a permissão de serviços públicos sempre se 
faça através de licitação (art. 175). 
 
 
5 
 
Dispensável 
Art. 24 e incisos 
 
Dispensa (vedação) 
Art. 17, I e II 
 
Inexigibilidade 
Art. 25 e incisos 
Há a possibilidade de 
competição. 
A licitação é viável, mas a 
lei faculta sua dispensa. 
Há a possibilidade de 
competição. 
A licitação é viável, mas a 
lei obriga a sua dispensa. 
Não há possibilidade de 
competição. 
A licitação é inviável. 
 
Entidades Privadas da Administração 
Noções Iniciais: 
Todos os entes estatais têm o dever de promover licitação, independentemente de 
caráter público ou privado de sua personalidade. Além das pessoas governamentais de 
direito público (União, Estados, Distrito Federal, Municípios, suas autarquias e 
fundações governamentais de direito público) estão obrigadas as pessoas 
governamentais privadas (empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações 
governamentais privadas). 
Mandado de Segurança: 
Uma vez que os atos praticados em licitação, mesmo por entes governamentais 
privados, são atos administrativos formais e os licitantes têm direito subjetivo público à 
fiel observância do procedimento (art. 4°), é cabível mandado de segurança contra os 
atos praticados em licitação, seja o ente licitador pessoa de direito público ou privado, 
ou ainda, prestador de serviço público ou explorador de atividade econômica. 
Regulamentos Licitatórios Próprios: 
Vimos que todas as entidades estão obrigadas a observar os preceitos da Lei 8.666/93 
em suas licitações, porém, o art. 119 da Lei faculta, às sociedades mistas, empresas e 
fundações públicas e demais entidades controladas pelo Poder Público, a edição de 
regulamentos próprios. 
LEI N° 8.666, DE 21.06.1993 
Art. 119 - As sociedades de economia mista, empresas e fundações públicas e demais 
entidades controladas direta ou indiretamente pela União e pelas entidades referidas no 
artigo anterior editarão regulamentos próprios devidamente publicados, ficando sujeitas 
às disposições desta Lei. 
Parágrafo único - Os regulamentos a que se refere este artigo, no âmbito da 
Administração Pública, após aprovados pela autoridade de nível superior a que 
estiverem vinculados os respectivos órgãos, sociedades e entidades, deverão ser 
publicados na imprensa oficial. 
6 
 
Na verdade, estes regulamentos, na esfera federal, não podem alterar o proposto pela 
Lei 8.666/93, devendo observar em sua integralidade os procedimentos da lei. Em 
relação aos entes da Administração Estadual, Distrital e Municipal, a solução dependerá 
do que dispuserem as leis respectivas. Estados, Distrito Federal e Municípios não estão 
vinculados à integralidade da lei 8.666/93, mas apenas às suas normas gerais. 
Entidades Estatais de Atividade Econômica: 
Todas as entidades estatais devem licitar, não apenas as empresas estatais prestadoras de 
serviço público, mas também aquelas dedicadas à intervenção no domínio econômico. 
Contudo, em operações específicas, de natureza econômica e imediatamente ligadas à 
atividade fim da entidade, a licitação é dispensada. Neste caso, a operação de venda se 
fará nos moldes comerciais comuns. Para Celso Antônio Bandeira de Mello, as 
exploradoras de atividade econômica não são obrigadas a licitar nas “hipóteses em que 
o procedimento licitatório inviabilizaria o desempenho das atividades específicas para 
as quais foi instituída a entidade”. Segundo ele, “isto ocorre quando suas aquisições ou 
alienações digam respeito ao desempenho de atos tipicamente comerciais, 
correspondentes ao próprio objetivo a que a pessoa está preposta e desde que tais atos 
demandem a agilidade, a rapidez, o procedimento expedito da vida negocial corrente, 
sem o que haveria comprometimento da boa realização de sua finalidade”. 
O art. 17, II, e, da Lei 8.666/93 dispõe ser dispensável a licitação para venda de bens 
produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em 
virtude de suas finalidades. 
Dispensa de Licitação 
Dispensa de Licitação: 
A dispensa de licitação ocorre quando é possível realizar a licitação, porém não é 
exigida por lei. A dispensa da licitação pode ser obrigatória (art. 17, I e II) ou ficar 
inserida na competência discricionária da Administração (art. 24). 
A licitação é obrigatoriamente dispensada (vedação) 
 
Art. 17, incisos I e II 
 
A Administração tem a faculdade de licitar ou não 
 
Art. 24 
 
 
São as seguintes hipóteses em que a licitação é obrigatoriamente dispensada: 
LEI N° 8.666, DE 21.06.1993 
Art. 17 - A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de 
interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às 
seguintes normas: 
7 
 
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração 
direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades 
paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de 
concorrência, dispensada esta nos seguintes casos: 
a) dação em pagamento; 
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da Administração 
Pública, de qualquer esfera de governo; 
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 
desta Lei; 
d) investidura; 
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de 
governo; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) 
f) alienação, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens 
imóveis construídos e destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas 
habitacionais de interesse social, por órgãos ou entidades da administração pública 
especificamente criados para esse fim; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) 
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos 
seguintes casos: 
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação 
de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra 
forma de alienação; 
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração 
Pública; 
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação 
específica; 
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente; 
e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da 
Administração Pública, em virtude de suas finalidades; 
f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração 
Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe. 
§ 1° - Os imóveis doados com base na alínea "b" do inciso I deste artigo, cessadas as 
razões que justificaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica 
doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiário. 
8§ 2° - A Administração poderá conceder direito real de uso de bens imóveis, dispensada 
licitação, quando o uso se destina a outro órgão ou entidade da Administração Pública. 
§ 3° - Entende-se por investidura, para os fins desta lei: (Redação dada pela Lei nº 
9.648, de 1998) 
I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante 
de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca 
inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinqüenta por cento) do 
valor constante da alínea "a" do inciso II do art. 23 desta lei; (Incluído pela Lei nº 9.648, 
de 1998) 
II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Público, 
de imóveis para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas 
hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase de operação dessas unidades 
e não integrem a categoria de bens reversíveis ao final da concessão. (Incluído pela Lei 
nº 9.648, de 1998) 
4° - A doação com encargo será licitada e de seu instrumento constarão, 
obrigatoriamente os encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob 
pena de nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de interesse público 
devidamente justificado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 
§ 5° - Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário necessite oferecer o imóvel 
em garantia de financiamento, a cláusula de reversão e demais obrigações serão 
garantidas por hipoteca em segundo grau em favor do doador. (Incluído pela Lei nº 
8.883, de 1994) 
§ 6° - Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não 
superior ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea "b" desta Lei, a Administração 
poderá permitir o leilão. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) 
São as seguintes hipóteses em que a Administração tem a faculdade de licitar: 
1) Em razão da economia (pequeno valor): 
 Para obras e serviços de engenharia de valor até 10% do limite previsto na alínea 
a, do inciso II do art. 23, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma 
obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo 
local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente (art. 24, I). 
 Para outros serviços e compras de valor até 10% do limite previsto na alínea a, 
do inciso II do art. 23 e para alienações nos casos previstos, desde que não se 
refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto 
que possa ser realizada uma só vez (art. 24, II). 
2) Em razão de situações excepcionais: 
9 
 
 Quando a demora do procedimento é incompatível com a urgência da celebração 
do contrato, como a ocorrência de guerra ou grave perturbação da ordem, 
emergência ou calamidade pública (art. 24, III e IV). 
 Quando não aparecerem interessados à licitação anterior esta, justificadamente, 
não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, 
todas as condições preestabelecidas (art. 24, V). Essa hipótese é denominada de 
licitação deserta. 
 Quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou 
normalizar o abastecimento (art. 24, VI). 
 Quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente 
superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os 
fixados pelos órgãos oficiais competentes (art. 24, VII). 
 Quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos 
casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho 
de Defesa Nacional (art. 24, IX). 
 Na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em 
conseqüência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de 
classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo 
licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido (art. 24, 
XI). 
 Para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional 
específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas 
forem manifestamente vantajosas para o Poder Público (art. 24, XIV). 
 Nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, 
embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de abastecimento, quando 
em estada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidades 
diferentes de suas sedes, por motivo de movimentação operacional ou de 
adestramento, quando a exigüidade dos prazos legais puder comprometer a 
normalidade e os propósitos das operações e desde que o seu valor não exceda 
ao limite previsto na alínea a do inciso II do art. 23 (art. 24, XVIII). 
A licitação deserta não se confunde com a licitação fracassada, em que aparecem 
interessados, mas nenhum é selecionado, em decorrência da inabilitação ou da 
desclassificação. Neste caso, a dispensa de licitação não é possível. 
3) Em razão do objeto: 
 Para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades 
precípuas da Administração, cujas necessidades de instalação e localização 
condicionem sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de 
mercado, segundo avaliação prévia (art. 24, X). 
 Nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo 
necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, 
realizadas diretamente com base no preço do dia (art. 24, XII). 
10 
 
 Para a aquisição ou restauração de obras-de-arte e objetos históricos, de 
autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do 
órgão ou entidade (art. 24, XV). 
 Para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, 
necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia 
técnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição 
de exclusividade for indispensável para a vigência da garantia (art. 24, XVII). 
 Para as compras de materiais de uso das Forças Armadas, com exceção de 
materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter 
a padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, 
aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituído por decreto (art. 24, 
XIX). 
 Para aquisição de bens destinados exclusivamente à pesquisa científica e 
tecnológica com recursos concedidos pela CAPES, FINEP, CNPq ou outras 
instituições oficiais de financiamento à pesquisa credenciadas pelo CNPq para 
esse fim (art. 24, XXI). 
 Na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade 
de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma 
associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em 
convênio de cooperação (art. 24, XXVI). 
4) Em razão da pessoa: 
 Para aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens 
produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a 
Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data 
anterior à vigência da Lei 8.666/93, desde que o preço contratado seja 
compatível com o praticado no mercado (art. 24, VIII). 
 Na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou 
estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou 
de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada 
detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos 
(art. 24, XIII). 
 Para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da 
Administração e de edições técnicas oficiais, bem como para a prestação de 
serviços de informática a pessoa jurídica de direito público interno,por órgãos 
ou entidades que integrem a Administração Público, criados para esse fim 
específico (art. 24, XVI). 
 Na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins 
lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da 
Administração Pública, para prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-
obra, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado 
(art. 24, XX). 
11 
 
 Na contratação do fornecimento ou suprimento de energia elétrica, com 
concessionário ou permissionário ou autorizado, segundo as normas da 
legislação específica (art. 24, XXII). 
 Na contratação realizada por empresas públicas e sociedades de economia mista 
com suas subsidiárias e controladas, para aquisição ou alienação de bens, 
prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível 
com o praticado no mercado (art. 24, XXIII). 
 Para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações 
sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para 
atividades contempladas no contrato de gestão (art. 24, XXIV). 
Inexigibilidade de Licitação 
Inexigibilidade de Licitação: 
A licitação é inexigível quando não houver a possibilidade de competição, seja porque 
só existe um objeto ou pessoa que atenda às necessidades da Administração, tornando 
impossível a licitação. São casos de inexigibilidade: 
 singularidade do objeto da contratação: é o prestado por técnico especializado ou 
artista; 
 unicidade de fornecedor; 
 especificidade da operação. 
LEI N° 8.666, DE 21.06.1993 
Art. 25 - É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em 
especial: 
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos 
por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de 
marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido 
pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou 
o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas 
entidades equivalentes; 
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza 
singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a 
inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação; 
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através 
de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela 
opinião pública. 
§ 1° - Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no 
campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, 
publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos 
12 
 
relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e 
indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato. 
§ 2° - Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado 
superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o 
fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de 
outras sanções legais cabíveis. 
Procedimento nos Casos de Dispensa e Inexigibilidade 
Contratação Direta: 
No caso de dispensa ou inexigibilidade de licitação não há procedimento licitatório, mas 
deve haver procedimento administrativo. A Lei 8.666/93 estabelece um procedimento 
de contratação direta, regulado em seu art. 26. Este procedimento deve ser 
obrigatoriamente observado sob pena de invalidade do ato e da caracterização de crime 
licitatório. 
LEI N° 8.666, DE 21.06.1993 
Art. 26 - As dispensas previstas nos §§ 2° e 4° do art. 17 e no inciso III e seguintes do 
art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, 
e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8° desta Lei deverão ser 
comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação 
na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos. 
(Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005) 
Parágrafo único - O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, 
previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos: 
I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, 
quando for o caso; 
II - razão da escolha do fornecedor ou executante; 
III - justificativa do preço. 
IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão 
alocados.(Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) 
O procedimento não é exigível, contudo, nas pequenas compras de pronto pagamento, 
como tais entendidas as que não superem a 5% do limite estabelecido pelo art. 23, II, a. 
Nesses caos, é adotado o regime de adiantamento, que dispensa o contrato escrito (art. 
60, parágrafo único). 
 
3 – O Procedimento Licitatório 
13 
 
Noções Gerais 
Fases da Licitação: 
O procedimento da licitação envolve duas fases distintas: 
1) Fase Interna: 
Inicia-se na repartição, com a abertura do processo. 
2) Fase Externa: 
Inicia-se com o ato convocatório e a conseqüente publicidade. 
Ato Convocatório 
A licitação tem início com a divulgação do ato convocatório, o qual pode ser: 
 edital, em geral; 
 carta-convite, no caso específico das licitações por convite. 
O ato convocatório é a matriz do certame e das relações dele decorrentes, funcionando 
como a lei interna da licitação e do contrato. 
I -Edital: 
Ato pelo qual a administração pública divulga a abertura do procedimento, fixa os 
requisitos para a participação, define o objeto e as condições básicas do contrato e por 
fim comina todos interessados para que apresentem suas propostas: 
Nas concorrências de grande vulto deve realizar-se uma audiência pública, antes do 
edital, para que a sociedade possa debater a conveniência e a oportunidade da licitação. 
 
LEI N° 8.666, DE 21.06.1993 
Art. 40 - O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da 
repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da 
licitação, a menção de que será regida por esta lei, o local, dia e hora para recebimento 
da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e 
indicará, obrigatoriamente, o seguinte: 
I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara; 
II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, como 
previsto no art. 64 desta lei, para execução do contrato e para entrega do objeto da 
licitação; 
III - sanções para o caso de inadimplemento; 
14 
 
IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico; 
V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e o 
local onde possa ser examinado e adquirido; 
VI - condições para participação na licitação, em conformidade com os arts. 27 a 31 
desta lei, e forma de apresentação das propostas; 
VII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos; 
VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que 
serão fornecidos elementos, informações e esclarecimentos relativos à licitação e às 
condições para atendimento das obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto; 
IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras, no 
caso de licitações internacionais; 
X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida 
a fixação de preços máximose vedados a fixação de preços mínimos, critérios 
estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência, ressalvado o 
disposto nos parágrafos 1° e 2° do art. 48. 
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, 
admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para a 
apresentação da proposta ou do orçamento a que esta proposta se referir, até a data do 
adimplemento de cada parcela; 
XII - (vetado); 
XIII - limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ou 
serviços que serão obrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas, etapas 
ou tarefas; 
XIV - condição de pagamento, prevendo: 
a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, contando a partir da data final do 
período de adimplemento de cada parcela; 
b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade com a 
disponibilidade de recursos financeiros; 
c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do 
período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento; 
d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e descontos, por 
eventuais antecipações de pagamentos; 
e) exigência de seguros, quando for o caso; 
XV - instruções e normas para os recursos previstos nesta lei; 
15 
 
XVI - condições de recebimento do objeto da licitação; 
XVII - outras indicações específicas ou peculiares da licitação. 
Imprensa Oficial: 
Veículo oficial de divulgação da Administração Pública, sendo para a União, o Diário 
Oficial da União, e, para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, o que for 
definido nas respectivas leis. 
II - Habilitação dos Licitantes 
A habilitação é a fase em que há abertura dos envelopes e sua apreciação a qual é feita 
em ato público. Para a habilitação será exigido dos interessados, documentação relativa 
a: 
 habilitação jurídica; 
 qualificação técnica; 
 qualificação econômica financeira; 
 regularidade fiscal; 
 cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7° da Constituição Federal. 
A fase da habilitação existe em todas as modalidades licitatórias, inclusive na tomada de 
preços e no convite, mas há peculiaridades em relação ao leilão. 
Comissão de Licitação: 
As etapas de habilitação dos licitantes e julgamento das propostas são efetivadas por 
uma comissão, denominada comissão de licitação ou comissão julgadora. Estas 
comissões são criadas pela Administração com a função de receber, examinar e julgar 
todos os documentos e procedimentos relativos às licitações e ao cadastramento de 
licitantes. Podem ser permanentes ou especiais e devem ser integradas por no mínimo, 
três membros, sendo pelo menos dois deles servidores qualificados pertencentes aos 
quadros permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação (art. 51). 
No caso de licitação na modalidade convite, a comissão de licitação, excepcionalmente, 
nas pequenas unidades administrativas e em face da exigüidade de pessoal disponível, 
poderá ser substituída por um servidor, formalmente designado pela autoridade 
competente (art. 51, § 1°). Os membros das comissões de licitação responderão 
solidariamente por todos os atos praticados pela comissão, salvo se posição individual 
divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em 
que tiver sido tomada a decisão (art. 51, § 3°). 
Classificação 
Noções Iniciais: 
16 
 
Classificação é a fase de procedimento em que a Administração Pública faz o 
julgamento das propostas, classificando-as pela ordem de preferência, segundo os 
critérios constantes do edital. 
Subdivide-se em: 
 fase da abertura dos envelopes-propostas; 
 julgamento das propostas propriamente ditas, que deve ser objetivo e realizado 
de acordo com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no 
ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos. 
Tipos de Licitação: 
Os tipos de licitação estão previstos no § 1° do artigo 45 e compreendem as seguintes 
categorias: 
 a de menor preço: quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a 
Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a 
proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor 
preço; 
 a de melhor técnica; 
 a de técnica e preço; 
 a de maior lance ou oferta: no caso de alienação de bens ou concessão de direito 
real de uso. 
Em regra, o critério para a avaliação das propostas é o menor preço. Mas, no caso de 
serviço intelectual, podem ser usados os critérios de “melhor técnica” ou de “técnica e 
preço”. No caso de empate, têm preferência os bens e serviços produzidos no País e, 
sucessivamente, os produzidos ou prestados por empresa brasileira. Persistindo o 
empate, decide-se por sorteio. 
III - Homologação: 
Homologação é o ato de controle pelo qual a autoridade superior confirma o julgamento 
das propostas e, conseqüentemente, confere eficácia à adjudicação. Mas o momento e a 
conveniência da assinatura do contrato ficam ainda na dependência da vontade 
discricionária da administração. Havendo motivo justo e fundamentado, pode o contrato 
não se concretizar. . Se o vencedor convocado não assinar o contrato, pode a 
administração convocar os licitantes remanescentes, na ordem da classificação. A 
homologação é feita, geralmente, pela autoridade competente para autorizar a despesa, 
mas poderá sê-lo por qualquer outra indicada no edital, no regulamento ou na lei, após o 
transcurso do prazo para recurso (contra a adjudicação ou a classificação) e a decisão 
dos que forem interpostos. 
IV - Adjudicação 
17 
 
A adjudicação atribui a obra ou serviço ao vencedor da licitação, conferindo-lhe 
preferência ao contrato. A licitação pode ser revogada por interesse público. Pode 
também ser anulada, pela própria administração ou pelo Judiciário, no caso de 
irregularidade ou ilegalidade procedimental 
Aprovação do Procedimento 
Com a adjudicação do objeto do certame ao vencedor, a Comissão Julgadora conclui 
sua tarefa. Deve então, encaminhar os autos à autoridade competente para a aprovação 
do procedimento. Esta fase de aprovação do procedimento vem regulada pelo art. 49 da 
Lei n° 8.666/93 e resulta na homologação ou na anulação ou revogação da licitação. 
 
------ 
Embora os artigos 38-VII e 43-VI utilizem para esta fase o termo de homologação, o 
art. 49 emprega a expressão aprovação do procedimento. Utilizamos esta última, pois 
trata-se de fase complexa que tanto pode gerar a homologação quanto a anulação ou 
revogação. 
1. Homologação 
 
O procedimento licitatório foi regular e as condições fáticas que 
conduziram à decisão de instaurar a licitação permaneceram 
inalteradas. 
 
2. Anulação 
 
Foi constatada irregularidade no procedimento licitatório. 
 
3. Revogação 
 
O procedimento licitatório foi regular, porém houve alteração das 
condições fáticas que conduziram à abertura da licitação e a 
Administração optou por revogar a licitação. 
 
 
LEI N° 8.666, DE 21.06.1993 
Art. 49 - A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá 
revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente 
devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo 
anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer 
escrito e devidamente fundamentado. 
§ 1° - A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera 
obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.§ 2° - A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto 
no parágrafo único do art. 59 desta Lei. 
§ 3 - No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e 
a ampla defesa. 
18 
 
§ 4° - O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento de 
dispensa e de inexigibilidade de licitação. 
.............................................................................................................................. 
Art.59 
.......................................................................................................................................... 
Parágrafo único - A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o 
contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por 
outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, 
promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa. 
 
Anulação: 
Nesta fase, o primeiro passo é a autoridade incumbida da aprovação verificar se o 
procedimento ocorreu em conformidade com a lei, as normas regulamentares e o ato 
convocatório. Se estiver regular, passará ao exame de conveniência e oportunidade de 
contratar, mas se for constatada irregularidade, o procedimento deverá ser anulado 
desde o início, se o vício o contaminar por inteiro, ou a partir da etapa em que ocorrida a 
anormalidade, se o vício for parcial, determinando o refazimento. A anulação, de ofício 
ou por provocação de terceiros, é um ato vinculado, descabendo qualquer juízo 
discricionário a respeito. Não gera para a Administração o dever de indenizar, 
ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59. O ato anulatório deve ser motivado, 
ou seja, devidamente fundamentado. 
A aprovação não vincula em definitivo a Administração, sendo possível mesmo depois 
da contratação, reexaminar a qualquer tempo a licitação. A anulação do procedimento 
da licitação, nestes casos, torna o contrato dela decorrente também nulo (art. 49, 2°). É 
necessário observar o disposto no parágrafo único do art. 59, isto é, indenizar o 
contratado de boa-fé pelas prestações já executadas e por outros prejuízos regularmente 
comprovados. 
Revogação: 
No exame da conveniência e oportunidade de contratar a Administração pode revogar a 
licitação, desde que tenha ocorrido algum fato superveniente, isto é, verificado 
posteriormente à decisão de contratar e possa ser devidamente comprovado. O fato deve 
ser pertinente e suficiente para tornar inoportuna ou inconveniente a contratação. A 
revogação é um ato unilateral da Administração, decorrente de uma apreciação 
discricionária, ou seja, havendo o fato superveniente e sendo de interesse público, existe 
a faculdade de revogar ou não a licitação. 
Recursos 
Existem quatro tipos de recursos no processo licitatório: 
19 
 
1) Impugnação do Ato Convocatório: 
Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade 
na aplicação da Lei, devendo protocolar o pedido até 5 dias úteis antes da data fixada 
para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e 
responder à impugnação em até 3 dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 1.º 
do art. 113. § 2.º. Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação 
perante a Administração o licitante que não o fizer até o segundo dia útil que anteceder 
a abertura dos envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com 
as propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a realização de leilão, as 
falhas ou irregularidades que viciariam esse edital, hipótese em que tal comunicação 
não terá efeito de recurso.§ 3.º A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o 
impede de participar do processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a ela 
pertinente. Quando o texto fala em impugnação do edital, está obviamente empregando 
o termo em sentido amplo, de modo a abranger não só o edital da concorrência, da 
tomada de preços, do concurso e do leilão, como também da carta convite. 
2) Recurso Hierárquico: 
O recurso hierárquico é cabível contra a habilitação ou inabilitação, o julgamento das 
propostas, a anulação ou revogação do certame, o indeferimento do pedido de inscrição 
no registro cadastral, sua alteração ou cancelamento, a rescisão do contrato e a aplicação 
das sanções de advertência, suspensão temporária ou multa. 
3) Representação: 
É cabível a representação contra decisão relacionada com o objeto da licitação ou do 
contrato, de que não caiba recurso hierárquico. Nessa hipótese enquadram-se, entre 
outras, a inconformidade contra a decisão tomada em recurso anteriormente interposto, 
a adjudicação e a homologação. O prazo também é de 5 dias. 
4) Pedido de Reconsideração: 
O pedido de reconsideração é previsto para atacar a declaração de inidoneidade para 
licitar ou contratar com a Administração (art. 109-III). O prazo de interposição é de 10 
dias. 
Anulação e Revogação da Licitação 
Noções Iniciais: 
Sendo a licitação um procedimento administrativo (seqüência encadeada de atos 
administrativos), assim como nos atos administrativos é cabível a anulação no caso de 
ilegalidade (Poder Executivo ou Poder Judiciário, quando provocado) ou revogação 
(somente pela Administração). 
Anulação: 
20 
 
Se ocorrer ilegalidade na prática de algum ato do procedimento, esse ato deverá ser 
anulado, e sua anulação implica nulidade de todas as etapas posteriores do 
procedimento. 
A Lei 8.666/93 determina que o despacho de anulação da licitação seja fundamentado 
circunstanciadamente. Em seu art. 49, a Lei assevera que a autoridade competente para 
a aprovação do procedimento deverá anulá-lo por ilegalidade, de ofício ou por 
provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado. A 
nulidade do procedimento licitatório induz à nulidade do contrato (art. 49, § 2°). 
No caso de anulação do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla 
defesa. Cabe recurso administrativo, no prazo de cinco dias úteis a contar da intimação 
do ato (art. 109, I, “e”). 
Revogação da Licitação: 
A Lei 8.666/93 prevê a possibilidade de revogação da licitação, sendo permitida em 
duas hipóteses: 
 por motivo de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente 
comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, mediante parecer 
escrito e devidamente fundamentado (art. 49). O despacho de revogação deverá 
ser fundamentado circunstanciadamente (art. 38, IX); 
 quando o convocado não assinar o termo de contrato ou não aceitar ou retirar o 
instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos no edital (art. 64, § 
2°). 
Obrigação de Indenizar: 
A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de 
indenizar (art. 49, § 1°). Entretanto, a nulidade do contrato não exonera a Administração 
do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela 
for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que a causa da 
nulidade não lhe seja imputável (ao contratado), promovendo-se a responsabilidade de 
quem deu causa à nulidade (art. 59, parágrafo único). A Lei não menciona 
expressamente, mas a revogação da licitação gera obrigação de indenizar os 
participantes que comprovem haver sofrido prejuízos em sua decorrência. 
Depois de assinado o contrato, não se pode mais revogar a licitação; se for o caso, e 
houver enquadramento em hipótese legal autorizadora, revoga-se o contrato. Já a 
anulação da licitação pode ser feita a qualquer tempo e, como visto, a nulidade da 
licitação implicaa nulidade do contrato dela decorrente. 
 
4– Modalidades de Licitação 
21 
 
Concorrência 
Noções Iniciais: 
É a modalidade de licitação própria para contratos de grande valor e que propicia a 
maior participação possível pela universalidade e através de ampla publicidade 
Universalidade: 
É a possibilidade que se oferece à participação de quaisquer interessados na 
concorrência, independentemente de registro cadastral na Administração que a realiza 
ou em qualquer outro órgão público. 
Cabimento: 
 obras e serviços de engenharia (altos valores); 
 compras e outros serviços (altos valores); 
 compras ou alienação de bens imóveis, qualquer que seja o valor (via de regra, 
pois há casos em que se admite o leilão); 
 concessões de direito real de uso de qualquer valor; 
 licitações internacionais (via de regra); 
 venda de bens móveis, acima de determinado valor. 
Parcelamento da Contratação: 
As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração poderão ser divididas em 
tantas parcelas quantas se comprovem técnica e economicamente viáveis, 
correspondendo cada parcela a licitação distinta. Porém se a soma das várias parcelas, a 
serem objeto de outros contratos, superarem os limites é obrigatória a concorrência. 
Publicidade e Prazo: 
A concorrência inicia-se com a publicidade do edital, pela publicação de anúncio 
contendo resumo das condições nele previstas e indicação do local onde os interessados 
poderão ler e obter o texto legal. 
A publicação deve ser feita, ao menos uma vez: 
 em jornal de circulação no município ou região onde será executado o objeto do 
contrato; 
 no Diário Oficial. 
 Já o prazo de divulgação do edital da concorrência é: 
 30 dias, em geral; 
 45 dias, no caso de concorrências a serem julgadas pelo critério da melhor 
técnica ou pela técnica e preço. 
Consórcio de Empresas: 
22 
 
É a associação de dois ou mais interessados na concorrência, de modo que, somando 
técnica, capital, trabalho e “know-how”, possam executar um empreendimento que, 
isoladamente não teriam condições de realizar. 
Licitações Internacionais: 
São aquelas em que se permite a participação de firmas nacionais e estrangeiras, 
isoladamente ou em consórcio com empresas nacionais. A regra nas licitações 
internacionais é a da adoção da concorrência pública, independentemente de seu valor. 
Mas, se a licitadora, realizando com freqüência licitações da espécie, organizou cadastro 
de fornecedores internacionais, poderá optar pela tomada de preços, desde que o 
contrato esteja situado na pertinente faixa de valor, se não, a concorrência será 
obrigatória. 
Pré-Qualificação: 
É a verificação prévia da idoneidade jurídica, técnica e financeira de firmas ou 
consórcios para participarem de determinadas e futuras concorrências de um mesmo 
empreendimento. 
Procedimento: 
O procedimento da concorrência compreende as seguintes fases: edital, habilitação, 
classificação, homologação e adjudicação. 
Tomada de Preços 
Noções Iniciais: 
Segundo a lei a tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados 
devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para 
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada 
a necessária qualificação. 
Registros Cadastrais: 
São assentamentos que se fazem nas repartições administrativas que realizam licitações 
para fins de qualificação dos interessados em contratar com a Administração, no ramo 
de suas atividades. 
LEI N° 8.666, DE 21.06.1993 
Art. 34 - Para os fins desta lei, os órgãos e entidades da Administração Pública que 
realizem freqüentemente licitações manterão registros cadastrais para efeito de 
habilitação, na forma regulamentar, válidos por, no máximo, um ano. 
§ 1º - O registro cadastral deverá ser amplamente divulgado e deverá estar 
permanentemente abertos aos interessados, obrigando-se a unidade por ele responsável 
a proceder, no mínimo anualmente, através da imprensa oficial e de jornal diário, a 
23 
 
chamamento público para a atualização dos registros existentes e para o ingresso de 
novos interessados. 
§ 2º - É facultado às unidades administrativas utilizarem-se de registros cadastrais de 
outros órgãos ou entidades da Administração Pública. 
Art. 35 - Ao requerer inscrição no cadastro, ou atualização deste, a qualquer tempo, o 
interessado fornecerá os elementos necessários à satisfação das exigências do art. 27 
desta lei. 
Art. 36 - Os inscritos serão classificados por categorias, tendo-se em vista sua 
especialização, subdivididas em grupos, segundo a qualificação técnica e econômica 
avaliada pelos elementos constantes da documentação relacionada nos arts. 30 e 31 
desta lei. 
§ 1º - Aos inscritos será fornecido certificado, renovável sempre que atualizarem o 
registro. 
§ 2º - A atuação do licitante no cumprimento de obrigações assumidas será anotada no 
respectivo registro cadastral. 
Art. 37 - A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou cancelado o registro do 
inscrito que deixar de satisfazer as exigências do art. 27 desta lei, ou as estabelecidas 
para classificação cadastral. 
 
Cabimento: 
Adota-se a tomada de preços para licitações de vulto médio e assemelha-se em tudo a 
concorrência, com a diferença no prazo de divulgação do edital. São casos em que cabe 
a tomada de preços: 
 obras e serviços de engenharia (valores médios); 
 compras e outros serviços (valores médios); 
 licitações internacionais (quando dispuser de cadastro internacional de 
fornecedores). 
Publicidade e Prazo: 
A forma da publicidade é a mesma da concorrência. 
O prazo de divulgação do edital é de: 
 15 dias, em geral; 
 30 dias, nas tomadas de preço do tipo melhor técnica ou de técnica e preço. 
Procedimento: 
24 
 
O procedimento da tomada de preços não difere muito do procedimento da 
concorrência, apenas no tocante à fase de habilitação, que é feita antes do procedimento 
da licitação, para os inscritos no registro cadastral. 
Convite 
Conceito: 
Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, 
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela 
unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento 
convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que 
manifestem seu interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação das 
propostas. 
Cabimento: 
O convite é cabível para contratações de valor reduzido. Se a Administração preferir, 
poderá, em todos os casos de convite, realizar tomada de preços e, em qualquer caso, a 
concorrência. São os casos de cabimento: 
 obras e serviços de engenharia (valores reduzidos); 
 compras e outros serviços (valores reduzidos); 
 licitações internacionais, quando não houver fornecedor nacional. 
Publicidade e Prazo: 
O convite não exige publicação, porque é feito diretamente aos escolhidos mediante 
carta-convite, sendo esta entregue a pelo menos 3 convidados, escolhidos pela 
Administração, e com a afixação de cópia em quadro de avisos da repartição, em local 
de fácil acesso público. Nada impede, porém, que se publique anúncio a respeito da 
realização do convite. 
O prazo mínimo entre a efetiva entrega da carta-convite a todos os licitantes e o ato de 
abertura é de 5 dias úteis. 
Empresas Interessadas: 
Havendo empresa cadastrada que, com 24 horas de antecedência, manifeste interesse 
em participar, a comissão deverá, imediatamente, fornecer-lhe cópia da carta. 
Procedimento: 
No convite, o procedimento é simplificado: a convocação dos licitantes é feita por 
escrito,com cinco dias úteis de antecedência, mediante carta-convite dirigida a pelo 
menos três interessados, escolhidos pela unidade administrativa, e mediante afixação, 
em local apropriado, da cópia do instrumento convocatório, sendo facultada, ainda, a 
25 
 
publicação no Diário Oficial. Recebidos os envelopes com as propostas, seguem-se a 
classificação, adjudicação e homologação. 
 
Concurso 
Conceito: 
Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de 
trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou 
remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes no edital. 
Cabimento: 
Será utilizado para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico. 
Publicidade e Prazo: 
O concurso será iniciado com a publicação, na imprensa oficial, do edital, que indicará 
o local onde os interessados poderão obter o regulamento. 
Entre a publicação e a apresentação das propostas deverá mediar um prazo mínimo de 
45 dias corridos. 
Procedimento: 
A Lei 8.666/93 não estabelece o procedimento a ser adotado no concurso, remetendo 
sua disciplina a regulamento próprio, específico para cada concurso. 
Leilão 
Conceito: 
O leilão é modalidade de licitação para a venda de bens móveis inservíveis e de 
produtos apreendidos ou penhorados, bem como de imóveis oriundos de procedimento 
judiciais ou de dação em pagamento, em que seja útil a alienação. 
Cabimento: 
 venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não 
superior ao limite legal; 
 bens imóveis adquiridos em procedimentos judiciais ou por dação em 
pagamento. 
Em qualquer dos casos a Administração, se preferir, poderá empregar a 
concorrência. 
Procedimento: 
26 
 
A Lei 8.666/93 não estabelece o procedimento específico para o leilão, remetendo a 
matéria à legislação pertinente (art. 53). 
 
Pregão 
Noções Iniciais: 
O pregão é uma modalidade de licitação mais recente instituída pela Lei n° 10.520, de 
17 de julho de 2002, como forma de implantar um novo tipo de licitação, mais 
simplificado, a fim de desburocratizar e tornar mais rápida e econômica a licitação. As 
normas da Lei 8.666/93 aplicam-se subsidiariamente à modalidade pregão de licitação. 
Abrangência: 
Destina-se, por definição legal, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios. Além dos órgãos da administração direta, também os fundos especiais, as 
autarquias, as fundações, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as 
demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União estão submetidas ao 
regime legal do pregão. 
Objeto: 
A licitação, por meio da modalidade pregão, poderá ser utilizada para a aquisição de 
bens e serviços comuns. Para efeito da Lei, são considerados bens e serviços comuns 
aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos 
pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. 
O Decreto federal 3.555/2000 estabelece quais são os bens e serviços comuns (Anexo 
II) Na área estadual, do Distrito Federal e municipal, os respectivos Poderes Executivos 
poderão editar regulamento próprio. 
O pregão não obedece a limite de valores, podendo ser utilizado para qualquer valor de 
contrato. 
Procedimento: 
O pregão é realizado mediante propostas e lances em sessão pública. O autor da oferta 
de valor mais baixo e os das ofertas com preços até dez por cento superiores a ela 
poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor, sempre 
pelo critério de menor preço. Não havendo pelo menos três ofertas com diferença de até 
dez por cento em relação à mais baixa, poderão os autores das melhores propostas, até o 
máximo de três, oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os 
preços oferecidos. Examinada a proposta classificada em primeiro lugar, quanto ao 
objeto e valor, caberá ao pregoeiro decidir motivadamente a respeito da sua 
aceitabilidade. Encerrada a etapa competitiva e ordenada as ofertas, o pregoeiro 
procederá à abertura do invólucro contendo os documentos de habilitação do licitante 
27 
 
que apresentou a melhor proposta, para verificação do atendimento das condições 
fixadas no edital. A habilitação far-se-á com a verificação de que o licitante está em 
situação regular perante a Fazenda Nacional, a Seguridade Social e o Fundo de Garantia 
do Tempo de Serviço (FGTS), e as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso, 
com a comprovação de que atende às exigências do edital quanto à habilitação jurídica e 
qualificações técnica e econômica-financeira. Verificado o atendimento das exigências 
fixadas no edital, o licitante será declarado vencedor. Homologada a licitação pela 
autoridade competente, o adjudicatário (licitante vencedor) será convocado para assinar 
o contrato no prazo definido em edital. Se o licitante vencedor, convocado dentro do 
prazo de validade da sua proposta (o prazo de validade das propostas será de sessenta 
dias, se outro não estiver fixado no edital), não celebrar o contrato, este será celebrado 
com o colocado seguinte que atenda às exigências de habilitação e demais estabelecidas 
no edital. 
Provavelmente o aspecto que mais distingue essa modalidade de licitação daquelas 
reguladas pela Lei 8.666/93 é a inversão que ocorre nas fases de habilitação e 
julgamento das propostas. Enquanto naquelas modalidades a habilitação é sempre 
anterior à abertura e julgamento das propostas (sequer sendo abertas as propostas dos 
licitantes inabilitados), no pregão ocorre o contrário: a habilitação dos licitantes é fase 
posterior. 
O pregão, em razão de suas características procedimentais, traz uma série de vantagens 
para a Administração contratante, especialmente por constituir-se em uma modalidade 
de licitação pouco complexa, possibilitando maior celeridade na contratação de bens e 
serviços comuns. Algumas importantes características do pregão são a possibilidade de 
redução do preço das propostas iniciais por meio de lances verbais e a não exigência de 
habilitação prévia ou de garantias, com o conseqüente aumento do número de 
concorrentes e da competitividade. Outro ponto importante é que, no pregão, não se leva 
em consideração o vulto do contrato (valor de contratação), mas sim as características 
dos bens ou serviços, que devem ser comuns, ou seja, simples, ordinários e rotineiros. 
O Pregão Eletrônico: 
A Lei 10.520/02 também prevê a possibilidade de ser realizado o pregão por meio da 
utilização de recursos de tecnologia da informação, nos termos de regulamentação 
específica. Atualmente, o Decreto n° 5.450, de 31.05.2005, regulamenta na órbita 
federal, o “regulamento do pregão eletrônico”, que é realizado mediante disputa à 
distância, em sessão pública, utilizando sistema que promova a comunicação pela 
Internet.

Continue navegando