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USO DE ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL EM JANDAIAS MARACANÃS Aratinga leucophthalma DO PARQUE ECOLÓGICO MUNICIPAL DE PAULÍNIA ARMANDO MU

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USO DE ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL EM JANDAIAS MARACANÃS (Aratinga 
leucophthalma) DO PARQUE ECOLÓGICO MUNICIPAL DE PAULÍNIA “ARMANDO 
MULLER”, SÃO PAULO. 
Ana Luíza Meloni1*, Marcela C. do Nascimento1**, Luciane K. Junqueira1**, Andrea M. Prado2*** 
1Faculdade de Ciências Biológicas, CCV, PUC-Campinas 
*Graduação 
**Docente Orientadora do Trabalho de Conclusão de Curso 
2Zoológico Municipal de Paulínia “Armando Muller”, SP 
***Co-orientadora do Trabalho de Conclusão de Curso 
1Avenida Doutor Adilson Rodrigues, 2395, Apto 41A, Jardim Samambaia, Jundiaí, SP. CEP 
13211-685. Email: analume@terra.com.br. 
Palavras-chave: Enriquecimento Ambiental, Jandaia Maracanã, Aratinga leucophthalma. 
 
Introdução. Criação de animais em cativeiro pode levá-los a apresentar comportamentos que 
não são vistos em seus habitats. Enriquecimentos ambientais tornam o cativeiro mais 
complexo, podendo prevenir e até remediar esses problemas comportamentais (1). Este 
trabalho teve por objetivo melhorar a qualidade de vida de Jandaias Maracanãs (Aratinga 
leucophthalma) em cativeiro, verificando a influência do enriquecimento ambiental alimentar em 
seus comportamentos. Métodos. O trabalho foi desenvolvido no Zoológico Municipal de 
Paulínia “Armando Muller” (SP), com 20 Jandaias. Em março de 2013, montou-se um etograma 
de acordo com Del-Claro (2004), para comparar mudanças de comportamento ao longo da 
pesquisa (2). As observações ocorreram três vezes por semana, 45 minutos por dia, durante a 
tarde, nos meses de abril a julho de 2013, os quais foram divididos em três etapas, com 27 
horas cada: Linha de Base (LB), Enriquecimento Ambiental (EA) e Pós-Enriquecimento (PE), 
utilizando o método de amostragem scan pontual, com registros a cada minuto (3). Os 
enriquecimentos eram colocados à tarde e retirados pelos tratadores no dia seguinte pela 
manhã. Para análises estatísticas utilizou-se o programa GraphPad Instat (Versão 3.00, 
GraphPad software Inc 2000), considerando-se para significância p˂0.05, sendo que a etapa 
LB foi utilizada como parâmetro de comparação para as etapas posteriores. Resultados e 
Discussão. Identificou-se 29 comportamentos, divididos em nove categorias, das quais sete 
apresentaram valores significativos das etapas EA e PE em comparação com a LB. Na 
categoria Alimentação, a frequência dos comportamentos diminuiu durante o EA e aumentou no 
PE; para as categorias Higiene, Inatividade e Vocalização, aumentou no EA e diminuiu no PE; 
para Fisiologia e Locomoção, diminuiu no PE; e para Interação Negativa foi diminuindo ao longo 
das três etapas. Essas mudanças no comportamento das jandaias indicam que o tempo de EA 
foi curto, não havendo tempo para que se acostumassem (1,4). De acordo com Fairhurst et al. 
(2011), que compararam enriquecimentos de curta (10 dias) e longa duração (3 meses), um 
enriquecimento de longa duração poderia ser mais efetivo. Para confirmação desses resultados 
seria necessária a repetição do experimento em tempo integral, uma vez que os 
enriquecimentos eram oferecidos à tarde, e pela manhã a alimentação se manteve inalterada. 
O fato de os enriquecimentos serem retirados pode ter contribuído para a falta de adaptação. 
Conclusões. O comportamento das jandaias foi afetado pelos enriquecimentos, porém não é 
possível confirmar a mudança da qualidade de vida, pois houve alterações positivas e negativas 
em seus comportamentos. 
Referências: 1. Meehan., C.; Mench., J, (2008). Captive Parrot Welfare. En: Luescher., A, U,. Manual of Parrot 
Behavior. Blackwell Publishing Professional, Iowa, pp. 301-314. 2. Del-claro., K, (2004). Os Repertórios 
Comportamentais: etogramas. En: Del-claro., K,. Comportamento Animal: uma introdução à ecologia 
comportamental. Livraria Conceito, edição 1, Jundiaí, pp. 96-104. 3. Cullen., L.; Valladares-Pádua., C, (1997). 
Métodos para estudos de ecologia, manejo e conservação de primatas na natureza. En: Valladares-Pádua., C.; 
Bodmer., R. E.; Cullen., L,. Manejo e conservação de vida silvestre no Brasil. Conselho Nacional de 
Desenvolvimiento Científico e Tecnológico MCT-CNPq, Diretoria de Unidades de Pesquisa, edição 1, Brasília, pp. 
239-269. 4. Fairhurst., G. D.; Frey., M. D.; Reichert., J. F.; Szelest., I.; Kelly., D. M.; Bortolotti., G. R, (2011). Does 
Environmental Enrichment Reduce Stress? An Integrated Measure of Corticosterone from Feathers Provides a Novel 
Perspective, PLoS ONE, vol.6 (num.3), p.e17663.

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