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O sentido das palavras

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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL
PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS ACADÊMICOS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE DIREITO
O SENTIDO DAS PALAVRAS
Tayná Cabral
Leonardo Alves
Pedro Henrique Marcelino
Amilton Lessa
Volta Redonda, 2016
– Palavras e Ideias
A utilização da palavra e a capacidade mental de absorver e processar informações estão intimamente ligadas, ou seja, são interdependentes. Sem um bom acervo léxico que dê apoio para a expressão falada e racional, o ser humano está fadado a expressar-se primitivamente. Além disso, possuir um bom vocabulário se torna importante para o próprio desenvolvimento intelectual do ser humano, uma vez que utilizamos as palavras, não somente, para expressar-nos vocalmente, mas também para assimilarmos informações e refletir sobre tais. A palavra, falada ou pensada, torna-se importante, uma vez que é através dela que assimilamos idéias, configuramos reflexões e por fim emitimos opiniões. A necessidade de ampliar cada vez mais o nosso acervo léxico se faz necessária na medida em que temos vontade de nos aperfeiçoarmos tanto mentalmente quanto na forma da clareza com a qual nos expressamos. Podemos dizer, então, que tanto um bom recurso lexical quanto uma boa clareza na expressão, derivam de hábitos de leitura. Isto é, o individuo que se dedica a leitura amplia e diversifica seu vocabulário, tornando, assim, tanto o seu raciocínio quanto a sua expressão mais claras. Na atualidade, existe um grande déficit no que diz respeito aos hábitos de leitura. Essa insuficiência na leitura é notória na falta de perspicuidade da escrita, da fala e na assimilação de informação, o que torna o individuo incapaz de produzir uma boa observação sobre o que o cerca ou um bom argumento sobre determinado assunto. Podemos concluir que o hábito de leitura torna-se imprescindível para a formação de um vocabulário que dê, ao indivíduo, não apenas palavras para se expressar claramente de forma correta e límpida, como também para a assimilação de ideais e informações.
– Vocabulário e Nível Mental
Como observado no capítulo anterior, existe a imprescindibilidade de um grande acervo léxico para que possamos nos expressar com maior clareza. Porem, apenas dispor de tal acervo não é necessariamente útil para o domínio da linguagem. O vocabulário extenso torna-se superfulo caso não haja o conhecimento necessário para a sua aplicação. Portanto, o domínio tanto da oratória quanto da escrita pressupõe a capacidade de assimilar, refletir e gerar opinião sobre determinada idéia. A aplicação de palavras variadas vem, portanto, acompanhada de um processo mental de articulação e reflexão de opiniões. Ou seja, apenas o conhecimento da palavra, do seu significado, é dispensável para o aprimoramento da linguagem. Esse pensamento, nos leva, consequentemente, a questionar o ensinamento sistemático tanto da gramática quanto do vocabulário nas escolas, uma vez que ambos não satisfazem a necessidade da compreensão e expressão de idéias. A leitura faz-se, novamente, importante. Quanto maior o nível de leitura, maior a facilidade de fazer conexões com idéias e articulação de pensamentos. Ler torna-se indispensável para uma boa interpretação, não somente do texto per si como do mundo em volta. Concluímos, então, que o acervo léxico deve vir acompanhado da habilidade intelectual de articular e conectar idéias e pensamentos, para que haja a possibilidade da expressão clara da língua.
– Polissemia e Contexto
A palavra, aparece aqui, como símbolo da coisa descrita. Porém, a língua viva e em constante mutação muitas vezes comporta dentro de determinadas palavras uma ampla diversificação de significados. Ou seja, nem sempre o significado literal da palavra é o correto. Nesse sentido, o contexto em que a palavra se encontra, seja ele por experiência ou situação, torna-se necessário para a sua compreensão. O conhecimento do vocabulário, assim como o significado das palavras, transfigura-se em um conhecimento sem sentido caso uma palavra não seja entendida dentro do seu contexto. A utilização de determinada palavra, em determinada frase, vem acompanhada da intenção, do sentimento e da expressão do autor, que nem sempre faz uso do seu sentido literal. Portanto, a capacidade de fazer conexões utilizando sua própria experiência de mundo, para se interpretar o contexto de uma palavra se faz necessário.
– Denotação e Conotação
As palavras podem ser divididas em duas significações interpretativas: a denotativa, que corresponde ao objeto concreto e não subjetivo, e a conotativa, que corresponde a elementos subjetivos que só podem ser compreendidos dentro de um contexto. A interpretação desse contexto é interligada as experiências de vida e ao conjunto de crenças de um individuo e dialoga diretamente com os sentimentos por ele expressos.
– Sentido Intencional e Extensional
As palavras podem ser utilizadas no sentido extensional ou intencional. O primeiro refere-se ao sentido concreto da palavra, não deixando margens a interpretação do interlocutor, é um fato apresentado como concreto. O segundo refere-se a um sentido mais abstrato, que dá margens a discussões prolongadas por depender, muitas vezes, da interpretação. O sentido intencional, tem, portanto, uma necessidade de interpretação do interlocutor. Aqui, observa-se o contexto ligando-se intimamente com as experiências de vida, cultura, ideologia de cada individuo. As interpretações do sentido intencional, carregado de carga afetiva, podem gerar discussões acaloradas sobre determinado tema e dividir opiniões, tornando-se por vezes até mesmo radicais, causando assim um ruído na comunicação.
– Polarização e Polissemia
O sentido intencional, como visto, pode causar um ruído na comunicação entre as pessoas e pode levar, ainda, a uma extremização de opiniões. Isto é, pode causar pontos de vista ou opiniões tão divergentes que um diálogo entre as partes torna-se impossível. Nesse sentido, a polissemia anda lado a lado da polarização de idéias. A ideologia, a cultura são utilizadas como forma de interpretação de determinada palavra que assume um significado diverso do seu concreto, adequando-se ao ponto de vista ideológico do interlocutor.
A utilização da palavra e a capacidade mental de absorver e processar informações estão intimamente ligadas, ou seja, são interdependentes. Sem um bom acervo léxico que dê apoio para a expressão falada e racional, o ser humano está fadado a expressar-se primitivamente. Além disso, possuir um bom vocabulário se torna importante para o próprio desenvolvimento intelectual do ser humano, uma vez que utilizamos as palavras, não somente, para expressar-nos vocalmente, mas também para assimilarmos informações e refletir sobre tais.
Porem, dispor de um grande acervo léxico torna-se supérfulo caso não haja o conhecimento necessário para sua aplicação. A aplicação das palavras variadas vem, portanto, acompanhada de um processo mental de articulação e reflexão de opiniões. Ou seja, apenas o conhecimento da palavra, do seu significado, é dispensável para o aprimoramento da linguagem.
A língua é viva e está em constante mutação, portanto, muitas vezes comporta dentro de determinadas palavras uma ampla diversificação de significados, ou seja, nem sempre o significado literal é o correto. Nesse sentido, o contexto em que a palavra se encontra, seja ele por experiência ou situação, torna-se necessário para a sua compreensão.
Nesse sentido, o contexto atrela-se a apreciação pessoal, já que as palavras, como símbolos, evocam experiências, hábitos lingüísticos, preconceitos, sensibilidade entre outras infinidades de sentimentos. A distinção entre o sentido denotativo e o sentido conotativo divide a interpretação em duas: a extensional, onde o sentido é concreto e não dá espaço para opiniões divergentes, e a intencional, onde o sentido é abstrato e, portanto, o contexto é interpretado de acordo com as convicçõesde cada um.
A interpretação de um contexto no sentido intencional, pode gerar uma polarização de opiniões, isto é, antepor idéias antagônicas e presumidas como verdadeiras encerrando qualquer tipo de debate acerca de um determinado tema. Essa polarização pode ser observada como a interpretação que cada individuo atribui para uma palavra de acordo com suas experiências.
Podemos concluir que, para o individuo possuir uma boa interpretação do contexto e um largo acervo léxico, ferramentas importantes para o domínio tanto da linguagem escrita quanto da oral, é necessário que haja o hábito da leitura, pois é apenas com a atividade de ler que se aprimora e se domina a língua.

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