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Desenvolvimento humano I

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DESENVOLVIMENTO HUMANO
Estudo científico de como as pessoas mudam, bem como das características que permanecem razoavelmente estáveis ao longo da vida.
Como o estudo do desenvolvimento humano evoluiu
O desenvolvimento humano tem ocorrido, desde que os seres humanos existem , mas seu estudo científico formal é relativamente novo. Desde o início do século XIX, quando Itard estudou Victor, os esforços para compreender o desenvolvimento das crianças gradualmente se expandiram para os estudos de todo o ciclo vital.
Ao final do século XIX , diversas tendências importantes estavam preparando o caminho para o estudo científico do desenvolvimento infantil. 
Os cientistas tinham desvendado o mistério da concepção, debatiam sobre “a natureza versus experiência”, ou seja, sobre a importância relativas das características inatas e das influências externas.
A descoberta dos germes e da imunização fez com que mais crianças pudessem sobreviver.
Em função da abundância de mão de obra barata, havia menos necessidade de que crianças trabalhassem.
As leis que as protegiam de longos dias de trabalho permitiam-lhes passar mais tempo estudando, e pais se preocupavam mais em identificar e atender as necessidades de desenvolvimento das crianças.
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DESENVOLVIMENTO HUMANO
Estudo científico de como as pessoas mudam, bem como das características que permanecem razoavelmente estáveis ao longo da vida.
A adolescência não era considerada um período separado do desenvolvimento até o início do século XX, quando G. Stanley Hall, pioneiro no estudo de crianças, publicou “Adolescence”.
Hall também foi um dos primeiros a se interessar pelo envelhecimento. Em 1922 com 78 anos de idade publicou o “Senescense: The last Half of life” (senescência: A última Metade da Vida).
Vários estudos realizados nos Estados Unidos forneceram muitas informações sobre o desenvolvimento a longo prazo. A medida que estes estudos se estendiam à vida adulta, os cientistas do desenvolvimento começaram a se concentrar em determinadas experiências, vinculadas a tempo e lugar, influenciam a vida das pessoas.
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DESENVOLVIMENTO HUMANO
Na atualidade
Hoje, a maioria dos cientistas do desenvolvimento humano reconhecem que o desenvolvimento ocorre durante toda a vida. Esse conceito de um processo vitalício de desenvolvimento que pode ser estudado cientificamente é conhecido como desenvolvimento do ciclo vital.
Paul B. Baltes, líder no estudo da psicologia do desenvolvimento, identifica os princípios fundamentais de uma abordagem do desenvolvimento humano no ciclo vital, os quais servem de estrutura para o seu estudo. São eles:
Desenvolvimento vitalício: cada período do tempo de vida é influenciado pelo que aconteceu antes e irá afetar o que está por vir.
O desenvolvimento depende de história e contexto, cada pessoa desenvolve-se dentro de um conjunto específico de circunstâncias ou condições por tempo e lugar. Os seres humanos influenciam seu contexto histórico e social e são influenciados por eles.
O desenvolvimento é multidimensional e multidirecional, pois ocorre durante toda a vida envolvendo um equilíbrio entre crescimento e declínio.
O desenvolvimento é flexível e plástico: Plasticidade significa capacidade de modificação do desempenho. Muitas capacidades como memória, força, persistência, podem ser significativamente aperfeiçoadas com treinamento e prática, mesmo em idade avançada. Entretanto nem mesmo as crianças são infinitamente flexíveis; o potencial para mudanças tem limites
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DESENVOLVIMENTO HUMANO
Desenvolvimento Humano Hoje: Uma introdução ao Campo
Desde o momento da concepção, as pessoas passam por processos de desenvolvimento. O campo do desenvolvimento humano é o estudo científico de tais processos e seus estudos evoluíram para incluir a descrição, explicação, predição e modificação.
Descrição: é uma tentativa de retratar o comportamento com precisão.
Explicação: é a revelação das possíveis causas do comportamento. 
Predição: é prever o desenvolvimento futuro com base no desenvolvimento pregresso ou presente.
Modificação: é a intervenção para desenvolver o desenvolvimento ideal.
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DESENVOLVIMENTO HUMANO
Processos de Desenvolvimento: Mudança e Estabilidade
Os cientistas do desenvolvimento estudam dois tipos de mudança no desenvolvimento: quantitativa e qualitativa.
Mudança quantitativa: é uma mudança de número ou quantidade, como as do crescimento em altura, peso, vocabulário ou frequência de comunicação.
A mudança qualitativa: é uma mudança no tipo, na estrutura ou na organização. Ela é marcada por novo fenômenos que não podem ser facilmente antecipados com base no funcionamento anterior, como a mudança de uma criança não verbal para outra que compreende as palavras e sabe se comunicar verbalmente.
Estabilidade: Apesar das mudanças, a maioria das pessoas apresentam constância, básica da personalidade e comportamento.
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DESENVOLVIMENTO HUMANO
Aspectos do Desenvolvimento
O estudo do desenvolvimento humano é complicado pelo fato de que a mudança e a estabilidade ocorrem em diversos aspectos da vida da pessoa. Para simplificar os cientistas do desenvolvimento falam de modo distinto sobre desenvolvimento físico, desenvolvimento cognitivo e desenvolvimento psicossocial. Na verdade, contudo, esses aspectos ou domínios do desenvolvimento estão interligados, Durante toda a vida, cada um deles influencia os outros, o processo é unificado.
Desenvolvimento físico: crescimento do corpo e do cérebro, das capacidades sensórias, das habilidades motoras e da saúde.
Desenvolvimento cognitivo: desenvolvimento das capacidades de aprendizagem, memória, linguagem, pensamento, julgamento moral e criatividade.
Desenvolvimento psicossocial: desenvolvimento das interações sociais e personalidade
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DESENVOLVIMENTO HUMANO
Períodos do Ciclo Vital
O conceito de períodos do ciclo da vida é uma construção social. Não existe um momento objetivamente definível em que a criança torna-se um adulto ou que uma pessoa jovem torna-se velha. As sociedades do mundo inteiro reconhecem diferenças no modo como as pessoas de diferentes idades pensam, sentem e agem, mas elas dividem o ciclo de vida de modos diferentes.
O que entendemos por construção social? conceito sobre a natureza da realidade, baseado nas percepções ou nas suposições subjetivas compartilhadas pela sociedade.
Estaremos estudando o ciclo vital em uma sequência de 8 períodos, geralmente aceita em sociedades ocidentais industriais. São eles:
Período Pré natal – concepção ao nascimento
Primeira infância – nascimento a 3 anos
Segunda infância – 3 aos 6 anos
Terceira infância – 6 aos 11
Adolescência – 11 a aproximadamente 20 anos
Jovem adulto – 20 aos 40 anos
Meia-idade – 40 a 65 anos
Terceira idade – 65 em diante
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DESENVOLVIMENTO HUMANO
Influências no Desenvolvimento: que tipos de influências tornam uma pessoa diferente da outra?
Vamos conceituar o que são diferenças individuais: são as variações nas características ou nos resultados de desenvolvimento entre uma criança e outra. Então vamos caminhar para o entendimento acerca destas variações.
Hereditariedade: influências inatas sobre o desenvolvimento, transmitidas pelos genes herdados dos pais biológicos.
Ambiente: Totalidade de influências não genéticas sobre o desenvolvimento, externas a pessoa. Temos como contextos mais importantes a família, o bairro, condições socioeconômica, etnicidade e da cultura.
Maturação: desdobramento de uma sequencia geneticamente influenciada e, e muitas vezes, relacionada a idade, de mudanças físicas e padrões de comportamento, incluindo prontidão para adquirir novas habilidades.
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DESENVOLVIMENTO HUMANO
Principais influências contextuais
Família: Significados diferentes de acordo com a época e lugar. Divide-se em:
Família nuclear: Unidade doméstica, econômica e parentesco entre duas gerações, composta pelos pais e seus filhos biológicos ou adotivos.
Família extensa: uma rede de parentesco de muitas gerações, incluindo avós, tias, tios, primos e parentes mais distantes
Condição Socioeconômica (CS) e Bairro
Mescla fatores econômicos e sociais que descrevem um indivíduo ou uma família, incluindo renda, educação e profissão. Sendo necessário avaliar os fatores de riscos impostos por estas condições.
Conceituando fatores de risco: condições que aumentam a probabilidade de uma consequência negativa no desenvolvimento.
Cultura e Etnicidade
Cultura: modo de vida geral de uma sociedade ou de um grupo, incluindo costumes, tradições, crenças, valores, idioma e produtos materiais – todo o comportamento adquirido transmitido dos pais para filhos.
Etinicidade: Grupo unido por descendência, raça, religião, língua e/ou nacionalidade, que contribuem para um sentido de identidade comum.
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DESENVOLVIMENTO HUMANO
Influências Normativas e Não-normativas
Normativo: é experimentado de modo semelhante pela maioria das pessoas de um grupo. 
As influências normativas etárias: são muito semelhantes para pessoas de uma determinada faixa etária, elas incluem eventos biológicos e eventos sociais.
As influências normativas históricas: são comuns a uma determinada coorte (grupo de pessoas que partilham de uma experiência semelhante como crescer na mesma época e lugar).
Não normativas: são eventos incomuns que tem grande impacto sobre vidas individuais. Tanto de forma negativa como positiva.
Cronologia das influências: períodos críticos ou sensíveis
Período crítico: momento específico em que um determinado evento ou sua ausência tem maior impacto sobre o desenvolvimento.
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 ÍNDICE DO DESENVOVLIMENTO HUMANO
o Brasil ocupa a 84ª posição 
(IDH 0,718 – ano 2011)
O IDHM é um índice composto por três indicadores de desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda).
Com base neste índice os países são classificados pelo seu grau de desenvolvimento humano em : desenvolvidos (desenvolvimento humano muito alto), em desenvolvimento (desenvolvimento humano médio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano baixo).
O índice do desenvolvimento varia de 0 a 1, quanto mais próximo do 1, maior o IDH de um local.
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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA GESTAÇÃO
O Amor Materno
Antigamente se acreditava que as mulheres nasciam sabendo ser mães e que o amor materno era inato. Esta idéia foi desmentida por inúmeras experiências de mulheres e filhos.
 O amor materno, como todo amor, é algo que se constrói. Nem todas as mulheres sentem de imediato todo o amor que se espera delas.
A maternidade exige tanto da mulher que não se pode entrar nela impunemente sem sofrer transformações. 
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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA GESTAÇÃO
Alterações fisiológicas
1º Trimestre:
A taxa metabólica aumenta em 10-25%, acelerando todas as funções corporais.
Os ritmos cardíaco e respiratório aumentam à medida que mais oxigênio tem que ser levado para o feto e mais dióxido de carbono é exalado.
Ocorre expansão uterina pressionando bexiga, aumentando a vontade de urinar.
Aumento do tamanho e peso dos seios, além do aumento da sensibilidade dos mesmos. Surgem novos ductos lactíferos.
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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA GESTAÇÃO
Alterações fisiológicas
2º Trimestre:
Retardamento gástrico provocado pela diminuição das secreções gástricas, essa diminuição é resultado do relaxamento da musculatura do trato intestinal.
Seios podem formigar e ficar doloridos.
O refluxo do esôfago pode provocar azia, devido ao relaxamento do esfíncter no alto do estômago.
O coração trabalha duas vezes mais do que uma mulher não grávida e faz circular 6 litros de sangue por minuto
O útero e os rins precisam de mais 50% e 25% de sangue respectivamente, além do habitual.
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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA GESTAÇÃO
Alterações fisiológicas
3º Trimestre:
As costelas são empurradas para fora decorrente do crescimento fetal.
Podem ocorrer dores nas costas devido a mudança do centro de gravidade e por um ligeiro relaxamento das articulações pélvicas
Os mamilos podem secretar colostro
Aumenta a freqüência e vontade de urinar
Aumenta a necessidade de repousar e dormir
Pode ocorrer falta de ar, pelo aumento da sensibilidade das vias respiratórias.
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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA GESTAÇÃO
Construção da figura materna
 Maria: A exaltação da imagem materna, pura. 
 Maternidade vista como algo santificado
 Fecundidade ligada a bênção divina
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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA GESTAÇÃO
Fatores de Influência
Alterações fisiológicas
Participação paterna 
Família
Mensagens do senso comum
Contexto econômico
Contexto sócio-cultural
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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA GESTAÇÃO
Aspectos psicológicos
1º Trimestre:
A partir da percepção consciente ou inconsciente da gravidez, inicia-se a formação materno-filial.
Ambivalência afetiva.
Perspectiva de grandes mudanças interpessoais e intrapsíquicas.
Medo do abortamento.
Repercussão da comunicação da gravidez ao parceiro, familiares e amigos.
Persistência e severidade das náuseas e vômitos.
Oscilações de humor
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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA GESTAÇÃO
Aspectos psicológicos
2º Trimestre:
É considerado o mais estável do ponto de vista emocional.
O impacto da percepção dos primeiros movimentos fetais é o ponto alto deste período.
A ambivalência afetiva.
Alterações do desejo e do desempenho sexual.
Introversão e passividade.
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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA GESTAÇÃO
Aspectos psicológicos
3º Trimestre:
Aumento do nível de ansiedade.
Sentimentos contraditórios.
neste momento há possibilidades da mulher reviver antigas memórias e conflitos infantis.
Os temores aparecem de forma mais intensa neste período.
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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA GESTAÇÃO
Para entendermos o que representa este estado, é fundamental um olhar humanizador, buscando a compreensão do funcionamento psíquico desta mulher.
 Como ela se constituiu enquanto sujeito, como administrou as interferências externas durante seu desenvolvimento, afinal, tudo isto estará refletido neste momento, por vezes assustador, já que envolve mudanças definitivas, mas ao mesmo tempo tão especial e único.
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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA GESTAÇÃO
Mãe
 
Renovadora e reveladora do mundo A humanidade se renova no teu ventre. 
Cora Coralina
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FIGURA COMPLEMENTAR: CURIOSIDADE
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Através da experiência acima podemos evidenciar a importância dos estímulos para a qualidade de nossas conexões neurais.
FIGURA COMPLEMENTAR: MEIO X ESTÍMULOS
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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA GESTAÇÃO
MALDONADO, M.T. Psicologia da Gravidez. 16ª ed. SP: Saraiva, 2002.
AMERICAN MEDICAL ASSOCIATION. Guia Essencial da Depressão. SP: Aquariana, 2002.
TRICHE, M. J.; WELLS, K. B.; MINNIUM, K. Vencendo a Depressão – A Jornada de Esperança. SP: M.Books, 2003.
LACONELLI, V. Depressão Pós-Parto e Tristeza Materna. Geração Saúde -Depressão. São Paulo. Ano 1 Nº 3, pág 24 -26.
FISCHER, B. Alterações Fisiológicas durante a gestação. Bebês e Gravidez – Ponto de vista, Internet, Disponível em < www.saudeemmovimento.com.br> 
MARCHEZAN, N. Programa de Orientação Pré-natal, Internet, Disponível em: <www.hospitalparana.com.br>
BALLONE, G. J. Depressão Pós-Parto. Psquiatria Geral, Internet, última revisão 2001, disponível em: www.psiqweb.med.brMãe
 
 
Referências bibliográficas
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