Buscar

160644052116 OABXIX2FASE DIRTRIB AULA16

Prévia do material em texto

www.cers.com.br 
 
OAB XIX EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Tributário – Aula 16 
Josiane Minardi 
1 
MEDIDA CAUTELAR DO CONTRIBUINTE: 
Art. 796 a 812 do CPC 
Art. 798. Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código regula no Capítulo II deste Livro, pode-
rá o juiz determinar as medidas provisórias que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma 
parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão grave e de difícil reparação. 
A cautelar para antecipação de garantia à execução para fins de expedição de CND (CPD-EN). É possível ao 
contribuinte, após o vencimento da sua obrigação e antes da execução, garantir o juízo de forma antecipada, para 
o fim de obter certidão positiva com efeito de negativo, visando a futura execução. 
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. INTEMPESTIVIDADE DO APELO NOBRE AFASTADA. MEDIDA CAUTE-
LAR. OFERECIMENTO DE CAUÇÃO QUE VISA A EMISSÃO DE CND E A GARANTIA DE FUTURA EXECU-
ÇÃO FISCAL. SATISFATIVIDADE. 
EXEGESE DO RESP 1123669/RS. 
1. "Segundo a mais recente jurisprudência desta Corte, é possível que a parte recorrente demonstre a ocorrência 
de feriado local ou suspensão do expediente forense no momento da interposição do agravo regimental, para fins 
de demonstrar a tempestividade do recurso apresentado" (AgRg no AREsp 581.933/SP, Rel. Ministro MAURO 
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/11/2014, DJe 26/11/2014). 
2. Consoante precedentes desta Corte, é satisfativa a medida cautelar proposta pelo contribuinte que visa o ofere-
cimento de caução para emissão de certidão positiva com efeito de negativa, visto que a caução dada em garantia 
seria adequadamente convolada no porvir em penhora, de modo que a natureza satisfativa torna desnecessária a 
postulação da ação principal. 
3. Tal exegese se infere do entendimento firmado no REsp 1123669/RS, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Seção, jul-
gado em 09/12/2009, DJe 01/02/2010, submetido ao regime dos recurso repetitivos (art. 543-C do CPC). 
Agravo regimental provido. Recurso especial provido. 
(AgRg no REsp 1485356/ES, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/12/2014, 
DJe 12/12/2014) 
 PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO 
CAUTELAR. PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO PARA EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO POSITIVA COM EFEITOS DE 
NEGATIVA E ANTECIPAÇÃO DE PENHORA EM FUTURA EXECUÇÃO FISCAL. POSSIBILIDADE. 
1. "O contribuinte pode, após o vencimento da sua obrigação e antes da execução, garantir o juízo de forma ante-
cipada, para o fim de obter certidão positiva com efeito de negativa" (REsp 1123669/RS, Rel. Min. Luiz Fux, Pri-
meira Seção, DJe 1.2.2010, submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Res. STJ n. 8/08). 
2. Agravo regimental não provido. 
(AgRg no AREsp 430.828/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 
11/02/2014, DJe 18/02/2014) 
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO ART. 535, CPC. 
MEDIDA CAUTELAR DE CAUÇÃO REAL. POSSIBILIDADE DE EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO POSITIVA COM 
EFEITOS DE NEGATIVA. IMPOSSIBILIDADE DE SUSPENSÃO DO REGISTRO NO CADIN. 
2. A jurisprudência da aceitação da medida cautelar de caução real prévia ao ajuizamento da execução fiscal sur-
ge com o entendimento de que à garantia prestada deve ser dado tratamento análogo à existência de penhora em 
execução fiscal. 
Precedentes: EDcl nos EREsp. n. 815.629 - RS, Primeira Seção, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 13.12.2006; 
REsp 912710 / RN, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux, D.J. 7.8.2008; EREsp 574107 / PR, Primeira Seção, Rel. 
Min. João Otávio de Noronha, D.J. 7.5.2007; EREsp 779121 / SC, Primeira Seção, Rel. Min. Castro Meira. D.J. 
7.5.2007. 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIX EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Tributário – Aula 16 
Josiane Minardi 
2 
3. Desse modo, muito embora a penhora e a medida cautelar de caução possam ensejar a expedição da certidão 
positiva de débitos com efeitos de negativa (art. 206, do CTN), não são elas meios aptos a suspender a exigibili-
dade do crédito tributário, pois não previstas no art. 151, do CTN. 
Sendo assim, se a penhora e a medida cautelar de caução não suspendem a exigibilidade do crédito tributário, 
não podem ensejar a suspensão do registro no Cadin pelo art. 7º, II, da Lei n. 10.522/2002. 
Só a penhora, quando associada aos embargos do devedor, é que pode suspender o registro no Cadin por força 
do art. 7º, I, da Lei n. 10.522/2002, o que não se aplica à medida cautelar de caução, por não consistir em ação 
onde se discute a natureza da obrigação ou seu valor. 
4. Em se tratando de medida cautelar de caução real, não pode a Fazenda Pública exigir a ordem estabelecida no 
art. 11, da Lei n.6.830/80 e arts. 655 e 656, do CPC, para o fim de garantida do débito mediante depósito em di-
nheiro, 
pois isso equivaleria à suspensão da exigibilidade do crédito tributário consoante o art. 151, II, do CTN, eliminando 
a utilidade da própria ação, pois impediria o ajuizamento da execução fiscal correspondente. 
5. Recurso especial parcialmente provido apenas para afastar a suspensão do registro no Cadin em razão da 
caução ofertada. 
(REsp 1307961/MT, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/09/2012, 
DJe 12/09/2012) 
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO ART. 535, CPC. 
MEDIDA CAUTELAR DE CAUÇÃO REAL. POSSIBILIDADE DE EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO POSITIVA COM 
EFEITOS DE NEGATIVA. 
IMPOSSIBILIDADE DE SUSPENSÃO DO REGISTRO NO CADIN. 
2. A jurisprudência da aceitação da medida cautelar de caução real prévia ao ajuizamento da execução fiscal sur-
ge com o entendimento de que à garantia prestada deve ser dado tratamento análogo à existência de penhora em 
execução fiscal. 
Precedentes: EDcl nos EREsp. n. 815.629 - RS, Primeira Seção, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 13.12.2006; 
REsp 912710 / RN, Primeira Turma, Rel. Min. 
Luiz Fux, D.J. 7.8.2008; EREsp 574107 / PR, Primeira Seção, Rel. 
Min. João Otávio de Noronha, D.J. 7.5.2007; EREsp 779121 / SC, Primeira Seção, Rel. Min. Castro Meira. D.J. 
7.5.2007. 
3. Desse modo, muito embora a penhora e a medida cautelar de caução possam ensejar a expedição da certidão 
positiva de débitos com efeitos de negativa (art. 206, do CTN), não são elas meios aptos a suspender a exigibili-
dade do crédito tributário, pois não previstas no art. 151, do CTN. 
Sendo assim, se a penhora e a medida cautelar de caução não suspendem a exigibilidade do crédito tributário, 
não podem ensejar a suspensão do registro no Cadin pelo art. 7º, II, da Lei n. 10.522/2002. 
Só a penhora, quando associada aos embargos do devedor, é que pode suspender o registro no Cadin por força 
do art. 7º, I, da Lei n. 10.522/2002, o que não se aplica à medida cautelar de caução, por não consistir em ação 
onde se discute a natureza da obrigação ou seu valor. 
4. Em se tratando de medida cautelar de caução real, não pode a Fazenda Pública exigir a ordem estabelecida no 
art. 11, da Lei n. 6.830/80 e arts. 655 e 656, do CPC, para o fim de garantida do débito mediante depósito em 
dinheiro, pois isso equivaleria à suspensão da exigibilidade do crédito tributário consoante o art. 151, II, do CTN, 
eliminando a utilidade da própria ação, pois impediria o ajuizamento da execução fiscal correspondente. 
5. Recurso especial parcialmente provido apenas para afastar a suspensão do registro no Cadin em razão da 
caução ofertada. 
(Resp 1307961/MT, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/09/2012, 
DJe 12/09/2012) 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIX EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Tributário – Aula 16 
Josiane Minardi 
3 
Lei n. 10.522/2002. 
 
Art. 7º Será suspenso o registro no Cadin quando o devedor comprove que: 
I - tenha ajuizado ação, com oobjetivo de discutir a natureza da obrigação ou o seu valor, com o oferecimento de 
garantia idônea e suficiente ao Juízo, na forma da lei; 
II - esteja suspensa a exigibilidade do crédito objeto do registro, nos termos da lei. 
Pedidos da Cautelar do Contribuinte: 
a) seja deferido a possibilidade do autor oferecer em garantia/caução (…) 
b) seja feita a citação do réu, na pessoa de seu representante legal para que, querendo, apresente a resposta que 
tiver aos termos da presente, dentro do prazo legal, 
c) seja ao final, julgada procedente a presente Medida Cautelar Inominada, para o fim de se determinar a expedi-
ção de certidão positiva com efeito de negativa, nos termos do art. 206 do CTN. 
d) seja condenado o réu ao pagamento das verbas decorrentes de sucumbência. 
PROCESSO CIVIL. MEDIDA CAUTELAR. EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO ESPECIAL. CRÉDITO TRIBU-
TÁRIO. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. PRÉVIA HABILITAÇÃO. REQUISITOS PARA O DEFERIMENTO 
DA TUTELA DE URGÊNCIA NÃO DEMONSTRADOS. 
1. Cuida-se de medida cautelar na qual se pleiteia atribuir eficácia suspensiva ao REsp 1.463.344/RS, em razão 
de os débitos em discussão impedirem a expedição de certidão de regularidade fiscal. 
2. Na origem, cuida-se de mandado de segurança no qual se pleiteia a suspensão da exigibilidade de créditos 
tributários objeto de pedidos de compensação, cujo saldo credor decorre do êxito obtido em ação judicial. 
3. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça somente tem admitido excepcionalmente a atribuição de efeito 
suspensivo a recurso. Todavia, é necessária a presença concomitante dos pressupostos que lhe são inerentes, 
quais sejam, fumus boni iuris e periculum in mora. 
No mesmo sentido: MC 21.122/CE, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. p/ Acórdão Ministro Benedito 
Gonçalves, Primeira Turma, julgado em 8/10/2013, DJe 13/3/2014; 
AgRg na MC 21.678/RS, Rel. Ministro Sidnei Beneti, Terceira Turma, julgado em 22/10/2013, DJe 20/3/2014; MC 
17.080/SP, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em 23/8/2011, DJe 1º/9/2011. 
4. A probabilidade de êxito do recurso deve ser verificada na medida cautelar, ainda que de modo superficial. 
5. A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça firmou orientação no sentido de que a Declaração de Com-
pensação somente será recepcionada após prévia habilitação do crédito pela Receita Federal. 
REsp 1.309.265/RS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 24/4/2012, DJe 
3/5/2012. Portanto, não há comprovação da plausibilidade do direito vindicado, o que obsta o deferimento da tute-
la de urgência. 
Medida cautelar improcedente. 
(MC 23.223/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 14/10/2014, DJe 
24/10/2014) 
 EMBARGOS INFRINGENTES 
Art. 34 - Das sentenças de primeira instância proferidas em execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinqüenta) 
Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, só se admitirão embargos infringentes e de declaração. 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIX EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Tributário – Aula 16 
Josiane Minardi 
4 
§ 1º - Para os efeitos deste artigo considerar-se-á o valor da dívida monetariamente atualizado e acrescido de 
multa e juros de mora e de mais encargos legais, na data da distribuição. 
 § 2º - Os embargos infringentes, instruídos, ou não, com documentos novos, serão deduzidos, no prazo de 10 
(dez) dias perante o mesmo Juízo, em petição fundamentada. 
§ 3º - Ouvido o embargado, no prazo de 10 (dez) dias, serão os autos conclusos ao Juiz, que, dentro de 20 (vinte) 
dias, os rejeitará ou reformará a sentença. 
CAUTELAR DE PROTESTO 
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO PARA A AÇÃO DE REPETIÇÃO DE 
INDÉBITO POR MEDIDA CAUTELAR DE PROTESTO JUDICIAL DO ART. 867, DO CPC. POSSIBILIDADE. 
1. O Código Tributário Nacional, se não prevê expressamente a ação cautelar de protesto para o contribuinte, 
parte do pressuposto de sua existência e possibilidade, ao disciplinar no seu art. 165, caput, que tanto o pedido 
administrativo de repetição de indébito quanto a ação para a repetição de indébito independem de prévio protesto. 
2. O fato de o art. 165, do CTN mencionar o protesto significa que ele é uma faculdade posta ao contribuinte, que 
a fazenda pública não pode exigir o protesto como condição da repetição. Em resgate histórico, observo que a 
inserção do dispositivo no CTN, inclusive, foi feita em razão de existir anteriormente a 
sua vigência interpretação fazendária no sentido de que o protesto judicial do contribuinte (na época feito na forma 
do art. 720, do CPC/39 - Decreto-Lei n. 1.608/39) era obrigatório para ressalvar seus direitos quando do pagamen-
to que entendeu indevido (cf. Aliomar Baleeiro in "Direito Tributário Brasileiro", 11ª ed. Rio de Janeiro, Forense: 
2000, p. 877). 
3. Quanto à força interruptiva da prescrição pelo protesto feito pelo contribuinte, aplica-se, por analogia permitida 
pelo art. 108, I, do CTN, o disposto no art. 174, parágrafo único, II, que admite o protesto judicial como forma de 
interromper a prescrição para a cobrança do crédito tributário. 
4. Em se tratando o CTN de norma geral, o seu complemento se dá com a identificação precisa do marco interrup-
tivo da prescrição que é feito por norma específica e conformadora dos direitos processuais, qual seja o art. 219, 
§1º, do CPC e os dispositivos pertinentes que regulam a ação cautelar de protesto (arts. 867 a 873, do CPC), co-
mo toda e qualquer ação judicial. 
(REsp 1329901/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 23/04/2013, 
DJe 29/04/2013) 
 PROTESTO CDA 
Art. 1º Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação ori-
ginada em títulos e outros documentos de dívida. 
Parágrafo único. Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de dívida ativa da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas autarquias e fundações públicas. (Incluído pela Lei nº 
12.767, de 2012) 
JUIZADO ESPECIAL FEDERAL – LEI 10.259/01 
Art. 4
o
 O Juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir medidas cautelares no curso do processo, 
para evitar dano de difícil reparação. 
Art. 5
o
 Exceto nos casos do art. 4
o
, somente será admitido recurso de sentença definitiva. 
Art. 14. Caberá pedido de uniformização de interpretação de lei federal quando houver divergência entre decisões 
sobre questões de direito material proferidas por Turmas Recursais na interpretação da lei. 
§ 1
o
 O pedido fundado em divergência entre Turmas da mesma Região será julgado em reunião conjunta das 
Turmas em conflito, sob a presidência do Juiz Coordenador. 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIX EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Tributário – Aula 16 
Josiane Minardi 
5 
§ 2
o
 O pedido fundado em divergência entre decisões de turmas de diferentes regiões ou da proferida em contra-
riedade a súmula ou jurisprudência dominante do STJ será julgado por Turma de Uniformização, integrada por 
juízes de Turmas Recursais, sob a presidência do Coordenador da Justiça Federal. 
(...) 
§ 4
o
 Quando a orientação acolhida pela Turma de Uniformização, em questões de direito material, contrariar sú-
mula ou jurisprudência dominante no Superior Tribunal de Justiça -STJ, a parte interessada poderá provocar a 
manifestação deste, que dirimirá a divergência. 
§ 5
o
 No caso do § 4
o
, presente a plausibilidade do direito invocado e havendo fundado receio de dano de difícil 
reparação, poderá o relator conceder, de ofício ou a requerimento do interessado, medida liminar determinando a 
suspensão dos processos nos quais a controvérsia esteja estabelecida. 
(...) 
Art. 15. O recurso extraordinário, para os efeitos desta Lei, seráprocessado e julgado segundo o estabelecido nos 
§§ 4
o
 a 9
o
 do art. 14, além da observância das normas do Regimento. 
JUIZADO ESPECIAL FAZENDA PÚBLICA 
Art. 18. Caberá pedido de uniformização de interpretação de lei quando houver divergência entre decisões profe-
ridas por Turmas Recursais sobre questões de direito material. 
§ 1
o
 O pedido fundado em divergência entre Turmas do mesmo Estado será julgado em reunião conjunta das 
Turmas em conflito, sob a presidência de desembargador indicado pelo Tribunal de Justiça. 
§ 2
o
 No caso do § 1
o
, a reunião de juízes domiciliados em cidades diversas poderá ser feita por meio eletrônico. 
§ 3
o
 Quando as Turmas de diferentes Estados derem a lei federal interpretações divergentes, ou quando a deci-
são proferida estiver em contrariedade com súmula do Superior Tribunal de Justiça, o pedido será por este julga-
do. 
Art. 19. Quando a orientação acolhida pelas Turmas de Uniformização de que trata o § 1
o
 do art. 18 contrariar 
súmula do Superior Tribunal de Justiça, a parte interessada poderá provocar a manifestação deste, que dirimirá a 
divergência. 
(...) 
UNIFORMIZAÇÃO CPC 
Art. 476. Compete a qualquer juiz, ao dar o voto na turma, câmara, ou grupo de câmaras, solicitar o pronuncia-
mento prévio do tribunal acerca da interpretação do direito quando: 
I – verificar que, a seu respeito, ocorre divergência; 
 II – no julgamento recorrido a interpretação for diversa da que lhe haja dado outra turma, câmara, grupo de câma-
ras ou câmaras cíveis reunidas. 
Parágrafo único. A parte poderá, ao arrazoar o recurso ou em petição avulsa, requerer, fundamentadamente, que 
o julgamento obedeça ao disposto neste artigo. 
 HABEAS CORPUS 
Medida que visa proteger o direito de ir e vir. É concedido sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de 
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Quando há apenas 
ameaça a direito, o Habeas corpus é preventivo. 
A Constituição Federal de 1988 prevê em seu art. 5º, inciso LXVIII que conceder-se-á habeas corpus sempre que 
alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalida-
de ou abuso de poder. 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIX EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Tributário – Aula 16 
Josiane Minardi 
6 
O habeas corpus é uma ação constitucional de caráter penal e de procedimento especial, isenta de custas [4] e 
que visa evitar ou cessar violência ou ameaça na liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder. Não 
se trata, portanto de uma espécie de recurso, apesar de regulamentado no capítulo a eles destinado no Código de 
Processo Penal. 
Habeas corpus preventivo (salvo-conduto) 
Quando alguém se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção por ilegalidade 
ou abuso de poder. 
Assim, bastará, pois a ameaça de coação à liberdade de locomoção, para a obtenção de um salvo conduto ao 
paciente, concedendo-lhe livre trânsito, de forma a impedir sua prisão ou detenção pelo mesmo motivo que ense-
jou ohabeas corpus 
Habeas corpus liberatório ou repressivo 
Quando alguém estiver sofrendo violência ou coação em sua liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de 
poder. Pretende fazer cessar o desrespeito à liberdade de locomoção. 
Liminar em habeas corpus 
Em ambas as espécies haverá possibilidade de concessão de medida de liminar, para se evitar possível cons-
trangimento à liberdade de locomoção irreparável. 
HIPÓTESES 
1) Ameaça, sem justa causa, à liberdade de locomoção; 
2) Prisão por tempo superior estabelecido em lei ou sentença; 
3) Cárcere privado; 
4) Prisão em flagrante sem a apresentação da nota de culpa; 
5) Prisão sem ordem escrita de autoridade competente; 
6) Prisão preventiva sem suporte legal; 
7) Coação determinada por autoridade incompetente; 
8) Negativa de fiança em crime afiançável; 
9) Cessação do motivo determinante da coação; 
10) Nulidade absoluta do processo; 
Pessoas do Processo 
Do processo de habeas corpus participam as seguintes pessoas: 
O Impetrante – é aquele que requer ou impetra a ordem de habeas corpus a favor do paciente; 
O Paciente – é o individuo que sofre a coação, a ameaça, ou a violência consumada; 
• Coator – é quem pratica ou ordena a prática do ato coativo ou da violência; 
O Detentor – é quem mantém o paciente sobre o seu poder, ou o aprisiona. 
COMPETÊNCIA 
Em regra, competirá conhecer o pedido de habeas corpus a autoridade judiciária imediatamente superior à que 
pratica ou está em vias de praticar o ato ilegal. 
Juiz de Direito 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIX EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Tributário – Aula 16 
Josiane Minardi 
7 
Compete aos Juizes de Direito estaduais sempre que a coação for exercida por particulares ou pelas autoridades 
policiais estaduais. 
Tribunais de Justiça 
Os Tribunais de Justiça serão competentes originariamente, sempre que a autoridade coatora for Juiz de Direito 
estadual ou secretário de estado (Código de Porcesso penal, art. 650, II). 
Juiz Federal 
Compete ao Juiz Federal, quando o crime atribuído ao paciente tiver sido praticado pela Polícia Federal. Caso 
seja o próprio Juiz Federal a autoridade coatora, competirá ao Tribunal Regional Federal a que estiver ele subor-
dinado. 
Superior Tribunal de Justiça 
Competirá ao Superior Tribunal de Justiça, quando o coator ou o paciente for Governador de estado ou do Distrito 
federal; órgão monocrático dos Tribunais Estaduais ou dos Tribunais Regionais Federais, 
(art. 105, I, c da CF) 
membros dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Destrito Federal; dos Tribunais Regionais Eleitorais, dos 
Tribunais Regionais dos Trabalho; dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e do Ministério Público 
da União que oficiem perante Tribunais ou quando o Coator for Ministro de Estado. 
Supremo Tribunal Federal 
Será competente se o paciente for o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Na-
cional, os seus próprios Ministros, o Procurador-Geral da República, os Ministros de Estado, os Membros dos 
Tribunais Superiores, os dos Tribunais de Contas da União e os Chefes de Missão Diplomáticas. 
C 
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coa-
ção ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar. 
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal: 
 
I - quando não houver justa causa; 
 
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei; 
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo; 
 
IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação; 
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza; 
 
VI - quando o processo for manifestamente nulo; 
 
VII - quando extinta a punibilidade 
CPP 
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo 
Ministério Público. 
 
§ 1o A petição de habeas corpus conterá: 
a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou coação e o de quem exercer a violência, 
coação ou ameaça; 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIX EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Tributário – Aula 16 
Josiane Minardi 
8 
b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaça de coação, as razões em que 
funda o seu temor; 
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou não puder escrever, e a designa-
ção das respectivas residências. 
§ 2o Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de habeas corpus, quando no curso 
de processoverificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal. 
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à pro-
priedade, nos termos seguintes: 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
 
 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditó-
rio e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; 
 
 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; 
 
 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem 
fiança; 
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou 
coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
 Advogado, (Qualificação) vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 5º , LXVIII, 
da Constituição Federal Constituição e 647, 648, I e sgs do CPP impetrar ordem de 
 HABEAS CORPUS em favor de JOÃO DASDU (QUALIFICAÇÃO) contra ato do Ilustríssimo Delegado de Polícia 
do Distrito de ____ (QUANDO ESTIVER EM FASE DE INQUÉRITO) ou Meritíssimo Juiz de Direito da ____ Vara 
Criminal da Comarca de XXXXXXXX (QUANDO ESTIVER NO CURSO DA AÇÃO PENAL), pelos motivos e fatos 
a seguir aduzidos: 
I - FATOS 
II - ARGUMENTAÇÃO 
Pedido 
Diante do exposto, em face da verdadeira coação ilegal, de que é vítima o paciente, vem requerer que, após soli-
citadas as informações à autoridade coatora, seja concedida a ordem impetrada, conforme artigos 647 e 648, 
inciso ____ do Código de Processo Penal, decretando-se... 
o trancamento da ação penal (se não tiver sentença) ou a cassação da sentença (se tiver sentença), por medida 
de Justiça! FALTA DE JUSTA CAUSA: 
OBS1 ) 
Se tratar-se de “habeas corpus” preventivo, pedir: "... a expedição de salvo conduto..." 
Termos em que, 
pede deferimento. 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIX EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Tributário – Aula 16 
Josiane Minardi 
9 
Cidade, ______/_______/_______ 
Cidade, ______/_______/_______ 
Advogado (a) 
OAB-XXXX n.º XXXXX 
AÇÃO MONITÓRIA 
SÚMULA 339 STJ – É cabível ação monitória contra a Fazenda Pública. 
CPC - art. 1.102.A, compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, pa-
gamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel. 
Dessa forma, A ação monitória tem por escopo a constituição de título executivo judicial a partir de prova escrita 
que, embora sem força executiva, seja hábil a demonstrar a existência da obrigação entre as partes. 
A Fazenda Pública pode ajuizar ação monitória, no entanto, apenas para buscar de tutela para a constituição de 
título executivo objetivando a entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel, bem como o pagamento de 
créditos não fiscais. 
Modelo de Execução Fiscal 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA DE EXECUÇÕES FISCAIS DA COMAR-
CA DE... ESTADO DE... 
 OU 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ... VARA DE EXECUÇÕES FISCAIS DA SUBSEÇÃO 
JUDICIÁRIA DE..., SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ... 
O MUNICÍPIO de ..., pessoa jurídica de direito público, com endereço na Rua..., nº..., vem respeitosamente, pe-
rante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, abaixo assinado promover 
 
AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL 
dos débitos relativos ao Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU, constantes da Certidão da Dívida Ativa - CDA 
em anexo (doc. 01), nos termos da Lei 6.830/80, em face de NOME DO EXECUTADO - CONTRIBUINTE naciona-
lidade, profissão, estado Civil, portador da Carteira de Identidade nº..., inscrito no CPF sob o nº ..., residente e 
domiciliado à Rua ..., nº ..., Cidade, Cep..., no Estado de..., pelos fundamentos a seguir aduzidos: 
Consoante se verifica da CDA em anexo, o Executado é devedor do IPTU referente ao exercício de ..., no valor de 
R$ ...., visto que o art. nº... estabelece que o proprietário de imóvel urbano é sujeito passivo do IPTU. 
Assim sendo, o inadimplemento do Executado perante o fisco municipal enseja a presente execução fiscal. 
Pelo exposto, REQUER: 
A citação do Executado para, em 5 (cinco) dias, nos termos do art. 8º da Lei nº 6.830/80, promover o pagamento 
do principal, acrescido de juros, multa de mora e demais encargos constantes da CDA, ou garantir a execução 
nos termos do artigo 9º da Lei de Execuções Fiscais, 
sob pena de lhe serem penhorados quantos bens bastarem para garantir o pagamento da dívida. 
A condenação do Executado nas custas e honorários advocatícios arbitrados por este douto juízo 
Dá-se à causa o valor de R$ ... 
Nesses termos, Pede deferimento. 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB XIX EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Tributário – Aula 16 
Josiane Minardi 
10 
(Local data e ano). 
Advogado 
OAB nº ... 
 
PARECER 
Ementa – Reunião de forma lógica e coordenada das palavras-chaves, utilizadas no parecer. 
Relatório: Devemos indicar do que se trata à consulta enviada ao parecerista, esclarecendo qual é a questão de 
fundo objeto de questiona mento. 
Fundamentação 
Conclusão. 
É o parecer. 
Data, local. 
Advogado 
OAB nº

Continue navegando