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TEMA 7 ÓPTICA GEOMÉTRICA E BIOFÍSICA DA VISÃO 1. Óptica geométrica. Lei da reflexão e refração. 2. Lentes. Lentes convergentes e divergentes 3. Olho composto 4. Olho humano. Estrutura, sensibilidade, formação de imagens e anomalias 1.1 Óptica geométrica Óptica: Ramo da física que estuda a propagação da radiação eletromagnética (incluída a luz, radiação eletromagnética no visível) e a interação dela com o médio. Todo o ramo da ótica é consequência das equações de Maxwell para o eletromagnetismo. Quando a luz se propaga... A luz pode encontrar objetos cujas dimensões são muito maiores do que seu comprimento de onda Domínio da óptica geométrica Raios Se a luz passar em torno de obstáculos muito estreitos, cujas dimensões podem ser comparáveis ao comprimento de onda Domínio da óptica física Ondas 1.2 Leis da óptica geométrica Lei da reflexão: Na interfase entre dois médios, o raio refletido e o incidente formam o mesmo ângulo com a normal Lei da refração: Na interfase entre dois médios, a direção do raio incidente e a direção do raio refratado estão relacionados pela Lei de Snell Onde n é o chamado índice de refração do médio (n = c/v ; c velocidade da luz no vácuo; v velocidade da luz nesse médio) 1 1 2 2n sen n sen 1 1' 1.2 Lei da refração: Reflexão interna total Desde que n1 < n2, em toda mudança de interfase acontece que: Raio incidente = Raio refletido + Raio refratado ou transmitido Porém, caso n1 > n2, pode acontecer que não haja raio transmitido Reflexão interna total 2 2 1 1 2 2 1 2 1 1 90c c c n n n sen n sen n sen n sen sen arcsen n n Se q > qc Reflexão interna total Exemplo: Transmissão informação fibra óptica Detalhe: Caso o ângulo de incidência for zero, o ângulo transmitido também é zero 2.1Tipos de lentes Lentes convergentes (mais espessas no centro) Fazem a luz convergir A focal (foco imagem) fica no lado direito Lentes divergentes (mais espessas nas bordas) Fazem a luz divergir A focal (foco imagem) fica no lado esquerdo 2.2 Aproximação: lentes delgadas As lentes possuem DUAS superfícies refratoras definidas por dois raios R1 e R2. Porém, se a espessura da lente (d) for muito pequena comparada com a distância ao objeto (p) e a distância à imagem (p’) (Aproximação lente delgada) Podemos supor que apenas há UMA superfície refratora de radio R (lente plano principal) Na aproximação lente delgada, a distância da lente ao objeto (p), a distância da lente à imagem (p’) e o raio da lente R estão relacionados pela seguinte equação: 1 1 2 1 1 1 ' 'p p R p p f Onde f = R/2 é conhecido como distância focal e 1/f é conhecido como dioptria. Equação das lentes delgadas 2.3 Lente delgada convergente A partir da equação das lentes delgadas se deduz a trajetória de alguns raios: 1. Raio paralelo ao eixo Passa pelo (ou parece vir do) foco imagem 2. Raio incidindo sobre o centro da lente Passa sem ser defletido 3. Raio passando pelo (ou parecendo vir do) foco objeto Emerge da lente paralelo ao eixo Numa lente convergente, se o objeto estiver mais atrás do foco objeto, a imagem é: • Real (formada por raios reais) • Invertida • Menor do que o objeto 2.4 Lente delgada convergente A partir da equação das lentes delgadas se deduz a trajetória de alguns raios: 1. Raio paralelo ao eixo Passa pelo (ou parece vir do) foco imagem 2. Raio incidindo sobre o centro da lente Passa sem ser defletido 3. Raio passando pelo (ou parecendo vir do) foco objeto Emerge da lente paralelo ao eixo Numa lente convergente, se o objeto estiver entre o foco e a lente, a imagem é: • Virtual (formada por raios reais que parecem vir da imagem, mas realmente não vem dai) • Direta • Maior do que o objeto 2.5 Lente delgada divergente Na lente divergente a focal (foco imagem) está no lado esquerdo! 1. Raio paralelo ao eixo Passa pelo (ou parece vir do) foco imagem 2. Raio incidindo sobre o centro da lente Passa sem ser defletido 3. Raio passando pelo (ou parecendo vir do) foco objeto Emerge da lente paralelo ao eixo Numa lente divergente, para qualquer posição do objeto, a imagem é: • Sempre virtual • Sempre direta • Sempre menor 2.6 Lente delgada divergente Na lente divergente a focal (foco imagem) está no lado esquerdo! 1. Raio paralelo ao eixo Passa pelo (ou parece vir do) foco imagem 2. Raio incidindo sobre o centro da lente Passa sem ser defletido 3. Raio passando pelo (ou parecendo vir do) foco objeto Emerge da lente paralelo ao eixo Numa lente divergente, para qualquer posição do objeto, a imagem é: • Sempre virtual • Sempre direta • Sempre menor 3.1 Olho composto Olho composto Próprio de insetos e de alguns animais marinhos Formado por muitas facetas receptoras de luz Omatídios Cada omatídio capta uma imagem pequena do campo visual que é transmitida até o cérebro onde se forma a imagem conjunta dada por todos os omatídios. • Libélula 28000 omatídios • Mosca 4000 omatídios • Formiga subterrânea 6 omatídios Dispositivo dióptrico do olho composto: • Córnea Lente biconvexa convergente • Cone cristalino Lente convergente • Rabdoma Guia da onda luminosa Raios de curvatura da córnea são fixos Foco fixo Os insetos não podem variar a distância focal Enxergar muito bem, mas só de perto (mm). O olho humano varia sim! 3.2 Olho composto Trajetória de raios através de um omatídio Como nrabdoma > nretínula Transmissão na rabdoma até o nervo óptico por reflexão interna total O rabdoma, situado logo abaixo do cone cristalino, contém um pigmento fotossensível que recebe os fótons do raio 4.1 Olho humano. Estrutura • Iris + pupila Diafragma: Modifica a entrada de luz, adaptando o olho à escuro • Miose: Diminuição do diâmetro da pupila • Midríase: Aumento da tamanho da pupila • Cristalino Lente convergente adaptativa graças aos músculos ciliares • Retina Células fotossensíveis que formam a imagem (no foco imagem) 4.2 Olho humano. Formação imagens Cristalino Lente convergente • Raio 1: Raio paralelo ao eixo, atravessa a lente passando pelo foco • Raio 2: Raio que passa pelo centro da lente atravessa sem se desviar Imagem real, menor e invertida, igual que em uma câmara fotográfica F 4.3 Olho humano. Sensibilidade Retina Composta por células fotorreceptoras • Bastonetes: Detectam os níveis de luminosidade • Cones: Detectam as cores. Há 3 tipos de cones: • Cone S (short): Mais sensível a comprimentos do onda curtos Azules (pico em l = 420 nm) • Cone M (medium): Mais sensível aos comprimentos de onda médios Verde (pico em l = 534 nm) • Cone L (large): Mais sensível aos comprimentos de onda longos Vermelho (pico em l = 564 nm) 5.1 Olho humano. Anomalias Daltonismo (Discromopsia) Anomalia ocular de origem geralmente genético ligado ao cromossoma X Por isso ocorre com maior frequência nos homes (1 cromossoma X) do que nas mulheres (2 cromossomas X) Gene anômalo Dificuldade na percepção de determinadas cores primarias (RGB) causado por uma ausência, menor número o por perda funcional do cone L, M ou S. Exemplo: Os cães não tem cone L Não vem o vermelho Sistema RGB 5.2 Olho humano. Anomalias Correção: Miopia Lente divergente Hipermetropia Lente convergente Astigmatismo Anomalia: Córnea ovalada Correção: Lentes tóricas ou cilíndricas para que os raios se concentrem em um único plano
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