Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* Diabetes Mellitus Profa. Alice Maria Costa Martins/ UFC * Distúrbios do Metabolismo dos Carboidratos Diabetes Mellitus Grupo de doenças metabólicas caracterizadas pela hiperglicemia resultante de defeitos na secreção da insulina e/ou em sua ação * Diabetes Mellitus Hiperglicemia Sintomas clássicos: perda de peso, poliúria, polidipsia e visão turva Cetoacidose diabética (complicação aguda) Complicações tardias: retinopatia, neuropatia, nefropatia, angiopatia. * * Epidemiologia Diabetes Mellitus Brasil - 7,6% população adulta (30 e 69 anos) 0,3% das gestantes ~ 50% dos pacientes desconhecem o diagnóstico * Diabetes Mellitus Classificação atual: Os critérios são baseados na patogênese, e não na condição de dependência ou não de insulina Mantém-se as designações "tipo 1" e "tipo 2", com números arábicos; * Diabetes Mellitus DM Tipo 1 Destruição das células beta do pâncreas, geralmente ocasionando deficiência absoluta de insulina, de natureza auto-imune (1A) ou idiopática (1B) 9% dos casos Pico de incidência: 10 a 14 anos de idade Dependente do uso de insulina Cetoacidose Diabética * Cetoacidose diabética HIPERGLICEMIA GLICOSÚRIA DIURESE OSMÓTICA DESIDRATAÇÃO CETONEMIA ACIDOSE LIPÓLISE INCORPORAÇÃO GLICOSE REDUZIDA CETOGÊNESE CETONÚRIA * Diabetes Mellitus DM 1A (Forma auto-imune) Insulite Marcadores de auto-imunidade (Presença de auto-anticorpos circulantes na fase pré-clínica) Auto anticorpos antiilhotas ( ICA ) Auto anticorpos antiinsulina ( AAI ) Anticorpos antiproteínas 64 KD da ilhota – essa proteína foi identificado como uma enzima, a desidrogenase do ácido glutâmico ( GAD ) * Diabetes Mellitus DM 1B (Forma idiopática) Etiologia desconhecida Insulinopenia com crises de cetoacidose Não apresenta características de auto-imunidade Incide em africanos e asiáticos Relacionado com herança familiar Não apresenta relação com HLA * Diabetes Mellitus DM Tipo 2 90% dos casos de diabetes Incide em indivíduos c/mais de 40 anos Insulino-resistente Destruição auto-imune do pâncreas não está envolvida Maioria dos pacientes apresentam sobrepeso ou obesidade * resistina leptina Ação insulino mimética liga e ativa receptor de insulina Aumenta a captação de glicose * Adiponectina Aumenta sensibilidade a insulina Fígado: estimulam fosforilação do receptor de insulina e oxidação dos AG, diminuem a gliconeogênese Músculos: estimula utilização de glicose e a oxidação AG Expressão, proliferação de moléculas de adesão (artéria) * Adipocitocinas TNF- α Inibe a fosforilação do IRS-1 Inibe a atividade quinase do receptor Down regulation de IRS-1 e transportador de glicose (Glut 4) IL-6 Reduz a adiponectina Diminui a ativação de IRS-1 e Pi 3-Kinase Reduz a glicogênese nos hepatócitos induzida pela insulina * Resistina Resistência a insulina: reduz utilização de glicose músculo e aumenta produção hepática Diabetes Mellitus * LEPTINA Estimula a síntese de neuropeptídeos anorexígenos * * Diabetes Mellitus Outros tipos específicos (1%) Defeito na secreção de insulina relacionado a mutações em genes específicos Doenças do pâncreas Pancreatite Trauma Neoplasia * Diabetes Mellitus Endocrinopatias Acromegalia ( GH) Sindrome de Cushing (cortisol estimula a gliconeogênese) Glucagonoma Feocromocitoma * Cetoacidose Diabética * Complicações Tardias Diabetes Mellitus Retinopatia Nefropatia Neuropatia Macroangiopatia * Como a hiperglicemia prolongada pode levar às complicações crônicas em pacientes Diabéticos? * Diabetes Mellitus Complicações Tardias Via dos Polióis Glicose Sorbitol Frutose Aldose redutase Poliol desidrogenase NADPH + H+ NADP+ NAD+ NADH + H+ [sorbitol] : efeitos osmóticos adversos - aumento de influxo de líquido, alterações na permeabilidade da membrana e subseqüente início da patologia celular. * Diabetes Mellitus [sorbitol] Depleção de mioinositol - redução do metabolismo do fosfoinositol, e leva à disfunção celular e a lesões anatômicas Redução da atividade da bomba Na+/K+ ATPase; hipóxia e um aporte sanguíneo reduzido ao nervo gerando neuropatia * Via dos Polióis O sorbitol se acumula na bainha de mielina do tecido nervoso alteração na condução nervosa, mudança na sensibilidade, e perda de fibras nervosas. figura ilustra um nervo com sua bainha de mielina destruída (coloração verde-amarelada), o início do nervo está normal (coloração translucida) * Neuropatia diabética: comprometimento dos nervos, que levam a alterações de sensibilidade, principalmente nas pernas e nos pés e também nas mãos. O sintoma mais freqüente é a sensação de formigamento ou queimação em "formato de bota" nas pernas. É uma alteração provavelmente secundária à menor irrigação sanguínea dos nervos, entre outras causas. Diabetes Mellitus * Pé diabético: alteração de sensibilidade, decorrente da neuropatia, redução da irrigação sanguínea dos pés, presença de calosidades, fissuras e pele ressecada, que podem facilitar a ocorrência de úlceras. Diabetes Mellitus * Mecanismos que levam às complicações crônicas A glicação das proteínas faz-se lentamente e, depende do tempo de contato entre a glicose e proteína, como também da concentração da glicose. A AGE atinge praticamente todos os órgãos e tecidos Interagem com receptores específicos de macrófagos síntese e liberação de citocinas (IL-1; IGF-1) proliferação de células mesangiais e síntese de colágeno. * * Pressão intraglomerular aumentada Lesão glomerular Endotelial Mesangial Epitelial Proliferaçõa celular Matriz colágena Infiltrado inflamatório Glomeruloesclerose Hipertrofia glomerular Proteinúria hiperfiltração Fatores hemodinâmicos da nefropatia diabética * As células mesangiais expostas a altas concentrações de glicose sintetizam menos sulfato de heparan eletronegatividade da parede capilar glomerular Alterações bioquímicas da nefropatia diabética * Nefropatia diabética Diabetes mellitus é uma das principais causas de IRT em vários países. Nos Estados Unidos, a ND representa cerca de 40% de novos casos de IRT * Nefropatia incipiente ou fase de microalbuminúria Pequenas quantidades de albumina na urina Sem intervenção (10 a 15 anos), 80% dos pacientes c/ DM1 que apresentam microalbuminúria irão progredir para uma fase de nefropatia clínica, com macroalbuminúria (≥ 300 mg/24 h ou (≥ 200 mg/min) Diabetes Mellitus * Nefropatia clínica ou fase de macroalbuminúria Sem nenhuma intervenção, a taxa de filtração glomerular vai decaindo (1,0 ml/min/mês) e a Insuficiência Renal Terminal aparece em 50% dos pacientes (10 anos) e em 75% (20 anos). Diabetes Mellitus * Nefropatia incipiente Nefropatia clínica IRT Em uma população de DM2, microalbuminúria varia de 13 a 26%. Sem nenhuma intervenção, entre 20 a 40% dos DM2 com microalbuminúria irão progredir para uma fase de macroalbuminúria. Após 20 anos do início desta nefropatia estabelecida, cerca de 20% progredirão para Insuficiência Renal Terminal. Diabetes Mellitus * * O DMG é definido como qualquer grau de intolerância à glicose com início ou primeiro reconhecimento durante a gravidez. Cerca de 7% de todas as gestações são complicadas por DMG, resultando em mais de 200.000 casos anuais Diabetes Mellitus Gestacional * A avaliação de risco para DMG deve ser iniciada na primeira consulta do acompanhamento pré-natal. Mulheres com antecedentes clínicos, com risco elevado para DMG (obesidade, história pessoal de DMG, glicosúria, história familiar importante de DM), devem ser submetidas a testes laboratoriais. Diabetes Mellitus Gestacional * Diagnóstico Laboratorial Glicemia de jejum é o método de escolha (ADA- Associação Americana de Diabetes) Econômica Fácil execução Favorece a realização em maior número de pessoas Apresenta um menor coeficiente de variação inter-individual Diabetes Mellitus * Diabetes Mellitus Diagnóstico Laboratorial Glicemia de Jejum Glicemia Aleatória Teste Oral de Tolerância à glicose * Diabetes Mellitus Diagnóstico Laboratorial Glicemia de Jejum Glicemia Aleatória Teste Oral de Tolerância à glicose * A Curva Glicêmica deve ser simplificada: sobrecarga de 75g amostras de jejum e 2 horas após. limite de normalidade para duas horas: 140mg/dL; valores acima de 200mg/dL são compatíveis com DM; Pontos importantes dos novos critérios diagnósticos * Glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dL : glicemia de jejum inapropriada (GJI) Glicemia pós-sobrecarga oral entre 140 e 200mg/dL: intolerância à sobrecarga de glicose (SG); Pontos importantes dos novos critérios diagnósticos * * * Diabetes Mellitus Avaliação do controle glicêmico Hemoglobina Glicada Taxas glicêmicas em valores o mais próximo do normal (avaliadas pelo teste de A1C) reduz significativamente o surgimento e a progressão das complicações microvasculares em diabéticos tipo 1 (DCCT) e tipo 2 (UKPDS). Frutosamina (interação de glicose com o grupo amino da albumina (2 a 3 semanas). Uso em situações onde não é adequado o emprego de A1C (hemoglobinopatias ou quando a sobrevida das hemácias está diminuída). * Critérios para testar indivíduos assintomáticos: Glicemia de jejum deve ser feita em indivíduos assintomáticos que apresentem índice de massa corporal (IMC) > 25, a partir dos 45 anos de idade, e deve ser repetida a cada 3 anos; * As implicações de aplicação dos novos critérios Introdução do conceito “pré-diabetes” como uma condição de maior risco para o desenvolvimento da doença; Maior número de pacientes em tratamento dietético e/ou medicamentoso Prevenção de complicações de longo prazo e conseqüente maior sobrevida * Deve ser feito em DM 1 após 5 anos do início da doença Em todos os DM2 desde o momento do diagnóstico. Se o exame resultar normal, deve-se repeti-lo anualmente em todos os pacientes. Infecção urinária deve ser descartada através da realização concomitante do exame de urina.Além disto, a presença de hematúria com microalbuminúria pode sugerir nefropatia de outra etiologia que a diabética. Teste para microalbuminúria Microalbuminúria: excreção urinária de albumina está entre 30 e 300 mg/24 h
Compartilhar