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Profº Marcelo Elias Universidade Salgado de Oliveira UNIVERSO Curso: Psicologia Turma: 4º P DROGAS de ABUSO Origens Classificação Mecanismos neuroquímicos Cannabis Cocaína Heroína Drogas sintéticas Peyote (mescalina) 300 ac Cannabis sativa L. > 5000 anos Ópio 1500 ac Erythroxylon coca 1500 ac Álcool Paleolítico < 8000 ac CLASSIFICAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS PSICOACTIVAS PSICOANALÉPTICOS ESTIMULANTES Estimulantes SNC PSICODISLÉPTICOS ALUCINOGÉNEOS PSICADÉLICOS Psicotomiméticos PSICOLÉPTICOS DEPRESSORES Tranquilizantes Estimulantes do Sistema Nervoso Central ou Psicoanalépticos Da Vigília Anfetaminas Cocaína Cafeína Nicotina Do Humor Anti-depressivos Perturbadores do Sistema Nervoso Central ou Psicodislépticos Cannabis Marijuana e Haxixe Alucinogénios LSD, Mescalina (Lesão de Olney) Ciclohexilaminas Fenciclidina (PCP) Solventes voláteis Colas, Benzina, Éter Álcool Anticolinérgicos Beladona Depressores do Sistema Nervoso Central ou Psicolépticos Analgésicos opiáceos Ópio, Morfina Heroína, Metadona,.. Ansiolíticos Benzodiazepinas Carbamatos Hipnóticos não barbitúricos Metaqualona (Revonal) Hipnóticos barbitúricos Secobarbital EFEITOS DA DROGA Conjunto de Sensações – É próprio e característico de cada droga, com variações individuais em cada usuário; Dependência - É a necessidade da droga que passa a ser a prioridade dominante, usar drogas passa a ser o centro na vida do usuário, ele vive em função de obter e usar drogas; Tolerância – É o estado em que, para conseguir a mesma sensação, é preciso aumentar a quantidade de droga usada; Síndrome de Abstinência - É o conjunto de sintomas e sinais próprios, característicos de cada droga, com variações individuais apresentadas pelo dependente quando lhe falta a droga. Comportamento busca da droga Efeitos de aversão à droga Efeitos discriminatórios Efeitos de reforço positivo Estímulo condicionado ao efeito da droga Mecanismos comportamentais Variáveis moduladoras Mecanismos neurais Monoaminas Neuropeptídeos Contexto social Fatores genéticos História comportamental História farmacológica Sensação de bem estar Alívio da ansiedade Alívio da abstinência Melhora no desempenho Stolerman, I. Drugs of abuse: behavioural principles, methods and terms. Trends Pharm, v. 13, p. 170-176, 1992. Modelo psicofarmacológico de dependência Canabis Cannabis sativa L. (THC = delta-9-tetrahidrocanabinol) Inflorescência Maturação Tricomas glandulosos multicelulares Canabis – Composição química > 250 compostos químicos diferentes identificados 68 com atividade farmacológica 3 em maior quantidade •Tetrahidrocanabinol •Canabinol •Canabidiol > 2000 metabólitos.... Etimologia - Sinonimias O vocábulo português maconha é de origem africano-ma"haña- designando a planta Cannabis satiba. Nas línguas espanhola e inglesa é chamada de marijuana (Maria e Juana) e em árabe e depois na França é conhecida como haxixe, nominando a planta. No nordeste brasileiro é conhecida pelos termos: "fumo-de-caboclo" e "fumo-de-angola". Na Índia – Ganja, Bhang / California - Sinsemilla Manifestações Clínicas Vias de absorção: respiratória (fumo, a mais frequente); oral (bolos) e venoso. As manifestações depende da via absortiva: com o fumo e I.V. os primeiros efeitos surgem em segundos e duram até duas a três horas; por via oral os efeitos aparecem em 30 min - 2 horas e mantêm por até 3 a 5 horas. É possível identificar, pessoas que inalaram passivamente (só companhia) o THC, através da urina. Manifestações Clínicas Há congestão vascular das conjuntivas (sinal usual) sem variação dos diâmetros pupilares. Há taquicardia, porém o ritmo respiratório e os reflexos osteotendinosos são normais. Há queda discreta da temperatura corporal e redução da força muscular. Manifestações Clínicas O adito pode conservar o ar sóbrio e após o efeito da maconha não há ressaca. O viciado procura atingir a fase de alucinação, geralmente agradável com fundo sexual ou outro. Manifestações Clínicas Há loquacidade e hilariedade sem motivo e incontroláveis; idéias fugazes e incoerentes; perda da atenção e da memória imediata; impressão de minutos parecerem horas e objetos próximos parecerem distantes; Manifestações Clínicas sensação de maior vigor físico e de fome; queda da habilidade manual e rapidez de cálculo. Há sintomas, menos frequentes, não previsíveis: pânico agudo, hostilidade, depressão, etc. 19 19 Rastreio Laboratorial Maconha >2.000 metabólitos identificáveis. Os isômeros do THC é depositada no tecido adiposo. Liberada para a circulação, sendo eliminada pelas fezes e urina. A concentração urinária reflete apenas presença ou ausência de THC, não tendo correlação com a intensidade das manifestações clínicas. A excreção do THC persiste durante 3 a 6 semanas. NÂO USE DROGAS COCAÍNA COCAÍNA O vocábulo cocaína é originário do quichua, falado pelo povo indígena dos altiplanos andinos. A cocaína é extraída das folhas de Erytroxylon coca que contém até 1.5% de cocaína por peso de folhas. Este arbusto é nativo, principalmente no Perú e na Bolívia. COCAÍNA A cocaína era de uso limitado. Em 1986, WASHTON e col, mostraram que o emprego de base-livre de cocaína, tornando-a possível de ser absorvida pelo fumo (cigarros ou cachimbos) incrementou seu uso como "droga recreacional". É o "crack" (craque). Crack: pedras e dispositivos para inalação www.kittyville.com; www.ukcia.org; www.bbc.co.uk; www.freemedia.org COCAÍNA Obtenção da Cocaína As folhas do Erytroxylon são secas e, a seguir, trituradas. O clorofórmio é ótimo extrator de coca. O extrato seco do clorofórmio é vendido nas ruas COCAÍNA A Epidemiologia do Vício Nos Estados Unidos são usuários da cocaína 12% da população. São, contudo, cocainomanos 2% da população. Em aplicações médicas, anestesia tópica, a cocaína é apresentada em soluções: para uso oftálmico - 1 a 4%; para anestesia de nariz e garganta - 10 a 20%. Como "droga de rua" varia entre 10 a 120 mg por dose. COCAÍNA TOXICODINÂMICA Inibição da recaptura e liberação de catecolaminas no SNC e periférico: bloqueio da recaptura e aumento da liberação de dopamina, noradrenalina e adrenalina; Bloqueio de canais de sódio: diminuição da permeabilidade da membrana dos axônios ao íon sódio (efeito anestésico local). Ação sinérgica (1+2): efeitos cardiotóxicos. Outros mecanismos/neurotransmissores: serotonina e acetilcolina; aspartato e glutamato. COCAÍNA Manifestações Clínicas Os usuários da cocaína procuram no seu emprego os efeitos estimulantes: euforia e sensação de bem-estar; sensação de aumento do vigor físico e da agilidade psíquica; redução do limiar da dor. Portanto, há melhora do humor e aumento da atividade física. Há redução de fome. Para manter este nível sintomático o usuário chega a usar uma dose a cada 10/10 min. Há alguns sinais físicos que acompanham o quadro: palidez (pela vasoconstrição), hipertensão arterial, sudorese, pupilas dilatadas, tremores. Após esta fase de excitabilidade segue-se uma depressão e a tentativa/uso de nova dose para revertê-la (JONSSON, S e col., 1983). COCAÍNA Dose Excessiva A "overdose" pode provocar a morte do adito por parada respiratória, miocardiopatia isquêmica (até infarto), arritmias ventriculares e estado epiléptico. A atividade vasoconstritora da cocaína pode provocar insuficiência coronária, isquemia cerebral localizada e acidente vascular encefálico. COCAÍNA Dependência e Síndrome de abstinência A retirada da cocaína após uso crônico pode provocar: Depressão, fadiga, irritabilidade, perda do desejo sexual ou impotência, tremores, dores musculares, distúrbios da fome, mudanças do EEG e dos padrões de sono. O caracteriza a neuroadaptação (dependência física). COCAÍNA Tolerância A tolerância à cocaína é considerada discreta se comparada à que ocorre com a anfetaminas: Apesar de relatos de usuários de crack que excederam a dose de 1g por dia, que seria letal para um indivíduo adulto. Há também relatos da tolerância reversa. Excitação aumentada ou susceptibilidade ao aparecimento de convulções. COCAÍNA Metabolismo da cocaína na presença do etanol A combinação do uso de cocaína e álcool aumenta os níveis plasmáticos de cocaína e norcocaína, Reduz as concentrações de benzoilecgonina e induz a síntese de cocaetileno (Hedaya & Pan, 1996; Pan & Hedaya, 1999). O cocaetileno é o único metabólito da cocaína formado na presença do etanol (Sobel & Riley, 1999). COCAÍNA A cocaína é rapidamente hidrolisada no organismo em metabólitos ativos e inativos, com destaque ao inativo benzoilecgonina eliminado na urina (25 a 54% da dose). É emprega para verificação da cocaína o RIE que determina a benzoilecgonia, muito específico e permitindo diferenciar entre a cocaína negativos e positivos, estes iguais ou superiores a 0.3ug/ml na urina (CONE e MITCHELL, 1989). COCAÍNA O teor urinário de benziolecgonina varia com via de administração, dose e horário de coleta: Nasal - 1.5 mg/kg 4h = 35.0 ug/ml 48-72h = 0.4ug/ml 1 copo de chá de coca - 2.2 mg 2h = 1.3 ug/ml 29h = 0.1 ug/ml Oral - 25 mg 6-12h = 7.9 ug/ml 48h = 0.4 ug/ml Opiáceos...Heroína ÓPIO Esta planta chama-se Papaver somniferum, popularmente conhecida como papoula do oriente. O ópio é um produto usado medicinalmente há séculos no oriente, em locais como a china, a índia e países próximos. Costumava-se adicionar o ópio a bebidas, como o vinho. No ópio existem muitas substâncias que dele podem ser extraídas, como a morfina e a codeína. OPEÁCEOS Substâncias chamadas de drogas opiáceas ou simplesmente opiáceos são aquelas obtidas do ópio; podem ser opiáceos naturais quando não sofrem nenhuma modificação (morfina, codeína) ou opiáceos semi-sintéticos quando são resultantes de modificações parciais das substâncias naturais (como é o caso da heroína que é obtida da morfina através de uma pequena modificação química). Morfina É o principal componente do ópio, com um grau de concentração que varia de 4 a 21%, e é uma das drogas mais eficazes que se conhece para o alívio da dor. É comercializada sob a forma de cristais brancos, tabletes hipodérmicos e preparados injetáveis. Seu uso lícito se restringe primordialmente a hospitais. A morfina é inodora, tem sabor amargo e se torna escura com o tempo. Morfina Pode ser administrada por via subcutânea, intramuscular ou endovenosa, sendo que essa última via é usada com maior frequência pelos viciados. Produz efeito euforizantes e analgésicos, por depressão do SNC. O usuário desenvolve rapidamente a tolerância e a dependência psíquica seguida de física. Apenas uma pequena parte da morfina obtida do ópio é utilizada para fins médicos. A maior parte é convertida em codeína (inibe o centro da tosse no SNC) e, secundariamente, em hidromorfona. HEROÍNA Na tentativa de se obter um produto que aliviasse a dor, sem o inconveniente de dependência, o químico inglês Alder Wright sintetizou em 1874 a diacetilmorfina, um produto mais potente que a morfina. O laboratório bayer registrou o produto com o nome Heroína (do alemão heroisch), para comercialização como produto substituto da morfina e não indutor de dependência e para o tratamento da tosse de crianças. Posteriormente, verificou-se que a heroína é mais prejudicial que a própria morfina. Em 1914, proibiu-e o seu uso. Hoje, é um dos graves problemas de drogas de uso abusivo. HEROÍNA O afganistão é um país com muitos problemas sociais, econômicos, e também alguns ligados ao uso abusivo do ópio e seus derivados. Dependente químico fuma pasta de ópio, enquanto segura uma criança no colo. Província de capisa, onde fazendeiros cultivam papoula para produção de ópio. As sementes de papoula não contêm alcalóides e são comestíveis. São muito usadas para enfeitar pães e outros produtos de culinária. HEROÍNA A heroína pura é um pó branco, de sabor amargo, derivado da morfina. Um “papelote” , no jargão do submundo da droga (uma unidade de dose única de heroína) pode pesar 100 g e conter apenas 5% de heroína. Considerada uma das drogas mais devastadoras - usá-la três vezes é suficientes para causar dependência física, além de produzir tolerância acentuada em curto espaço de tempo. HEROÍNA Injetar o pó diluído na veia é o método preferido dos viciados, pois assim não se perde nenhum miligrama da substância. Mas também há quem prefira aspirá-la pelo nariz, como se faz com a cocaína ou fumá-la. A heroína, mais difícil de diluir em água do que drogas como a cocaína, costuma entupir as veias e provocar inflamação nos vasos sangüíneos. Injeções frequentes no mesmo lugar podem inutilizar as veias, obrigando o viciado a recorrer a quaisquer vasos sangüíneos disponíveis no corpo. HEROÍNA Injetada na corrente sangüínea, a droga leva menos de um minuto para chegar ao cérebro, onde dispara a produção de endorfinas, substâncias que regulam as sensações de prazer. Sob o efeito da droga, o sistema nervoso central é levado a trabalhar lentamente, gerando sensação de relaxamento no corpo. Em caso de “overdose” , o usuário morre de parada cardiorrespiratória. HEROÍNA Síndrome da abstinência Com o uso contínuo de heroína, o organismo deixa de produzir espontaneamente endorfinas e, na ausência da droga, entra em colapso. É a chamada síndrome de abstinência, onde o mais suave estímulo físico é interpretado como dor, o estômago e o intestino entram em pane, causando dores abdominais, diarréia e vômito. O coração e a respiração ficam acelerados e acontecem convulsões. NALOXONA É um derivado da hidromorfona, a N – alil 7,8 – diidro – 1,4 hidroximorfinona. A pesar de ser um derivado opióide não é utilizada como droga de abuso. Pelo contrário, é um antagonista específico. É um antídoto para a morfina, utilizado em casos de intoxicação. Drogas Sintéticas Evolução Temporal das DS 1887 Síntese de Anfetamina 1910 Síntese de MDA 1912 Síntese de MDMA 1918 Alcalóides da Cravagem de Centeio isolados por Stoll 1930s Ensaios clínicos com MDA ( doença de Parkinson) 1932-46 Indústria Farmacêutica - 39 licenças para Anfetaminas 1939-45 II Guerra Mundial – uso de anfetamina 1943 Hoffman descobre LSD Drogas Sintéticas 1948-60 “Epidemia” japonesa de abuso de metanfetamina 1950s Exploração de LSD para usos terapêuticos 1960s Uso de anfetaminas associado a “gangs” 1960 Alex Shulgin “re-descobre” MDMA ...... ------------------------------------- 1971 Convenção das Nações Unidas sobre Psicotrópicos 1980s MDMA popular nos meios da moda e musicais 1988 Primeira morte associada ao MDMA no Reino Unido 1995 Primeira apreensão de MDMA em Portugal 1997 UE adopta “Joint Action on new synthetic drugs” Formas de Apresentação Ecstasy (Êxtase) Sintetizada e patenteada em 1914 por um laboratório alemão. Droga conhecida como MetilenodioxiMetAnfetamina (MDMA), desenvolvida para ser moderador de apetite. É um coquetel produzido a partir de anfetaminas e alucinógenos. Provoca dependência psíquica e pode levar à morte. É conhecida como droga do amor – suposto afrodisíaco – provoca excitação quase incontrolável no usuário. Aflora a libido. Sensação de bem-estar. Aumenta o desejo, mas prejudica o desempenho... No homem diminui em 50% a capacidade de ereção e torna o orgasmo difícil. TOXICOCINÉTICA: O pico plasmático do ecstasy se dá após mais ou menos 2 horas, com distribuição a todos os compartimentos, inclusive o encéfalo. A meia-vida é em torno de 8h. A quase a totalidade do produto é eliminada em menos de 40 h, por via renal. A acidificação das urinas aumenta a excreção. O MDMA atravessa a barreira placentária. MECANISMO DE AÇÂO: O ecstasy aumenta a disponibilidade da serotonina, noradrenalina e talvez dopamina-, no axônio terminal. Em primeiro momento, o usuário fica falante, feliz, seguro de si, receptivo ao contato social e com sensualidade em alta. Não se anime: Tais efeitos, porém, são passageiros! Durante a “viagem” são freqüentes acidentes como: cefaléia, bruxismo, dores musculares, náuseas, insônia, insuficiência hepática e renal, convulsões, hemorragia cerebral até morte súbita. O revertério deve-se ao aumento de temperatura (chega até 42º), seguido de sudorese e desequilíbrio hidroeletrolítico. É conveniente relatar casos de dois usuários que morreram por excesso de consumo de água – um chegou a beber 14L de água: essa droga desequilibra o sistema antidiurético. Muitas pessoas morrem por reações alérgicas. Muitas mortes são causadas, principalmente, quando o ecstasy é usado em associação com outras drogas como a cocaína e o álcool. Quando não mata, pode causar distúrbios como a síndrome do pânico, depressão, déficit de memória, delírios e alucinações. CÁPSULA DE VENTO A primeira apreensão em São Paulo de uma droga sintética ainda pouco conhecida no Brasil, a “cápsula do vento” ou “cápsula do medo”, demonstra uma tendência de consumo de alucinógenos que tem cada vez mais se tornado popular desde meados da década de 90. CÁPSULA DE VENTO Análise feita pelo Instituto Nacional de Criminalística da PF (Polícia Federal) a revelou se tratar de uma droga chamada DOB (2,5-dimetoxi-4-bromoanfetamina), uma anfetamina que causa efeitos estimulantes e alucinógenos parecidos aos dos ecstasy e que podem durar até 30 horas. Alucinógenos LSD (dietilamida do ácido lisérgico) Mescalina (extraída do cacto peiote) Psilocibina (obtida de um cogumelo mexicano) Vinho de Jurema (preparado à base da planta brasileira Mimosa hostilis Caapri e chacrona (plantas alucinógenas utilizadas juntamente com bebidas) LSD O LSD modifica a ação da Serotonina no SNC. Cartelas de LSD. O LSD é líquido. As cartelas de LSD são divididas em quadrados picotados, sobre os quais se deposita uma gota da substância, modo pelo qual é comercializada. Muitas vezes, as alucinações consistem de pesadelos aterrorizantes, acompanhados de sentimentos de medo e de pânico, com impulsos violentos e suicidas. Há dependência psíquica em graus variáveis. A tolerância desenvolve rapidamente, embora desapareça rápido ao cessar o uso. Não há desenvolvimento da síndrome da abstinência. Pode ocorrer sintomas físicos pouco salientes como dilatação das pupilas, suor excessivo, taquicardia e náuseas seguidas de vômitos. O LSD provoca lesões nos cromossomos das células nervosas, nos glóbulos do sangue e nas células reprodutoras, pode causar danos não somente ao organismo de quem usa, mas também, aos filhos que venha a ter. Devido à perturbação psíquica promovida pelo LSD-25, há perda da habilidade de perceber e avaliar situações comuns de perigo. Semanas ou até meses após experiências com LSD, a pessoa repentinamente passa a ter todos os sintomas psíquicos daquela experiência anterior, isto é, sem ter tomado de novo a droga. A psilocibina é um ingrediente ativo de numerosos cogumelos alucinógenos mexicanos. Os efeitos psíquicos duram de 5 a 6 horas, dependendo da quantidade usada, geralmente de 20 a 60 mg. Os cogumelos causam náuseas, vômitos, perturbações neurovegetativas, pulso lento, perturbações vasomotoras e neuro-sensoriais e sensações de vertigem. Aparecem mal-estar, cansaço e sonolência, seguidos de estados de super-excitação, euforia, paz interior e necessidade de movimento. Terminado o ciclo, o usuário volta ao seu estado de consciência normal, guardando lembrança mais ou menos precisa de sua experiência. PCP ou fenciclidina (pó-de-anjo), alucinógeno mais adulterado. Era usado na veterinária, mas a frequência e a gravidade de seus efeitos tóxicos limitou-lhe o uso. O fornecimento de PCP é ilegal; ele pode ser fumado, inalado, ingerido ou injetado. Seus efeitos são: dissociação físico-psíquica e privação sensorial. Distorce as mensagens sensoriais enviadas ao sistema nervoso central, suspende a inibição e amortece a dor e eleva a pressão sanguínea. Doses moderadas incapacitam a fala, provocam atitude rígida de robô, confunde e agita. Doses mais fortes podem causar catatonia ( tipo de esquizofrenia caracterizado por períodos de negativismo, excitação e atitudes ou atividades estereotipadas, ou seja, fixas, que não variam), coma, convulsões, depressão respiratória, insensibilidade cardiovascular, além de produzir amnésia enquanto dura o efeito ( de 2 a 48 horas). O PCP é retido pelo organismo durante meses em células adiposas e pode ser liberado durante exercícios ou jejum, quando retorna em sua forma de agente químico, voltando a circular pelo corpo. Não é muito procurado por ser associado à “viagens ruins”. GHB Flunitrazepam (FNZ) Rohypnol FNZ ilícito Date-rape drugs Drogas usadas para assaltos e estupros Efeitos: “afrodisíaco”, relaxamento muscular e amnésia retrógrada. GHB Gama-hidroxibutirato (GHB) - metabólito natural do ácido gama-aminobutírico: coma e depressão respiratória. Cerveja: 2,5 –9,0 (médio teor:4-6%) Vinho: 8-14% (vermute >15%) Vinho licoroso (20-25%) Cachaça/uísque (40-45%) Loção pós-barba (15-80%) Anti-sépticos bucais (14-27%) Xaropes populares (3 a 25%) Colônias e perfumes (40-60%) Etanol: concentração em produtos Instabilidade emocional precoce Hilaridade Ostentação Verborragia Sentimento de culpa Agressividade Psicose Etanol: espectro de efeitos agudos Excitação ou depressão mental Coordenação motora prejudicada Ataxia (marcha de ébrio) Linguagem chula e/ou incompreensível Diminuição dos reflexos Percepção diminuída Distúrbios sensoriais: diploplia, nistagmo, vertigem. Etanol: espectro de efeitos agudos Rubor facial Pulso rápido Sudorese Náuseas, vômitos Incontinência urinária e fecal Sonolência; Estupor ou coma Crises epilépticas (hipoglicemia) Pupilas isocóricas normais, mióticas ou midriáticas. Etanol: espectro de efeitos agudos Disfunção cardíaca, hipotensão, taquicardia Colapso vascular periférico (choque) Palidez Hipotermia Respiratório: respiração lenta e estertorosa Distúrbios hidreletrolíticos: hipo/hiperglicemia, hiponatremia, hipercalcemia, hipomagnesemia, hipofosfatemia Distúrbios ácido-básicos (acidose metabólica) Morte: falência respiratória ou circulatória; pneumonia aspirativa ou traumatismos Etanol: espectro de efeitos agudos Cefaléia pós-alcoólica aguda Gastrenterite Miopatia alcoólica aguda Infecções (pneumonia) Etanol: convalescença ("ressaca") Cardiomiopatias Transtornos hematológicos Distúrbios gastrintestinais: gastrite e úlcera Hepatite e pancreatite Cirrose e esteatose hepática Varizes de esôfago Danos à musculatura esquelética Impotência sexual Atrofia testicular Ginecomastia Etanol: efeitos crônicos Deterioração mental crônica Perda de memória Fala incompreensível Prejuízo da marcha Psicose Neuropatia periférica/óptica (ambliopia do tabaco-álcool) Etanol: efeitos crônicos Semelhante à dos outros sedativos-hipnóticos. Pode ocorrer em 12 a 72 horas após o consumo, após modificação da forma de beber ou quando se reduz a quantidade ou frequência de consumo. Com níveis mínimos de dependência: náuseas debilidade ansiedade transtornos do sono tremores discretos (menos de um dia). Etanol: síndrome de abstinência Em grande dependência, este estágio é bem definido. Náuseas e vômitos Fraqueza, sudorese, câimbras Tremores, ansiedade, hiperreflexia Alucinações visuais ("alucinação alcóolica") Crises epilépticas tônico-clônicas. O estado de tremor alcança seu máximo em 24-48 h. Etanol: síndrome de abstinência confusão mental desorientação agitação psicomotora perda da consciência. Etanol: síndrome de abstinência Estágio avançado Aproximadamente no terceiro dia surge o "delirium tremens": hipertermia e falência cardiovascular. A síndrome de abstinência é auto-limitada. Não ocorrendo óbito, há recuperação em aproximadamente 5-7 dias. Encefalopatia de Wernicke (aguda) Psicose de Korsakoff (crônica): afeta corpos mamilares, hipotálamo, tálamo, mesencéfalo, ponte, bulbo, fórnix e cerebelo. Etanol: síndrome de abstinência Ocorre a mesma síndrome de abstinência. Déficits neurológicos permanentes Outras anormalidades de desenvolvimento. Em recém-nascidos Etanol: síndrome de abstinência Pequenas quantidades: confortar o paciente e observar Assistência respiratória: oxigênio, se necessário. Lavagem gástrica: ingestão grande, recente (30-45 min.) Carvão ativado: não é eficiente, mas pode ser útil no caso associação outros agentes tóxicos. NÃO INDUZIR VÔMITOS. Etanol: tratamento Intoxicação Aguda Choque, desidratação e acidose: soluções isotônicas de cloreto ou bicarbonato de sódio. Edema cerebral: manitol IV. Hipoglicemia: SG 50% IV (exceto em edema cerebral). Em crianças: profilaticamente (SG 25% - 2 ml/kg). Tiamina (100 mg/l de SF/SG ou 100 mg VO 3x/dia) Niacina (50 mg VO 4x/dia ou 25 mg IV 2-3x/dia) Etanol: tratamento Intoxicação Aguda Etanol: tratamento Síndrome de Abstinência Restabelecer o controle inibitório, administrando agonistas GABA – BZD de ação longa (DIAZEPAN). Casos refratários: altas doses de barbitúricos (FENOBARBITAL) – abertura direta dos canais de cloro. Corrigir fluidos, eletrólitos; e deficiência de nutrientes. Prevenir infecções. Manter o paciente em lugar seguro e calmo, evitando estímulos. Inalantes: lança-perfume Sinônimos: cheirinho da Loló, lança, cheiro. Classe: solventes, inalantes, substâncias voláteis de abuso (SVA) Padrões de uso: preparado clandestino à base de clorofórmio, éter e acetona Absorção: 60- 80% de clorofórmio inalado é absorvido. Clorofórmio: 1,5 horas; éter: 20 minutos Distribuição: rápida para o sangue, tecido adiposo, fígado, rins, pulmão e SNC; cruza a barreira placentária. Início dos efeitos: bastante rápido (seg. a poucos min.); Duração dos efeitos: 15-40 min. O usuário repete as inalações várias vezes para prolongar os efeitos. Excreção: Clorofórmio: principalmente como CO2 no ar exalado, o restante é retido no tecido adiposo. Éter: 90% pulmonar na sua forma inalterada; o restante é eliminado pelos rins, pele e glândulas sudoríparas. Inalantes: disposição Inalantes: espectro de efeitos Efeitos locais: irritação de pele e mucosas. Efeitos sistêmicos agudos: semelhantes ao álcool. Atuam preferencialmente no SNC. Sensibilizam o músculo cardíaco às catecolaminas, podendo causar morte súbita por arritmia cardíaca. Estimulação inicial seguida por depressão. Os efeitos dos solventes voláteis lembram os do álcool. Podem ocorrer alucinações. Inalantes: intoxicação aguda Euforia Perturbações auditivas e visuais Náuseas Espirros Tosse Salivação excessiva Rubor facial Inalantes: efeitos agudos – 1ª fase Inalantes: efeitos agudos – 2ª fase Depressão central predomina. Confusão mental Desorientação Linguagem incompreensível Visão turva Agitação psicomotora Cefaléia Palidez Alucinações auditivas ou visuais. Inalantes: efeitos agudos – 3ª fase Redução do estado de alerta Dificuldade para falar Aumento da depressão Incoordenação motora ocular marcha vacilante Reflexos diminuídos Inalantes: efeitos agudos – 4ª fase Depressão tardia Pode chegar à inconsciência. Hipotensão Sonhos estranhos Crises epilépticas. Lesões medulares, renais, hepáticas e dos nervos periféricos. Aplasia de medula: diminuição de glóbulos brancos e vermelhos (benzeno). Neuropatia periférica: n-hexano produz degeneração progressiva, causando transtornos de marcha ("andar de pato") e paralisia. Inalantes: efeitos crônicos Inalação: afastar da exposição, manter vias aéreas permeáveis, oxigenação e ventilação mecânica, se necessárias. Contato com pele e mucosas: lavar c/ água e sabão; Descontaminação gastrintestinal: não induzir vômitos, há risco de depressão súbita; LG quando ingestão de grandes quantidades carvão ativado: não parece ser eficaz. Inalantes: tratamento Tratamento do coma e alterações cardiovasculares: aminas vasoativas podem facilitar arritmias; taquicardias: propranolol ou esmolol; monitoramento ECG por 4-6h após a exposição. Remoção extra-corpórea: diálise, hemoperfusão e diurese forçada não são eficazes. Inalantes: tratamento FIM
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