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Direito Processual Penal III Aula 3 Ementa Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. Motivação para o recebimento da peça acusatória: desnecessidade. Continua-se a utilizar o mesmo procedimento, ou seja, a fundamentação para o recebimento da denúncia ou da queixa não é exigível. SÚMULA 710 No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem. Direito Processual penal III PRAZOS LEGISLAÇÃO OBSERVAÇÃO 10 DIAS CPP – ART. 396 RITOS ORDINÁRIO E SUMARIO RITO SUMARÍSSIMO - ENUNCIADO 108 FONAJE– O Art. 396 do CPP não se aplica no Juizado Especial Criminal regido por lei especial (Lei nº. 9.099/95) que estabelece regra própria. Código Eleitoral (Lei nr.4737/1965) – art. 359. Parágrafo Único Lei 11.343/2006 – art. 55 – notificação prévia em 10(dez) dias 15 DIAS LEI Nº 8.038/90 CPP – ART. 514 NOTIFICAÇÃO PRÉVIA AO RECEBIMENTO DA DENUNCIA (ART. 4º) NOTIFICAÇÃO PRÉVIA AO RECEBIMENTO DA DENUNCIA – CRIMES AFIANCÁVEIS 5 DIAS DEC.LEI Nº 201/67 NOTIFICAÇÃO PRÉVIA AO RECEBIMENTO DA DENUNCIA (ART. 2º, I) Direito Processual penal III Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas Art. 323. Não será concedida fiança: I - nos crimes de racismo; II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; Direito Processual penal III ART. 396 Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado. § 1o Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por edital. Direito Processual penal III Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312 Sumula 415 STJ - O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada. Direito Processual penal III SÚMULA 351 - - STF É nula a citação por edital de réu prêso na mesma unidade da Federação em que o juiz exerce a sua jurisdição. DIREITO PROCESSUAL PENAL. NULIDADE DA INTIMAÇÃO POR EDITAL DE RÉU PRESO. Preso o réu durante o curso do prazo da intimação por edital da sentença condenatória, essa intimação fica prejudicada e deve ser efetuada pessoalmente. Isso porque, de acordo com entendimento doutrinário e nos termos do HC 15.481 (Quinta Turma, DJ 10/9/2001), “preso o réu durante o prazo do edital, deverá ser intimado pessoalmente do r. decreto condenatório, na forma do art. 392, inciso I, CPP, restando prejudicada a intimação editalícia”. RHC 45.584/PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 3/5/2016, DJe 12/5/2016 (Informativo n. 583) Direito Processual penal III Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. não se trata de uma defesa preliminar ao recebimento da peça acusatória, motivo pelo qual se torna mais adequado continuar a denominar a resposta do réu como defesa prévia. É momento processual para que ele alegue matéria preliminar, vale dizer, levante todas as falhas que puder detectar até então, dentre as quais, por exemplo, a inépcia da denúncia ou queixa. A preliminar, como regra, tem conteúdo de natureza processual, cuidando de matérias a serem apreciadas pelo juiz antes de qualquer análise de mérito. Além disso, deve arrolar testemunhas (até o máximo de oito, conforme dispõe o art. 401 do CPP), oferecer documentos e requerer a produção de quaisquer outras provas Direito Processual penal III Requerimento de intimação – necessidade para aplicação dos art. 218 e 219 do CPP. Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio da força pública. Art. 219. O juiz poderá aplicar à testemunha faltosa a multa prevista no art. 453, sem prejuízo do processo penal por crime de desobediência, e condená-la ao pagamento das custas da diligência. Direito Processual penal III § 1o A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código. Exceções: são as defesas que a parte pode apresentar contra o processo. Denominam-se dilatórias as que provocam a paralisação do feito, momentaneamente, mas não a sua extinção (ex.: exceção de incompetência). Denominam-se peremptórias as que objetivam a extinção do feito, caso seja acolhidas (ex.: exceção de coisa julgada). Direito Processual penal III § 1o A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código. Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de: I - suspeição; II - incompetência de juízo; III - litispendência; IV - ilegitimidade de parte; V - coisa julgada. Direito Processual penal III . § 2o Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias. SÚMULA 523 No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu. (v. art.265) MP deve se manifestar sobre a resposta? Aplicação analógica do art. 409 Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o Ministério Público ou o querelante sobre preliminares e documentos, em 5 (cinco) dias Direito Processual penal III Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou IV - extinta a punibilidade do agente. Comparar com ART. 386 CPP. Verificar ART.414 CPP Direito Processual penal III princípio do in dubio pro societate – como se observa do próprio artigo 397 do CPP, que menciona as expressões “existência manifesta” e “evidentemente”, a existência de dúvida quanto às hipóteses de absolvição se resolve em favor da sociedade, motivo pelo qual o juiz não absolverá o acusado, prosseguindo-se o processo até seus ulteriores termos As excludentes de ilicitude do fato são, basicamente, as previstas no art. 23 do Código Penal (estado de necessidade, legítima defesa, exercício regular de direito e estrito cumprimento do dever legal), além da excludente supralegal denominada consentimento do ofendido Direito Processual penal III “(...)tornamos a ressaltar que não poderia o acusado pretender a produção de justificação, como procedimento incidental, ouvindo várias testemunhas, em autêntica instrução prévia, sem a possibilidade de o órgão acusatório produzir suas provas, também, para, depois, conseguir a absolvição sumária (NUCCI) Direito Processual penal III São excludentes de culpabilidade as previstas nos artigos 21 (erro de proibição), 22 (coação moral irresistível e obediência hierárquica) e 28, § 1.º (embriaguez acidental). Há, ainda, a excludente supralegal denominada inexigibilidade de conduta diversa. Não pode haver absolvição sumária em caso de inimputabilidade decorrente de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado (art. 26, caput, do CP), porquanto se o agente nessas condições era, ao tempo da conduta, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, receberá medida de segurança. (MOUGENOT) Direito Processual penal III Oferecida denúncia ou queixa que narra fato atípico, deve o juiz, de plano, rejeitá-la por impossibilidade jurídica do pedido (art. 395, II, do CPP). Contudo, se a atipicidade for verificada tão somente após a resposta prévia, o juiz absolverá sumariamente o réu. (MOUGENOT) Direito Processual penal III Extinção da punibilidade – Natureza de sentença terminativa de mérito. Ato do juiz que decide a causa sem, contudo, condenar ou absolver o réu. Art.61 -. Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo de ofício. Não previsão no art. 386 do CPP - Direito Processual penal III As decisões de absolvição sumária previstas nos incisos I, II e III do art. 397 são impugnáveis por intermédio de recurso de apelação (art. 593, I, do CPP). Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular; Já a decisão que julga extinta a punibilidade (inciso IV do mesmo dispositivo legal), sentença terminativa de mérito, comporta recurso em sentido estrito, por força do art. 581, VIII, do CPP. Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade; Direito Processual penal III OAB – 2016 - XIX – Prova 1 66)João, no dia 2 de janeiro de 2015, praticou um crime de apropriação indébita majorada. Foi, então, denunciado como incurso nas sanções penais do Art. 168, §1º, inciso III, do Código Penal. No curso do processo, mas antes de ser proferida sentença condenatória, dispositivos do Código de Processo Penal de natureza exclusivamente processual sofrem uma reforma legislativa, de modo que o rito a ser seguido no recurso de apelação é modificado. O advogado de João entende que a mudança foi prejudicial, pois é possível que haja uma demora no julgamento dos recursos. Nesse caso, após a sentença condenatória, é correto afirmar que o advogado de João A) deverá respeitar o novo rito do recurso de apelação, pois se aplica ao caso o princípio da imediata aplicação da nova lei. B) não deverá respeitar o novo rito do recurso de apelação, em razão do princípio da irretroatividade da lei prejudicial e de o fato ter sido praticado antes da inovação. não deverá respeitar o novo rito do recurso de apelação, em razão do princípio da ultratividade da lei. D) deverá respeitar o novo rito do recurso de apelação, pois se aplica ao caso o princípio da extratividade. Direito Processual penal III OAB - Concurso XIX – Prova Penal Sabendo que Vanessa, uma vizinha com quem nunca tinha conversado, praticava diversos furtos no bairro em que morava, João resolve convidá-la para juntos subtraírem R$ 1.000,00 de um cartório do Tribunal de Justiça, não contando para ela, contudo, que era funcionário público e nem que exercia suas funções nesse cartório. Praticam, então, o delito, e Vanessa fica surpresa com a facilidade que tiveram para chegar ao cofre do cartório. Descoberto o fato pelas câmeras de segurança, são os dois agentes denunciados, em 10 de março de 2015, pela prática do crime de peculato. João foi notificado e citado pessoalmente, enquanto Vanessa foi notificada e citada por edital, pois não foi localizada em sua residência. A família de Vanessa constituiu advogado e o processo prosseguiu, mas dele a ré não tomou conhecimento. Foi decretada a revelia de Vanessa, que não compareceu aos atos processuais. Ao final, os acusados foram condenados pela prática do crime previsto no Art. 312 do Código Penal à pena de 02 anos de reclusão. Ocorre que, na verdade, Vanessa estava presa naquela mesma Comarca, desde 05 de março de 2015, em razão de prisão preventiva decretada em outros dois processos. Ao ser intimada da sentença, ela procura você na condição de advogado(a). Considerando a hipótese narrada, responda aos itens a seguir) Qual argumento de direito processual poderia ser apresentado em favor de Vanessa em sede de apelação? Justifique. Direito Processual penal III OAB – prova XX Guilherme foi denunciado pela prática de um crime de lesão corporal seguida de morte. Após o recebimento da denúncia, Guilherme é devidamente citado. Em conversa com sua defesa técnica, Guilherme apresenta prova inequívoca de que agiu em estado de necessidade. Diante da situação narrada, o advogado de Guilherme, em resposta à acusação, deverá requerer a A) rejeição de denúncia, que fará coisa julgada material. B) absolvição sumária do réu, que fará coisa julgada material. absolvição imprópria do réu, que fará coisa julgada material. D) impronúncia do acusado, que não faz coisa julgada material.
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