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mercado98 10 03 2011

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ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560 
BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL 
FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: ceema@unijui.edu.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comentários referentes ao período entre 04/03 a 10/03/2011 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Dr. Argemiro Luís Brum1 
Daniel Claudy da Silveira2 
 
 
 
1
 Professor do DECon/UNIJUI, doutor em economia internacional pela EHESS de Paris-França, 
coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA. 
2
 Economista pela UNIJUI, técnico administrativo junto ao DECon/UNIJUI. 
DECon Departamento de Economia e Contabilidade da UNIJUÍ 
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Cotações na Bolsa Cereais de Chicago - CBOT 
 Produto 
 
 Data 
GRÃO DE SOJA 
(US$/bushel) 
FARELO DE SOJA 
(US$/ton. curta) 
ÓLEO DE SOJA 
(cents/libra peso) TRIGO (US$/bushel) MILHO (US$/bushel) 
4/3/2011 14,07 363,80 58,96 8,00 7,21 
7/3/2011 13,87 358,10 58,57 7,69 7,10 
8/3/2011 13,75 355,40 57,97 7,51 6,98 
9/3/2011 13,44 348,50 56,67 7,32 6,95 
10/3/2011 13,48 349,10 56,48 7,14 6,76 
Média 13,72 354,98 57,73 7,53 7,00 
Bushel de soja e de trigo = 27,21 quilos bushel de milho= 25,40 quilos 
Libra peso = 0,45359 quilo tonelada curta = 907,18 quilos 
Fonte: CEEMA com base em informações da CBOT. 
 
Médias semanais* (compra e venda) 
no mercado de lotes brasileiro - em 
praças selecionadas (em R$/Saco) 
SOJA Var. % relação média anterior 
RS - Passo Fundo 49,00 1,66 
RS - Santa Rosa 48,50 2,11 
RS - Ijuí 48,50 1,68 
PR - Cascavel 45,00 0,90 
MT - Rondonópolis 42,80 3,08 
MS - Ponta Porã 42,75 4,01 
GO - Rio Verde (CIF) 42,63 0,29 
BA - Barreiras (CIF) 43,13 -0,63 
MILHO Var. % relação média anterior 
Argentina (FOB)** 301,00 1,14 
Paraguai (CIF)** 225,00 -3,52 
Paraguai (FOB)** 280,00 -0,53 
RS - Erechim 26,25 -1,13 
SC - Chapecó 28,25 -0,18 
PR - Cascavel 27,31 0,05 
PR - Maringá 28,50 0,88 
MT - Rondonópolis 21,94 0,86 
MS - Dourados 25,56 -0,15 
SP - Mogiana 29,73 3,21 
SP - Campinas (CIF) 32,83 2,42 
GO - Goiânia 28,19 1,39 
MG - Uberlândia 27,44 2,76 
TRIGO*** Var. % relação média anterior 
RS - Carazinho 495,00 1,02 
RS - Santa Rosa 490,00 0,20 
PR - Maringá 510,00 0,00 
PR - Cascavel 510,00 0,39 
* Período entre 04/03 e 10/03/11 
Fonte: CEEMA com base em dados da Safras 
& Mercado. ** Preço médio em US$ por 
tonelada. *** Em Reais por tonelada 
 
 
 
Média semanal dos preços recebidos 
pelos produtores do Rio Grande do 
Sul – 10/03/2011 
Produto milho (saco 60 Kg) 
soja 
(saco 60 Kg) 
trigo 
(saco 60 Kg) 
R$ 24,13 43,88 24,50 
Fonte: CEEMA, com base em informações da 
EMATER-RS. 
 
Preços de outros produtos no RS 
 
Média semanal dos preços recebidos 
pelos produtores do Rio Grande do Sul 
Produto 10/03/2011 
Arroz em casca 
(saco 60 Kg) 21,61 
Feijão (saco 60 Kg) 70,45 
Sorgo (saco 60 Kg) 18,55 
Suíno tipo carne 
(Kg vivo) 2,29 
Leite (litro) cota-
consumo (valor bruto) 0,63 
Boi gordo (Kg vivo)* 3,27 
(*) compreende preços para pagamento em 
10 e 20 dias 
Fonte: CEEMA, com base em informações da 
EMATER-RS.
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MERCADO DA SOJA 
 
As cotações em Chicago recuaram novamente nesta semana, pressionadas pelo 
relatório de oferta e demanda do USDA e pela continuidade das tensões nos países 
árabes, particularmente na Líbia. Todavia, o verdadeiro motivo está no recuo da 
especulação financeira diante da pressão internacional contra o aumento no preço das 
commodities em geral. Ao mesmo tempo, a safra brasileira está sendo colhida e a 
oferta sul-americana começa a substituir o produto estadunidense junto aos principais 
compradores, especialmente a China. 
 
Neste sentido, o fechamento de Chicago, nesta quinta-feira (10) ficou em US$ 
13,45/bushel, após ter alcançado US$ 14,07 há uma semana atrás. Como se nota, em 
termos médios, nas últimas semanas as cotações da soja estacionaram nestes 
padrões, ainda muito elevados, com fortes oscilações. A partir de agora, em termos de 
economia real, o mercado volta-se definitivamente à colheita sul-americana e ao 
relatório de intenção de plantio nos EUA, previsto para o dia 31/03. 
 
Dito isso, o relatório do USDA consolidou a safra passada estadunidense em 90,6 e 
3,81 milhões de toneladas respectivamente, para o ano 2010/11. Com isso, o patamar 
de preços médios para o ano recuou um pouco, ficando entre US$ 11,10 e US$ 
12,10/bushel. Ou seja, há um espaço de queda de um dólar e meio aproximadamente, 
em relação as atuais cotações, senão mais. 
 
Em termos mundiais, o relatório voltou a aumentar a safra global de soja, com a 
mesma passando agora a 258,4 milhões de toneladas, ou seja, apenas dois milhões a 
menos do que o colhido no ano anterior. Já os estoques finais ficaram em 58,3 milhões 
de toneladas, contra 59 milhões no ano anterior. O relatório reviu a projeção de safra 
para o Brasil, com a mesma sendo agora indicada em 70 milhões de toneladas (ainda 
quase dois milhões a menos do que os cálculos privados nacionais), contra 68,5 
milhões no mês passado. A colheita argentina foi mantida em 49,5 milhões de 
toneladas, enquanto as importações chinesas continuaram projetadas em 57 milhões 
de toneladas para o atual ano comercial. Além disso, a colheita de soja na China deve 
ficar em 14,8 milhões de toneladas em 2011/12, segundo projeções atuais, perdendo 
cerca de meio milhão de toneladas em relação ao ano anterior. A área recuaria para 
8,7 milhões de toneladas, escancarando a baixa produtividade média naquele país, que 
é atualmente de apenas 1.700 quilos/hectare. 
 
Vale ainda destacar que a colheita brasileira está atrasada no Centro-Oeste devido ao 
excesso de chuvas, fato que no curto prazo deixa o mercado nervoso. Além disso, 
nesta última semana houve greves nos portos argentinos, particularmente junto aos 
terminais das grandes companhias exportadoras de soja (Bunge, Cargill). 
 
Ainda nos EUA, a vendas para exportação, na semana encerrada em 24/02, atingiram 
a 361.700 toneladas do grão, acumulando no atual ano 2010/11 um total de 39,5 
milhões de toneladas, contra 35,9 milhões na mesma época do ano anterior. 
 
Por sua vez, na Argentina o clima melhorou parcialmente desde o final de janeiro e a 
safra de soja se recupera, devendo mesmo chegar perto de 50 milhões de toneladas. 
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Mesmo assim, longe das 54 milhões de toneladas do ano passado, recorde histórico no 
vizinho país. 
 
A semana fechou com os prêmios, nos diferentes portos de embarque, valendo entre 
50 e 75 centavos de dólar por bushel no Golfo do México (EUA); entre 19 e 25 
centavos em Rosário (Argentina); e entre 27 e 72 centavos nos portos brasileiros, todos 
para março. Para maio, Paranaguá indica prêmios entre 28 e 29 centavos e Rio 
Grande entre 45 e 50 centavos de dólarpor bushel. 
 
Nesse contexto, o mercado brasileiro pouco se movimentou durante a semana em 
termos de preços. As filas de caminhões começam a ocorrer em Paranaguá e as 
dificuldades de logística voltam a aparecer com força no cenário nacional. 
 
A média de balcão no Rio Grande do Sul ficou em R$ 43,88/saco, enquanto os lotes 
fecharam a semana entre R$ 47,50 e R$ 48,00/saco. Nas demais praças nacionais, os 
lotes oscilaram entre R$ 41,50/saco em Rondonópolis (MT) e Rio Verde (GO) e R$ 
44,00/saco em Cascavel (PR). 
 
Em projeção para o final de abril, vale destacar que o preço de balcão no Rio Grande 
do Sul, nas atuais condições de Chicago e câmbio, apontam um valor ao redor de R$ 
42,00/saco. 
 
Nesse momento, é o ritmo da colheita e da comercialização que dita o comportamento 
do mercado interno brasileiro, já que Chicago se estabilizou nos níveis indicados e o 
câmbio não reage, com o dólar alcançando mesmo R$ 1,64 durante a semana. 
 
Assim, a colheita nacional, até o dia 04/03, atingia a 22% da área, estando exatamente 
dentro da média histórica, porém, abaixo do ritmo do ano passado que era de 33% 
nesta época. O Paraná chega a 21% da área colhida, o Mato Grosso a 38% (60% no 
ano passado), Mato Grosso do Sul 25%, Goiás 45%, São Paulo 29%, Minas Gerais 
12% e Bahia 1%. No Rio Grande do Sul e Santa Catarina ainda não havia registros 
significativos. 
 
Quanto à comercialização da safra nova brasileira, até o dia 04/03 as vendas 
antecipadas atingiam 52%, contra 36% na média histórica. Esse avanço se deve a 
percepção dos produtores de que os preços atingiram patamares muito interessantes 
nos últimos dois meses. No Rio Grande do Sul, mesmo assim, as mesmas ficaram em 
apenas 30%, contra 39% no Paraná, 68% no Mato Grosso, 45% no Mato Grosso do 
Sul, 65% em Goiás, 45% em São Paulo, 49% em Minas Gerais, 65% na Bahia e 32% 
em Santa Catarina. (cf. Safras & Mercado) 
 
Abaixo seguem os gráficos da variação de preços da soja e seus derivados no período 
de 11/02 e 10/03/2011. 
 
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Gráfico da Variação das Cotações da Soja entre 11/02 e 10/03/11 
(CBOT)
12,75
13,00
13,25
13,50
13,75
14,00
11
/02
 
a 
17
/02
/11
18
/02
 
a 
24
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/11
25
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a 
03
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04
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a 
10
/03
/11
Período Semanal
US
$/b
u
sh
el
 
 
Gráfico da Variação das Cotações do Farelo de Soja entre 11/02 e 
10/03/11 (CBOT)
340,00
345,00
350,00
355,00
360,00
365,00
370,00
375,00
11
/02
 
a 
17
/02
/11
18
/02
 
a 
24
/02
/11
25
/02
 
a 
03
/03
/11
04
/03
 
a 
10
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Período Semanal
US
$/T
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Cu
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Gráfico da Variação das Cotações do Óleo de Soja entre 11/02 e 
10/03/11 (CBOT)
53,25
54,00
54,75
55,50
56,25
57,00
57,75
58,50
11
/02
 
a 
17
/02
/11
18
/02
 
a 
24
/02
/11
25
/02
 
a 
03
/03
/11
04
/03
 
a 
10
/03
/11
Período Semanal
Ce
n
ts
/L
ib
ra
 
Pe
so
 
 
 
MERCADO DO MILHO 
 
As cotações do milho em Chicago igualmente cederam durante a semana, fechando a 
quinta-feira (10) em US$ 6,76/bushel, após US$ 6,95 na véspera e US$ 7,21 no dia 
04/03. 
 
O mercado se encontra pressionado pela expectativa de área a ser cultivada pelos 
produtores dos EUA, em concorrência com a soja. A intenção de plantio da mesma 
será conhecida no dia 31/03. Além disso, os fatores especulativos, pelo lado do capital 
financeiro, não encontram novos motivos altistas para agir. Ao contrário, começa a 
ocorrer um amplo movimento mundial contra as fortes altas das commodities, fato que 
pode trazer um novo panorama nesta área nos próximos meses. 
 
Quanto ao relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado neste dia 10/03, poucas 
novidades trouxe. A produção estadunidense foi mantida em 316,3 milhões de 
toneladas, sendo que 126 milhões serão consumidas na fabricação de etanol. Os 
estoques finais daquele país se mantiveram em 17,2 milhões de toneladas, enquanto o 
patamar de preços médios ficou entre US$ 5,15 e US$ 5,65/bushel. Ou seja, também 
aqui, muito abaixo do que Chicago vem atualmente praticando. 
 
Em termos mundiais, o relatório apontou um volume global de 813,8 milhões de 
toneladas, em leve queda em relação a fevereiro. Já os estoques finais mundiais do 
cereal, neste ano 2010/11, subiram para 123,1 milhões de toneladas. A produção 
brasileira aumentou para 53 milhões de toneladas, enquanto a da Argentina foi mantida 
em 22 milhões de toneladas. 
 
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Quanto ao mercado estadunidense especificamente, a semana apontou exportações 
de 1,08 milhão de toneladas na semana anterior, contrariando o mercado, que 
esperava um volume menor. 
 
No geral, o mercado continua volátil, ainda sem uma clara tendência quanto a manter o 
atual nível de preços ou recuar de forma razoável a partir de abril, dependendo do que 
virá no plantio estadunidense e na recomposição da posição especulativa dos fundos. 
 
Na Argentina, até o dia 03/03 a colheita do girassol atingia a 31% da área, contra 28% 
em igual período do ano passado. A tonelada FOB recuou para US$ 295,00, após ter 
atingido a US$ 305,00 dias antes, enquanto no Paraguai a mesma tonelada se 
manteve em US$ 225,00. 
 
No mercado brasileiro, os preços se mantiveram relativamente estáveis, com alguns 
recuos em determinadas regiões, particularmente onde a colheita avança. Assim, o 
balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 24,13/saco, com pequena melhora 
sobre a semana anterior. Nos lotes, o norte gaúcho conservou o preço de médio de R$ 
26,25/saco, enquanto nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 22,00 
em Rondonópolis (MT) e R$ 29,75/saco na Mogiana paulista. 
 
Nota-se que, mesmo com a entrada firme da nova safra, particularmente no Rio 
Grande do Sul, onde o clima destas últimas duas semanas favoreceu o corte do cereal 
e a produção vem sendo muito boa, os preços não cedem. Todavia, em termos 
nacionais ainda há muito milho para entrar no mercado. Para se ter uma ideia do 
potencial de baixa do cereal, no Mato Grosso, a futura safrinha, para julho, vem sendo 
negociada entre R$ 16,00 e R$ 19,00/saco. Isso representa um recuo de três a quatro 
reais por saco em relação aos atuais preços praticados na safra de verão daquele 
Estado. 
 
Enfim, os leilões de VEP realizados no final da semana passada no Brasil negociaram 
apenas 3,1% da oferta das 55.650 toneladas disponibilizadas. 
 
Voltando à safrinha, o plantio alcançava, no final da semana passada, 73% dos 1,8 
milhão de hectares esperados no Mato Grosso. No ano passado, na mesma época, o 
mesmo chegava a 96%. O excesso de chuvas está atrasando o processo. Ao mesmo 
tempo, as elevadas cotações estão levando os produtores a acelerarem a 
comercialização da safrinha. Até o final da primeira semana de março, segundo o 
IMEA, 28% da safrinha já tinha sido negociada no Mato Grosso. Todavia, estimativas 
privadas dão conta de que metade da futura safra já estariavendida. Na prática, há 
muito tempo os preços do milho não estavam tão bons, e isso em todo o Brasil. 
 
Abaixo segue o gráfico da variação de preços do milho no período de 11/02 e 
10/03/2011. 
 
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Gráfico da Variação das Cotações do Milho entre 11/02 e 10/03/11 
(CBOT)
6,70
6,80
6,90
7,00
7,10
7,20
7,30
11
/02
 
a 
17
/02
/11
18
/02
 
a 
24
/02
/11
25
/02
 
a 
03
/03
/11
04
/03
 
a 
10
/03
/11
Período Semanal
US
$/b
u
sh
el
 
 
 
MERCADO DO TRIGO 
 
Nesta semana, na Bolsa de Chicago, as cotações do trigo fecharam em forte baixa, 
seguindo o comportamento do milho e da soja. O fechamento desta quinta-feira, 10 de 
março, ficou em US$ 7,14/bushel, após US$ 7,90 há uma semana. Já na média 
semanal, as cotações do cereal ficaram estabelecidas em US$ 7,53/bushel, contra US$ 
7,80 na semana anterior. 
 
O trigo também sofre a inversão do movimento especulativo financeiro, assim como a 
pressão quanto a possibilidade de um aumento na área semeada nos EUA (atenção ao 
relatório de intenção de plantio do dia 31/03). 
 
Soma-se a isso o fato de que o relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado 
neste dia 10/03, aumentar os estoques finais, da safra 2010/11, nos EUA. Assim, 
enquanto a produção foi confirmada em 60,1 milhões de toneladas, os estoques finais 
ficaram agora em 22,9 milhões de toneladas. Mesmo assim, o patamar de preços 
médios, para o corrente ano comercial, permaneceu entre US$ 5,60 e US$ 5,80/bushel. 
 
No que diz respeito à produção mundial, o relatório apontou um aumento na projeção 
global, com o volume apontando agora 647,6 milhões de toneladas. Ao mesmo tempo, 
os estoques finais chegam a 181,9 milhões de toneladas. Nesse contexto, a produção 
argentina foi aumentada para 15 milhões de toneladas, enquanto a brasileira 
permaneceria em 5,9 milhões de toneladas. 
 
Por sua vez, as vendas líquidas estadunidenses de trigo, referentes à temporada 
comercial 2010/11, que teve início em 1° de junho, ficaram em 560.600 toneladas na 
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semana encerrada em 24 de fevereiro, contra 1.008.300 toneladas na semana anterior, 
sendo o Egito o principal país comprador. 
 
Na Índia, as plantações de trigo atingiram um novo patamar neste ano comercial, o que 
aumenta a expectativa de um aumento na produção do segundo maior produtor 
mundial. A área sob cultivo do cereal no país subiu para 29,4 milhões de hectares, até 
4 de março, em comparação com os 28,36 milhões de hectares no ano anterior, 
segundo dados do governo. Inicialmente a produção do cereal seria de 87,47 milhões 
de toneladas, alta em relação as 80,8 milhões de toneladas de 2009/10, porém, a 
expectativa é de que o volume final supere esta previsão preliminar. 
 
Por sua vez, na China, o governo daquele país vendeu 43,29 milhões de toneladas de 
trigo e 27,45 milhões de toneladas de milho das reservas do ano passado. 
 
Na área do Mercosul, os preços continuaram praticamente estáveis. Na Argentina, para 
o trigo spot, indicações de compra a US$ 345,00 por tonelada e de venda a US$ 
355,00 por tonelada. Para se ter ideia, o custo de importação deste cereal por parte de 
moinhos brasileiros, da região de São Paulo, seria de US$ 400,00 por tonelada. O trigo 
da região norte do Paraná, cotado a US$ 314,00 por tonelada no FOB, chegaria aos 
mesmos moinhos ao redor de US$ 360,00 por tonelada. Portanto, não considerando as 
diferenças de qualidade, o trigo brasileiro ainda apresenta espaço para recuperação 
em suas cotações. Continuando, ainda na Argentina, no Up River o trigo esteve cotado, 
para março, a US$ 350,00 por tonelada na venda; para abril a US$ 360,00; para maio a 
US$ 365,00 e para junho a US$ 373,00 por tonelada. Em Necochea, base de venda a 
US$ 345,00 por tonelada para março e US$ 350,00 por tonelada para abril. No porto de 
Bahia Blanca, base de venda a US$ 370,00 por tonelada para abril. Já o trigo com 
proteína baixa, é indicado para compra a US$ 290,00 por tonelada e para venda a US$ 
325,00 por tonelada no Up River e em Bahia Blanca. No Uruguai base de venda para 
março a US$ 350,00 por tonelada e para abril a US$ 360,00 por tonelada. Já para o 
trigo do Paraguai, com embarque pelo Uruguai, indicação de preço a US$ 355,00 por 
tonelada para março. (cf. Safras & Mercado) 
 
Em relação ao mercado interno brasileiro de trigo, o ritmo de negócios segue lento, 
com as cotações nesta semana permanecendo praticamente estáveis. Na média do 
balcão gaúcho, a cotação fechou esta semana em R$ 24,50/saco, enquanto que para o 
mercado de lotes a cotação focou estacionada entre US$ 495,00 e R$ 490,00/tonelada. 
Já no Paraná, também para os lotes, as cotações permaneceram em R$ 
510,00/tonelada, tanto no oeste quanto no norte do Estado. 
 
O mercado nacional espera agora a definição da área a ser semeada no Brasil para a 
nova safra do cereal. Por enquanto, a dependência continua em relação aos leilões do 
governo, buscando pelo menos garantir o preço mínimo do trigo aos produtores. 
 
Abaixo segue o gráfico da variação de preços do trigo no período entre 11/02 e 
10/03/2011. 
 
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Gráfico da Variação das Cotações do Trigo entre 11/02 e 10/03/11 
(CBOT)
7,00
7,25
7,50
7,75
8,00
8,25
8,50
8,75
11
/02
 
a 
17
/02
/11
18
/02
 
a 
24
/02
/11
25
/02
 
a 
03
/03
/11
04
/03
 
a 
10
/03
/11
Período Semanal
US
$/b
u
sh
el

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