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PROCESSO CIVIL IV

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV
CASOS CONCRETOS
CASO 1
Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil reais). O devedor, por meio de seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado?
R: O art. 805 do NCPC consagra o princípio da execução menos onerosa ao executado: “Quando por vários meios o credor puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o devedor”. A opção pelo meio menos gravoso pressupõe que os diversos meios considerados sejam igualmente eficazes. Assim, havendo vários meios executivos aptos à tutela adequada e efetiva do direito de crédito, escolhe-se a via menos onerosa ao executado. Portanto o pleito deve ser deferido.
CASO 2
No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1º 
grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00, os quais con stituíam a 
totalidade do seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em 
julgado, o auto r pretende receber o valor da in denização fixado pelo ju iz, ou seja, R$ 
100.000,00. Distinguindo, p reviamente, os institutos da fraude à execução e da fraude 
contra credores, o cand idato deverá indicar os camin hos processuais adequ ados para que o 
autor, na prática, possa receber a indenização. 
A S UM 375 /STJ, dispõe que o reconhecimento d a fraude à exe cução depende do registro da penhora 
do be m alienado, o q ue não é o caso, po is ainda não havia a sentença e consequentemente o devedor 
não havia sido citado para a execução. 
No caso, ocorreu a fraude contra credores conforme o art. 790, inciso VI, do NCPC. O reconhe cimento 
da fraude contra credores, com a consequente anulação da a lienação ou gravação d o bem, demanda 
ação próp ria, de ampla dilação probató ria insuscetível, portanto, de ser alegada exclusivamente no 
processo de execução ou na fa se do cumprimento da se ntença. A necessidade de ação própria para o 
reconhecimento da fraude co ntra credores o caput do art. 79 9, inciso IX, do NCPA, su gere que o 
credor, para realmente p recaver-se contra a fraude, teria de procede r a duas averbações sucessivas. 
Uma da propositu ra da execução (art. 799, IX), outra, ato contínuo à propositura, de que a execução foi 
admitida pelo juiz (art. 828, caput
No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1º grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00, os quais constituíam a totalidade do seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo juiz, ou seja, R$ 100.000,00. Distinguindo, previamente, os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, o candidato deverá indicar os caminhos processuais adequados para que o autor, na prática, possa receber a indenização. 
A SUM 375 /STJ, dispõe que o reconhecimento d a fraude à execução depende do registro da penhora do be m alienado, o que não é o caso, pois ainda não havia a sentença e consequentemente o devedor não havia sido citado para a execução. No caso, ocorreu a fraude contra credores conforme o art. 790, inciso VI, do NCPC. O reconhecimento da fraude contra credores, com a consequente anulação da alienação ou gravação d o bem, demanda ação própria, de ampla dilação probatória insuscetível, portanto, de ser alegada exclusivamente no processo de execução ou na fase do cumprimento da sentença. A necessidade de ação própria para o reconhecimento da fraude contra credores o caput do art. 79 9, inciso IX, do NCPA, su gere que o credor, para realmente precaver-se contra a fraude, teria de procede r a duas averbações sucessivas. Uma da propositura da execução (art. 799, IX), outra, ato contínuo à propositura, de que a execução foi admitida pelo juiz (art. 828, caput
CASO 3
O Juizado Especial Cível decidiu ação, recorrendo o vencido, tendo a turma Recursal própria mantido a sentença, que rejeitou arguição de incompetência absoluta daquele Órgão Julgador, em razão do valor em discussão superior ao atribuído, legalmente, à competência dos Juizados Especiais. Contra essa decisão da Turma impetrou o interessado Mandado de Segurança, perante o Tribunal de Justiça, repisando a alegação de incompetência absoluta, vindo o órgão 
da Justiça comum a denegar a ordem, afirmando a incompetência do Tribunal de Justiça para rever decisões prolatadas por Juizados Especiais e respectivas Turmas Recursais.
1) Qual o recurso cabível contra a decisão do Tribunal de Justiça?
Resposta : O recurso cabível vem a ser o Recurso Ordinário, nos termos do Art.1027, II, a CPC 15, devendo o órgão competente para julgar este recurso, no caso o STJ, atuar como Tribunais de segundo grau de jurisdição, não aplicando-se as restrições imanentes ao exercício de sua competência recursal extraordinária, sendo possível a apreciação por este Tribunal Superior em relação ao reexame de provas e apreciação de normas de ordem pública.
2) O que deve decidir o órgão competente para apreciar esse recurso? Justificar as respostas.
Resposta : Devendo o órgão dizer que cabe a impetração de MS de ato da Turma Recursal.
CASO 4
Juca Cipó ingressa em juízo com ação de cobrança em desfavor de Sinhozinho Malta, que, citado pelo correio, quedou-se inerte, vindo, em consequência, o pedido autoral a ser julgado procedente, com a condenação do réu ao pagamento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Iniciado por Juca Cipó o cumprimento de sentença, após a segurança do juízo, Sinhozinho Malta oferece impugnação, na qual alega a nulidade de sua citação na fase cognitiva. O juiz, então, acata a impugnação de Sinhozinho Malta.
Qual seria o recurso cabível contra esta decisão judicial?
Resposta : Haja vista o acolhimento do vicio na citação alegada durante a fase cognitiva, este pronunciamento judicial não põe termo ao processo ou a qualquer de suas fases, tendo assim natureza de decisão interlocutória, a qual tem como recurso cabível o Agravo de Instrumento, nos termos do Art.1015, parágrafo único CPC/15.
CASO 5
Repelidos embargos de devedor com fundamento em sua intempestividade, apresenta o Executado petição avulsa, intitulando-a como Objeção de Não Executividade (conhecida também como “Execução de Pré-Executividade”), denunciando a nulidade do título. Deve tal pleito, inobstante a rejeição de Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? Se admissível a referida peça, teria a apresentação da mesma efeito suspensivo?
Com base no art. 914, § 1°, do NCPC, o executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de embargos. Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e instruídos com cópias das peças 
processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. Conforme o art. 919, do NCPC, os embargos à execução não terão efeito suspensivo.
CASO 6
Determinado credor instaurou processo de execução, lastreado em título executivo extrajudicial, em face de um incapaz, que se encontra regularmente representado nos autos. A penhora recaiu sobre um determinado bem e não foram oferecidos embargos a execução. Como o exequente não manifestou interesse na adjudicação, o magistrado determinou a expropriação por alienação em leilão judicial. No segundo leilão, o bem constricto recebeu um lance equivalente a 75% do valor da avaliação, o que geroua assinatura no auto de arrematação. Imediatamente, o executado peticionou ao juízo, postulando o reconhecimento da ineficácia da arrematação, uma vez que o bem foi expropriado por preço vil. Já o credor por sua vez, ponderou que, de acordo com o art. 891, parágrafo único, do NCPC, a arrematação teria sido perfeitamente válida. Indaga-se: como deve decidir o magistrado?
O magistrado deve decidir conforme o art. 896, do NCPC, que dispõe sobre imóvel de incapaz que não alcança pelo menos 80% (oitenta por cento) da avaliação, onde o juiz confiará o bem à guarda e administração de depositário idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a 1 ano. Portanto, a arrematação não foi válida.

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