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Aula nº 4 TGP - teoria geral do processo -

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TEORIA GERAL DO PROCESSO
4ª AULA
 
ASSUNTO:
Poder Judiciário
 
 OBJETIVO:
Identificar as principais características do Processo Judiciário.
 
 SUMÁRIO:
Introdução
Estrutura
Funções do Poder Judiciário
Características da jurisdição
Garantias da magistratura
Vedações da magistratura
Conclusão
 
 
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	1. INTRODUÇÃO
 
Uma das funções do Estado é a jurisdição (função típica), mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito, para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve, com justiça.
A pacificação do conflito é feita mediante a atuação da vontade do direito objetivo que rege o caso concreto para ser solucionado.
O Estado desempenha a função jurisdicional mediante o processo, uma sentença ou através da execução forçada.
 
	2. ESTRUTURA
Supremo Tribunal Federal (STF) – precipuamente matéria constitucional – órgão de cúpula (Arts. 92 a 126, CF/88).
Justiça comum: 
Justiça Federal (Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais) – Arts. 106 a 110, CF/88).
Justiça Estadual comum (ordinária) Art 125,CF/88 – juízos de primeiro grau de jurisdição, incluídos os juizados especiais (Art. 98, CF/88); e juízos de segundo grau de jurisdição, compostos pelos Tribunais de Justiça e de Alçada).
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Justiça Especial:
Justiça do Trabalho (Tribunal Superior do Trabalho – TST; Tribunais Regionais do Trabalho – TRTs; e Juízes do Trabalho - Varas do Trabalho) – Arts. 111 a 116, CF/88.
Justiça Eleitoral (Tribunal Superior Eleitoral – TSE; Tribunais Regionais Eleitorais – TREs; Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais) – Arts. 118 a 121, CF/88.
Justiça Militar da União (Superior Tribunal Militar – STM; Tribunais Militares; e Juízes Militares instituídos por lei) – Arts. 122 a 124, CF/88.
Justiça Militar dos Estados (Tribunal de Justiça – TJ, ou Tribunal de Justiça Militar – TJM, nos Estados em que o efetivo militar for superior a 20.000 integrantes; e pelos Conselhos de Justiça) – Art. 125, § 3º, CF/88.
OBSERVAÇÃO: 
dentre todas as Justiças anteriormente referidas, somente a Justiça do Trabalho não tem qualquer competência penal (julga e concilia apenas dissídios individuais e coletivos das relações trabalhistas);
as Justiças Militares (União e Estados) só tem competência penal e não civil; e
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as Justiças Federal e Estaduais têm tanto competência penal como civil.
a Justiça Eleitoral tem competência para julgar crimes eleitorais.
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3. FUNÇÕES DO PODER JUDICIÁRIO
Função típica – é a jurisdicional, qual seja, a que promove a solução de casos concretos, por meio do Direito pré-existente.
Funções atípicas – atividade legislativa, no tocante à competência para elaborar o regimento interno dos Tribunais, que têm significativos reflexos no Direito Processual. Caracteriza-se, também, pela função de o Judiciário administrar o seu pessoal, suas instalações (prédios) e seus equipamentos.
 
4. CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
As três características básicas da jurisdição são: lide, inércia e definitividade.
Lide – conflito de interesses, pretensão resistida, insatisfeita.
Inércia – Judiciário só se manifesta mediante provocação (Arts. 2º, do CPC e 24, do CPP).
Definitividade – na medida em que as decisões jurisdicionais transitam em julgado e, acobertadas pela coisa julgada formal e material, após o prazo para a interposição da ação rescisória, não poderão mais ser alteradas.
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5. GARANTIAS DA MAGISTRATURA
Vitaliciedade – no primeiro grau de jurisdição (juízes federais e juízes de direito) esta garantia é adquirida após 2 anos de exercício de Magistratura (Art. 95, I, da CF/88).
OBSERVAÇÃO: 
durante o período de 2 anos (período de prova) a perda do cargo só ocorrerá por deliberação do Tribunal a que o juiz estiver vinculado; 
após o período de 2 anos, a perda do cargo somente ocorrerá por motivo de sentença judicial transitada em julgado; e
quando no segundo grau de jurisdição (ministros, desembargadores e juízes dos Tribunais) a vitaliciedade entra em vigor desde a posse desses cargos (Lei Complementar nº 35, de 1979).
Inamovibilidade – caracteriza que o juiz não pode ser removido ou promovido, a não ser que com o seu assentimento, salvo se houver motivo de interesse público (Art. 93, VIII, da CF/88 caracteriza que esta regra não é absoluta).
OBSERVAÇÃO: a remoção, a disponibilidade e a aposentadoria compulsória do magistrado, por interesse público, somente 
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se darão por voto da maioria absoluta do respectivo Tribunal, assegurada a ampla defesa.
Irredutibilidade de subsídio – tem o significado de que o juiz não pode ter seus vencimentos reduzidos (Art. 95, III, da CF/88).
OBSERVAÇÃO: tal garantia não impede a incidência de impostos, inclusive o imposto de renda, nem os descontos fixados em lei.
 
6. VEDAÇÕES DA MAGISTRATURA
Objetivando a preservação da imparcialidade nos julgamentos, a Constituição de 1988 impôs três proibições aos magistrados (Art. 95, parágrafo único, incisos I, II e III):
I – exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II – receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III – dedicar-se a atividade político-partidária.
IV – receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
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V – exercer advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de 3 anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
 
7. CONCLUSÃO
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