RELATÓRIO BIODISEL

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UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DE FEIRA DE SANTANA
CURSO DE FARMÁCIA 
DISCIPLINA DE QUÍMICA ORGÂNICA II
DOCENTE: RICARDO MOTA
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: 
PRODUÇÃO DE BIODIESEL
ANA CECÍLIA BARBOSA BEZERRA MATOS
AMANDA VERENA PEREIRA DE SANTANA
MICHELE MENDES SANTOS
PHABLO VINÍCIUS DOS SANTOS CARNEIRO
SILENE FLORES DE OLIVEIRA CARSOSO
FEIRA DE SANTANA, 2017.
ANA CECÍLIA BARBOSA BEZERRA MATOS
AMANDA VERENA PEREIRA DE SANTANA
MICHELE MENDES SANTOS
PHABLO VINÍCIUS DOS SANTOS CARNEIRO
SILENE FLORES DE OLIVEIRA CARSOSO
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: 
PRODUÇÃO DE BIODIESEL
Relatório de aula prática da disciplina Química Orgânica II, do Curso de Farmácia/UNEF para obtenção da nota, sob orientação do Prof. Ricardo Mota.
FEIRA DE SANTANA, 2017.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
OBJETIVO	4
MATERIAIS E MÉTODOS	5
Materiais	4
Reagentes	4
Metodologia	5
RESULTADOS E DISCUSSÕES	5
CONCLUSÕES	6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	7
PRODUÇÃO DE BIODIESEL
INTRODUÇÃO
	O biodiesel é um éster de ácido graxo, utilizado como combustível biodegradável derivado de fontes renováveis que pode ser produzido a partir de gorduras animais e espécies vegetais como soja, palma, girassol, babaçu, amendoim, mamona e pinhão-manso. No Brasil, a soja é a principal matéria-prima utilizada (ANP, 2017). 
Os óleos vegetais são produtos naturais constituídos por uma mistura de três ésteres ligados a uma molécula de glicerina ou glicerol (triacilgliceróis ou triglicerídeos), cujos ácidos graxos contêm cadeias de 8 a 24 átomos de carbono com diferentes graus de instaurações (RAMOS et al, 2000).
	A transesterificação em meio alcalino é o processo químico geralmente mais utilizado no Brasil para produção do biodiesel, mas outros processos também podem ser empregados como craqueamento, esterificação, entre outros (ANP, 2017).
OBJETIVO
Realizar o processo de obtenção do biodiesel através do óleo de soja refinado por reação de transesterificação.
MATERIAIS E MÉTODOS
 Materiais
Béquer 500 mL;
Chapa de aquecimento;
Agitador magnético;
Proveta 100 mL;
Funil de decantação;
Balança de precisão;
Bastão de vidro;
Termômetro;
Suporte para o termômetro.
Reagentes
Óleo de Soja Refinado;
Hidróxido de Potássio (KOH);
Metanol;
Água.
Metodologia
		
Realizou-se a diluição de 2,5g de Hidróxido de Potássio em 100 mL de Metanol em um béquer e logo após acrescentou-se a diluição 300 mL de óleo de soja refinado. Feito isso, a mistura foi levada a uma chapa de aquecimento e agitação constante, utilizando também um termômetro para aferir a temperatura. Esperou-se até que a solução alcançasse 60ºC, diminuiu-se a temperatura e contou-se o tempo de 1 hora.
Após o aquecimento transferiu-se a solução pra 3 funis de separação, contendo 125 mL em cada e esperou-se por 15 minutos o processo de decantação acontecer. Estando a amostra em duas fases, realizou-se a lavagem da mesma em triplicata, utilizando 50 mL de água e algumas gotas de Ácido Clorídrico diluindo a baixa concentração. Então, separou-se a porção mais densa e reservou-se, enquanto a porção menos densa dos 3 funis foi transferida para um béquer e levada a chapa aquecedora por cerca de 5 minutos para finalizar o processo.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
	A forma mais comum de obtenção do biodiesel é por meio da reação dos óleos vegetais com um álcool, nesse caso utilizou-se o metanol, na presença de um catalizador (hidróxido de potássio) em processo químico ou biológico conhecido como transesterificação.
	A reação ocorrida é demonstrada abaixo:
 	Os produtos desta reação são as misturas de ésteres metílicos de ácidos graxos, que compõem o biodiesel, e glicerina, cujo maior constituinte é o glicerol.
	Detalhando o processo, na primeira etapa ocorre pela reação entre a base (KOH) e o metanol produzindo alcóxido e água. O ataque nucleofílico do íon alcóxido se dá no carbono carbonílico deficiente em elétrons da molécula do triacilglicerol, resultando na formação de um intermediário tetraédrico. O rompimento da ligação entre carbono e oxigênio deste intermediário leva ao produto, éster metílico e ao diacilglicerol formado após a remoção do átomo de hidrogênio do metanol, para formar o íon metóxido e permitir a continuidade do processo (DELATORRE et al, 2011).
	O metanol foi escolhido para conversão do biodiesel devido ao tempo de reação reduzido, separação espontânea da glicerina dos ésteres metílicos e alta conversão dos triacilglicerídeos em ésteres. 
	O hidróxido de potássio age na reação como um catalisador, ou seja, ele faz com que o processo ocorra. Na transesterificação pode ser utilizado catalisadores ácidos, básicos ou até mesmo enzimas. A catálise básica é muito rápida, e leva a excelentes rendimentos, na maioria das vezes superior a 90% (DELATORRE et al, 2011).
	Durante a fase de separação constou-se que a reação produz um subproduto além do biodiesel: o glicerol, muito utilizado na indústria de fabricação de sabonetes, fazendo com que o custo do biodiesel seja diminuído com a venda da glicerina que é produzida no processo. 
	Após o tempo de espera para a decantação, os produtos da reação se dividiram em duas fases: biodiesel menos denso acima e glicerol mais denso abaixo. Para retirar o restante das impurezas do produto de interesse efetuou-se a lavagem utilizando água e algumas gotas de ácido clorídrico em baixa concentração, desse modo, a água arrasta as partículas e se deposita abaixo do glicerol, sendo retirada primeiramente. Feito isso, pode-se retirar o glicerol e posteriormente o produto final (biodiesel). O biocombustível foi levado novamente à chapa aquecedora, a fim de retirar parte a umidade da água, com isso pode-se observar a perda da turbidez, fazendo o líquido ficar mais translúcido e brilhante.
CONCLUSÃO
	Nos últimos tempos a poluição ambiental e o aquecimento global fez levantar a busca por novas fontes de energia biosustentáveis, a fim de minimizar os danos a natureza. O biodiesel surgiu nesse cenário como uma alternativa excelente, uma vez que as fontes convencionais como o petróleo, carvão e gás natural são limitadas e com previsão de esgotamento no futuro. 
	A prática foi útil para nos fazer enxergar os passos dessa produção em pequena escala, atribuindo os conhecimentos adquiridos em sala.
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANP. Biodiesel. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, 2017. Disponível em: <http://www.anp.gov.br/wwwanp/producao-de-biocombustiveis/biodiesel/>. Acesso em: 23 de ago. 2017.
RAMOS, L. P.; ZAGONEL, G. F.; COSTA NETO, P. R.; ROSSI, L. F. S. Produção de biocombustível alternativo ao óleo diesel através da transesterificação de óleo de soja usado em frituras. Química Nova, v. 23, no 4, 531 – 537, 2000.
DELATORRE, A. B. et al. Produção de biodiesel: Considerações sobre as diferentes matérias-primas e rotas tecnológicas de processos. Ciências Biológicas e da Saúde. Rio de Janeiro, v.1, n.1, p. 21-47, 2011.