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Plano de Aula: Aula 3 - Unidade 1 - Conceito, origem e Evolução da Ciência Atuarial, do Seguro e da Previdência LEGISLAÇÃO E GESTÃO ATUARIAL - GST1220 Título Aula 3 - Unidade 1 - Conceito, origem e Evolução da Ciência Atuarial, do Seguro e da Previdência Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 3 Tema Introdução ao Seguro: Origem e Evolução do Seguro Objetivos Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: Caracterizar seguro e previdência, apresentando sua origem e evolução no Brasil e no mundo; Conhecer os princípios consagrados no Brasil da Previdência Social. Estrutura do Conteúdo Origem e Evolução do Seguro Desde os primórdios, os seres humanos sempre viveram em sociedade. De uma forma ou de outra, sempre dependeram uns dos outros, seja no âmbito tribal, familiar ou de consumo. A Sociedade hoje nada mais é do que uma rede social que procura satisfazer as suas necessidades, através de uma vida coletiva, que nos obriga a nos completarmos mutuamente. Com essa visão de coletividade, para a segurança de si mesmo e dos seus, o homem sentiu a necessidade de um sistema que viesse a protegê-lo contra infortúnios que a vida viesse a oferecê-lo. Eventos que viessem a privá-lo dos seus meios de subsistência ou que causassem prejuízo de ordem econômica. Com essa preocupação, nasceu assim o sistema de Seguros e Previdência. A atividade de seguros decorre da necessidade de o indivíduo resguardar a si e/ou a seu patrimônio dos riscos inerentes ao cotidiano, os quais podem afetar negativamente a integridade dos bens envolvidos. Em tal contexto, objetivando minimizar possíveis perdas, o titular do bem trata de resguardar seu patrimônio de tais intempéries por meio do seguro. O seguro é uma operação que toma forma jurídica de um contrato, em que uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado ou beneficiário), mediante o recebimento de uma importância estipulada (prêmio), a compensá-la (indenização) por um prejuízo (sinistro), resultante de um evento futuro, possível e incerto (risco), indicado no contrato. (SOUZA, 2007, p.23). O seguro é a reposição das perdas. A compensação dos efeitos do acaso pela mutualidade, organizada segundo as leis da estatística, isto é, conforme as probabilidades. (CHAUFTON, 1884, APUD GARCIA, 2016). Sobre o conceito de seguro, Silva (1999, p.21) leciona que: [...] seguro é um plano social que combina risco de muitos indivíduos dentro de um grupo, atuarialmente prevê perdas e usa os fundos das contribuições dos membros dos grupos para efetuar o pagamento das indenizações, quando são devidas nas condições e termos de contrato. Nesse contexto, a International Association of Insurance Supervisors Associação Internacional de Supervisores de Seguros IAIS (2008) estabelece como princípio de seguros a obrigatoriedade de a seguradora fornecer as necessárias informações acerca dos riscos inerentes àquela atividade, senão vejamos: [...] a autoridade supervisora deve requerer que as seguradoras divulguem informações relevantes em tempo hábil para dar às partes interessadas uma visão clara sobre suas atividades de negócios exposição financeira, de forma a facilitar a compreensão dos riscos aos quais estão expostos. O mercado de produtos financeiros está cada vez mais globalizado e se torna indispensável a elevação padrão de informações contábeis ao padrão internacional. A origem do seguro no mundo ainda é bastante controvertida. Existem duas correntes no mundo, que divergem sobre a origem do seguro. Uma é a corrente histórica, que vislumbra o marco inicial do seguro, no instante em que surgiram acordos de proteção mútua entre as pessoas, parecidos com os seguros dos dias atuais. A outra é a corrente técnica, que diverge da corrente histórica, por apontar a ausência de várias características destes acordos, que identificam o seguro moderno (como contratos, valores pré - determinados, classificação dos riscos e etc). (SOUZA, 2007) Corrente Histórica x Corrente Técnica A corrente histórica, defende que a origem do seguro, remota há antiguidade nos anos antes de Cristo de maneira rudimentar e de caráter mutualístico.(GARCIA, 216) Segundo Garcia (2016), na Babilônia, por volta de 2.250 a.C. existiam caravanas de nômades que atravessavam o Oriente Médio até a Ásia em busca de especiarias. Durante a expedição, era muito comum que alguns dos nômades, perdessem seus camelos durante o trajeto, sendo eles po r morte devido às condições terrestres e climáticas e até mesmo por roubos durante o acampamento dessas caravanas. Conforme Ferreira (1985), alguns grupos combinavam entre si, de que, aquele proprietário que perdesse o seu camelo durante a expedição, teria o seu animal reposto e o valor seria rateado entre todos os homens que participavam da expedição. Nascia assim, o princípio do mutualismo, onde todos ajudavam todos de forma mútua. Para Souza (2007), o mutualismo é uma associação que visa suportar coletivamente as perdas de eventos individuais em vez de deixar o indivíduo sozinho, sofrendo todas as consequências isoladamente. Já o estado cria a primeira proteção de seguro em 1.700 a.c. instituindo de forma embrionária o Código de Hamurabi. Segundo Brasil (1985, p.172), grupos de navegantes, convencionavam entre si, que se um deles perdesse a embarcação, seria construída outra e entregue ao proprietário. Ficava acordado também, que se a perda da embarcação decorresse de viagem a locais distantes e ignotos (Local desconhecido, inexplorado), seria cessado o acordo entre o grupo. Era declarado, que a embarcação desaparecera, por culpa do dono. Era a culpa anulando o acordo. Em 800 a.C., foi criado na Grécia a Lei De Rodes, onde se repartia os prejuízos das emba rcações. Foram criadas também, diversas formas de associação, desde as religiosas e políticas, até as comerciais. Foram os gregos que criaram as primeiras sociedades de socorro mútuo, que continuaram existindo durante o Império Romano sob o nome de Collegia. Era sem fins lucrativos e reuniam indivíduos pertencentes às classes mais humildes com o propósito de cobrir as despesas funerárias que permitissem uma sepultura honrosa de seus associados (GARCIA, 2016) Com o fim do Império Romano e o início da Idade Média, as atividades de proteção mútua mudaram um pouco o seu foco e deixaram de ser uma forma familiar ou de pequenos grupos. Passaram a surgir então instituições de proteção, que nada mais eram que agremiações e associações econômicas, reunindo pessoas de mesma categoria de atividades ou de profissão. Segundo Azevedo (2008, p.90), no século X, existia uma modalidade muito comum de financiar as viagens e expedições de navio. A garantia do pagamento do empréstimo era o próprio navio e toda a carga transportada. Caso houvesse algum sinistro, cessava a obrigatoriedade do pagamento do empréstimo. Caso o navio chegasse ao porto de destino, o empréstimo era pago, acrescido de altíssimos juros náuticos. Essa prática foi condenada em 1234 pelo papa da época, Gregório IX, proibindo a sua prática utilizando- se da usura. Para burlar a proibição Divina, o emprestador passava a ser comprador do navio. Caso o navio chegasse ao porto de destino, quem vendeu o navio, desfazia do acordo e devolvia o dinheiro com um juro a título de indenização. A partir daí, a corrente técnica sugere a origem do seguro. (GARCIA, 2016) A corrente técnica defende que a primeira manifestação do seguro, deu -se no Século XIV, com a instituição do Seguro Marítimo. Os pioneiros desse tipo de proteção foram os italianos e os espanhóis. GARCIA, 2016) A navegação naquela época era uma aventura, devida à fragilidade dos navios e devido à pirataria. As expedições navais eram financiadas pelos reinos, que exigiam em troca, um segurocontra a perda financeira que aquela expedição poderia proporcionar. O primeiro contrato de seguro foi um seguro marítimo, descoberto em 1.347 em Gênova, na Itália. (GARCIA, 2016) No século XVII, em Nápoles, na Itália, surgiu às primeiras sociedades de socorros mútuos, embrião dos seguros de vida. O seguro só se estabeleceu da forma que é conhecido atualmente, na Inglaterra, durante a Revolução Industrial, quando foram criadas as primeiras sociedades de seguro. A mais famosa delas é a Lloyd, fundada em 1.687, dedicada aos seguros marítimos. É a mais tradicional companhia de seguros do mundo e se encontra em atividade até hoje.(SOUZA, 2007) Em 1728, também na Inglaterra é criada a primeira seguradora no ramo de incêndio, 62 anos após o grande incêndio de Londres, onde foram destruídas 18 mil casas e deixando 20 mil pessoas desabrigadas. Em 1782, registra-se a emissão de 3 mil apólices de seguro de vida, pela sociedade inglesa Equitable Society, criada em 1.762. A partir dessa data, surgiram as primeiras companhias seguradoras do ramo Vida (GARCIA, 2016) Os seguros sobre responsabilidade civil ganha força, em 1804, após a promu lgação do Código Civil por Napoleão Bonaparte, onde cita, em seu artigo 1383, cada um é responsável pelos danos que causa, não apenas por sua ação, mas também por sua imprudência ou sua negligência. (SOUZA, 2007) Seguro no Brasil No Brasil, a primeira companhia de seguros que se tem relato e da Companhia Boa Fé em 1808 e operava em seguro marítimo. Em 1855, era fundada a Companhia Tranquilidade, especializada em seguro de escravos, em que o dono era ressarcido financeiramente, caso houvesse a mortalidade dos seus escravos. A vigência desse seguro era de um ano e a indenização só era paga, caso o escravo tivesse entre 10 e 60 anos de idade, se fosse vacinado e as apólices excluíam a cobertura da morte, se fosse consequência de maus tratos (GARCIA, 2016) Na metade do século XIX, após um processo de industrialização e urbanização devido à cultura cafeeira, passa-se a ter uma expansão do mercado segurador brasileiro e despertando o interesse das seguradoras estrangeiras. Em 1932 surge o primeiro sindicato dos corretores de seguros no Rio de Janeiro. A profissão de corretor de seguros só foi regulamentada pela Lei n. 4.595 em 1964. Em 1939 é criado o Instituto de Resseguros do Brasil -IRB, tendo como proposta política, a proteção do mercado brasileiro contra a presença então maciça das companhias estrangeiras.(SOUZA, 2007) Resseguro nada mais é do que um seguro do seguro, onde uma seguradora repassa uma parte de um seguro para outra seguradora. Resseguro será assunto de capítulos posteriores. Em 1951 é criada no Rio de Janeiro, a Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização-FENASEG (SOUZA, 2007) Em 1966, o governo militar cria o Sistema Nacional de Seguros Privados -SNSP e criando posteriormente o Conselho Nacional de Seguros Privados -CNSP (com a incumbência de criar normas e diretrizes para o ramo de seguros e previdência privada) e a Superintendência de Seguros Privados -SUSEP (criada, com a função de controlar e fiscalizar os mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro). E em 1971 é criada a Fundação Escola Nacional de Seguros -FUNENSEG, com o intuito de promover o aperfeiçoamento do mercado de seguros por meio do desenvolvimento e da disseminação de conhecimento e da capacitação de profissionais e habilitando corretores de seguros. Origem e Evolução da Previdência A previdência surge após a promulgação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão durante a Revolução Francesa em 1789 no século XVIII. A Declaração citava que era dever do estado manter os meios de subsistência do cidadão, mesmo que ocorra algum infortúnio ou devido à própria velhice. Com isso, o estado passa a necessitar de meios de sistema de proteção, para manter financeiramente seus cidadãos após um período laborativo (GARCIA, 2016) Em 1883, surgem na Alemanha, leis instituindo Auxílio-doença, Seguro Invalidez e Seguro Velhice. Estes Benefícios visavam resolver casos de extrema miséria e de minimizar o sofrimento dos mutilados em guerra. No século XX, surge a primeira previdência estruturada em 1917 no México. Em 1935, surge a Previdência Social nos EUA, idealizada no Congresso do Social Security Actuaris (GARCIA, 2016) Em 1945, após a Segunda Grande Guerra Mundial, inicia-se o desenvolvimento da previdência social em todo o mundo. Hoje as previdências sociais em determinados países sofrem, devido sua composição demográfica, onde em alguns países a sua camada de pessoas jovens é praticamente igual a camada de pessoas mais velhas. Isso causa um impacto negativo com o aumento do número de benefícios. Previdência no Brasil A previdência surge no Brasil em 1554, como serviço de Assistência Social com a Criação da Santa Casa de Santos. (GARCIA, 2016) Em 1835 surgiu a primeira organização de previdência privada, o Montepio Geral, que se encontra em atividade até hoje. Em 1891, a Constituição estabeleceu a aposentadoria por invalidez, mas apenas para os servidores públicos. No Século. XX, o primeiro movimento de repercussão para a criação da Previdência Social no país é datado em 1906. Operários da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, se rebelaram contrários a Companhia, que queria descontar 30% dos salários para formar o fundo previdenciário. Os operários se rebelaram, pois queriam a contrapartida da empresa. Em 1923, através da Lei Eloy Chaves é introduzido o Regime Geral de Previdência Social no país, instituindo uma CAP-Caixa de Aposentadoria e Pensões, em cada empresa de estrada de ferro. (GARCIA, 2016) Entre 1923 e 1932, já existiam no Brasil, 183 CAP´s de classes como prestadores de serviços de força e luz, bondes, telefones, telegrafia, rádio, água e esgoto, mineração e funcionários de empresas portuárias. Em 1930, o governo preocupado em corrigir as distorções das CAP´s (que as vezes não eram adequadas as necessidades dos indivíduos) cria o Ministério do Trabalho, indústria e comércio e institui também as IAP´s-Institutos de Aposentadoria e Pensões para bancários, comerciantes e industriários. (GARCIA, 2016) As novas Instituições traziam alguns problemas, pois abrangiam apenas as classes de trabalhadores específicas e ainda traziam sistemas diferentes, por exemplo, nas Contribuições e no pagamento dos Benefícios, onde nem sempre as contribuições eram suficientes para o pagamento dos bene fícios e por isso acarretaram problemas. Em 1934, com a promulgação da Constituição por Getúlio Vargas, se estabeleceu o princípio da tríplice forma de custeio: Empregados, patrões e governo. Em 1941, o Conselho Atuarial do Ministério do Trabalho, apresentou um projeto de uniformização das taxas de contribuição e dos planos de benefício. Em 1946, com a nova Constituição democrática é criado o RGPS, onde se garante a todos os brasileiros e não apenas por categorias de profissionais, a proteção da Previdência Social. Mas as CAP e IAP continuaram a existir. Em 1960 é criado o Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Pela primeira vez, foi dado à Previdência Social o status de primeiro plano na vida nacional. Em 1966, devido a denúncias de corrupção nos institutos previdenciários, o governo militar criou o INPS - Instituto Nacional de Previdência Social unificando todos os institutos. (GARCIA, 2016) Em 1974, é criado o Ministério da Previdência e Assistência Social - MPAS, desmembrando do Ministério do Trabalho. Em 1988, a nova constituição surge com a expressão Seguridade Social, ampliando as áreas de atuação do Governo. Art.201: Previdência Social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória,observados critérios que preservem o Equilíbrio Financeiro e Atuarial e atenderá nos termos da lei à: I Cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II Proteção à maternidade, especialmente à gestante; III Proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; IV Salário-família e auxílio reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; V Pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. Em 1990, surge o INSS-Instituto Nacional de Seguridade Social. A legislação previdenciária sofre fortes alterações com a promulgação da Emenda Constitucional nº 20 em 1998 e a Emenda Constitucional nº 41 em 2003, onde as principais mudanças foram o aumento de idade para a concessão para a aposentadoria, fixação de teto para o pagamento de benefícios e a obrigatoriedade de contribuição para a aposentadoria. Os princípios consagrados no Brasil da Previdência Social são: A SOLIDARIEDADE: Alguns contribuem mais para ajudar os que ganham menos; A UNIVERSALIDADE DA COBERTURA, que não admite exclusão social; A UNIFORMIDADE E EQUIVALÊNCIA DOS BENEFÍCIOS, igualando direitos das populações urbanas e rurais; A SELETIVIDADE E DISTRIBUTIVIDADE na prestação de benefícios e serviços; IRREDUTIBILIDADE NO VALOR DOS BENEFÍCIOS, cujo princípio é não permitir a redução dos mesmos; EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO DO CUSTEIO, acentuando que as contribuições sejam feitas de acordo com a capacidade do contribuinte. Seguro-Saúde no Brasil O mercado de planos de saúde começou a se desenvolver, no Brasil, nas décadas de 40 e 50, quando empresas do setor público reverteram recursos próprios e de seus empregados para financiar ações de assistência à saúde. Mais tarde, a assistência médico-hospitalar foi incluída entre os benefícios oferecidos aos funcionários das recém-criadas empresas estatais (GARCIA, 2016) No setor privado, as indústrias do ramo automobilístico, sobretudo as estrangeiras, foram as primeiras a implantar sistemas assistenciais. A partir dos anos 50, começaram a surgir organizações de assistência à saúde, destinadas exclusivamente aos funcionários estaduais desprotegidos pela Previdência Social. Mas foi na década de 60 que os denominados convênios médicos entre empresas empregadoras e empresas médicas (cooperativas médicas e empresas de medicina de grupo), mediados pela Previdência Social, estimularam, decisivamente, o processo empresarial da medicina. O mercado foi se expandindo e, em 1988, a Cons tituição Federal, além de estabelecer a atribuição do Estado de assegurar o direito à saúde dos cidadãos pela criação um sistema nacional de saúde, garantiu o setor de assistência médico-hospitalar, permitindo a oferta de serviços de assistência à saúde pe la iniciativa privada, sob o controle do Estado. (GARCIA, 2016) No entanto, até a promulgação da Lei 9.656/98, que definiu as regras para o funcionamento do setor de saúde suplementar, o Estado brasileiro não dispunha dos instrumentos necessários para a re gulação do ramo de planos privados de assistência à saúde, já organizado e funcionando há décadas no país. A lei, que entrou em vigor em 3 de junho de 1998, instituiu diversas garantias aos usuários, tais como: Tornar obrigatório às operadoras o oferecimento do Plano Referência; proibir a rescisão unilateral de contratos e submeter à aprovação do governo os índices de reajuste anuais. Segundo o texto original da Lei 9.656/98, os contratos de prestação de assistência à saúde assinados antes da regulamentação do setor deveriam ser adaptados às novas regras em 90 dias da obtenção, pela operadora, da autorização de funcionamento. Em menos de 30 dias da aprovação da Lei dos Planos de Saúde, esse prazo foi dilatado para 15 meses da vigência da lei, em vista da imp ossibilidade de consecução por, inevitavelmente, acarretar aumento de preço em função da ampliação de cobertura assistencial, como determinado no texto legal. Pouco antes da conclusão do prazo definido na MP 1.685-1, a adaptação obrigatória dos contratos foi transformada em opção do consumidor pela MP 1.908-17. Desta forma, os contratos antigos passaram a ter validade por tempo indeterminado sem que, sob qualquer hipótese, pudessem ser transferidos a terceiros ou comercializados. O tema adaptação dos contratos voltou a ser intensamente debatido em 2003, após a manifestação do Supremo Tribunal Federal (STF) proferindo, em caráter liminar, despacho favorável à Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 1.931-98 impetrada pela Conferência Nacional de Hospitais e Estabelecimentos de Saúde (CNS) -, que questionou a constitucionalidade de retroatividade da Lei 9.656/98. Ficou definido, então, que os planos antigos só s eriam obrigados a cumprir o que consta no contrato. Em 2000 é criada a Agência Nacional de Saúde Suplementar ? ANS, no intuito de regulamentar o setor. Em dezembro de 2003, a ANS instituiu o Programa de Incentivo à Adaptação de Contratos com o objetivo de estimular a adequação dos contratos de planos de saúde firmados até 2 de janeiro de 1999, às regras e direitos assegurados pela Lei 9.656. Aplicação Prática Teórica Exercício 01: ( CESGRANRIO-2014 ? Petrobras). São princípios do Sistema previdenciário no Brasil: a) centralidade, hierarquização e seletividade b) exclusividade, complementaridade e participação c) equidade, proteção e distributividade d) universalidade, uniformidade e irredutibilidade e) diversidade, seguridade e recuperação Exercício 02: (CESPE-2010- INMETRO). Assinale a opção correta, com referência a previdência social no Brasil. a) A previdência social é uma política universal e de caráter não contributivo. b) A previdência social pública é obrigatória apenas para os trabalhadores brasileiros cujo vínculo seja com o setor público, porém, regido pela Consolidação das Leis Trabalhistas. c) A renda transferida pela previdência social é utilizada para substituir a renda do trabalhador contribuinte, somente quando ele perde a capacidade de trabalho, provocada pela invalidez ou idade. d) A previdência social brasileira despontou como política pública de caráter permanente com a Lei Eloy Chaves, inicialmente, na forma de caixas de aposentadoria e pensões vinculadas a certas em presas. e) O financiamento da seguridade social pública é de responsabilidade somente do Estado, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.Avaliação
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