Buscar

Unidade IXC_Aguas subterrâneas

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
Modulo III
Unidade IX
Águas subterrâneas
Universidade de Brasília
Curso: Geofísica
Disciplina: GEOLOGIA GERAL 
Prof. Natalia Hauser e Luciano Soares Cunha
II/2013 
*
Unidade IX: Águas subterrâneas
1-Ciclo hidrológico
2-Definição de água subterrânea
3-Importância
4-Distribuição da água subterrânea: zona de areação e zona de saturação.
5-Origem das águas subterrâneas: conceito de zona de recarga e zona de descarga.
6-Movimento da água subterrânea: conceitos de linhas equipotenciais e linhas de fluxo.
7-Porosidade e permeabilidade: Lei de Darcy. 
8-Aquíferos: tipos. 
9-Atividade geológica das águas subterrâneas: erosão, transporte e sedimentação.
10-Propriedades da agua subterrânea
11- Sistemas hidrogeológico
*
1- Ciclo hidrológico
*
Do total da água disponível na Terra, 2,5%é água doce. Desta percentagem cerca de 30%é água subterrânea e somente 0,3% é água que ocorre em rios e lagos.
*
2- Água Subterrânea: definição
A água subterrânea é a água que infiltra no subsolo e que está presente nos poros do solo, sedimentos (ex. areias) ou rochas. Para ser considerada água subterrânea a camada de solo ou rocha deve estar saturada em água.
Como a água do solo esta presente?
A água do solo está presente, principalmente, sob forma de vapor e pequenas gotas dentro dos espaços disponíveis. É a umidade do solo. Essa água é essencial no “processamento” químico e físico no solo para a vida das plantas.
*
Água subterrânea
“Toda a água que ocupa vazios em formações rochosas ou no regolito”
A infiltração é o processo mais importante de recarga da água no subsolo. 
*
*
3- Importância
a) Atividade geológica
1-A água subterrânea realiza trabalhos de erosão ao atacar quimicamente aos minerais das rochas.
2- Transporta íons dissolvidos na água
3- Deposita minerais por precipitação
b) Forma parte do ciclo hidrológico: parte dela é absorvida pelas plantas e jogada na atmosfera por transpiração. Outra parte alimenta os lagos, oceanos e lagunas.
c) Evita a erosão eólica...porque?
d) Amplamente usada em consumo humano e na agricultura.
*
4-Distribuição da água subterrânea: conceito de lençol freático
A água subterrânea se distribui em duas zonas:
1-Zona de areação
2-Zona de saturação
Essas zonas estão separadas pelo lençol freático
*
Em principio vocês só veriam isso.......um lago e uma montanha
*
E agora??? 
*
*
Encontra-se imediatamente por debaixo da superfície do terreno. Nesta zona a água encontra-se nas fissuras, gretas e nos poros das rochas rodeando como um fino filme os grãos minerais. O resto do espaço entre os grãos (a maior parte) e ocupado por ar.
1-Zona de areação (não saturada ou vadosa)
*
Três faixas são identificadas dentro da zona de areação:
1-Faixa de água de subsolo
Encontrada entre os poros das partículas do solo (entre 3-4 cm)
2- Faixa de água vadosa ou intermediaria
A água nesta parte se encontra em suspensão devido ao gotejamento da água desde a parte superior pela infiltração meteórica. Espessura varável
3- Faixa de água capilar
A água desta faixa deriva da zona de saturação. A água ascende desde a zona de saturação por forças capilares.
1-Zona de areação (não saturada ou vadosa)
*
*
*
Encontra-se imediatamente por debaixo da zona de areação. Nesta zona a água ocupa todo o espaço entre os grãos minerais. 
Pode alcançar os 600 metros de profundidade a partir dos quais começa a diminuir até os 16 km onde não existe água devido as pressões e temperaturas altas.
2-Zona de saturação
*
*
Lençol freático (LF)
É a superfície de separação entre a zona de areação e a zona de saturação.
Praticamente o lençol freático é uma replica do terreno suprajacente.
A profundidade do mesmo depende de:
1-Topografia
2- Clima
3- Espessura da rocha
Zona de saturação
Zona de areação
*
*
Lençol freático e clima: rios efluentes e influentes
Rios efluentes: rios cuja vazão aumenta para jusante. Esses rios são alimentados pelas aguas subterrâneas. Típico de regiões úmidas.
Rios influentes: rios cuja vazão diminui a jusante como consequência da recarga da água subterrânea pelo escoamento superficial. Típico de áreas áridas ou semiáridas.
*
5- Origem da água subterrânea
1- Infiltração de água nas denominadas zonas de recarga.
De aqui em frente a água seguira um caminho que a levara a encontrar a superfície num ponto de menor altitude.
2- A água encontra novamente a superfície na denominada zona de descarga.
A relação entre a quantidade de água que infiltra na Zona de Recarga e a que sai na Zona de Descarga fornece um parâmetro que chamamos de RESERVA
*
*
A água infiltrada percorre um caminho pelo subsolo, que depende de:
1-força gravitacional
2-características dos materiais presentes
3-diferencias de pressões entre dois pontos
Estes e outros fatores controlaram o armazenamento e o próprio movimento dessas águas subterrâneas.
*
O volumem e a velocidade de infiltração dependem dos seguintes fatores:
1-Tipo e condições dos materiais terrestres
2-Cobertura vegetal
3-Topografia
4-Precipitação
5-Ocupação do solo
*
6-Movimento da água subterrânea: conceitos de linhas equipotenciais e linhas de fluxo
Alem da força gravitacional o movimento da água subterrânea também é guiado pela diferencia de pressão entre dois pontos, exercida pela coluna de água suprajacentes aos pontos e pelas rochas adjacentes.
*
As diferencias de pressão são chamadas de potencial da água (potencial hidráulico) e promove o movimento da água subterrânea desde pontos com alto potencial hidráulico (como nas cristas do lençol freático ) para zonas de baixo potencial (como em fundos de vales ). 
 
 
 
*
A união de pontos com mesmo potencial hidráulico em subsuperfície define as linhas equipotenciais ( ) do lençol freático semelhantes a curvas de nível topográficas. 
O fluxo da água partindo de um potencial maior para outro menor define uma linha de fluxo, que segue o caminho mais curto entre dois potenciais diferentes, num traçado perpendicular as linhas equipotenciais ( ).
 
*
6- Movimento da água subterrânea
1- Como é o movimento das moléculas de água na zona de areação??
2- Como é o movimento das moléculas de água na zona de saturação???
As moléculas de água se movem verticalmente, por ação da gravidade.
As moléculas de água se movem lateralmente, que é a resultante da ação da gravidade (vertical) e do gradiente hidráulico (horizontal).
*
A água subterrânea se movimenta muito lentamente, aproximadamente 1.5 cm por dia ou 1.5 m por ano. 
Como será o fluxo, turbulento ou laminar?
Existem dois conceitos muito importantes vinculados com a velocidade das águas subterrâneas:
-Porosidade
-Permeabilidade
*
7- Conceitos de porosidade e permeabilidade: Lei de Darcy
*
a) POROSIDADE (φ) 
“É o termo utilizado para designar a razão existente entre os espaços vazios ou poros existentes no interior dos diferentes tipos de materiais (Vp) e o volumem total da rocha (VT) expressado em %”. 
P (%) = (Vp / VT) * 100
Primaria: é aquela porosidade adquirida durante a formação da rocha ígnea, metamórfica ou sedimentar.
Secundária: é aquela porosidade adquirida posteriormente à formação da rocha.
Porosidade < 5%, é baixa
Porosidade entre 5-15%, é moderada
Porosidade > 15%, é alta
*
Na natureza, é possível classificar cada material, segundo sua porosidade, em dois grandes grupos: 
os meios porosos propriamente ditos, que compreendem os materiais de porosidade granular ou de interstícios, representados por solos e sedimentos,
os meios fraturados, cuja porosidade é caracterizada por uma porosidade de fraturas, fissuras ou fendas, ocorrentes em rochas duras e compactas, tais como granitos, basaltos, gnaisses e outras rochas ígneas ou metamórficas.
*
*
Porosidade
Varia com.....
% de cimento
Grau de selecionamento
fraturamento
?
*
*
argilla
silte
areia
cascalho
porosidade
Retenção específica
Produção específica
*
*
b- Permeabilidade (cm/s) 
É a propriedade que o solo, sedimento ou rocha apresenta de permitir o escoamento de um fluido (seja água ou gás) através dele. Todos os solos o sedimentos são mais ou menos permeáveis.
A condição unanime para que exista permeabilidade é que os poros da rocha estejam interconectados.
A argila é muito porosa, mas ela é impermeável 
 Conglomerados e arenitos, são permeáveis
Cada rocha possui um coeficiente de permeabilidade denominado “Coeficiente de Darcy” (K)
*
O conhecimento do valor da permeabilidade é muito importante em algumas obras de engenharia, principalmente, na estimativa da vazão que percolará através do maciço e da fundação de barragens de terra, em obras de drenagem, rebaixamento do nível d’água, adensamento, etc.
Portanto, os mais graves problemas de construção estão relacionados com a presença da água.
*
*
*
Balanço de recarga e descarga
*
A velocidade do fluxo da água subterrânea......
Na metade do século XIX, Henri Darcy, engenheiro civil de Dijon, na França, propôs uma explicação para a diferencia das taxas de diferentes fluxos. Ele mediu as profundidades do nível de água em diferentes poços e mapeou as diversas elevações da superfície freática da região. Calculo a distância que a água percorre de um poço para outro e mediu a permeabilidade dos aquíferos. Girou algumas conclusões muito importantes e propus uma equação.
*
1- Para um aquífero específico e para uma determinada distância percorrida, a taxa na qual a água flui de um ponto para outro é diretamente proporcional ao desnível da superfície freática entre os dois pontos. Quando o desnível aumenta a taxa do fluxo também aumenta.
*
2- A taxa do fluxo de um aquífero específico, que tem um certo desnível, é inversamente proporcional à distância percorrida pelo fluxo de água. Com o aumento da distância, o fluxo diminui.
“Gradiente hidráulico”
*
Definição de gradiente hidráulico: Número adimensional que representa a inclinação da superfície piezométrica ao admitir-se que a Lei de Darcy se cumpre. 
Corresponde à razão entre as variações de carga hidráulica e o comprimento percorrido, na direção do fluxo. 
Na prática pode ser calculado através da diferença de potencial entre dois pontos, divididos pela distância lateral dos pontos: 
*
3- Darcy deduziu que a relação entre o fluxo e o gradiente hidráulico da água em um aquífero de arenito poroso deveria ser idêntica àquela da água que corre num cano aberto. Assim Darcy reconhecendo que a água se movimenta mais lentamente nos aquíferos incluiu uma constante na equação e que tem a ver com as características do material e com a viscosidade e densidade do fluido, que não e outra coisa que a ..... permeabilidade.
*
C- Lei de Darcy
Lei empírica que descreve o movimento da água subterrânea à escala macroscópica. Estabelece a relação entre o escoamento, a condutividade hidráulica e o gradiente hidráulico.
Q = A (K x h/l)
Volumem de água
Secção transversal do fluxo
Permeabilidade 
(condutividade hidráulica)
Distância percorrida pelo fluxo
Distância vertical
*
O Volumem de agua fluindo num certo tempo (Q) é proporcional a distância vertical (h) dividido pela distância percorrida (l). Os dois símbolos restantes são A, que é a área da secção transversal do fluxo da água, e K, a condutividade hidráulica (uma medida da permeabilidade). K também depende das propriedades do fluido, especialmente densidade e viscosidade, as quais são importantes ao lidar-se com outros fluidos que não seja a agua 
Q = A (K x h/l)
Volumem de água
Secção transversal do fluxo
Permeabilidade 
(condutividade hidráulica)
Distância percorrida pelo fluxo
Distância vertical
*
*
*
*
*
Quais seriam as propriedades (porosidade/ permeabilidade) de um conglomerado? 
Alta porosidade e alta permeabilidade
*
Quais seriam as propriedades (porosidade/ permeabilidade) de um granito? 
Baixa porosidade e baixa permeabilidade
*
Pode nomear um sedimento ou rocha com alta porosidade e baixa permeabilidade??
*
Pode nomear um sedimento ou rocha com baixa porosidade e alta permeabilidade??
*
8- Aquíferos
Unidade geológica (formação ou grupo) saturada, constituída de rocha ou sedimento, suficientemente permeável (> 5X10-3 Darcy, ou 5x10-8 m/s) para permitir a extração de água de forma econômica e através de técnicas convencionais.
Geralmente o aquífero possui a capacidade de armazenar uma grande quantidade de água, mas de transmiti-la de forma lenta.
*
*
Tipos de Aquíferos: podem ser classificados tendo como base a porosidade e a pressão.
A) Com relação a porosidade
- Aqüífero Poroso ou Sedimentar (contínuo)
- Aqüífero Fraturado ou Fissural (descontínuo)
Aqüífero Cárstico (descontínuo)
B) Com relação a pressão
- Aqüífero Livre ou Freático
- Aqüífero Confinado
 Aqüífero Semi-Confinado
C) Tipos Especiais:
- Aqüífero Suspenso
*
Com relação a porosidade:
Aquífero Poroso ou Sedimentar (Contínuo):
Formado por rochas Sedimentares consolidadas, sedimentos inconsolidados ou solos arenosos.
Melhores aqüíferos – volume e extensão
Aqüífero Fraturado ou Fissural (Descontínuo):
Formado por rochas ígneas, metamórficas ou cristalinas, duras e maciças que tenham fraturas, fendas e falhas abertas.
Volume baixos – Circulação ao longo de fraturas –
Aqüífero Cárstico – Karst - (Descontínuo):
Formado em rochas calcárias ou carbonáticas. Circulação – fraturas e outras descontinuidades – dissolução
Podem atingir grandes dimensões
*
A água armazena-se nos interstícios das formações geológicas (poros, cavidades, fissuras, etc.)
Aquífero poroso–aquífero que contém poros resultantes dos arranjos dos grãos (e.g. areias)
Aquífero cársico–aquífero que contém cavidadesoriginadas por dissolução da rocha que permitem uma circulação rápida da água (e.g.calcários)
Aquífero fracturado ou fissurado–aquífero cuja porosidade e permeabilidade estão fundamentalmente relacionadas com fraturas que afeitam o material de suporte (e.g.granitos)
*
Aqüífero cárstico:
Formado em rochas calcárias ou carbonáticas. Circulação – fraturas e outras descontinuidades – dissolução
*
Tipos de Aquíferos: podem ser classificados tendo como base a porosidade e a pressão.
A) Com relação a porosidade
- Aqüífero Poroso ou Sedimentar (contínuo)
- Aqüífero Fraturado ou Fissural (descontínuo)
Aqüífero Cárstico (descontínuo)
B) Com relação a pressão
- Aqüífero Livre ou Freático
- Aqüífero Confinado
 Aqüífero Semi-Confinado
C) Tipos Especiais:
- Aqüífero Suspenso
*
Com relação a pressão
1) Aquífero Livre ou Freático
Camada superficial, aflorante em toda a sua extensão e limitado na base por camada impermeável e na superfície pelo lençol freático.
Possuem recarga direta desde a superfície, são os mais explorados e mais vulneráveis.
Profundidade de saturação depende das precipitações
*
2) Aquífero Confinado
Camada permeável confinada entre duas camadas impermeáveis ou semipermeáveis (semi-confinado). Representam situações mais profundas, ate vários milhares de metros de profundidade, onde a agua esta sob ação da pressão não somente atmosférica, mas também de toda a coluna de agua localizada no estrato permeável. 
Pressão do topo maior que a pressão atmosférica – artesianismo
Recarga – zonas de afloramentos das camadas
*
Artesianismo
 Em determinadas situações geológicas, aquíferos confinados dão origem ao fenômeno do artesianismo, que origina poços jorrantes, chamados de artesianos. Neste caso a agua penetra no aquífero confinado em direção as profundidades crescentes, onde sofre a pressão hidrostática crescente
da coluna de agua entre a zona de recarga e um ponto em profundidade. 
Quando nos perfuramos um aquífero deste tipo, a água sobe, pressionada por esta pressão hidrostática, jorrando naturalmente
Condições para a formação:
1- sequencia de estratos inclinados, onde pelo menos um estrato permeável encontra-se entre estratos impermeáveis 
2- situação geométrica em que o estrato permeável intercepte a superficie permitindo a recarga de água nessa camada.
*
Artesianismo
 O poço ao perfurar esse aquífero, permite a ascensão da agua pelo principio dos vasos comunicantes, e agua jorra na tentativa de atingir a altura da zona de recarga.
A altura do nível da agua no poço corresponde ao nível potenciométrico da agua.
Quando ocorre a conexão entre um aquífero confinado em condições artesianas e a superfície, através de descontinuidades, como faturamento, falhas ou fissuras, formam-se nascentes artesianas.
*
*
Aqüíferos livres e confinados
*
Aqüíferos livres e confinados
*
Tipos de Aquíferos: podem ser classificados tendo como base a porosidade e a pressão.
A) Com relação a porosidade
- Aqüífero Poroso ou Sedimentar (contínuo)
- Aqüífero Fraturado ou Fissural (descontínuo)
Aqüífero Cárstico (descontínuo)
B) Com relação a pressão
- Aqüífero Livre ou Freático
- Aqüífero Confinado
 Aqüífero Semi-Confinado
C) Tipos Especiais:
- Aqüífero Suspenso
*
*
Tipos especiais
1) Aquífero suspenso
São acumulações de agua sobre aquítardes na zona insaturada, formando niveis lentiformes de aquíferos livres acima do lençol freático principal. 
*
Aqüífero livre
*
Que acontece se eu fazo um poço em……?
A
B
D
C
*
*
Que acontece se esse poco é bombeado??
*
*
Que acontece se um novo poço e feito aqui?
*
Flow direction can change
*
Definicões:
-Aquicludo–formação ou corpo geológico que, embora contendo água no seu interior, por vezes até à saturação, não permite a sua circulação, tornando impossível a sua exploração.
Aquífero–formação geológica que contém água e a pode ceder em quantidades economicamente aproveitáveis.
Aquífero confinado–aquífero cujo tecto e muro são constituídos por aquicludos. A superfície piezométrica situa-se acima do respectivo tecto e a pressão da água é sempre superior à pressão atmosférica.
Aquífero livre–aquífero que não é limitado superiormente por uma camada impermeável. O limite superior é o constituído por uma superfície de saturação onde a água está à pressão atmosférica.
Aquitardo–formação geológica que contém apreciável quantidade de água mas a transmite muito lentamente, tornando impossível a sua exploração directa.
Coeficiente de armazenamento–razão entre o volume de água cedido por uma coluna de aquífero de secção unitária, sob a acção de uma descida do nível piezométrico e o valor dessa descida.
Condutividade hidráulica–parâmetro que expressa a permeabilidade de um meio.
Nível piezométrico–é o nível a que a água de um aquífero se encontra à pressão atmosférica. Coincide com a superfície freática de um aquífero livre.
*
Furo artesiano–furo que intercepta um aquífero artesiano (confinado).
Furo artesiano repuxante–é o furo em que a água sai espontaneamente sem necessidade de bomba.
Lei de Darcy–lei empírica que descreve o movimento da água subterrânea à escala macroscópica. Estabelece a relação entre o escoamento, a condutividade hidráulica e o gradiente hidráulico.
Permeabilidade–Num sentido qualitativo expressa a maior ou menor facilidade com que um meio se deixa atravessar por um dado fluído.
Porosidade–razão entre o volume de vazios, ocupados por água ou ar, de um material e o seu volume total.
Transmissividade–é o produto da condutividade hidráulica horizontal pela espessura do aquífero.
*
*
*
9-Atividade geológica das águas subterrâneas: 
erosão, 
transporte e 
sedimentação.
*
Formas do relevo cárstico
Karst (carste)
Região ou terreno com feições características de processos de dissolução de rochas como o calcário, com drenagem subterrânea, cavernas e dolinas.
A região cárstica, do ponto de vista hidrológico e geomorfológico, apresenta 3 componentes interdependentes: 
1 - sistema de cavernas; 2 - condutos e rios subterrâneos; 3 - relêvo cárstico com feições superficiais como dolinas, drenagem descontínua e seca, bocas de cavernas,..
 Os seguintes termos são utilizados: exocarste - relevo superficial do karst; endocarste - rede hídrica subterrânea, sistema cavernícola associado; 
*
Formas do relevo cárstico
*
Feições erosivas produzidas pela agua subterrãnea ácida em regiões de carste:
1- cavernas
2- Algar
3- Dolinas
4- Polje
5- Lapiaz
6- Torres de carste
*
*
Reação que controla a dissolução o deposição de rochas carbonáticas
Ação do ácido húmico presente no solo:
CaCO3 (s) + 2H+(ag) → Ca++ (ag) + CO2 (g) + H2O
ácido húmico 
Solução ácida resultante da extração de componentes orgânicos do solo ou do sub-solo, humus, por soluções aquosas percolantes.
Controle da Temperatura: água quente pode conter mais CO2 em solução, mais agressiva. 
*
1-Cavernas
O principal testemunho geológico subterrâneo do carste são as cavernas. Formadas pela água ácida que atinge a zona freática e dissolve a rocha ao longo das rachaduras originais. 
Quando o nível freático se rebaixa naturalmente devido à dissolução e aumento de permeabilidade de camadas inferiores, essas galerias se esvaziam. 
*
*
2- Algar
Cavidade natural de desenvolvimento predominantemente vertical.
Estes podem ser de duas gêneses: 
algar de dissolução: tem a forma de um poço, derivando da dissolução do calcário na vertical
algar de abatimento: tem a forma de um sino, uma vez que a sua origem se deve ao abatimento da sala de uma galeria.
*
3- Dolinas
São depressões fechadas de formato aproximadamente circular, formadas pela dissolução da rocha no terreno abaixo dela ou também por desmoronamento do teto de cavernas. 
As dolinas variam muito de tamanho, de pouco mais de um metro de diâmetro e pequena profundidade a grandes crateras com centenas de metros de diâmetro, podendo atingir grandes profundidades. 
*
*
Uma vez que as dolinas são formadas podem ser recobertas por solo e vegetação. 
Em alguns casos, se o solo for suficientemente impermeável, elas podem se manter parcialmente inundadas, originando pequenos lagos. 
*
Dolinas
*
100 m across
One day
Due to water table lowering
Now an urban lake.
Dolinas em áreas urbanas
*
4- Polje
 O polje é uma amplia planície formada por causa estruturais e/o por união de dolinas
*
5- Lapiás
Testemunhos superficiais da dissolução da rocha. De forma geral são grandes blocos de tamanhos variados que se estendem lado a lado e cobrem grandes áreas. Os lapiás normalmente são formados pela dissolução da rocha em seus pontos de entrada, ou fraturas. A rocha que inicialmente possuía rachaduras, se abre cada vez mais e acaba por se separar em blocos. 
*
*
*
Os lapiás apresentam ranhuras ou caneluras (Karren) que evidenciam o caminho da água.
*
6- Torres karsticas geradas em regiões de alta erosão
*
Deposição 
As águas subterrâneas depositam as substancias minerais solúveis embaixo da superfície do terreno, nos poros, fraturas e cavernas. 
Depósitos químicos:
-Estalactitas
-Estalagmitas
Colunas
*
A ação da água não se encerra após o esvaziamento das galerias e salões. A carstificação neste caso passa a ser construtiva. Os minerais removidos da rocha sobre a caverna, ao precipitarem e cristalizarem criam espeleotemas, as formações rochosas típicas das cavernas, entre as quais as mais conhecidas são os estalactites e estalagmites.
Espeleotema (Do grego "depósito de caverna") ou concreção é o nome genérico de todas as formações rochosas que ocorrem tipicamente no interior de cavernas
como resultado da sedimentação e cristalização de minerais dissolvidos na água. 
*
*
Estalactites
São formações que pendem do teto verticalmente. Formadas por gotículas de água que penetram o teto da caverna por pequenas fissuras. 
Quando ocorre liberação de CO2 a solução fica saturada e o mineral se precipita, formando um anel na área de contato da gota com o teto, fixando-se à rocha. Quando a gota cai, uma nova porção de água toma seu lugar. 
O novo anel mineral se junta ao anterior. Esse processo ao longo dos séculos cria tubos cilíndricos com 2 a 9mm de diâmetro interno, que se estendem verticalmente em direção ao solo.
Estalactite
*
Estalagmites
Uma parte do mineral cai junto com a gota de água e se precipita no chão. O lento acúmulo provocado pela seqüência de gotas provoca o surgimento de estalagmites, que também crescem verticalmente em direção ao teto. 
Em geral as estalagmites não têm um canal interno e costumam ter a ponta arredondada e o formato aproximadamente cilíndrico, mas também podem ser cônicas, em espiral ou com discos, como uma pilha de pratos. Podem ter mais de um metro de diâmetro e vários metros de comprimento. 
*
Quando as estalactites e estalagmites se encontram, surge uma coluna.
Na maior parte dos casos, há uma estalagmite para cada estalactite
*
*
É possível obter datações radiométricas de uma espeleotema pelo método U-Th.
Informação para reconstruir o paleoambiente e a evolução tectônica de uma região
*
10-Propriedades da Água Subterrânea
Temperatura: temperatura média anual variações com o grau geotérmico
2) Composição Química: depende do tipo de rocha ou sedimento, grau de alteração das rochas
*
*
3) Cor: substâncias dissolvidas na água – MO; Fe
- azulada: quando pura;
- arroxeada: rica em ferro;
- negra: manganês;
amarelada: ácidos húmicos
4) Odor e Sabor: depende do teor e tipo de sais
Dissolvidos
*
5) Turbidez: provocada por sólidos em suspensão (silte, argila, Material orgânico)
6) Condutividade Elétrica: facilidade de condução de corrente elétrica - está relacionada com o conteúdo de sais
7) Dureza:- Águas duras são: incrustantes, produzem grandes consumos de sabão, além de dificultar o cozimento.
*
8) pH: a maioria das águas subterrâneas tem valores de 5,5 até 8,5. Em casos excepcionais podem variar de 3 até 11.
*
11-Sistemas hidrogeológicos
*
*
*
Tipos de aqüíferos e geologia
*
*
*
Esse Aqüífero possui água de excelente qualidade, extraída através de poços artesianos e semi-artesianos, utilizada no abastecimento de centenas de cidades de médio e grande porte. 
Sua importância é estratégica, uma vez que o volume aproveitável de água é de 40 km3/ano superando em 30 vezes a demanda de cerca de 15 milhões de pessoas que vivem em sua área de ocorrência. 
Na prática, isso significa que o aqüífero em questão tem uma reserva potencial para abastecer toda a população brasileira por cerca de 2.500 anos, tornando-se assim, de vital importância para as gerações futuras do Cone Sul. 
*
*
Cunha Salina:
- intrusão marinha
- causas: água doce mais leve que água do mar
- Equilíbrio dinâmico entre o fluxo de água doce e marinha
*
A exploração intensiva de água subterrânea dos AQUÍFEROS COSTEIROS pode gerar uma invasão progressiva da água do mar, resultante do avanço da interface água doce-água salgada, de que resulta uma contaminação salinada água subterrânea captada nos furos. 
*
Salinização de poços por causa da retirada excessiva de água subterrânea, oceano e laguna com água salgada
*
Fim
O Zoom da câmara é fantástico!!!!
*

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais