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6.3 Modelo IS LM BP

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Modelo IS-LM-BP
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 1
Macroeconomia em Economia Aberta
O modelo IS-LM-BP:
Produto, taxa de juros e taxa de câmbio.
Políticas fiscal e monetária
Prof. Carlos Henrique Horn
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Faculdade de Ciências Econômicas
Departamento de Economia e Relações Internacionais
ECO-02/236 – Teoria Macroeconômica I
Estrutura da exposição
Referência: Blanchard (2011): cap. 20
O capítulo examina:
• A determinação do produto, da taxa de juros e da taxa de câmbio 
por meio da extensão do modelo IS-LM para economia aberta 
(modelo de Mundell-Fleming).
• O papel da política econômica sob taxas de câmbio flexíveis e fixas.
Tópicos:
1. Equilíbrio no mercado de bens.
2. Equilíbrio nos mercados financeiros (incluindo câmbio).
3. Equilíbrio IS-LM em economia aberta: produto, taxa de juros e taxa 
de câmbio.
4. Política econômica sob taxas de câmbio flexíveis.
5. Política econômica sob taxas de câmbio fixas.
2
Modelo IS-LM-BP
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 2
Equilíbrio no mercado de bens
Relação IS
3
• No capítulo anterior, encontramos a seguinte condição de 
equilíbrio no mercado de bens:
Y = C(Y – T) + I(Y,r) + G + X(Y*,ε) – IM(Y,ε)/ε
( + ) (+,–) (+ , –) (+,+)
• Dado que:
NX(Y, Y*, ε) = X(Y*, ε) – IM(Y, ε)/ε
• Reescrevemos a relação IS:
Y = C(Y – T) + I(Y,r) + G + NX(Y, Y*,ε)
( + ) (+,–) (–,+,–)
Principal implicação: tanto a taxa real de juros, como a taxa real de 
câmbio afetam a demanda e o produto.
Equilíbrio no mercado de bens
Relação IS
4
• Vamos introduzir duas simplificações no modelo:
– O nível de preços doméstico (P) e o nível de preços estrangeiro (P*) 
são dados, de modo que ε e E variam juntas. Mais ainda: se fizermos 
(P/P*) = 1, podemos escrever: ε = E.
– Com o nível de preços doméstico dado, não há inflação. Logo, 
escrevemos: r = i.
• Com estas duas simplificações, temos a seguinte condição de 
equilíbrio:
Y = C(Y – T) + I(Y,i) + G + NX(Y, Y*,E)
( + ) (+,–) (–,+,–)
Modelo IS-LM-BP
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 3
Equilíbrio nos mercados financeiros
Relação LM
5
• Escolha entre moeda e títulos:
A demanda por moeda nacional é principalmente uma demanda de 
residentes domésticos.
Mantemos a relação LM:
(M/P) = Y.L(i)
• Escolha entre títulos domésticos e títulos estrangeiros:
O ponto a considerar no equilíbrio nos mercados financeiros em 
economia aberta é a escolha entre títulos domésticos e títulos 
estrangeiros.
Equilíbrio nos mercados financeiros
Condição de paridade de juros
6
• Hipótese: investidores procuram a taxa de retorno mais alta.
Para considerações sobre risco e liquidez, ver seção Foco, p. 378. 
• Investidores são indiferentes entre títulos domésticos e títulos 
estrangeiros (relação de arbitragem) sob a seguinte condição (vista 
no ponto 6.1, capítulo 18):
(1 + it) = (1 + i*t)(Et/Eet+1)
Esta é a condição de paridade de juros.
• Multiplicando ambos os lados por Eet+1 e reordenando:
Et = [(1+it)/(1+i*t)]Eet+1
Modelo IS-LM-BP
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 4
Equilíbrio nos mercados financeiros
Condição de paridade de juros
7
• Consideremos Eet+1 como dada e expressa por Ēe:
Et = [(1+it)/(1+i*t)]Ēe
• A taxa de câmbio atual depende da taxa de juros interna, da taxa de 
juros externa e da taxa de câmbio futura esperada:
– Aumento em it leva a aumento em Et (apreciação).
– Aumento em i*t leva a diminuição em Et (depreciação).
– Aumento em Ēe leva a aumento em Et (apreciação).
• Vamos examinar o exemplo da p. 380-381.
Equilíbrio nos mercados financeiros
Condição de paridade de juros
8
• Exemplo: escolha entre títulos USA e títulos Japão.
Seja: i = i* = 5%; E = Ēe = 100 (¥/US$ = 100).
Condição de paridade de juros é satisfeita.
• Caso 1: expectativa de apreciação do US$
Suponha uma nova expectativa: Ee = 110.
Títulos USA tornam-se mais atraentes do que títulos Japão.
Então: investidores vendem ¥ e compram US$.
US$ aprecia. Quanto? E = (1,05/1,05)110 = 110.
Conclusão: movimento de capitais em busca de maior 
rentabilidade leva à condição de paridade de juros.
Modelo IS-LM-BP
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 5
Equilíbrio nos mercados financeiros
Condição de paridade de juros
9
• Caso 2: aumento da taxa de juros interna
Suponha: i = 8% (devido a contração monetária).
Títulos USA tornam-se mais atraentes do que títulos Japão.
Então: investidores vendem ¥ e compram US$.
US$ aprecia. Quanto? E = (1,08/1,05)100 ≈ 103.
Conclusão: movimento de capitais em busca de maior 
rentabilidade leva à condição de paridade de juros.
• Sob a premissa de que, quando a taxa de juros interna aumenta, a 
taxa de câmbio esperada não se altera (ou: apreciação hoje leva a 
depreciação esperada no futuro), um aumento em i relativamente 
a i* leva a uma apreciação.
Equilíbrio nos mercados financeiros
Relação de paridade de juros
10
Modelo IS-LM-BP
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 6
Equilíbrio IS-LM em economia aberta
11
Temos:
• Equilíbrio no mercado de bens (relação IS):
Y = C(Y – T) + I(Y,i) + G + NX(Y, Y*,E)
• Equilíbrio nos mercados financeiros (relação LM):
(M/P) = Y.L(i)
• Condição de paridade de juros:
Et = [(1+it)/(1+i*t)]Ēe
Podemos simplificar o modelo ao substituir a condição de paridade de 
juros na relação IS:
Y = C(Y – T) + I(Y,i) + G + NX(Y, Y*, [(1+it)/(1+i*t)]Ēe)
Equilíbrio IS-LM em economia aberta
12
• Considerando a relação IS, variações na taxa de juros i possuem 
dois efeitos:
– Efeito direto sobre o investimento (I): aumentos em i levam a 
reduções em I, na demanda Z e no produto Y (e vice-versa).
– Efeito em NX por meio da taxa de câmbio (E): aumentos em i levam à 
apreciação da moeda doméstica, que torna os bens domésticos mais 
caros, reduzindo NX, Z e Y (e vice-versa).
• Dados T, G, Y*, i* e Ēe, as curvas IS e LM determinam um equilíbrio 
conjunto de produto (Y) e taxa de juros (i) nos mercados de bens e 
financeiros.
Dada a taxa de juros de equilíbrio, haverá uma taxa de câmbio de 
equilíbrio informada pela condição de paridade de juros.
Modelo IS-LM-BP
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 7
Equilíbrio IS-LM em economia aberta
13
Política econômica sob taxas de câmbio flexíveis
Política fiscal em economia aberta
14
• Suponha que, partindo de um orçamento equilibrado, o governo 
resolva aumentar os gastos com defesa sem aumentar impostos.
Curva IS desloca para a direita.
• O que acontece com juros, produto e câmbio?
– Produto (Y) aumenta: aumento na demanda leva a um nível de 
produto maior.
– Taxa de juros (i) aumenta: aumento no produto, dada a oferta de 
moeda, leva a aumento na taxa de juros.
– Taxa de câmbio (E) aumenta: aumento na taxa de juros leva a 
aumento na taxa de câmbio (apreciação), pois os títulos domésticos se 
tornam mais atraentes.
Modelo IS-LM-BP
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 8
Política econômica sob taxas de câmbio flexíveis
Política fiscal em economia aberta
15
Política econômica sob taxas de câmbio flexíveis
Política monetária em economia aberta
16
• Suponha uma contração monetária (ΔM < 0).
Curva LM desloca para a esquerda.
• O que acontece com juros, produto e câmbio?
– Taxa de juros (i) aumenta: redução no estoque de moeda leva a 
aumento na taxa de juros.
– Taxa de câmbio (E) aumenta: aumento na taxa de juros leva a 
aumento na taxa de câmbio (apreciação), pois os títulos domésticos se 
tornaram mais atraentes.
– Produto (Y) diminui:aumentos na taxa de juros e na taxa de câmbio 
levam a uma diminuição na demanda e a um nível de produto menor.
Modelo IS-LM-BP
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Política econômica sob taxas de câmbio flexíveis
Política monetária em economia aberta
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Política econômica sob taxas de câmbio fixas
Taxas de câmbio flexíveis e taxas de câmbio fixas
18
• Taxas de câmbio flexíveis: países não têm metas de taxa de 
câmbio, as quais se ajustam conforme o equilíbrio de mercado.
• Taxas de câmbio fixas: países têm metas de taxas de câmbio.
– Variações dentro de intervalos (bandas) em torno de uma paridade 
central.
Aumento é valorização. Redução é desvalorização.
– Minidesvalorizações (crawling peg) em países com taxa de inflação 
superior à taxa de inflação externa.
– Atrelamento da moeda doméstica a uma moeda de referência.
Fixa a relação de troca entre a moeda doméstica e uma moeda de referência.
Modelo IS-LM-BP
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Carlos Henrique Horn 10
Política econômica sob taxas de câmbio fixas
Política monetária sob taxas de câmbio fixas
19
• Ponto central: ao decidir operar com taxas de câmbio fixas
(digamos, atrelamento), um país precisa adotar medidas para que 
a taxa escolhida prevaleça.
• Suponha que o país atrele sua taxa de câmbio a uma taxa Ē (logo Et
= Ē). Se os mercados esperarem que essa taxa prevaleça, temos que 
Eet+1 = Ē.
• Dada a condição de paridade de juros:
(1 + it) = (1 + i*t)(Et/Eet+1)
Temos:
(1 + it) = (1 + i*t) ou it = i*t
Sob taxa de câmbio fixa e perfeita mobilidade de capitais, a taxa de juros interna 
deve ser igual à taxa de juros externa.
Política econômica sob taxas de câmbio fixas
Política monetária sob taxas de câmbio fixas
20
• Suponha um aumento no produto que aumente a demanda por 
moeda. O que acontece?
– Em economia fechada, BC pode manter inalterado o estoque de 
moeda, o que leva a um aumento na taxa de juros.
– Em economia aberta com taxa de câmbio flexível, BC pode fazer o 
mesmo, o que leva a um aumento na taxa de juros e a uma apreciação 
da moeda doméstica.
– Em economia aberta com taxa de câmbio fixa, BC não pode deixar 
que a moeda doméstica aprecie (e que a taxa de juros interna 
aumente). Portanto, obriga-se a aumentar a oferta de moeda para 
impedir a apreciação (desloca a curva LM).
O país abre mão da política monetária como instrumento de política 
econômica. Política monetária é passiva.
Modelo IS-LM-BP
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Política econômica sob taxas de câmbio fixas
Política fiscal sob taxas de câmbio fixas
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• Suponha uma expansão fiscal. O que acontece?
– Curva IS desloca para a direita. Há um aumento no produto (Y) e, por 
causa do aumento na demanda de moeda, na taxa de juros (i).
– Porém, em economia aberta com taxa de câmbio fixa, o Banco Central 
não pode deixar a moeda apreciar. Isto ocorreria em face do aumento 
em i.
A fim de evitar a apreciação, o Banco Central deverá acomodar o 
aumento no produto e na demanda de moeda por meio de expansão 
monetária que leve a taxa de juros a seu nível inicial.
Com isso, o aumento no produto é ainda maior, capturando a 
totalidade do efeito do deslocamento da curva IS.
Sob taxas de câmbio fixas, a política fiscal tem mais poder
do que sob taxas de câmbio flexíveis.
Política econômica sob taxas de câmbio fixas
Política fiscal sob taxas de câmbio fixas
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