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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS LILIAN SAMANTHA LOPES DA SILVA TSUJII Resenha sobre as causas originárias do subemprego no mundo – Keynes 1931 O objetivo do texto é analisar as causas que originaram a crise. Entre 1924 e 1925, a principal característica desse período foi a capacidade de endividamento para propósito de novos investimentos à elevadas taxas de juros, elevadas para os padrões pré-guerra, as quais nunca foram ganhas na história. Nos EUA, houve crescimento dos investimentos entre as décadas de 25 e 28. Os Estados Unidos se tornou financiador internacional (comprador estrangeiro), no mundo houve enormes programas de expansão de capital, construções, reconstruções de empresas de utilidades públicas. Na Grã-Bretanha, teve a semiestagnação, retorno ao padrão ouro com a libra valorizada, houve investimentos, mas perdeu- se a capacidade exportadora e declínio dos investimentos no exterior, poupanças em excesso ao investimento, sofrendo deflação. Para Keynes, sobre o “boom” de investimento, embora muitos investimentos ruins acontecessem, a sociedade estava mais rica pela gama de construções de 1935-1929 e houve expansão concentrada, aumento da produtividade em alimentos e matérias primas-ciências e crescimento acelerado em diversas áreas, setores e produtos. Segundo ele, o “boom” inflacionário foi em pouca dimensão, foi um período de enormes ganhos de eficiência, poucos ganhos para fatores de produção e maior para os empresários, e defende que não houve inflação nos preços dos bens de consumo. De acordo com Keynes, a causa dos prejuízos dos empresários, da redução do produto e emprego, se deve pela drástica redução de investimento, e afirma também que a queda do investimento começou em 1929, e precedeu a queda dos lucros dos negócios, vindo antes da crise da Bolsa de Nova York. Keynes defende que o investimento caiu devido causas complexas: taxas de juros muito elevadas, sendo que os tomadores de empréstimos não esperariam ganhar o suficiente dos novos investimentos para pagar suas obrigações; os investimentos que pudessem ganhas essas taxas no início, ao longo do tempo a elevação da oferta de bens de capital tornaria os ganhos menores com taxas de juros exigindo juros menores para expansão futura; o esforço do FED para controlar o “boom” em Wall Street estava elevando taxas de juros nos EUA, para todos os tipos de tomadores; a consequência desse dinheiro caro estava gerando contrações de crédito do resto do mundo e com a capitalização da Bolsa, os compradores americanos de títulos no exterior se voltaram para especulação doméstica. “Uma vez que o investimento cai em volume significativo, cada declínio precipita novos declínios e, elevados níveis de lucro caem, e os preços dos bens de consumo de bens, a queda do produto leva as desinvestimento em Working capital; a queda nos lucros diminui a atratividade dos investimentos e a queda nos preços e a interrupção do canal de crédito, torna o crédito caro justamente no momento em que empréstimos baratos são necessários para o investimento. Portanto a queda no nível de investimento é a razão para a situação atual, se o nível de investimentos declina, então o nível de lucros também declina” – afirma Keynes. Para Keynes, o severo declínio do investimento é responsável pela situação atual do mundo: queda do produto, do emprego, lucros e preços. Outro argumento: os empresários pagam salários, aluguéis e juros as fatores de produção, alguns empresários estão produzindo bens de consumo e outros bens de capital, a soma dos custos de produção representa a renda agregada da comunidade, a renda dos fatores de produção, os indivíduos na forma de consumidores gastam uma parte da renda na aquisição de bens de consumo, outra parte da renda é poupada, colocada em máquina financeira, esta máquina habilita um conjunto diferente de pessoas a encomendar e pagar pela aquisição de bens de capital novos e o gasto agregado nestes bens, Keynes chama de “valor do investimento corrente”. Os fluxos de dinheiro vão para os empresários, a lucratividade depende do faturamento ser maior que os custos de produção. Os custos de produção são iguais a renda da comunidade que é igual ao consumo mais a poupança e o faturamento é igual ao faturamento de bens de consumo e empréstimos do sistema financeiro que permitiram a compra de bens de capital. Quando o valor do investimento é maior do que as poupanças dos fatores, as receitas dos empresários são maiores do que os custos de produção, de forma que os empresários lucram, quando os lucros são elevados, a máquina financeira estimula o investimento ainda mais, facilitando empréstimos para aquisição de bens de capital, permitindo que os lucros sejam mais elevados. Quando cai o investimento, consequentemente caem os lucros. As poupanças tendem a variar no começo das crises e não variar ou variar no sentido certo quando a crise está perto do fim e a comunidade está pobre. Para restaurar o emprego é preciso restaurar o nível de lucros e para restaurar o lucro precisa-se moldar o volume de investimentos. Para terminar a crise não há base segura de retornar à prosperidade sem a recuperação do investimento fixo, em um nível que exceda a poupança. Para reestabelecer, a solução é a redução das taxas de juros a longo prazo e a recuperação da confiança do mundo econômico, incentivando o endividamento com base em expectativas sobre o futuro. Essa confiança surge com a melhora nos lucros. Se o objetivo é diminuir o desemprego, deve-se aumentar os lucros com a elevação do investimento frente à poupança do público, que deve elevar o nível de preços; restaurar a confiança dos tomadores e emprestadores, dentre outras coisas. Portanto, de acordo com Keynes o principal objetivo é regular para que o investimento – encomenda de novos bens de capital seja o mais próximo possível da poupança do público.
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