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CONSTITUCIONAL I

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AV1
DIREITO CONSTITUCIONAL I 
Constitucionalismo é como se denomina o movimento social, político e jurídico e até mesmo ideológico, a partir do qual emergem as constituições nacionais.
Quadro Histórico das Constituições Brasileiras
	CONSTITUIÇÃO
	VIGENCIA EM ANOS
	
	1824
	65
	
	1891
	39
	DEMOCRATICA 
	1934
	3
	DEMOCRATICA
	1937
	8
	
	1946
	20
	DEMOCRATICA
	1967
	2
	
	EC/1/1969
	18
	
	1988
	22
	DEMOCRATICA
A Constituição de 1824 Em 1808, tendo em vista a ocupação das terras portuguesas pelas tropas napoleônicas, a família Real Portuguesa se transfere para o Brasil, passando a colônia brasileira a ser designada Reino unido a Portugal e Algarves, em 9 de janeiro de 1822, desrespeitando a ordem da corte portuguesa, que exige seu retorno imediato na tentativa de efetivar a recolonizacao brasilieira, D.Pedro I, tendo recebido diversas assinaturas coletas pelos “liberais radicais”, disse, “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, Estou pronto! Digam ao povo que eu fico”, conhecido como o dia do Fico.
A Constituição política do império do Brasil foi outorgada em 25 de março de 1824, ou seja ela foi imposta, marcada por forte centralismo administrativo e político, tendo em vista a figura do Poder Moderador, constitucionalizado, e também o unitarismo e absolutismo, Também se entende por Unitarismo, um sistema político que preconiza a maior centralização do poder, já o absolutismo: Sua características básicas eram a concentração de poder nas mãos dos reis, uso da violência pelo governo, falta de liberdades e total controle social. 
Algumas Características importantes do texto de 1824 podem ser destacadas:
Governo: Monárquico, hereditário, constitucional e representativo
Território: as capitanias hereditárias tornaram-se províncias
Dinastia Imperante: a do Senhor D Pedro I, imperador e Defensor Perpetuo do Brasil.
Religião Oficial do Império: Católica Apostólica Romana. Todas as outras
Capital do império brasileiro: com ato adicional 16, de 12/08/1834 a cidade do Rio de Janeiro foi transformada em Município Neutro ou município da corte.
Organização dos Poderes: seguindo as idéias de Benjamin Constant, não se adotou a separação tripartida de Montesquieu.
Poder Legislativo: exercida pela assembléia geral, com a sanção do imperador, que era composta de duas câmara: câmara de deputados e câmara de senadores ou senado. A câmara dos deputados era eletiva e temporária.
Eleições para o Legislativo: Indiretas
Sulfrágio: censitário, ou seja, baseava-se em determinadas condições econômicas financeira de seus titulares
Poder Executivo: a função executiva era exercida pelo imperador chefe do poder executivo, por intermédio de seus ministros de estado.
Poder Judiciario: o denominado “Poder Judicial” era independente e composto de juízes e jurados. Os juízes aplicavam as leis, os jurados se pronunciavam sobre os fatos, aos juízes era assegurada vitaliciedade.
Poder Moderador: sem duvida, foi o “mecanismo” que serviu para assegurar a estabilidade do trono do imperador durante o Reinaldo no Brasil.
Insurreição popular: durante o império diversos movimentos populares eclodiram seja por causas separatistasm, seja por melhores condições sociais, destacando-se 
Cabanagem
Farroupilha
Sabinada
Balaiada
Revolução Praieira
Por forte influencia das revoluções francesas e Americanas,  configurando a idéia de constitucionalismo liberal, a constituição de 1824 continha importante rol dos Direitos Civis e políticos. Sem duvida influenciou as declarações de direitos e garantias das constituições que se seguiram. Vale lembrar que o decreto 114 de 23/05/1821 já proibia a prisão arbitraria, não previsto ainda como Habeas Corpus, mais tutelou a liberdade de locomoção. 
A Constituição de 1824 A Assembléia constituinte foi eleita em 1890, em 24 de fevereiro de 1891, Primeira constituição da republica federativa do Brasil é Promulgada, sofrendo pequena reforma em 1926 e vigorando até 1930, vale ressaltar que a constituicao de 1891 teve como relator o Senador Rui Barbosa, e sofreu forte influencia da constituicao norte-americana de 1787, consagrando o sistema de governo presidencialista, a forma do estado Federal, abandonando o unitarismo e a forma de governo republicano em substituição a monárquica.
Nos termos do Art. 1º. Da Constituição de 1891, a Nação Brasileira adotou, como forma de Governo, sob o regime representativo, a Republica Federativa, proclamada em 15 de novembro  de 1889. Declarou ainda a união perpetua e indissolúvel das antigas províncias, transformando-as em Estados Unidos do Brasil e vedando, assim,a possibilidade de secessão ( qual seja, separação, segregação do pacto federativo )
Distrito Federal: capital do brasil, tendo por sede a cidade do Rio de Janeiro: nos termos do art. 2º da constituicao de 1891, o antigo Município Neutro.
Aqui não há mais religião oficial: com o decreto n 119-A de 07/01/1890 o Brasil passa ser um pais laico, os cemitérios que eram controlados pela igreja passaram a ser controlados pelos municípios, houve a proibição do ensino religioso nas escolas publicas, não se invocou no preâmbulo da constituição a expressão “sob a proteção de Deus” para promulgação.
Organização dos Poderes: o Poder moderador foi extinto, adotando-se a teórica clássica de Montesquieu da tripartição dos poderes, Legislativo, Executivo e Judiciario, harmônicos e independentes entre si. No tocante as garantias constitucionais, na constituicao de 1891 houve expressa previsão, pela primeira vez no constitucionalismo pátrio, do remédio constitucional do habeas corpus.
Reforma de 1926 A Reforma foi marcada por conotação nitidamente racionalista, autoritária, introduzindo alterações no instituto de intervenção da união aos Estados. 
A Revolução de 1930 – Segundo Governo Provisório da Republica A Chamada republica velha tem o seu fim com a revolução de 1930, que instituiu o Governo Provisorio nos termos do Decreto n. 19.398, de 11.11.1930 levando Getulio Vargas ao Poder. 
A Constituição de 1934 A crise econômica de 1929, como referido, bem como os diversos movimentos sociais por melhores condições de trabalho, sem duvida, influenciou ma promulgação do texto de 1934, abalando, assim, os ideais do liberalismo econômico e da democracia liberal constitucional de 1891.
Por isso que a doutrina a firma que o texto de 1934 sofreu forte influência da constituição de weimer, da Alemanha de 1919, evidenciando assim, os direitos humanos de segunda geração ou dimensão e a perspectiva de um estado social de direito. Dentre as novidades dos remédios constitucionais, destacamos a previsão, pela primeira vez, do mandado de segurança ( art. 113, n. 33 ) e da ação popular ( art. 113 n 38 )
A Constituição de 1937 Getulio Vargas foi eleito e empossado para governar de 1934 ate 1938. Contudo, durante esse período, um forte antagonismo foi percebido entre o direito facista de um lado destacando ( AIB – Ação Integralista Brasileira ), defendendo um estado autoritário, e o movimento de esquerda de outro, destacando idéias socialistas, comunistas e sindicais ( em especiais a formação, em 1935, da aliança nacional libertadora ANL ).
Era o inicio do que Vargas intitulou de “nascer da nova era”, outorgando-se a constituição de 1937, influenciado por ideais autoritários e fascista, instalando a ditadura ( “estado novo” ), que so teria fim com a redemocratização pelo texto de 1945, e se declarando, em todo o País, o estado de emergência. A Carta de 1937, elaborada por Francisco Campos foi intutulada “Polaca”, em razão da influencia sofrida pela constituição polonesa fascista de 1935
Forma de Governo: nos termos do art 1º o Brasil é uma Republica
Forma de Estado: é um estado Federal, constituído pela união indissolúvel dos Estados, do Distrito Federal e dos Territorios.
Distrito Federal: Capital Rio de Janeiro, nos termos do Art. 7
Organização dos Poderes: Tripartição de Montesquieu continuou mantida
Poder Legislativo: Poder Legislativo seria exercido pelo parlamentonacional com a elaboração do conselho da economia nacional e do presidente da republica.
Sufragio Indireto: Mandato de 4 anos
 A Constituição de 1946 A entrada na Guerra fez com que Vargas perdesse importante apoio, situação essa materializada na publicação, em 24 de outubro de 1943, do “Manifesto dos Mineiros”, carta assinada por intelectuais que apontava a contradição entre a política interna e a externa.
Forma de Governo Republicano
Forma de Estado Federativa
Capital da União: o Distrito federal continuou como a capital da União. Cabe lembrar, contudo, a previsão do art. 4º do ADCT
Inexistência de religião oficial: Continuou o Pais leigo
Organização dos “Poderes”: a Tripartição foi estabelecida
Poder Legislativo: Era exercido pelo congresso nacional, que se compunha de representantes do povo, eleitos segundoo sistema de representação proporcional, pelos estados, pelo distrituo federal e pelos territórios, para mandato de 4 anos. 
O Golpe Militar de 1964 Jango foi derrubado por um movimento militar que eclodiu em 31/03/1964 tendo sido acusado de estar a serviço do “comunismo internacional”. Instalava-se assim  uma nova ordem revolucionaria no Pais.
O General Costa e Silva, o Brigadeiro Francisco Correia de Melo, militares vitoriosos constituíram o chamado supremo comando da Revolução e em 09/04//1964, baixaram o Ato institucional n.1, de autoria Francisco campos, com muitas restrições a democracia, 
O comando poderá decretar estado de sitio
Conferia-se poder de aposentar civis e militares
Suspender direitos políticos, mandatos legislativos estaduais, municipais, excluída a apreciação judicial desses atos.
O AI n. 2/65 estabelecia eleições indiretas para presidente  e vice-presidente da republica, foi seguido pelo  3 que também estabeleceu no âmbito nacional.
O congresso nacional foi fechado em 1966, sendo reaberto posteriormente nos termos do AI n. 4/66 para aprovar a constituição de 1967.
Em conclusão pode-se dizer que o Golpe Militar de 1964 foi suplantado.
A constituição de 1967 Destacamos algumas características, “nas palavras de Pedro Lenza”.
Forma de Governo: Republica
Forma de Estado: aproxima-se de um Estado unitário centralizado do que federativo, devido ao “golpe militar”
Inexistência de Religião Oficial: continuou o Brasil a ser um pais laico ou leigo, sem religião oficial.
Organização dos “poderes”: havia ainda a tripartição dos poderes, porem na pratica havia um só.
Declaração de direitos: havia exagerada possibilidade de suspensão de direitos políticos por 10 anos, nos termos do art. 151, houve a previsão de se tornar perdida a propriedade par fins de reforma agrária, mediante a pagamento de indenização com títulos da divida publica.
 AI-5, de 13/12/1968
O mais violento ato já baixado pela ditadura, perduraria até a sua revogação pela EC n 11, de 17/10/1678, fixando as seguintes atrocidades.
Concedia poder ao Presidente da República para dar recesso a Câmara dos Deputados, Assembléias Legislativas (estaduais) e Câmara de vereadores (Municipais). No período de recesso, o poder executivo federal assumiria as funções destes poderes legislativos;
Concedia poder ao Presidente da República para intervir nos estados e municípios, sem respeitar as limitações constitucionais;
Concedia poder ao Presidente da República para suspender os direitos políticos, pelo período de 10 anos, de qualquer cidadão brasileiro;
Concedia poder ao Presidente da República para cassar mandatos de deputados federais, estaduais e vereadores;
Proibia manifestações populares de caráter político;
Suspendia o direito de habeas corpus (em casos de crime político, crimes contra ordem econômica, segurança nacional e economia popular).
Impunha a censura prévia para jornais, revistas, livros, peças de teatro e músicas.
Constituição de 1969 – EC, n 1 Dado o caráter revolucionário, podemos considerar a EC n. 1/69 como a manifestação de um novo poder constituinte originário, outorgando uma nova Carta, que “constitucionalizava” a utilização dos Atos Institucionais. Nos termos do seu art. 182m manteve em vigor o AI-5 e todos os demais atos baixados. O mandato do presidente foi aumentado para 5 anos, continuando a eleição ser indireta. De 1969 a 1974 foi marcado por “forte inflação e grave crise econômica”, que trouxe uma pequena ilusão de pontos positivos do novo regime.
Em seguida, tivemos o pacote de junho de 1978, destacando:
A revogação total ao AI-5
A suspensão das medidas que, com base no AI-5, cassaram direitos políticos;
A previsão da impossibilidade de suspensão do congresso nacional pelo presidente da republica, eliminando, assim, alguns podres presidenciais.
Constituição de 1988 Durante o governo de Sarney, o pluripartidarismo foi ampliado, legalizando os partidos do PCB e o PC do B surgindo novos como o PSDB ( dissidência de membros do PMDB ) e o PL ( Partido Liberal ), formado por ideais neoliberais do empresário. Outro avanço foi a erradicação da “famigerada” censura a imprensa. O sindicalismo se consolidou CUT e CGT.
Era a solidificação da transição do antigo regime e a “nova republica”. Em 1989 depois de 25 anos de regime de exceção, o povo elegia, pelo voto direito, em dois turnos, Fernando Collor de Mello, tendo em vista os vários escândalos de corrupção a cama dos deputados autoriza a abertura de impeachment, logo em seguida Collor renuncia ao mandato e os Senadores aprovam sua inabilitação. Nos termos do preâmbulo da CF/88, foi instituído um Estado Democrático destinado a assegurar os seguintes “valores supremos”, de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacifica das controvérsias 
O exercício dos direitos sociais e individuais
A liberdade
A segurança
O bem-estar
O desenvolviemnto
A igualdade
A justiça
Sendo democrático e liberal, a constituição de 1988 que sofreu forte iinfluencia da consittuicao de Portugal de 1976, foi a que apresentou a maior legitimidade popular.
Forma de Governo: Republica, confirmada pelo plebiscito do art 2º  do ADCT
Sistema de Governo: Presidencialista
Capital Federal: nos Termos do Art 18, §1, Brasilia é a Capital Federal
Inexistencia de Religiao Oficial: O Brasil é um pais leigo ou laico
Sem religião oficial.
Organização dos Poderes: Foi retomada a Triparticao dos poderes  de Montesquieu, buscou-se o maior equilíbrio dos freis e contrapesos
Poder Legislativo: Bicameral com legislatura de 4 anos
Poder Executivo: Exercido pelo presidente da republica, após a EC 16/97 como visto o Mandato é de 4 anos permitindo apenas uma releeicao.
Constituição Rigida: Exite um processo de alteração  mais arduio, mais solene e mais dificultoso do que o processo de alteração das demais leis especiais normativa e daí rigidez constitucional.
ESPECIES LEGISLATIVAS
 As leis complementares são normas infra-constitucionais com a particularidade de tratarem unicamente sobre questões já abordadas pela Constituição, mas ainda não esgotadas. Portanto, uma lei complementar tem a função de tratar detalhadamente um tema abordado superficialmente na Constituição.
Leis Ordinárias (leis comuns) São leis infra-constitucionais do cotidiano, surgem de acordo com avanços científicos, tecnológicos, culturais, morais, políticos e históricos, assim como crises e retrocessos que os envolvem.
Leis Delegadas Seriam leis comuns, se não fosse pela particularidade de serem editadas pelo Presidente da República (Poder Executivo).
Medidas Provisórias São atos presidenciais com força temporária de lei. Estes só podem ser editados em caso de relevância e urgência nacionais, é o antigo decreto-lei.
Decretos Legislativos São atos do poder legislativo que visam complementar ou regulamentar uma lei carente de condições de aplicabilidade (um decreto legislativo está para uma lei, assim como uma lei complementar está para a Constituição).
Resoluções São atos do Poder Legislativo que respondem a consultas oficiais realizadas pelo Poder Executivo (é o mesmo que ato de resolver).Portanto, dependem sempre de consulta prévia. Estas são espécies normativas que tal qual prevê nossa Constituição deverão compor a infra-constitucionalidade. No entanto, vale recordar que caso qualquer espécie normativa fira, desacate um princípio, um valor ou uma regra da Constituição, está deverá ser declarada inconstitucional pelo STF e as normas inconstitucionais não têm validade pois são expulsas do sistema jurídico em razão da supremacia constitucional.
 Pirámide de Hans Kelsen 	
CF
Emendas constitucionais
Lei complementar / Lei ordinária
Medidas provisórias
Resoluções
Decretos
Atos normativos
TEMOS 4 GERAÇOES DE DIREITOS
1.Direito mínimos-> vida/ liberdade/ igualdade -ESTADO LIBERAL
2.Direitos sociais-> individuais/ educação/ saúde- ESTADO SOCIAL
3.Direitos sociais coletivos-> meio ambiente/ direito do consumidor- ESTDO SOCIAL
4.Cibernetica-> Engenharia genética- ESTADO NEOLIBERAL
ELEMENTOS DE ESTADO
O povo que é o conjunto de pessoas submetidas à ordem jurídica estatal, que compreende o nacional residente e o que está fora dele.
Território é o elemento material, espacial ou físico do Estado. Compreende a superfície do solo que o Estado ocupa, seu mar territorial e o espaço aéreo (navio, aeronaves,embaixadas e consulados “fictos”).
Governo é a organização necessária ao exercício do poder político.
Soberania é o poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro de seu território a universalidade de suas decisões nos limites dos fins éticos de convivência. A soberania do Estado não reconhece poder igual, superior ou concorrente na ordem interna ou internacional.No Brasil a soberania popular é exercida por meio do sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos) (Art.1º c/14 CF).
 EVOLUÇÃO DE ESTADO 
Antes de adentramos, definitivamente, no tema proposto pelo presente artigo, é importante analisarmos o Estado sob sua gênese, elementos, caracteres. Só assim, conseguiremos ter noção de sua importância em nossa vida, estando o mesmo inserido em todos os momentos, intermediando as relações interpessoais, sociais, políticas e jurídicas.
Spengler afirma que "a história universal é a história dos Estados", e Goetz que o "Estado é o centro essencial da vida histórica", ou seja, o Estado é inerente à própria natureza humana, apesar de não ser esta uma posição unânime em relação à gênese estatal, conforme veremos oportunamente. Aristóteles já afirmara em tempos idos que o homem é um animal político, ou zoon politikon.
Mas por que surgiu o Estado? Qual a teleologia estatal? Quando nascemos, e até mesmo antes, já estamos sob a égide estatal, mas por quê? Diversas correntes dissertam sobre os fins do Estado. Para Leonard Nelson, autor que despertou grande interesse na Alemanha do pós-guerra com sua obra, A Ciência do Direito sem Direito, obra esta que defende um retorno ao direito natural, o fim do Estado é assunto de extrema importância para a Teoria do Estado.
Já Georg Jellinek, afirma que tal assunto perdeu sua importância no século vinte, apesar de ter tido importância no século dezenove. Leonard Nelson ataca justamente esta posição, no que é apoiado pelo jurista espanhol González Vicén, quem ficou bastante conhecido pela sua doutrina do que podemos chamar, grosseiramente, de "eterno retorno do direito natural", afirmando que o direito natural sempre retorna à consciência dos povos sempre que há alguma transformação, crise social.
Para Hans Kelsen, a discussão acerca dos fins do Estado não carecia de fundamentos. O jurista de Viena afirmava que tal discussão estava fora do âmbito da Teoria do Estado.
Com essas considerações iniciais, já temos uma noção da importância do Estado, e a imensidão dos apaixonados debates gerados na Teoria do Direito. Tal introdução se faz útil e necessária para que possamos entender o Estado e sua importância em nossa vida, visto o mesmo estar para o homem mesmo antes de sua vida, estipulando diretrizes, dirimindo conflitos, administrando interesses e o próprio bem público!
Conceito e origem Podemos conceituar o Estado como sendo "o povo politicamente organizado", porém tal conceituação jamais conseguirá descrever e demonstrar a imensa faceta e sua importância. Fazendo uma comparação com Santo Agostinho, se pensarmos o Estado saberemos como o mesmo é, já se nos perguntarmos o que o mesmo é, não saberemos responder de maneira clara e definitiva.
O Estado é a mais complexa das organizações sociais, sendo resultado de elevado desenvolvimento humano, alguns autores situam seu aparecimento com seu contorno atual, nos tempos modernos, apesar de as cidades grega e romana já apresentarem características semelhantes, como nos mostra Fustel de Coulanges em sua obra, A Cidade Antiga.
Em todos os momentos sentimos a mão estatal em nossas vidas, seja ao sermos compelidos a respeitar uma norma, seja ao pagarmos um tributo, seja ao atendermos a uma intimação judicial, dentre inúmeras outras situações presentes em nosso dia-a-dia.
Jorge Miranda afirma que o nascimento do Estado se prende às vicissitudes políticas por que passou a sociedade no início dos tempos modernos. Com o início das lutas religiosas na Idade Média, a insegurança forçou que fosse instituído "algo" acima das facções em conflito. O rei passaria de um apoiador de um determinado grupo para ser um soberano acima das partes, neutro em si.
Deste modo, podemos afirmar que o Estado surge para o homem, e não o homem para o Estado. Este é fruto, como dissemos alhures, de um estágio avançado de evolução social, tornando-se clara a importância de o eleitor, o cidadão interferir em sua vida, seja através do voto, seja cobrando de nossos representantes, atitudes efetivas que transformem, melhorem nossa realidade, ou seja, através dos institutos jurídicos do processo político-democrático, fundamento basilar do Estado Democrático de Direito.
O termo "Estado" advém do latim status, significando ordem, estado. Tal denominação nem sempre foi usada, só sendo aceita a partir dos séculos dezesseis e dezessete. Na Grécia Antiga, os gregos usavam a expressão polis para denominar a sociedade política. Já para os romanos, o termo usado era civitas. Na Idade Média eram utilizados os termos principados, reino, enquanto que para os povos germânicos, reich e staat.
A palavra Estado, com seu significado atual, foi usada pela primeira vez em nossa literatura política por Nicolau Maquiavel em sua obra Il Príncipe, obra essa publicada no ano de 1531: "todos os Estados, todos os domínios que tiveram e têm poder sobre os homens, são estados e são ou repúblicas ou principados" (in: MAQUIAVEL, Nicolau, O príncipe, Coimbra, Atlântida Ed., 1935, p.7).
 Teorias acerca da origem estatal Diferentes doutrinas tentam explicar a origem do Estado. As mais importantes são a doutrina teológica, a doutrina do contrato social e a doutrina jusnaturalista, as quais, a partir de agora, dissertaremos.
1. Doutrina teológica: para esta corrente, o Estado é criação divina, como obra da vontade de Deus. Tem seus expoentes em Santo Tomás de Aquino, Jacques Bossuet e Santo Agostinho. Tal doutrina apoiou ideologicamente o Estado Absolutista, fortalecendo-o ainda mais, como exemplo, o soberano Luís XIV, quem afirmou "o Estado sou eu", sustentando que o poder do monarca lhe fora concedido por Deus, tendo esse a obrigação de dar satisfação unicamente a esse Deus por seus atos, ou seja, o monarca era investido em um poder ilimitado.
Toda a cerimônia religiosa que acontecia quando eram os reis investidos no poder, era "abençoada" pela unção divina aos soberanos, não eram os homens que conferiam poderes ao rei, mas sim o próprio Deus.
A doutrina teológica subdivide-se em "teoria pura do direito divino sobrenatural" e "teoria do direito divino providencial". A "teoria pura do direito divino sobrenatural" defendia a tese de que o próprio Deus indicava o homem ou família que deveria exercer o poder estatal. Enquanto que a "teoria do direito divino providencial" defendia a tese de que o Estadofora instituído pela providência divina, providência esta que o dirigia de maneira indireta, através de acontecimentos e da vontade humana.
2. Doutrina do jusnaturalismo: surgida no final da Idade Média, defendia a idéia de que o Estado encontra fundamento na própria natureza humana, havendo precedência do direito natural em relação ao direito positivo. Há um fundamento anterior às leis humanas, que é o próprio direito do homem como criação de Deus, sendo essa a essência do direito natural, apesar das suas muitas conceituações e significações surgidas durante sua história. Tal essência é comum a todas referidas conceituações.
O direito natural é inerente à própria natureza, sendo o conjunto de regras morais que estão incutidas na própria alma humana, como por exemplo, os direitos à vida, à felicidade, à segurança, ao respeito, dentre outros.
3. Doutrina contratualista: para o contratualismo, que na verdade não é uma só doutrina, existindo, conforme veremos à frente, diferentes correntes, o Estado é originado de um acordo de vontades, onde cada um cede parcela de seus direitos individuais em prol de todo o grupo. São autores da doutrina contratualista, entre outros, Thomas Hobbes, John Locke, Jean-Jacques Roussseau e Samuel Pufendorf com sua doutrina do duplo contrato.
3.1.Doutrina contratualista de Thomas Hobbes: filósofo empirista inglês, Thomas Hobbes nasceu no ano de 1588 na cidade de Westport, publica em 1642 a obra De Cive, em 1651 publica em Londres a obra O Leviatã, obra de extrema importância para os estudos sobre o Estado. Hobbes defende o estado natural e o estado político; no estado natural, o poder de cada um é medido pela sua força efetiva, ou seja, o mais forte é superior ao mais fraco, neste estado temos seu "o homem é lobo do próprio homem" (homo homini lupus), o homem é sociável por acidente, e não por natureza, ele se sociabiliza para manter sua integridade.
O Leviatã é um monstro bíblico narrado no Livro de Jó, que dizimava a população ribeirinha do Rio Nilo. Para Hobbes o homem não é um ser social, sua sociabilidade é forçada em prol de sua própria segurança, pois somente o Estado poderá garantir a liberdade e a integridade do homem.
No estado de natureza, o homem resolver criar, artificialmente, a instituição do governo. Nesse estado, o homem não busca apenas satisfazer sua natureza, ele também é movido pela vaidade, assim ao ofender e querer se sobrepujar ao outro, cria-se nesse outro um sentimento de vingança, gerando assim, um círculo vicioso que sempre produzirá mazelas para o próprio homem. É um estado infeliz, pois o homem desejará apenas a submissão do outro e não a sua morte, pois se o outro morrer acabará o seu prazer em demonstrar poder, já antecipando traços de uma visão hegeliana.
3.2.Doutrina contratualista de John Locke: nascido em 1632, na cidade de Wrington, sudoeste da Inglaterra, filho de burgueses comerciantes, Locke presenciou um momento bastante conturbado na história inglesa, a Revolução Gloriosa, ocorrida em 1688/1689. É importante ressaltar que as idéias de Locke foram bastante importantes no desenrolar da Revolução.
Locke segue a doutrina contratualista de Hobbes, porém discorda em relação ao absolutismo, refutando, através de sua pena, nos Primeiro e Segundo Tratado, a tese do cientista política Robert Filmer, autor que defende o absolutismo em sua obra O Patriarca, alegando Filmer que tal absolutismo remonta suas origens a Adão e Eva. Locke afirma que não há nenhum direito que dê a Adão ou Eva qualquer autoridade sobre o mundo.
Locke afirma que no estado de natureza todos são iguais, estando subordinados apenas às regras divinas, defendendo a posição de que qualquer pessoa pode castigar uma transgressão que esteja sofrendo por parte de outrem, buscando a reparação dos danos sofridos.
Ele critica, assim, veementemente o absolutismo, dizendo que é melhor viver em estado de natureza, onde todos são iguais, do que sob a égide do absolutismo. Os homens, assim, resolvem viver em sociedade pelo seu próprio consentimento. No estado de natureza, os indivíduos possuem direitos inalienáveis, como o direito à vida, à liberdade e à propriedade.
3.3.Doutrina contratualista de Jean-Jacques Rousseau: nascido no ano de 1712, em Genebra na Suíça, sua mãe faleceu pouco tempo após seu nascimento, fato este que marcou bastante o jovem Rosseau.
Rousseau defende o fato de que determinadas capacidades do homem só podem ser desenvolvidas numa comunidade política onde estejam presentes princípios democráticos, sua reflexão crítica em relação a doutrinas anteriores de contratualismo (Hobbes e Locke), são apresentadas no seu Discurso sobre a Origem da Desigualdade entre os Homens. Para Rousseau, o contrato social é importante como processo de humanização, pois onde havia homens astutos e egoístas, passam a existir patriotas e cidadãos. A vontade geral tem por objetivo o bem comum, sendo essa inalienável, indivisível. O Estado rousseniano é um Estado de liberdade e justiça, que garante a cada um seus direitos em decorrência da própria natureza do poder político e de seu exercício democrático.
A formação do Estado Moderno Não havia até os séculos finais da Idade Média, Estados com poder centralizado sob o comando de um rei. O que víamos eram diversos reinos com o poder político dividido entre os senhores feudais e as comunas, cidades autônomas, cuja autonomia fora conquistada, ou por rebelião, ou através das cartas régias.
Podemos então, definir o mundo dessa época como uma colcha de retalhos, onde cada pequeno retalho era um reino independente. Todavia, nos finais da Idade Média, uma série de fatos ligados à crise do feudalismo concorreu para a formação das monarquias nacionais, e concomitantemente, para o fortalecimento do poder real.
Tais fatores são, entre outros: o progressivo fim da servidão, produção agrícola voltada para o comércio, revoltas camponesas, desenvolvimento do comércio. Mas a centralização política não ocorreu de forma pacífica, grupos interessados em manter o poder lutaram até o último momento para não perdê-lo, como os senhores feudais e os administradores das comunas.
Setores da burguesia e da nobreza lutavam para o fortalecimento da autoridade real. Tal objetivo visava à melhoria das estradas e da segurança pública, visto serem comuns assaltos a viajantes e até mesmo dentro do próprio reino, criar leis, padronizar moedas, concorrendo assim, para o fortalecimento do comércio.
Assim surge o Estado Moderno, este em contraponto a duas peculiaridades medievais: o regionalismo político e o universalismo religioso. O regionalismo político criava um verdadeiro emaranhado de reinos, cada um com suas próprias características e regras; o universalismo religioso impunha uma autoridade papal incontestável a todos seus súditos.
O Estado Moderno, então, rompe com tais caracteres, surgindo novos sistemas. Cai a suserania e surge a soberania; é criada uma estrutura burocrática administrativa; leis gerais; é criado um sistema tributário; idioma nacional; moeda unificada; força militar para proteger e manter a soberania nacional e a ordem. Esta era a situação da Europa durante o surgimento do Estado Moderno, tendo sido o Estado Absolutista sua primeira faceta, manifestação, Estado este que abordaremos adiante.
 O Estado Absolutista O Estado Absolutista, ou Absolutismo Monárquico, surge com a concentração de poderes nas mãos dos reis, concentração essa decorrente da consolidação do Estado Moderno, conforme vimos alhures.
As características dos Estados Absolutistas são o poder absoluto e ilimitado nas mãos do rei, poder esse advindo de Deus, ou seja, divino, conforme defendeu as doutrinas de importantes teóricos, com Jean Bodin e Jacques Bossuet.
Entre os teóricos cujas doutrinas defendiam o absolutismo podemos citar os já comentados Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes e Jacques Bossuet, e Jean Bodin, cuja obra defende o conceito de soberano perpétuo e absoluto, cuja autoridade é fruto da vontade divina. Bodin sustentava que o rei deveria possuir poder supremosobre os súditos, respeitando apenas o direito de propriedade dos mesmos.
Dentre os mais importantes Estados Absolutistas destacamos Portugal, França, Itália e Inglaterra. Os eventos que contribuíram para sua derrubada foram a Revolução Gloriosa (1688-1689) na Inglaterra, o surgimento do Iluminismo e a Revolução Francesa (1789).
Com tais importantes acontecimentos históricos há a derrocada do Estado Absolutista e o início do Estado Liberal.
O Estado Liberal Com o declínio do Estado Absolutista, fenômeno decorrente de uma nova emolduração na ordem mundial, resultado de eventos históricos de grande importância, como a Revolução Gloriosa, o Iluminismo, a Revolução Francesa, há o surgimento do Estado Liberal, Estado que combatia, frontalmente, ideais absolutistas.
O Estado Absolutista estava impregnado por caracteres religiosos, com o culto teocêntrico e o poder absoluto do monarca, este sendo considerado o representante de Deus na terra, sua vontade era incontestável.
O Absolutismo sufocou a sociedade, através da força e do arbítrio real. Deste modo, com a evolução do pensamento humanista, sustentado pelo Iluminismo e pela Enciclopédia, o giro antropocêntrico e o espírito revolucionário da época, há o aparecimento do Estado Liberal, este imbuído pelos ideais da Revolução Francesa e seu sustentáculo: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
São justamente os dois primeiros princípios, Liberdade e Igualdade, a base do pensamento da sociedade liberal. O homem buscava espaço para se desenvolver, liberdade para viver e produzir, para isso, fazer-se-ia necessário o distanciamento da máquina estatal; o crescimento do comércio, sob os ecos da Revolução Industrial, conclamava o homem para a mercancia. O Estado, assim, deveria interferir, minimamente, nas relações sociais, o Estado é um mal, porém um mal necessário. Sua interferência é necessária, porém em apenas alguns poucos setores da vida social, o importante para o Estado Liberal é justamente limitar o poder. É importante ressaltarmos que, o Estado Liberal não é um Estado anárquico, há uma mínima interferência do mesmo, porém, esta existe, ao contrário da anarquia, que prega uma doutrina de desaparecimento do poder público.
O Estado Liberal visa garantir a liberdade dos modernos, liberdade negativa, de acordo com a clássica distinção de Benjamin Constant.
A racionalidade desta limitação do poder do Estado se sustenta na doutrina dos direitos humanos, direitos inatos do homem, os quais não podem ser violentados pelos governantes. Por serem naturais, não podem ser revogados pelos homens, no dizer de Norberto Bobbio: "não precisam estar fundamentados em pesquisa empírica ou histórica".
Como visto, o problema do liberalismo é a limitação do poder, esta se dá em dois ângulos: nos poderes e nas funções do Estado. A limitação do poder do Estado se dá através de instituições de regras gerais, esculpidas constitucionalmente, e tais regras devem ser consentâneas aos direitos fundamentais.
A limitação das funções do Estado se dá com a separação de poderes, os quais podem ser, mutuamente, fiscalizados, balanceando assim, a estrutura social dos poderes. Não há a supremacia de nenhum deles sobre qualquer outro, todos os três poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário, têm a mesma importância na dinâmica do poder público.
Com tal limitação do poder do Estado Liberal, o que sobra, então, para o mesmo realizar? Na posição clássica de Adam Smith, apenas é de sua competência prover a segurança interna e externa, e realizar as obras que não forem realizadas por particulares.
O controle da economia por parte de poucos; a Quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929, devido ao aumento substancial da oferta, concomitantemente, com a diminuição da procura, gerando descrença no capitalismo, um dos corolários do Estado Liberal; e o crescimento significativo da ex-URSS, fizeram com que surgisse um descrédito com a irracional livre-iniciativa do Estado Liberal, dando azo ao surgimento e crescimento do Estado Socialista.
O Estado Socialista A Queda da Bolsa de Nova Iorque em 1929; o advento da Revolução Russa, primeira experiência com o intuito de colocar em prática as idéias de Karl Marx; além do extremo questionamento surgido contra o sistema capitalista, propiciaram a decadência do Estado Liberal, ensejando a ascensão do Estado Socialista.
Estava, assim, iniciada uma alternativa ao capitalismo, esse muito questionado nas camadas menos favorecidas da sociedade. O processo liberal que deu total liberdade para o crescimento capitalista, estava sendo bastante questionado, o que fortalece ainda mais os ideais do Estado Socialista, como exemplo de tal situação, temos a Revolução Russa de 19717, transferindo os meios de produção dos particulares para o Estado.
O Socialismo surge, principalmente, como reação às conseqüências da Revolução Industrial, seus efeitos sobre a classe operária A tecnologia emergente em decorrência da Revolução, propiciou o aumento da produção. As relações humanas se modificaram, a relação que até então existia entre mestre e aprendiz, é substituída pela livre contratação e demissão, não havia mais o longo processo de treinamento dos empregados.
Assim, a percepção de tempo foi também alterada; houve significativo aumento populacional; aumento da jornada de trabalho; trabalho infantil; novas doenças laborais começaram a se popularizar. A infra-estrutura da sociedade não comportava tamanho desenvolvimento e aumento populacional.
No campo jurídico, o Direito não conseguia acompanhar o desenvolvimento social, diversas relações não eram abarcadas pelas normas. Surge assim, o que a Sociologia denomina de anomia, uma situação de vazio de normas, acarretando assim crescimento exagerado nos índices de tabagismo, alcoolismo, suicídio. No plano profissional, começaram as greves e as manifestações em prol de melhores condições de trabalho; máquinas foram quebradas, indústrias incendiadas. Por parte dos empregadores, houve mortes e tortura.
A dinâmica estava alterada. Ao mesmo tempo em que havia progresso, havia desigualdade, a classe dominante não queria perder os privilégios, a classe dominada lutava por direitos, lutava pela mudança da realidade social.
Com esse quadro, surgem as doutrinas socialistas. São alguns de seus pilares a estatização dos meios de produção e a justiça distributiva. Ressaltamos também, oportunamente, que, o Estado Socialista é um Estado paternalista, alguém diz o que fazer e o grupo cumpre. Essas doutrinas propunham uma inversão na ordem social, o que é explicitado na célebre passagem do Manifesto Comunista: "a história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história da luta de classes". Havia a necessidade da união do proletariado contra a classe dominante. É importante ressaltar um fato histórico de grande significância: a Comuna de Paris, ocorrida em 1870, movimento esse de insurreição operária.
Entre as medidas tomadas na comuna estão a entrega das fábricas abandonadas pelos empresários a cooperativas integradas por seus operários; a separação entre Estado e Igreja; a abolição do Exército, visto estar toda a população civil armada; a derrubada do sistema de separação de poderes, sendo instituído o sistema de comunas, ou conselhos. É importante ressaltar, também, que havia eleições para todos os cargos públicos, inclusive para a magistratura. Karl Marx interpretou a Comuna de Paris como o desmantelamento do Estado burguês, era o testemunho de uma insurreição operária vitoriosa, apesar do curto prazo de sua existência. O Estado Socialista ou (Providência) surge, então, para permitir o crescimento econômico do país, ao mesmo tempo em que visa garantir proteção individual aos cidadãos. Esse Estado foi apoiado também no plano doutrinário econômico, principalmente através da teoria keynesiana (John Maynard Keynes), que propunha o intervencionismo do Estado na economia.
Alguns Estados adotaram o sistema socialista, como exemplo, a China, a Rússia, os países do Leste Europeu, Cuba. Alguns não conseguiram sua sustentação,outros permanecem socialistas, alguns estão em crise. Todavia, o socialismo sempre gerará discussões apaixonadas por parte de uns e repúdio por parte de outros, é um sistema que vive o amor e o ódio.
A coletividade, e não o indivíduo, é o interesse do Estado Socialista. Esse é um dos caracteres que concorrem para que o mesmo não se coadune com o atual Estado Democrático de Direito. Pois o Estado Democrático de Direito tem por foco cada um dos indivíduos em si e não todo o grupo como almejava o Estado Socialista, para o Estado Democrático de Direito a coletividade é importante, mas o indivíduo em si ainda é mais importante que a mesma.
O Estado Democrático de Direito Por fim, chegamos ao atual Estado Democrático de Direito, nosso Estado, instituído na Constituição da República Federativa do Brasil em seu artigo primeiro, literalmente: (Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos...). Sem a pretensão de dissertar profundamente sobre o mesmo, o que ensejaria um tratado sobre o Estado Democrático de Direito, o que não caberia na estrutura do presente artigo, usaremos dessas poucas linhas para entender a idéia de Estado Democrático de Direito. Usaremos a teoria discursiva de Jürgen Habermas, teoria de grande importância para a compreensão e desenvolvimento do Estado Democrático de Direito.
Para isso, temos que definir, ainda que singelamente, o que seja o Estado Democrático de Direito. Podemos definir o Estado Democrático de Direito como o Estado constituído pelo conjunto de regras jurídicas, democraticamente e discursivamente, selecionadas, ou seja, o Estado Democrático de Direito é um Estado que garante a igualdade inclusiva, onde todos os direitos fundamentais da pessoa humana são preservados.
O campo de concentração, os regimes de exceção, ditaduras militares, mudaram o horizonte do mundo democrático. Os regimes totalitários e socialistas não conseguiram proteger o indivíduo, muito menos ser uma alternativa viável para a possibilidade de um desenvolvimento humano, político, jurídico e social.
O Estado Democrático de Direito nasce para possibilitar que todos os homens, indistintamente, possam através de sua fala (aí a importância da linguagem para a política, e principalmente, para a filosofia atual) expor, discursivamente, eleger regras para delimitar o novo contorno da sociedade.
Hoje não entendemos mais a identidade entre ordem normativa e ordem natural, como ocorria no mundo antigo. Assim, as regras jurídicas que moldam o mundo não estão na natureza, elas são fruto do consenso e da vontade humana, aí é clara a importância da teoria habermasiana e do Estado Democrático de Direito, ambos coadunados para a construção de uma nova sociedade, onde se efetive a inclusão do outro.
O Estado Democrático de Direito tem por bem o homem, visando propiciar ao homem liberdade e igualdade, construindo a igualdade, porém a igualdade na diferença. O Estado Democrático de Direito objetiva incluir todos, indistintamente, sem exclusão de sexo, escolaridade, orientação sexual ou religiosa.
Todos são importantes, pois todos discursam democraticamente para a construção de uma sociedade melhor, de uma sociedade sem discriminação, de uma sociedade que seja palco de novas idéias, de respeito com o outro, garantida pela total observância aos direitos fundamentais do homem, só assim, extirparemos de nossa mente regimes que nunca deveriam ter existido, regimes ditatoriais, excludentes e intolerantes!
O Estado Democrático de Direito é uma conquista do homem, conquista garantida com muito sangue, sofrimento e tristeza. Por isso, o Estado Democrático de Direito garante sua solidez, pois ele rompe com toda a ordem arbitrária e tendenciosa, visando efetivamente a uma sociedade melhor, sociedade onde haja inclusão e desenvolvimento humano e social, sociedade que traga felicidade, prosperidade, liberdade e igualdade para todos!
CLASSIFICAÇÕES CONSTITUCIONAIS
As constituições podem ser classificadas como: 
Material ou Formal. 
Material: é aquela que possui apenas matérias constitucionais. 
Formal: além de possuir matérias constitucionais, também possui outros assuntos, tais como o artigo 242. 
Apesar de nossa Constituição ser formal, tudo nela contida é norma constitucional. 
Escrita ou Não-escrita. 
Escrita: é um documento solene (Curiosidade - Todas as constituições brasileiras foram escritas). 
Não escrita: também chamada de constituição costumeira, é fruto dos costumes da sociedade, tal como a constituição da Inglaterra. 
Dogmática ou Histórica 
Dogmática: é aquela que é fruto de um trabalho legislativo específico. Tem esse nome por refletir os dogmas de um momento da história (Curiosidade - Todas as constituições brasileiras foram dogmáticas). 
Histórica: ela é fruto de uma lenta evolução histórica, tal como ocorre na Inglaterra. 
Promulgada, Outorgada ou Cesarista. 
Promulgada: é a constituição democrática, ou seja, feita pelos representantes do povo. Por isso, a Constituição de 1988 também é conhecida como Constituição Cidadã. No Brasil, tivemos as seguintes Constituições promulgadas: de 1891 (de Ruy Barbosa), de 1934, de 1946 e a de 1988. E ainda, as seguintes Constituições outorgadas: de 1824, de 1937 (Getúlio Vargas) e a de 1967 (Ditadura Militar). 
Outorgada: é a constituição imposta ao povo pelo governante. 
Cesarista: é a feita pelo governante, mas submetida à apreciação do povo mediante referendo. 
Sintética ou Analítica. 
Sintética: é aquela constituição reduzida, concisa, tal como a constituição Americana de 1787. 
Analítica: é uma constituição extensa, prolixa, assim como a brasileira. 
Garantia ou Dirigente. 
Garantia: limita-se a fixar os direitos e garantias. É uma carta declaratória. 
Dirigente: além de fixar direitos e garantias, fixa metas estatais, fixa uma direção para o Estado, por exemplo, artigo 3º. 
Imutável, Rígida, Flexível ou Semi-rígida. 
Imutável: a que não pode ser alterada. 
Rígida: é aquela que possui um procedimento de alteração mais rigoroso (é a constituição difícil de ser alterada). 
Flexível: possui o mesmo procedimento de alteração das demais leis (é a constituição fácil de ser alterada). 
Semi-rígida: parte dela é rígida e parte é flexível, onde uma parte é difícil e a outra é fácil de mudar. 
Dessa forma, podemos concluir que nossa Constituição é Formal, Escrita, Dogmática, Promulgada, Analítica, Dirigente e Rígida. Aliás, é possível afirmar que a Constituição Federal Brasileira é extremamente rígida, pois além de possuir um processo rigoroso de alteração, possui um conjunto de matérias que não podem ser suprimidas, as denominadas cláusulas pétreas, previstas no art. 60, 4º, da Constituição. 
Obs.: No brasil utilizamos a forma rígida -> de forma dificultosa (C. 1988)
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
1. Normas de aplicabilidade imediata e eficácia plena. São aquelas que não necessitam de regulamentação infraconstitucional, visto que desde o momento da promulgação da Constituição, já estão aptas a produzir efeito. Ex: art. 48, CF;
2. Normas de aplicabilidade imediata e eficácia contida. São normas em que o legislador constituinte possibilitou ao legislador infraconstitucional restringir seus efeitos. Assim, com a promulgação da Constituição, elas surtem efeitos em sua plenitude, mas uma lei infraconstitucional pode restringi-los. Ex; art. 5º, XIII, CF.
3. Normas de aplicabilidade imediata e eficácia limitada. Estas normas necessitam de regulamentação infraconstitucional para que surtam efeito de maneira plena. Dividem-se em:
a) normas de eficácia limitada de princípios institutivos: traçam parâmetros para que o legislador infraconstitucional estabeleça a estrutura de órgãos, entidades ou institutos. Ex: art. 33, CF;
b) normas de eficácia limitada de princípios programáticos: são aquelas em que o legislador constitucional traçou princípios e objetivos a serem alcançados com o objetivo de realizaros fins sociais do Estado. Ex: ar. 3º, CF;
.Plena-> ex.: Art. 5º II CF/88 (é completa, não precisa de nada)
.Contida-> ex.: Art. 5º XIII, VIII CF/88
.Limitada-> ex.: Art. 37 VIII CF/88 (limitada está ligada a contida /organizativos/ progmáticos) 
ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO E SUA LOCALIZAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO DE 1988
Os elementos da constituição são responsáveis por agrupar os dispositivos constitucionais tendo como base a finalidade de cada um deles. A definição mais completa desses elementos da constituição foi elaborada pelo jurista José Afonso da Silva. Ele identificou cinco categorias de elementos, que são detalhadas a seguir.
Elementos orgânicos da constituição
Os elementos orgânicos da constituição relacionam-se aos dispositivos constitucionais que regulam a estrutura do Estado e do poder.
Na Constituição Brasileira de 1988, são exemplos de elementos da constituição do tipo orgânicos os seguintes dispositivos:
Título III – Da organização do Estado;
Título IV – Da organização dos Poderes e do Sistema de Governo;
Título V, Capítulo II – Das Forças Armadas;
Título V, Capítulo III – Da Segurança Pública; e
Título VI – Da Tributação e do Orçamento.
Elementos limitativos da constituição Os elementos limitativos da constituição referem-se as normas protetoras dos direitos e garantias fundamentais e que limitam o poder do Estado.
Na Constituição de 1988, são exemplos de elementos da constituição de caráter limitativo as normas dispostas no Título II (Dos Direitos e Garantias Fundamentais), com exceção do Capítulo II (Dos Direitos Sociais).
Elementos socioideológicos da constituição Os elementos socioideológicos incluem as normas que expressam o compromisso constitucional entre o Estado individualista (liberal) e o Estado intervencionista (social).
Na Constituição de 1988, os dispositivos abaixo são exemplos de elementos da constituição do tipo socioideológicos:
Título II, Capítulo II – Dos Direitos Sociais;
Título VII – Da Ordem Econômica e Financeira; e
Título VIII – Da Ordem Social.
Elementos de estabilização da constituição
Os elementos de estabilização da constituição referem-se às normas voltadas à defesa da Constituição, do Estado e de suas instituições, bem como à solução de conflitos constitucionais, com vistas a garantir a paz social.
Dentre os dispositivos que constituem elementos de estabilização da Constituição de 1988, temos:
Título V, Capítulo I – Do Estado de Defesa e do Estado de Sítio;
Título III, Capítulo V – Da Intervenção;
Título IV, Capítulo I, Seção VIII, Subseção II
- Da Emenda à Constituição; e
Artigos 102 e 103 (referentes à jurisdição constitucional).
Elementos de aplicabilidade da constituição -> Os elementos de aplicabilidade da constituição incluem as normas constitucionais que regulam a sua aplicação. Na Constituição de 1988, são exemplos de normas referentes a elementos da constituição que regulam sua aplicabilidade o Preâmbulo, os dispositivos do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) e por fim o § 1º do artigo 5º, segundo o qual as normas definidoras de direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata
PODER CONSTITUINTE 
É, no Direito, o poder de criar, modificar, revisar, revogar ou adicionar algo à Constituição do Estado.[1]
As legitimidades do Poder Constituinte, do procedimento constituinte e da Constituição por ele elaborada são indissociáveis e delas depende a legitimação do exercício do poder político no Estado Democrático de Direito. Tal constatação pode resumir-se na máxima formulada pelo ex-presidente norte americano Abraham Lincoln no sentido de que “Democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo”, pensamento este essencialmente correto se dermos interpretação real aos termos que o compõem. Pode-se afirmar ainda que a famosa citação corresponde precisamente à democracia direta.
A legitimidade do Poder Constituinte decorre diretamente do princípio da soberania popular. Só o povo, concebido como uma pluralidade de forças culturais, sociais e políticas, pode deliberar sobre a conformação da sua ordem político-social. Um ou mais indivíduos manifestam vontade soberana que pode ser o início de um novo núcleo social.[2] Daí decorre, portanto, que a legitimidade da Constituição verifica-se através da correspondência de suas normas aos valores e aspirações do povo, não se contentando com a simples legalidade formal. É dessa correspondência com a vontade geral, aliada à lisura da representação popular no procedimento constituinte que este se legitima. A esta cadeia procedimental de legitimação democrática Canotilho atribui a denominação de “Justiça da Constituição”
*É critério para definir uma norma como formalmente constitucional o fato de que ela esteja inserida no texto da constituição, independente da matéria que trate.
*A constituição Federal de 1988(CF) é considerada pela maior parte da doutrina constitucionalista como uma constituição rígida. Há no entanto, visão que atentando para o fato de a CF ter um núcleo imutável, que não se submete a modificações nem mesmo por emenda – a classifica como super-rígida.
*A norma programática vincula os comportamentos públicos futuros, razão pela qual, no Brasil, todas as normas constitucionais são imperativas e de cumprimento obrigatório.
*Uma lei foi publicada na vigência da constituição anterior e se encontrava no prazo da vacatio legis. Durante esse prazo, foi promulgada uma nova constituição. Nessa situação, segundo a doutrina, a lei não poderá entrar em vigor.
*Sabe-se que a CF em vigor não prevê a figura do Decreto-lei. Sobre um decreto-lei, editado antes da CF em vigor, cujo conteúdo é compatível com esta, é possível afirmar: Continua a produzir efeitos na vigência da nova carta, por força do mecanismo da recepção.
*Acerca do conceito, do objeto, dos elementos e da classificação das constituições; O dispositivo constitucional que arrola os princípios gerais da atividade econômica, como o da propriedade privada e sua função social, é considerado elemento socioideologico da constituição, revelador do compromisso e um Estado não meramente individualista e liberal. (social sempre esta associado ao econômico).
*Os elementos orgânicos que compõem a Constituição dizem respeito as normas que regulam a estrutura do estado e do poder, fixando o sistema de competência dos órgãos, instituições e autoridades publicas.
*Da autoprimazia normativa, característica da norma constitucional, decorre o princípio da conformidade, segundo o qual nenhum ato do poder político –"legislativo, executivo ou judiciário" pode ser praticado em desacordo com as normas e princípios constitucionais. 
*Na aplicação do princípio da interpretação das leis em conformidade com a Constituição, o intérprete deve considerar, no ato de interpretação, o princípio da prevalência da constituição e o princípio da conservação das normas.
*O princípio da unidade da CF, como princípio interpretativo, prevê que esta deve ser interpretada de forma a se evitarem contradições, antinomias ou antagonismos entre suas normas.
*Não existe relação hierárquica fixa entre os diversos critérios de interpretação da CF, pois todos os métodos conhecidos conduzem sempre a um resultado possível, nunca a um resultado que seja o unicamente correto. Essa pluralidade de métodos se converte em veículo da liberdade do juiz, mas essa liberdade é objetivamente vinculada, pois não pode o intérprete partir de resultados preconcebidos e, na tentativa de legitimá-los, moldar a norma aos seus preconceitos, mediante a utilização de uma pseudo-argumentação. (tem que agir com imparcialidade)
*Podemos entender por mutação constitucional; Que ela consiste na interpretação evolutiva.
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