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XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO Intensivo Modular Semanal EXAME DE ORDEM Complexo Educacional Damásio de Jesus CURSO INTENSIVO MODULAR SEMANAL – XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO Disciplina Direito Tributário Aula 05 EMENTA DA AULA 1. Crédito tributário; 2. Suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário; 3. Garantias e privilégios do crédito tributário. GUIA DE ESTUDO 1. Crédito Tributário: (artigos 139 e seguintes do CTN) Crédito tributário é o valor devido ao fisco em decorrência de uma obrigação tributária principal válida (obrigação principal é aquela que decorre de pagamento, tanto de tributo quanto de multa). O crédito tributário só se torna exigível após a sua devida documentação, ou seja, quando estiver externalizado para o particular (lançamento). O lançamento tem o papel de tornar o crédito exigível. Tema este disposto a partir do artigo 142 do CTN. Características do lançamento: O lançamento é um procedimento administrativo vinculado. Portanto, o lançamento é um conjunto de atos administrativos, e ainda, sendo ele vinculado está adstrito a lei (possui formatação descrita na norma jurídica). Note que a revogação somente cabe a ato discricionário, assim sendo, qualquer vicio no lançamento ensejará a sua anulação. O lançamento também possui como característica a constituição do crédito tributário. Note que constituir o crédito é tornar o crédito tributário exigível. Modalidades de lançamento: De oficio (artigo 149 do CTN): quando a autoridade administrativa efetua o lançamento sem a necessidade de qualquer informação por parte do contribuinte, uma vez que o fisco possui todas as informações pertinentes em sua base de dados. Por exemplo: IPTU, IPVA, taxas e contribuição de melhoria. XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO Intensivo Modular Semanal EXAME DE ORDEM Complexo Educacional Damásio de Jesus Por declaração (artigo 147 do CTN): a autoridade administrativa lança com base nas informações prestadas pelo contribuinte. Caso o contribuinte preste informações inverídicas ou omita as informações fará com que o fisco realize o lançamento de oficio. Por exemplo: ITCMD, ITBI (dependendo do Estado e do Município). Por homologação (artigo 150 do CTN): o contribuinte realiza todo o procedimento administrativo, inclusive mediante a antecipação do recolhimento do tributo. Cabe ao fisco concordar ou não com o lançamento da declaração realizada. Não havendo concordância ocorrerá o lançamento de ofício. Com a concordância ocorrerá a homologação, que poderá ser expressa ou tácita. A homologação expressa é aquela em que o fisco se manifesta por escrito dentro do prazo de 5 anos; a homologação tácita é aquela que decorre pelo decurso do prazo de 5 anos sem qualquer manifestação. Ocorrendo a homologação ocorrerá a extinção do crédito tributário. Por exemplo: IR, ITI, IOF, ITR, contribuições sociais. Formas de alteração do lançamento: (artigo 145 do CTN) Impugnação do sujeito passivo: é a defesa administrativa por parte do contribuinte, possui prazo de 30 dias. É apresentada à primeira instância administrativa. Por exemplo: cobrança de IPVA ao sujeito que não possui veículo. Recurso de ofício: é um recurso administrativo interposto pelo fisco perante a segunda instância administrativa. Iniciativa de ofício da autoridade administrativa: nos casos previstos no artigo 149 do CTN. Existe uma revisão do lançamento, no prazo de 5 anos. 2. Suspensão, exclusão e extinção do crédito tributário: Suspensão Exclusão Artigo 151 do CTN (MODERECOPA) Artigo 175 do CTN (ANIS) Moratória, Depósito do montante integral, Recursos administrativos, Concessão de liminar em mandado de segurança e de tutela antecipada nas demais ações, e Parcelamento Anistia e Isenção XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO Intensivo Modular Semanal EXAME DE ORDEM Complexo Educacional Damásio de Jesus Dentre as hipóteses de extinção temos a decadência (artigo 173 do CTN), que é a perda do direito do fisco constituir o crédito tributário, ou seja, nada mais é do que a perda do direito do fisco lançar. O fisco possui prazo de 5 anos contados: a. quando tributo por lançamento de oficio ou por declaração, do primeiro dia do exercício financeiro seguinte daquele em que o lançamento deveria ter sido efetuado (artigo 173, inciso I do CTN). b. Quando tributo sujeito a lançamento por homologação, conta- se a partir da ocorrência do fato gerador (artigo 150, §4º do CTN). Em regra, o prazo decadencial não se suspende e nem se interrompe. Cumpre mencionar da prescrição, também como hipótese de extinção, que é a perda do direito do fisco cobrar judicialmente o crédito tributário (artigo 174 do CTN). Ou seja, ocorre da cobrança por execução fiscal (Lei 6.830/80). A prescrição nada mais é do que a perda do direito do fisco executar. Possui prazo de 5 anos contados da constituição definitiva do crédito tributário. Diferentemente do que acontece com a decadência, o prazo prescricional se suspende e se interrompe. A suspensão da prescrição ocorre quando houver MODERECOPA (artigo 151 do CTN). A interrupção da prescrição ocorrerá nos casos previstos no artigo 174 parágrafo único do CTN, são eles: a. o despacho do juiz para a citação da execução fiscal, b. protesto judicial, c. ato judicial que constitua o devedor em mora, e d. ato, mesmo que extrajudicial, que importe em confissão de dívida. Constituição definitiva do crédito tributário: Em regra, o contribuinte tem 30 dias para pagar a partir do lançamento. Se houver o pagamento dentro desse prazo não há o que se falar em prescrição. Porém, após o prazo de 30 dias sem o pagamento, a partir do 31º dia o crédito estará definitivamente constituído. Se o contribuinte não paga, mas apresenta defesa administrativa terá o prazo prescricional contado a partir da decisão administrativa irreformável, dessa data há a constituição do crédito definitivo. Execução fiscal: Para que o fisco possa propor a execução fiscal deverá demonstrar um título executivo (judicial ou extrajudicial). Note que o título executivo que embasa a execução fiscal é a certidão de dívida ativa (CDA). Para extração da CDA deverá ocorrer a inscrição em dívida ativa, que é um procedimento administrativo pelo qual o fisco torna o crédito tributário exequível. O XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO Intensivo Modular Semanal EXAME DE ORDEM Complexo Educacional Damásio de Jesus termo de certidão de dívida ativa confere ao crédito tributário uma presunção de certeza e liquidez. 3. Garantias e privilégios do crédito tributário: (artigo 183 do CTN) Em regra, o crédito tributário poderá atingir a totalidade de bens, rendas e direitos do devedor, mesmo que estejam gravados com cláusulas de inalienabilidade e impenhorabilidade, salvo aqueles considerados absolutamente impenhoráveis (artigo 649 do CPC). O bem de família é bem relativamente impenhorável (Lei 8.009/90); se o bem de família tiver débitos tributários relativos ao imóvel poderá ser penhorado. Presunção de fraude fiscal: se o contribuinte devidamente inscrito em divida ativa alienar seus bens ou gravá-los de ônus real (por exemplo, hipoteca ou anticrese) sem ter outros bens para a total satisfação do crédito tributário, presume-se a fraude (artigo 185 do CTN). O fisco poderá desconstituir todos os negócios jurídicos anteriormente realizados; não podendo o terceiro opor sua boa-fé contra o fisco, somente poderá opor ao responsável.
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