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Direito Constitucional I Aula 3

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Faculdade do Litoral Paranaense – ISEPE Guaratuba
Curso de Direito – Direito Constitucional I - Moodle
Professor Luciano Raiter
Aula 3
ESTADO E CONSTITUIÇÃO
 O Estado Constitucional: a ideia de Constituição, origem e características do constitucionalismo.
 O Constitucionalismo - Aula 1
 Direito Constitucional – Aula 2
 Relevância do Direito Constitucional – Aula 2
 Variantes do Direito Constitucional – Aula 3
 A evolução do Direito Constitucional – Aula 3
O Direito Constitucional pode ser focalizado sob diferentes aspectos, apresenta um amplo território de estudos com diversas configurações. Assim, em uma palavra pode-se observá-lo sob diferentes variantes.
Afonso Arinos de Melo Franco, considera o Direito Constitucional, restrita e extensivamente; em caráter geral ou transacional e particular ou nacional; como direito comparado no tempo e no espaço; como um conjunto de normas positivas aplicáveis ou como um campo de observação e de doutrinas políticas.
Já Manoel Gonçalves Ferreira Filho, aponta as seguintes modalidades:
Direito Constitucional interno ou particular;
Direito Constitucional comparado; e, 
 Direito Constitucional geral.
Vamos esclarecer: se estivermos estudando a estrutura e as instituições de um determinado Estado, então a nossa variante de estudo será o do Direito Constitucional interno ou particular, pois estaremos querendo compreender apenas sobre o ordenamento jurídico daquele Estado. 
Assim pode-se estudar características distintas do Direito Constitucional que se apresentarão sob uma determinada organização jurídica fundamental, pois estaremos estudando a estrutura jurídica, suas normas básicas, definição e dinâmica de seus órgãos, direitos públicos individuais.
Então percebe-se que a noção material do que é Direito Constitucional, é bem maior que sua noção formal.
Todas as leis que se encontram no corpo da Constituição são normas de Direito Constitucional, mas não só elas, posto que as leis complementares e leis ordinárias também possuem sua origem constitucional, portanto podem ser objeto de estudo do Direito Constitucional.
Se nosso objeto de estudo é observar como se formou a Constituição de um determinado Estado “A” em relação ao Estado “B”, como se comportam suas instituições, como se dá sua produção legislativa e etc, então estaremos numa vertente de Direito Constitucional comparado.
Também poderemos comparar o Direito Constitucional no tempo e no espaço, comparando Constituições de um mesmo Estado entre si, de determinadas épocas diferentes e com abrangências diferentes.
Através desta comparação poderemos caracterizar as funções de um determinado órgão e como elas se alteraram no tempo, ou mudanças de regime (p. ex.: parlamentarismo x presidencialismo), e outras infinitas análises, dependendo somente de qual será a abrangência ou profundidade de nosso estudo.
Por último, o Direito Constitucional geral, cujo objeto de estudo, segundo Rosah Russomano “utiliza as determinações positivas, peculiares ao Direito Constitucional de diversos Estados, estabelecendo conceitos, formulando princípios e apontando tendências gerais”, embora próximo do Direito Constitucional comparado, conserva sua individualidade e com ele não se confunde.
O Direito Constitucional geral serve como expressivo elemento para o progresso do estudo do Direito Público, eis que traça o roteiro para o legislador constituinte e eis que propicia orientação para o intérprete.
A EVOLUÇÃO DO DIREITO CONSTITUCIONAL
	As origens do Direito Constitucional, em sua condição de ciência jurídica, se encontram bem próximas de nós, como sabemos, apenas no século XVIII, quando o Estado Democrático se impôs e quando floresceu o regime constitucional escrito, é que surgiu o ambiente propício à sua caracterização científica.
	Anteriormente àquele período, os Estados fundamentavam-se na tradição, no costume, na posse, portanto, haviam somente princípios particulares de cada Estado, conforme a filosofia do século XVIII abrangeu as especulações políticas, as regras da razão e da justiça natural surgiram como imperativas e necessárias para a sociedade.
	Foram as Revoluções Francesa e Americana que firmaram o Estado Democrático, embasando-o em textos supremos, escritos e rígidos, imprimindo assim ao Direito Constitucional o seu caráter científico.
	Para uma ideia mais aprofundada, de como o Direito Constitucional evoluiu, vamos relacionar, o que se pode chamar de ciclos constitucionais, levando-se em conta seus principais, os ciclos inglês, norte americano e francês.
	O ciclo constitucional em si é marcado por duas características básicas: sua originalidade específica, e sua influência ante outros Estados (que acabam por seguir os exemplos, seus princípios e modelam suas constituições por aquelas).
	Assim, do ciclo inglês, temos a monarquia parlamentar, regime de governo que surgiu das circunstâncias, da política e da história daquele país, aprimorou-se graças ao alto nível de espírito e caráter do povo inglês.
	Quanto ao ciclo norte americano, criou-se a república presidencial e federativa, antes da Constituição americana nada havia de próximo a este tipo de regime de governo.
	Com relação ao ciclo francês, surgiu, pela forma e pelo estilo de seus documentos fundamentais, a república parlamentarista como forma de governo, modelo que se espalhou por vários Estados europeus.
	O ciclo mais moderno é o ciclo constitucional germânico, do qual adveio a democracia social, sendo precursora a Constituição de Weimar, de 1919, que exerceu um grande impacto sobre as mais diversas nações ocidentais.
	Assim meus caros terminamos esta parte, vamos avançar, na próxima aula!

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