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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ANÁLISE DE RUÍDO RENNER SIQUEIRA FRANÇA Prof. Dr. Saulo Roberto Sodré dos Reis Cuiabá-MT 2017 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ANÁLISE DE RUÍDO RENNER SIQUEIRA FRANÇA Relatório apresentado ao curso de engenharia elétrica da Universidade Federal de Mato Grosso, como requisito parcial para avaliação na disciplina Princípios de Comunicação sobre a orientação do Prof. Dr. Saulo Roberto Sodré dos Reis. Prof. Dr. Saulo Roberto Sodré dos Reis Cuiabá-MT 2017 INTRODUÇÃO Em termos gráficos, uma cadeia de comunicação, seja ela um rádio, uma televisão ou qualquer outro meio de comunicação, pode ser representado por três elementos essenciais: 1º - A fonte de informação; 2º - O sistema de comunicação; 3º - O destino, A fonte de informações é a origem da mensagem ou informação transmitida, a qual pode apresentar-se na forma de voz, vídeo ou dados. O sistema de informação transportará a informação da fonte até o destino, preservando ao máximo suas características originais e o destino é onde a informação será utilizada. A função de um sistema de comunicação é processar a informação a ser transmitida, originada na fonte e enviá-la ao seu destino. O transmissor tem a finalidade de transformar a informação nele aplicada em um sinal adequado para vencer a distância que o separa do receptor. O meio de transmissão é responsável pelo transporte do sinal do transmissor até o receptor; esse elemento é o que, isoladamente, exerce maior influência sobre o desempenho de um sistema de comunicação, determinando, inclusive, o tipo de transmissor e receptor utilizados. Finalizando, cabe ao receptor a tarefa de resgatar a informação presente no sinal recebido, devolvendo-lhe o formato original O ruído representa sinais externos interferentes indesejáveis que podem degradar a informação transmitida; ruídos podem ser originados por diversos fatores. Designamos por ruído todos os sinais presentes que não transportam informação útil. O ruído afeta de modo decisivo a recepção dos sinais, já que o receptor deve ter a capacidade de distinguir o sinal útil e filtrar todos os outros. O ruído que surge em um meio de transmissão pode ter diversas origens. Podemos destacar: • Ruído térmico: Quanto maior for a temperatura, maior é a agitação e, logo, maior é o ruído térmico. É uniformemente distribuído pelo espectro de frequência (ruído branco). Está presente em qualquer meio de transmissão e é função da temperatura. • Ruído de intermodulação: ocorre quando sinais de diferentes frequências compartilham o meio de transmissão produzindo sinais a uma frequência que é a soma (ou diferença) de duas frequências originais. É originado por ineficiências dos equipamentos, quando existe alguma não linearidade no transmissor, receptor ou sistema de transmissão. Os equipamentos que lidam com sinais devem manter sua forma; quando isso não acontece, são produzidas distorções. Ruído de crosstalk: quando diversos sinais circulam em cabos elétricos próximos uns dos outros, existe a indução magnética desses sinais, fazendo com que ocorra um acoplamento elétrico entre cabos adjacentes. Este fenômeno é proporcional à frequência dos sinais. • Ruído impulsivo: tal como o ruído crosstalk, este tipo de ruído é induzido por fontes externas ao sistema de transmissão; a diferença é que os ruídos impulsivos consistem em pulsos irregulares (spikes), não contínuos, de curta duração e de amplitude relativamente alta, causados por distúrbios eletromagnéticos ou falhas no sistema de comunicação. Os ruídos externos (crosstalk e impulsos) podem ser combatidos com uma blindagem. Entre as muitas formas de ruído, existem duas comumente utilizadas como sinais de teste para diversos tipos de equipamentos. São elas: o ruído branco e o ruído rosa. Sistemas de telecomunicações, equipamentos de áudio, linhas de transmissão e sistemas de som podem ser testados usando esses tipos de sinais. O ruído branco caracteriza-se por ter uma intensidade média constante ao longo de seu espectro. Em outras palavras, os sinais se distribuem aleatoriamente no espectro, com intensidade média constante. O adjetivo “branco” é utilizado para descrever este tipo de ruído em analogia ao funcionamento da luz branca, uma vez que esta é obtida por meio da combinação simultânea de todas as frequências cromáticas. A Figura 6.3 ilustra o espectro de um ruído branco. Esse tipo de ruído também é utilizado na síntese sonora, podendo ser usado para produzir, por filtragem, formas de ondas complexas. O ruído branco é rico na programação de altas frequências. O ruído rosa, por outro lado, se caracteriza por ter uma amplitude decrescente com a frequência em uma determinada faixa do espectro. Esse ruído tem uma densidade espectral de potência inversamente proporcional à frequência do sinal. O termo originou-se pelas características desse ruído, que são intermediárias entre o ruído branco e o ruído vermelho. O ruído rosa caracteriza-se por manter a potência (energia) igual entre todas as oitavas sonoras. Em termos de uma banda de frequência constante, o ruído rosa decai em uma razão de 3 dB por oitava. Em altas frequências, o ruído rosa nunca se torna dominante, tal qual o ruído branco. Ele também é conhecido como ruído browniano. A Figura 6.4 ilustra o espectro do ruído rosa. OBJETIVO Analisar ruído branco e ruído rosa no domínio do tempo e da frequência. MATERIAIS UTILIZADOS Osciloscópio digital Fonte de alimentação CC Um resistor de 470 kΩ Um resistor de 10 kΩ Um resistor de 1 kΩ Um resistor de 68 kΩ Dois resistores de 330 kΩ Dois capacitores de 100 nF Dois capacitores de 47 nF Três transistores BC548 ANÁLISE DE RESULTADOS Podemos gerar ruídos branco e rosa aproveitando o ruído térmico da junção de um diodo comum polarizado no sentido reverso, ou da junção semicondutora entre o emissor e a base de um transistor comum. É justamente esse o princípio de funcionamento do circuito apresentado na figura 1: Figura 1 – Circuito gerador de ruídos branco e rosa. Na Figura 1 tem-se o circuito completo de um gerador de ruídos branco e rosa que utiliza apenas componentes discretos, podendo ser implementado com facilidade e sem a necessidade de circuitos integrados especiais. Para gerar um ruído rosa, basta agregar ao circuito um capacitor que funcione como um filtro passa-baixa de modo a atenuar a parte do espectro do ruído que está nas frequências mais altas. Para isso, basta fechar a chave S1 para que em lugar de ruído branco passemos a ter ruído rosa na saída do circuito. 1- Parte Prática; Montou-se o circuito da figura 2 primeiramente em uma simulação no Multisim (figura 3) e em seguida na protoboard (figura 2.1; 2.2; 2.3) em seguida com a chave S1 aberta e usando um osciloscópio digital, mediu-se o sinal de saída no domínio do tempo e obteve-se a forma de onda conforme a figura 4. Figura 2 – Circuito práticogerador de ruídos branco e rosa Parte simulada: Figura 3 – Circuito simulado do gerador de ruídos branco e rosa no multisim Parte experimental: Figura 2.1 – Circuito prático gerador de ruídos branco e rosa na protoboard (Vista frontal) Figura 2.2 – Circuito prático gerador de ruídos branco e rosa na protoboard (Vista superior) Figura 2.3 – Circuito prático gerador de ruídos branco e rosa na protoboard (Vista Frontal) RESULTADOS Figura 4 - Sinal de saída no domínio do tempo Usou-se a função FFT do osciloscópio digital, mediu-se o sinal de saída no domínio da frequência, obteve-se as formas de onda da figura 5, variou-se o potenciômetro P1 e notamos que o sinal de saída nos domínios do tempo e da frequência se equalizavam. Figura 5- Sinal de saída no domínio da frequência CONCLUSÃO Portanto, após o termino dos experimentos o laboratório foi finalizado e com as formas de ondas obtidas foi possível fazer uma comparação com as formas de onda de cada ruído apresentado na teoria, sendo possível perceber como surge o ruído e que os as formas de ondas estão próximas tanto no teórico quanto no experimental tendo uma pequena variação que pode ser dada por perdas ou variações na própria medida. Na parte de simulação computacional, os dados não apresentados acima apresentaram alguns erros no momento de plotar, não sendo tão próximas na simulação quanto na teoria. REFERÊNCIAS [1] - Pertence. Amplificadores Operacionais e filtros ativos. Ed. Mc Graw Hill. [2] - Notas de Aula em Power Point disponível em www.ava.ufmt.br
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