Buscar

11. vida de ferramentas de corte

Prévia do material em texto

Prof. Dr. Eng. Rodrigo Lima Stoeterau
Aula 11
- Vida de Ferramentas de Corte -
Usinagem dos Materiais
Aula 11
Tópicos
➔ Apresentação T-3
➔ Tipos de solicitações
➔ Generalidades
➔ Conceito de vida
➔ Fatores de influência da usinabilidade
➔ Critérios de usinabilidade
➔ Ações para minimizar os efeitos da má usinabilidade
➔ Definição T-4
Usinagem dos Materiais
Tipos de solicitações na ferramentas de corte
Usinagem dos Materiais
Generalidades
Não existe uma definição universalmente aceita relativa a vida de 
ferramentas de corte. A vida de uma ferramenta deve ser especificada 
em relação com os objetivos do processo.
Definição: Vida de ferramenta é o tempo que esta resiste do início do 
corte até a sua utilização total
Processos de Usinagem
Conceito de vida da ferramenta
Período no qual uma ferramenta pode ser mantida usinando de forma 
econômica
O critério econômico pode ser relacionado principalmente com a 
elevação dos custos de produção associados a necessidade de 
retrabalhos, perda de produção (sucateamento de peças), tempo de 
máquinas parada, aumento do consumo de energia, aumento no 
consumo de ferramentas, etc.
Critérios de fim de vida
A vida é relacionada a um certo critério de fim de vida sob certas 
condições de usinagem.
São critérios que são utilizados para determinar quando uma ferramenta 
deve ser substituída, em função dos objetivos do processo. 
Critérios de fim de vida
Os principais critérios são:
➔ Falha completa da ferramenta 
➔ Falha preliminar da ferramenta 
➔ Desgaste de flanco (VB) ou de cratera (KT)
➔ Vibrações (monitoramento)
➔ Acabamento superficial ruim
➔ Rebarbas
➔ Alterações nos cavacos
➔ Alterações nas dimensões de corte
➔ Alterações nas forças de usinagem (monitoramento)
➔ Aumento nas temperaturas
Processos de Usinagem
Critério de desgaste
Uma forma comum de quantificar o fim de vida de uma ferramenta é 
colocar um limite aceitável no desgaste de flanco, VB or VBmax. 
Valores usuais são:
Material de ferramentas VB ou VBmax
Aço rápido – desbaste 1.5 mm
Aço rápido – acabamento 0.75 mm
Metal duro 0,7mm
Cerâmicas 0,6 mm
Processos de Usinagem
Critério de desgaste
Os critérios são relacionado ao nível de desgaste na ferramenta, e suas 
conseqüências diretas :
● desvios nas tolerâncias dimensionais 
● desvios nas tolerâncias geométricas
● perda de qualidade superficial da peça
● aumento no nível de vibrações no processo
● aumento no nível de esforços no processo
● aumento do custo de reafiação da ferramenta
Processos de Usinagem
Critério de desgaste
Relações que envolvem o critério de desgaste:
Processos de Usinagem
Formas de determinação da vida
● Testes de longa duração 
– Resultados precisos
– Tempo, quantidade de material e custo elevados
● Testes rápidos 
– Só trazem valores de comparação
– Econômicos
Processos de Usinagem
Influência da Velocidade de Corte na Vida da Ferramenta
Processos de Usinagem
Influência do Avanço na Vida da Ferramenta
Processos de Usinagem
Influência da Profundidade de Corte na Vida da Ferramenta
Processos de Usinagem
Matematicamente a vida da ferramenta pode ser expressa pela equação 
de Taylor
ou
onde:
Vc = velocidade de corte (m/min.)
T = vida da ferramenta (min.)
n ==> é um expoente que mostra a sensibilidade da vida da ferramenta a 
velocidade de corte 
C ==> constante experimental que dá a velocidade de corte para uma 
vida de 1, independente da unidade que se use.
V c∗T
n=C V c=T
−1
n

∗C
Processos de Usinagem
Teste de vida de ferramentas
Testes de torneamento – temperatura
– Teste de longa duração utilizado quando o fator dominante na vida da 
ferramenta é a temperatura
– vc e f constantes até a destruição total da ferramenta (desgaste 
hiperproporcional) 
– Constar no relatório os instantes em que aparecem ruídos, 
modificações nos cavacos, marcas na peça e tempo total para 
destruição da ferramenta
– No torneamento longitudinal, escolher quatro velocidades de corte que 
proporcionam vidas entre 5 e 60 minutos
– Usualmente empregado aço rápido HS 10-4-3-10;
Processos de Usinagem
Teste de vida de ferramentas
Testes de torneamento – curva de vida
● Em papel log-log são traçadas as curvas de 
T = f(vc)
● A equação da melhor reta que representa o 
comportamento da curva da vida é a 
equação de Taylor:
V c∗T
n=C
V c=T
−1
n

∗C
Processos de Usinagem
Teste de vida de ferramentas
Modificações da equação de Taylor
 ou onde CT = Cv-1/k
– Eixos de coordenadas 
● Cv (vida T para vc = 1 m/min)
● CT (vc para vida T= 1min)
– O fator k é a inclinação da reta (k = tan ηv) 
V c=T
−1
n

∗CT V c∗T
 1
n

=C v
Processos de Usinagem
Curvas de vida de ferramentas
Processos de Usinagem
Teste de vida de ferramentas
Testes de torneamento – desgaste
– Executados quando o desgaste, e não a temperatura, é determinante 
no fim da vida da ferramenta
– Ferramentas de metal duro e aço rápido em altas velocidades de corte 
 apresentam desgastes de flanco e cratera
– Mantendo-se vc constante acompanha-se a evolução do desgaste no 
flanco e na face
– Medidas de desgaste 
● Marca de desgaste de flanco VB
● Profundidade de cratera KT
● Afastamento médio da cratera KM
Processos de Usinagem
Teste de vida de ferramentas
Testes de torneamento – desgaste
– Os valores são plotados em gráficos log-log onde são traçadas as 
curvas de VB ou a relação de desgaste K = f(tc) 
TVB = f(vc) ou TK = f(vc)
– Destas curvas pode-se obter:
➔ A velocidade de corte para determinada vida
➔ As duas equações para as formas de desgaste, marca de desgaste 
ou profundidade de cratera
➔ Normalmente as curvas são mais inclinadas para desgastes de 
cratera do que para desgastes de flanco
Processos de Usinagem
Teste de vida de ferramentas
Testes de torneamento – desgaste
TVB = f(vc) ou TK = f(vc)
Processos de Usinagem
Teste de vida de ferramentas
Ensaios vcE com variação contínua da velocidade de corte
● Adequado para:
– Supervisão de fornecimento de materiais
– Determinação da usinabilidade de materiais tratados termicamente de 
maneira diferente
Processos de Usinagem
Teste de vida de ferramentas
Testes de torneamento – critério de força
Processos de Usinagem
Teste de vida de ferramentas
Medição de força de usinagem
Processos de Usinagem
Teste de vida de ferramentas
Testes de torneamento – critério de força
 Força específica de corte e propriedades mecânicas de aços carbono.
Processos de Usinagem
Teste de vida de ferramentas
Critério de força – Equação de Kienzle
● Função das características do material;
● Função da seção de corte
Onde:
Fc = força de corte [N];
b = largura de usinagem [mm];
h = espessura de corte [mm];
kc1.1 = pressão específica de corte para um cavaco de 1x1 mm2 [N/mm2];
(1–mc) = coeficiente angular da reta
Processos de Usinagem
Teste de vida de ferramentas
Critério de força – Equação de Kienzle
Processos de Usinagem
Teste de vida de ferramentas
Critério de força – Qualidade superficial
Processos de Usinagem
Teste de vida de ferramentas
Rugosidade cinemática teórica
– A rugosidade cinemática, é decorrente do raio de quina da ferramenta e do 
movimento relativo entre peça e ferramenta
– No torneamento, é influenciada principalmente pela forma do gume e pelo 
avanço
Processos de Usinagem
Teste de vida de ferramentas
 Influência da velocidade de corte sobre a rugosidade da peça:
Processos de Usinagem
Teste de vida de ferramentasDependência entre a rugosidade média Ra e o tempo de corte
Processos de Usinagem
Exercício
Dispõe-se de um torno para a pré-usinagem de 5 eixos do aço ABNT 
4340, com um diâmetro bruto de 102 mm e um comprimento de 300 mm. 
A diferença de diâmetros não deverá ser maior que 0,09 mm ao final do 
5° eixo (neste torno não é possível corrigir a posição da ferramenta).
Geometria da ferramenta:
●
 α = +5° 
●
 α’ = +5°
● γ = + 6°
●
 λ = 0°
● κ = 90° 
●
 ε = 60° 
● Rε = 1,2 mm
Processos de Usinagem
Exercício
Desta forma pergunta-se:
a) Qual a marca de desgaste de flanco VB admissível, para que a 
diferença de diâmetro permaneça na faixa tolerável de 0,09 mm (observar 
geometria da ferramenta)
b) Determine o avanço para uma rugosidade cinemática de Rt=0,001 mm, 
considerando a ferramenta nova.
Processos de Usinagem
Exercício
Desta forma pergunta-se:
c) O comportamento de desgaste da pastilha empregada na usinagem do 
aço ABNT 4340 foi determinada experimentalmente. Na faixa de 
velocidades de 100 e 160 m/min o comportamento de desgaste é 
exponencial, e num gráfico bilogarítmico representado por retas (figura). 
Quais são as constantes da equação de Taylor? Qual a vida da 
ferramenta para uma velocidade de corte de 100m/min?
d) Qual a vida da ferramenta (T) para uma velocidade de 100m/min, tendo 
como critério de fim de vida VB=0,3mm?
Processos de Usinagem
Dados
Processos de Usinagem
Solução Exercício
a) Qual a marca de desgaste de flanco VB admissível, para que a 
diferença de diâmetro permaneça na faixa tolerável de 0,09 mm (observar 
geometria da ferramenta)
Ø100
Ø
10
2
0,045
VB
●
 α = +5° 
●
 α’ = +5°
● γ = + 6°
●
 λ = 0°
● κ = 90° 
●
 ε = 60° 
● Rε = 1,2 mm
α +5° 
 λ 0°
Processos de Usinagem
Solução Exercício
b) Determine o avanço, para que se tenha com uma ferramenta uma 
rugosidade cinemática de Rt=0,001 mm
f =8 R t r
Dados
● R
t
 = 0,001 mm 
● rε = 1,2 mm
Processos de Usinagem
Solução Exercício
c) Quais são as constantes da equação de Taylor? 
Qual a vida da ferramenta para uma velocidade de corte de 100m/min?
T=V c
kC v
Processos de Usinagem
FIM Aula 11

Continue navegando