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Prof_Joerberth_Roteiro_de_Estudo-Direito_Penal

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Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 1 
ROTEIRO DE ESTUDO 
 
CURSO PREPARATÓRIO PARA O CARGO DE POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL 
 
Direito Penal 
 
 
Prof. Joerberth Pinto Nunes 
 
 
 
 
1- DAS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS 
 
-1.1 : incisos mais importantes : II, XI, XII, XXXVIII, XXXIX, XL, XLII, XLIII, XLIV, XLV, XLVI, XLVII, LIII, LV, LVII, 
LXI, LXII,, LXIII, LXVIII. 
 
 
 
 
 
 
2- DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL 
 
 
- art. 1º, CP : princípio da anterioridade da lei penal e princípio da legalidade ou da reserva legal(diferenciar) 
 
- art. 2º, CP : “abolitio criminis” e art. 107, III, CP; irretroatividade da lei penal mais severa (art. 5º, XL,CF) 
 
- art. 3º, CP : lei excepcional e temporária : princípio da ultratividade 
 
- art. 4º, CP : teoria da ação ou da atividade 
 
- art. 6º, CP : teoria mista ou da ubiqüidade 
 
- art. 5º, CP : princípio da territorialidade (ver parágrafos) 
 
- art. 7º, I, e par. 1º, CP : princípio da extraterritorialidade incondicionada 
 
- art. 7º, II, e par. 2º, CP : princípio da extraterritorialidade condicionada 
 
- art. 7º, par. 3º, CP : princípio da extraterritrialidade condicionada 
 
- art. 10, CP : contagem de prazo 
 
- art. 8º(refere-se aos casos de extraterritorialidade incondicionada), 9º, 11 e 12, CP : leitura 
 
- art. 7º : princípio da extraterritorialidade; art. 7º, I,CP: “a”,”b”,”c” : princípio real, da defesa ou da proteção; art. 7º, I, 
“d”, CP : princípio da justiça universal; art. 7º, II, ‘a”, CP : princípio da justiça universal, art. 7º, II, “b”, CP : princípio da 
nacionalidade ativa; art. 7º, II, “c”, CP : princípio da representação; art. 7º, parágrafo 3º, CP : princípio real, da defesa 
ou da proteção ou personalidade passiva 
 
- do conflito aparente de normas : especialidade, consunção, subsidiariedade, sucessividade, alternatividade 
 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 2 
- outros princípios : da dignidade da pessoa humana, da culpabilidade, da inervenção mínima, da fragmentariedade, 
da proporcionalidade, da individualização da pena, da alteridade ou da transcendentalidade, da confiança, ne bis in 
idem, da ofensividade, da lesividade. 
3.15- do garantismo penal : 
 
 
 
TEORIA GERAL DO CRIME 
 
1) Infração Penal : crimes (CP e leis especiais) e contravenções (DL 3688/41) 
 
 
2) sujeitos ativo e passivo, objeto jurídico e objeto material do crime; 
 
classificação dos crimes : comum ou próprios, instantâneos ou permanentes ou de efeitos permanentes, 
unissubisistentes ou plurissubisistentes, unissubjetivos ou plurissubjetivos, materiais, formais ou de mera conduta, 
comissivos ou omissivos (próprios ou impróprios/comissivos por omissão), habituais. 
 
 
3) Fato Típico : 
 
3.1 - conduta humana voluntária (dolosa ou culposa) 
 
Espécies de dolo : dolo direto ou eventual (dentre outras) 
 
 
Espécies de culpa : consciente (com previsão) : previsibilidade objetiva e subjetiva ou inconsciente (sem previsão) : 
previsibilidade objetiva 
 
 
3.2 - resultado : teoria naturalística; concepção normativa; classificação : materiais (art. 121, CP), formais (de 
consumação antecipada ou de consumação por antecipação : art. 316, CP), mera conduta (art. 150, CP) 
 - crimes materiais : o tipo penal prevê um resultado e somente se consuma com sua ocorrência; Ex.: art. 121, 
CP 
 - crimes formais : o tipo penal prevê um resultado, mas se consuma independente de ocorrência do resultado; 
Ex.: art. 316, CP 
 - crimes de mera conduta : o tipo penal não prevê nenhum resultado; Ex.: art. 151, CP 
 
 
 
3.3 - nexo de causalidade : art. 13, CP : Teoria dos equivalentes causais; art. 13, par. 1º, CP : Teoria da 
Condicionalidade Adequada : superveniência causal; art. 13, par. 2º, CP; garantidores : nexo normativo 
 
3.4 - tipicidade : art. 18, CP: tipo normal e anormal, aberto e fechado, básico ou derivado; crimes qualificados pelo 
resultado, entre os quais, o preterdoloso (dolo + culpa : ex.: art. 129,par. 2º, V, CP e art. 129, par. 3º, CP) 
Tipicidade conglobante : conceito 
 
 
4) conduta omissiva (non facere) : crimes omissivos próprios ou puros; impróprios (comissivos por omissão); 
omissivos por comissão 
 
 
5) Princípio da insignificância : afasta a tipicidade; Princípio da adequação social : afasta a tipicidade 
 
 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 3 
6) crimes dolosos : Teoria da vontade e do Assentimento : art. 18, I, CP 
 
 
7) crimes culposos : conduta voluntária; resultado involuntário; nexo causal; tipicidade; previsibilidade objetiva (não a 
previsibilidade subjetiva – culpabilidade); ausência de previsão (exceto na culpa consciente); quebra do dever 
objetivo de cuidado (negligência, imprudência, imperícia) 
 
 
8) culpa inconsciente (sem previsão) e culpa consciente (com previsão); culpa imprópria ( por extensão ou 
equiparação – erro de tipo inescusável : art. 20, parágrafo 1º, CP) 
 
 
9) compensação de culpas : não há em nosso direito penal 
 
 
10) concorrência de culpas : pode haver 
 
 
11) Tentativa : art. 14, II, CP : o crime não se consuma por motivos alheios à vontade do agente. 
 
-imperfeita : o agente não pratica toda a execução do crime, não consumando por motivos alheios a sua vontade. 
-perfeita ou crime falho : o agente pratica toda a execução, mas não consuma o crime por motivos alheios a sua 
vontade. 
-branca ou incruenta: a vítima não é atingida 
-cruenta : a vítima é atingida. 
 
não admitem tentativa : infrações culposas; preterdolosas; contravenções penais; crimes omissivos próprios; 
habituais; crimes em que a lei pune somente o resultado (art. 122, CP); crimes em que a lei equipara a tentativa a 
delito consumado (art. 352, CP). Em tese, cabe tentativa nos crimes unissubsistentes e crimes formais 
 
 
12) desistência voluntária e arrependimento eficaz : espécies de tentativa abandonada ou qualificada : art. 15, CP : o 
agente desiste voluntariamente do crime ou impede a produção do resultado. 
 
 
13) arrependimento posterior : art. 16, CP .É causa de diminuição de pena. (ver regra especial do art. 312, parágrafo 
3ª, CP, a qual não é arrependimento posterior, mas espécie de reparação de dano) 
 
14) crime impossível : art. 17, CP : não se pune sequer a tentativa; Teoria objetiva temperada; Súmula 145 do STF e 
Súmula 73 do STJ. 
 
15) - erro de tipo : art. 20, CP : “caput” : erro de tipo incriminador; parágrafo 1º : erro de tipo permissivo 
 - erro de proibição : art. 21, CP 
 
16) antijuridicidade (ilicitude) : art. 23, CP : causas de exclusão e supralegais; consentimento do ofendido : -
elementar objetivo do tipo penal : art. 126, CP; -excludente do tipo : art. 164, CP; -excludente de ilicitude : art. 163, 
CP 
 
 
17) culpabilidade : imputabilidade, potencial consciência da ilicitude, exigibilidade de conduta diversa. 
 
 
- Causas de exclusão : art. 27, 26, 28, par. 1º, 22, 21, primeira parte, CP. 
 
 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 4 
20) art. 20, parágrafo 3º, CP : erro sobre a pessoa (diferenciar do erro na execução, previsto no art. 73, CP) 
 
 
 
ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO 
 
 
É a falsa percepção da realidade, seja quanto a elementos do tipo – erro de tipo-, seja quanto à ilicitude da ação – erro de 
proibição. 
 
ERRO DE TIPO INCRIMINADOR : art. 20, “caput”, CP : o agente ERRA sobre elementos objetivos do tipo penal. Neste caso, 
resta excluído o DOLO (tipicidade do crime doloso), contudo, pode ser responsabilizado pelo crime na forma CULPOSA, uma 
vez previsto na lei (tipicidade). Assim, caso haja a previsão deste crime na forma culposa, deve-se verificarse o ERRO é 
ESCUSÁVEL (INEVITÁVEL) ou INESCUSÁVEL (EVITÁVEL). Se o ERRO for INEVITÁVEL, o agente não responderá pela 
forma culposa, ou seja, não haverá o crime. Já se o ERRO for EVITÁVEL, uma vez previsto na forma culposa, responderá o 
agente pelo crime CULPOSO. 
Ex.: Uma pessoa age desreipeitosamente em relação a outro sem saber que se tratava de um funcionário público no exercício da 
suas funções. O agente ERROU sobre o elemento do tipo penal do art. 331, CP, qual seja, “funcionário público”. Aplica-se o art. 
20, “caput”, CP, nos termos do acima exposto. 
 
ERRO DE TIPO PERMISSIVO : art. 20, par. 1º, CP. É sinônimo de DESCRMINANTE PUTATIVA ou DESCIMINANTE 
PUTATIVA POR ERRO DE TIPO. Parte da doutrina, o considera um ERRO DE PROIBIÇÃO. Possui um tratamento legal 
parecido com o ERRO DE TIPO INCRIMINADOR, mas possui conseqüência semelhante ao ERRO DE PROIBIÇÃO (art. 21, 
CP). 
Neste caso, o agente ERRA sobre a existência dos pressupostos fáticos de uma causa de exclusão de ilicitude (antijuridicidade). 
Assim, resta a afastada a CULPABILIDADE DOLOSA, (não responderá pelo crime na forma dolosa), se o ERRO é 
EVITÁVEL. Mas responderá na forma culposa, se prevista esta modalidade na lei (tipicidade), a não ser que seja o ERRO seja 
inevitável, caso em que restará excluída, ainda, a CULPA (crime na forma culposa) e não responderá pelo crime. 
 
 
Ex.: O agente é abordado por um amigo seu, devidamente disfarçado, o qual simula tratar-se de um assalto. Assim, diante da 
situação, supondo estar em legítima defesa, saca de uma faca que possui na cintura e reage, vindo por matar o suposto assaltante. 
Aplica-se a regra do art. 20, par. 1º, CP. O agente achou que estavam presentes os pressupostos da legítima defesa. (legítima 
defesa putativa) 
 
ERRO DE PROIBIÇÃO : art. 21, CP. O agente ERRA quanto ao conteúdo da norma, ou seja, quanto à ilicitude do fato. O 
agente sabe exatamente o que está fazendo, não se enganando sobre a realidade fática. Neste caso, sendo o ERRO 
INEVITÁVEL, resta o agente isento de pena. (exclui culpabildade). Contudo, sendo o ERRO EVITÁVEL , somente haverá uma 
REDUÇÃO DA PENA. 
A doutrina divide em ERRO DE PROIBIÇÃO DIRETO E INDIRETO. No ERRO DE PROBIÇÃO DIRETO, o agente ERRA 
sobre a norma proibitiva. O agente, por interpretar mal a norma, acha que está cometendo uma conduta permitida. Aplica-se o art. 
21, CP. Mas, em contrapartida, se o agente ERRA sobre a EXISTÊNCIA de uma norma pemissiva de conduta ou sobre os limites 
desta, há o ERRO DE PROBIIÇÃO INDIRETO (diferente do ERRO DE TIPO PERMISSIVO). É chamado por parte da doutrina 
de ERRO DE PERMISSÃO. Recai o art. 21, CP nesta hipótese. 
 
Ex.: supondo que estejamos em grande discussão no país sobre a legalização da eutanásia, sendo por um meio de comunicação é 
divulgado erroneamente que tal foi aprovada. Um leitor, apressado, estando com um parente em situação de desengano, apressa 
sua morte. Aplica-se o art. 21, CP. Aí, é de verificar-se se o erro era inevitável ou evitável. 
 
ERRO SOBRE A PESSOA : art. 20, par. 3º, CP. O agente quer cometer o crime contra uma pessoa e comete contra outra, 
achando tratar-se de quem queria de fato. Responderá como se tivesse acertado contra quem queria. 
 
Ex.: O agente quer matar a esposa, porém mata a prima desta, achando que fosse sua esposa. Responderá como se tivesse 
acertado a esposa, incidindo a circunstância agravante do art. 61, II, CP. 
 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 5 
 
 
Concurso de pessoas :arts. 29 e 30, CPB 
 
- concurso eventual ou concurso necessário 
 
- teoria monista da ação e exceções principais : arts.124 e 126, CP; 318 e 334, CP; 316 e 317, CP. 
 
- autor, co-autor, partícipe 
 
-requisitos : pluralidade de pessoas e de condutas; relevância causal de cada conduta; vínculo subjetivo entre os 
agentes;unidade de fato 
 
- teoria do domínio do fato : conceito de autor 
 
-teoria da acessoriedade limitada : conceito de partícipe 
 
-autoria incerta : ocorre no caso da autoria colateral não saber-se quem de fato foi o responsável pela morte da 
vítima. Assim, ambos os autores respondem por tentiva de homicídio. 
 
-autoria colateral : ocorre no caso de os agentes, sem vínculo subjetivo entre si, contribuem para o mesmo resultado, 
desconhecendo cada um a conduta do outro. Ex.: “A” e “B” atiram em “C”, mediante emboscada, sem um saber do 
outro, sendo que “C” vem a falecer pelos projéteis da arma de “A”. Este responde por homicídio consumado; já “B” 
responde por tentativa de homicídio. Não há concurso e pessoas. 
 
-incomunicabilidade das circunstâncias de caráter pessoal : art. 30, CP 
 
 
DOS CRIMES EM ESPÉCIE 
 
 
 
1- DOS CRIMES CONTRA A PESSOA : 
 
- ART. 121 A 128, CP ; crimes contra a vida 
- ART. 121, CP : homicídio e espécies 
- ART. 122, CP : observar a pena 
- ART. 123, CP : possibilidade ou não de concurso de pessoas na modalidade de co-autoria 
- ART. 124 A 128, CP : aborto; art.128, CP:excludente de ilicitude 
- ART. 129, CP : importante; lembrar que o art. 129,par.3º, CP é um crime preterdoloso; 
- ART. 135, CP :crime omissivo puro 
- ART. 137, CP : crime plurissubjetivo 
- ART. 138, CP : cabe exceção da verdade, exceto no caso do par. 3º; não confundir com os arts. 339 e 340, CP. 
- ART. 139, CP : cabe exceção da verdade somente no caso do parágrafo único. 
- ART. 140, CP : não cabe exceção da verdade; cabe perdão judicial no caso do par. 1º; formas qualificadas : 
parágrafos 2º e 3º. 
-ART. 141, CP : causas de aumento de pena. 
-ART. 142, CP : causas de exclusão do crime na difamação e na injúria. 
-ART. 143, CP : retratação cabível na calúnia e na difamação. 
-ART. 144, CP : pedido de explicações em juízo. 
-ART. 145, CP : ação penal. Súmula 714 do STF 
 
2- DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
 
- ART. 155, CP: lembrar o princípio da insignificância; art. 155, par. 2º, CP : furto na forma privilegiada 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 6 
- ART. 157, CP : lembrar a diferença com o art. 158, CP; lembrar que a arma de brinquedo não se enquadra no art. 
157, par. 2,I, CP;ler art. 157,par. 3º, CP, parte final, CP : crime de latrocínio 
- ART. 158, CP :crime formal 
- ART. 159, CP : não confundir com crime de extorsão; crime formal 
- ART. 160, CP : leitura 
- ART. 163, CP :não admite forma culposa; art. 163, p.u, CP : dano qualificado 
- ART. 168, CP : não confundir com o art. 171, CP 
- ART. 171, CP :diferenciar do crime de furto qualificado pela fraude 
- ART. 180, CP : receptação própria (crime material) e receptação imprópria (crime formal); receptação culposa; ver 
art. 180,par. 5º, CP 
- ARTS. 181 A 183, CP : IMUNIDADES : MUITO IMPORTANTE 
 
3- DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL : 
 
- ART. 213, CP : ver formas qualificadas 
- ART. 215, CP: não confundir o art. 215, CP , parte final, com o art. 217-A, par. 1º, CP, parte final. 
-ART. 216-A, CP : crime próprio 
- ART. 217-A, CP : não confundir com art. 213, par. 1º, CP (estupro qualificado); ver formas qualificadas 
- art. 218-B, CP 
-ART. 225, CP : ação penal 
-ART. 228, 229. 230, CP : distinguir estes três crimes. 
 
 
4- DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA : ARTS. 297 A 304, CP 
( principais tipos penais) 
 
 
 
 
 
-Art. 297, CP : Falsificação de documento público 
 
- crime comum 
- sujeito passivo : o Estado e o terceiro que sofre com a falsificação 
- bem jurídico : a fé pública 
- núcleo do tipo : “falsificar” (contrafação) documento público ou “alterar” documento público verdadeiro 
- requisitos do falso documental : alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante ( immutatio veritatis); 
imitação da verdade (immitatio veritais); potencialidade de dano ( falsum punitur licet nemini damuninferret); dolo 
(animus fallendi) 
- falsidade material 
- objeto material : documento emanado de entidades públicas : Ex.: RG, CNH, etc. 
- consumação : com a falsificação 
- admite a tentativa 
- par. 1º : causa de aumento de pena 
- par. 2º : norma penal explicativa 
- par. 3º : forma equiparada. Afasta, neste caso, o art.299, CP 
- par. 4º : forma equiparada 
 
 
-Art. 298, CP : Falsificação de documento particular 
 
- crime comum 
- sujeito passivo : o Estado e a pessoa prejudicada com a falsificação 
- bem jurídico : a fé pública 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 7 
- elementos objetivos de tipo : documento particular é todo aquele que não se insere na definição de documento 
público 
- consumação : com a falsificação, independente de resultado naturalístico, eis tratar-se de crime formal 
- admite a forma tentada 
- classificação : crime doloso, comum, forma livre, unissubjetivo, formal ou de consumação antecipada, instantâneo, 
plurissubistente 
 
- Art. 299, CP : Falsidade ideológica 
 
- crime comum 
- sujeito passivo : o Estado e, também, a pessoa prejudicada com a falsificação 
- bem jurídico :a fé pública 
- núcleo do tipo : “omitir” declaração que devia constar ou “inserir ou fazer inserir” declaração falsa diversa da que 
deveria ser escrita. No que tange ao objeto material, pode ser tanto documento público, quanto documento 
particular. 
- requisitos da falsidade ideológica : mudança da verdade, imitação da verdade, potencialidade de dano, dolo 
- dolo específico 
- falsidade intelectual 
- consumação : com a omissão ou inclusão da declaração falsa, seja de forma direta ou de forma indireta pelo 
agente 
- admite a forma tentada 
- causa de aumento de pena : preceito secundário da norma (pena) 
- classificação : comum, tipo misto alternativo, forma livre, unissubjetivo, formal ou de consumação antecipada, 
instantâneo, purissubsistente (na conduta “omitir” é unissubsistente) 
 
 
- Art. 301, CP : Certidão ou atestado ideologicamente falso 
 
- afasta, neste caso, a incidência do art. 299, CP 
- par. 1º : não confundir com o art. 297, CP 
 
 
- Art. 302, CP : Falsidade de atestado médico 
 
- crime próprio 
- em sendo médico que exerce função pública e assim age, responderá o agente pelo art. 301, CP. SE o sujeito ativo 
for um dentista ou qualquer outro profissional incide, neste caso, no art. 299, CP 
- par. único : forma qualificada 
 
- Art. 304, CP : Uso de documento Falso 
 
- crime remetido 
- súmula 17 do STJ 
- concurso com o art. 297, 298, 299, CP : há entendimento de que o agente responderá pela falsidade, sendo o uso 
um post factum impunível. (majoritára) Há, no entanto, quem entenda, responderá o agente, neste caso, pelo art. 
304, CP, em razão do princípio da consunção. 
 
 
 
 
 
5- DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 8 
-ART. 312 , CP : Peculato (IMPORTANTE) 
 
-Espécies : caput : peculato-apropriação e peculato-desvio 
-Parágrafo 1º : peculato-furto 
-crime material 
-admite tentativa 
-cabe o arrependimento posterior, nos termos do art. 16, CP e após o recebimento da denúncia cabe a atenuante 
genérica do art. 65, III, b, CP. 
- admite a forma culposa : art. 312, parágrafo 2º, CP 
- art. 312, parágrafo 3º, CP : reparação no dano (não aplica-se, neste caso, o art. 16, CP, eis que temos regra 
especial, sendo uma forma de exteinção da punibilidade, conforme o citado dispositivo legal, 1ª parte) 
- apesar de ser um crime próprio, o terceiro que não é funcionário público, responde pelo tipo penal, consoante art. 
30, CP. 
 
-ART. 313, CP: Peculato mediante erro de outrem (IMPORTANTE) 
 
 
-“peculato-estelionato” 
- o agente apropria-se de bem de terceiro por erro da vítima 
- não confundir com art. 171, CP, caso o agente crie o erro em desfavor da referida vítima 
 
-ART. 313-A, CP : Inserção de dados falsos em sistemas de informações 
 
-sujeito ativo : somente o funcionário autorizado 
 
- ART. 314, CP : Extravio, sonegação de livro ou documento oficial (IMPORTANTE); 
-princípio da subsidiariedade expressa 
-art. 3º, I, lei 8137/90 : princípio da especialidade 
 
- ART. 316 : concussão (IMPORTANTE) 
- núcleo do tipo : “exigir” 
- crime formal 
-qualquer vantagem, não necessariamente patrimonial 
-cabe arrependimento posterior (art. 16, CP) 
-em tese, admite-se a tentativa. 
-art. 3º, II, lei 8137/90 : princípio da especialidade 
 
-ART. 317, CP : corrupção passiva (IMPORTANTE) 
 
- núcleo do tipo : “solicitar” ou “receber” ou “aceitar promessa” 
- crime formal 
-crime próprio 
-objeto material : vantagem indevida 
-exceção à teoria monista da ação : art. 29, CP (art. 333, CP) 
-parágrafo 2º : corrupção passiva privilegiada 
- não confundir com art. 333, CP; pode haver um crime de corrupção passiva sem corrupção ativa e vice-versa, ou 
haver ambos num único plano fático. 
-art. 3º, II, lei 8137/90 : princípio da especialidade 
 
 
A-RT. 318, CP : facilitação de contrabando ou descaminho (IMPORTANTE) 
 
-exceção à teoria monista : art. 29, CP (art. 334, CP) 
-sujeito ativo : somente o funcionário público que agir com infração do dever funcional 
-crime próprio 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 9 
 
- ART. 319, CP : prevaricação (IMPORTANTE) 
 
 
- dolo de fazer ou deixar de fazer alguma coisa com o objetivo de satisfazer sentimento ou interesse pessoal 
- consuma-se com a omissão 
-crime próprio 
-nas condutas omisssivas, não se admite a tentativa, enquanto nas condutas comissivas, é perfeitamente possível. 
- não confundir com os crimes dos arts. 317, parágrafo 2º, CP e art. 320, CP 
 
- ART. 320, CP : Condescendência Criminosa (IMPORTANTE) 
 
-crime próprio 
-não confundir com prevaricação, art. 319, CP 
-elemento subjetivo do tipo : por indulgência 
 
-ART. 321, CP : Advocacia Administrativa (IMPORTANTE) 
 
-crime próprio 
-núcleo do tipo : “patrocinar” : favorecer, advogar interesse perante a administração pública 
-art. 3º, III, lei 8137/90 : princípio da especialidade 
 
ART. 325, CP : 
 
- não admite forma culposa; 
- princípio da subsidiariedade 
- forma qualificada : par. 2º 
 
-ART. 327, CP : conceito legal de funcionário público (IMPORTANTE) 
 
- conceito mais amplo do que o conceito de funcionário público no Direito Administrativo 
-crimes funcionais próprios : a ausência da qualidade de funcionário público torna o fato atípico : art. 319, CP; art. 
320, CP 
-crimes funcionais impróprios : a ausência da qualidade de funcionário público não torna o fato atípico : art. Art. 312, 
CP, o qual pode ser art. 168, CP,uma vez não sendo o autor funcionário público 
 
- ART. 328, CP: Usurpação de Função Pública 
 
-núcleo do tipo : apoderar-se 
-os crimes do capítulo II são de particulares contra a Administração Pública 
-parágrafo único : forma qualificada 
 
- ART. 329, CP : Resistência (IMPORTANTE) 
 
 
- deve ser mediante grave ameaça ou violência 
-crime formal 
-sujeito passivo : Estado, funcionário público que executa o ato ou o terceiro que o auxilia 
-resistência passiva : art. 330, CP 
-parágrafo 2º, CP : concurso de crimes com o crime de lesões leves, graves ou gravíssimas ou homicídio; a simples 
ameaça, se este for o meio executório restará absorvida. 
 
- ART. 330, CP : Desobediência 
 
-ordem legal; 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 10 
-pode ser omissivo ou comissivo 
 
-ART. 331, CP : Desacato (IMPORTANTE) 
 
 
-é desacatar funcionário público em razão de sua função, ainda que fora dela, porém devido à função 
-pode ser por meio de qualquer ato; 
-deve ser na presença do funcionáriopúblico, sob pena de ser outro crime, nos termos do art. 138, 139, 140, c/c art. 
141, II, CP 
 
- ART. 332, CP : Tráfico de Influência (IMPORTANTE) 
 
 
-crime formal 
-objeto material : qualquer vantagem ou promessa de vantagem 
-diferenciar do art. 357, CP 
 
- ART. 333, CP : Corrupção ativa (IMPORTANTE) 
 
- núcleo do tipo : “oferecer” ou “prometer” 
-crime formal 
-não confundir com o crime do art. 317, CP 
 
- ART. 334, CP : Contrabando ou Descaminho 
 
- contrabando : ingressou exportação no país de mercadoria ilegal 
- descaminho : iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido na entrada ou saída de 
mercadoria permitida 
 
- ART. 337-A : sonegação de contribuição previdenciária (IMPORTANTE) 
 
-suprimir : eliminar; reduzir : diminuir 
 
- ART. 339, CP : Denunciação Caluniosa 
 
- atribuir a alguém (determinado) a prática de um crime. No que à contravenção, vide art. 339, parágrafo 2º, CP 
-imputação de fato preciso e determinado 
- não confundir com calúnia 
 
- ART. 340, CP :Falsa Comunicação de Crime ou Contravenção 
 
- o agente comunica falsamente a prática de crime ou contravenção, sem, no entanto, atribuir a terceiro determinado 
-diferenciar do crime do art. 339, CP 
 
- ART. 341, CP : Auto-Acusação Falsa 
 
- núcleo do tipo : atribuir a si a autoria de crime inexistente ou praticado por terceiro 
- pode haver concurso de crimes com o art. 339, CP 
 
- ART. 342, CP : Falso Testemunho ou Falsa Perícia 
 
- núcleo do tipo : “fazer afirmação falsa”, “negar” ou “calar a verdade” (reticência) 
-crime de mão própria 
- ver parágrafo 1º e parágrafo 2º (retratação, como forma de extinção da punibilidade, art. 107, CP) 
-não confundir com o crime do art. 138, CP 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 11 
 
- ART. 343, CP : Suborno 
 
- se for contra perito, contador, tradutor ou intérprete oficial, haverá o crime do art. 333, CP, eis que se trata de 
funcionários públicos 
-objeto material : dinheiro ou qualquer vantagem 
 
- ART. 348, CP : Favorecimento Pessoal 
 
- ver parágrafos, principalmente o 2º 
 
- ART. 349, CP : Favorecimento Real 
 
- não confundir com art. 180, CP; não há a escusa absolutório como há no art. 348, parágrafo 2º, CP. 
 
- ART. 350, CP : Exercício Arbitrário ou Abuso de Poder : 
 
-diferenciar do crime de Abuso de Autoridade da lei 4898/65 
 
- ART. 355, CP : ler com atenção; crime próprio 
 
- ART. 357, CP :não confundir com art. 332 do CP; crime formal 
 
- Art. 359-A a H : Crimes contra as Finanças Públicas 
-leitura atenta 
 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
 
 
 
 
 
ASSUNTO : PRINCÍPIOS 
 
01. Quando o agente invade domicílio para praticar furto, há concurso aparente de normas entre os delitos de 
invasão de domicílio e furto. Tal conflito resolve-se pelo princípio da 
 
A) alternatividade. 
B) especialidade. 
C) subsidiariedade. 
D) consunção. 
E) legalidade. 
 
02. “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.” O enunciado refere-se, 
dentre outros, ao princípio da 
 
A) legalidade 
B) ultratividade 
C) alteridade 
D) aternatividade 
E) n.d.a. 
 
03. O Código Penal Brasileiro no tocante ao tempo do crime adotou a teoria : 
 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 12 
A) mista 
B) da ubiqüidade 
C) temperada 
D) da ação 
E) n.d.a. 
 
04. O Código Penal Brasileiro no tocante ao lugar do crime adotou a teoria : 
 
A) mista 
B) da ação 
C) da atividade 
D) normatividade 
E) n.d.a. 
 
05. “A” comete um crime. Durante o processo criminal sobrevém lei nova diminuindo a pena do crime por “A” 
cometido. No caso, este nova lei beneficia o réu. Este é o corolário do princípio da 
 
A) ultratividade 
B) alteridade 
C) retroatividade da lei menos gravosa 
D) irretroatividade 
E) n.d.a. 
 
 
06. A respeito do tema da retroatividade da lei penal, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente não se aplica aos fatos praticados durante a 
vigência de uma lei temporária. 
B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-se aos fatos anteriores, com exceção 
daqueles que já tiverem sido objeto de sentença condenatória transitada em julgado. 
C) A lei penal mais gravosa pode retroagir, aplicando-se a fatos praticados anteriormente à sua vigência, desde que 
trate de crimes hediondos, tortura ou tráfico de drogas, como expressamente ressalvado na Constituição. 
D) Quando um fato é praticado na vigência de uma determinada lei e ocorre uma mudança que gera uma 
situação mais gravosa para o agente, ocorrerá a ultratividade da lei penal mais favorável, salvo se houver a 
edição de uma outra 
lei ainda mais gravosa, situação em que prevalecerá a lei intermediária. 
E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente não se aplica aos fatos praticados anteriormente, 
salvo se houver previsão expressa na própria lei nova. 
 
07. João cometeu um crime para o qual a lei vigente na época do fato previa pena de reclusão. Posteriormente, lei 
nova estabeleceu somente a sanção pecuniária para o delito cometido por João. Nesse caso, 
 
 A) a aplicação da lei nova depende da expressa concordância do Ministério Público. 
 B) aplica-se a lei nova somente se a sentença condenatória ainda não tiver transitado em julgado. 
 C) não se aplica a lei nova, em razão do princípio da irretroatividade das leis penais. 
 D) aplica-se a lei nova, mesmo que a sentença condenatória já tiver transitado em julgado. 
 E) a aplicação da lei nova, se tiver havido condenação, depende do reconhecimento do bom comportamento 
carcerário do condenado. 
 
08. Acerca da parte geral do direito penal, assinale a opção correta. 
 
 A) A lei excepcional ou temporária aplica-se aos fatos praticados durante a sua vigência, salvo quando decorrido o 
período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram. 
 B) Com relação ao lugar do crime, aplica-se a teoria da atividade, considerando-se praticado o crime no lugar em 
que ocorreu a ação ou omissão, não onde se produziu ou deveria se produzir o resultado. 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 13 
 C) A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o 
resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
 D) Presentes os pressupostos legais da configuração do arrependimento eficaz, o efeito será a redução da pena de 
um terço a dois terços. 
 E) O Código Penal, em sua parte geral, estabelece, como regra, a possibilidade de o sujeito ativo do crime 
responder por crime culposo quando a lei não prevê a punição a título doloso, sem necessidade de previsão 
expressa do tipo culposo na parte especial. 
 
09. Dentre os casos de extraterritorialidade incondicionada da lei penal, previstos no Código Penal, NÃO se incluem 
os crimes cometidos: 
 
 A) contra a fé pública da União. 
 B) contra o patrimônio de autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público. 
 C) contra a administração pública, por quem está a seu serviço. 
 D) em aeronaves ou embarcações brasileiras. 
 E) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República. 
 
10. Considerando os princípios que regulam a aplicação da lei penal no tempo, pode-se afirmar que 
 
 A) não se aplica a lei nova, mesmo que favoreça o agente de outra forma, caso se esteja procedendo à execução 
da sentença, em razão da imutabilidade da coisa julgada. 
B) pela abolitio criminis se fazem desaparecer o delito e todos os seus reflexos penais, permanecendo apenas os 
civis. 
C) a lei excepcional ou temporáriaembora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a 
determinaram, não se aplica ao fato praticado durante a sua vigência. 
D) permanecendo na lei nova a definição do crime, mas aumentadas suas conseqüências penais, esta norma será 
aplicada ao autor do fato 
E) todas assertivas são incorretas. 
 
 
11. De acordo com a lei penal brasileira, o território nacional estende-se a 
 
 
A) embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se 
encontrem. 
B) embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública, desde que se encontrem no espaço aéreo brasileiro ou 
em alto-mar. 
C) aeronaves e embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, onde quer que se encontrem. 
D) embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública, desde que se encontrem a serviço do governo 
brasileiro. 
E) aeronaves e embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, desde que estejam a serviço do 
governo do Brasil e se encontrem no espaço aéreo brasileiro ou em alto-mar. 
 
12. No tocante à aplicação da lei penal, 
 A) a lei brasileira adotou a teoria da ubiquidade quanto ao lugar do crime. 
 B) a lei penal mais grave não se aplica ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à 
cessação da continuidade ou da permanência, segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal. 
 C) a lei brasileira adotou a teoria do resultado quanto ao tempo do crime. 
 D) o dia do fim inclui-se no cômputo do prazo, contando- se os meses e anos pelo calendário comum, desprezados 
os dias. 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 14 
 E) compete ao juízo da causa a aplicação da lei mais benigna, ainda que transitada em julgado a sentença 
condenatória, segundo entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça. 
 
13. A norma inserida no art. 7.º, inciso II, alínea "b", do Código Penal - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora 
cometidos no estrangeiro (...) os crimes (...) praticados por brasileiro - encerra o princípio 
 A) da universalidade ou da justiça mundial. 
B) da territorialidade. 
C) da nacionalidade ou da personalidade ativa. 
D) real, de defesa ou da proteção de interesses. 
 
14. O Código Penal Brasileiro, em seu art. 6.º, como lugar do crime, adota a teoria 
 A) da atividade ou da ação. 
B) do resultado ou do evento. 
C) da ação ou do efeito. 
D) da ubiquidade. 
 
15. Em tema de aplicação da lei penal, considere as afirmativas abaixo. 
 
I. O princípio da legalidade é conhecido pela seguinte expressão latina: nullum crimen, nulla poena sine lege. 
II. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime. 
III. Praticado um fato que, posteriormente, a lei defina como crime, o seu autor pode ser punido se ainda não tiver 
ocorrido a prescrição. 
IV. Se o autor de um fato está respondendo a processo por contravenção penal e, posteriormente, a lei venha a 
definir esse fato como crime, a denúncia pode ser aditada para que o agente responda de acordo com a nova 
classificação. 
V. Mesmo que a lei nova deixe de incriminar certa conduta, antes definida como crime, o réu continua a responder 
ao processo porque quando praticou o fato a lei assim o considerava. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 A) I e II. 
B) I, III e IV. 
C) II, III e V. 
D) IV e V. 
E) II, IV e V. 
 
 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 15 
16. A respeito da Lei penal no tempo e no espaço considere: 
 
I. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a 
execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 
 
II. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por 
sentença condenatória transitada em julgado. 
 
III. Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações brasileiras de 
natureza pública, privada ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem. 
 
IV. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes contra o patrimônio ou a fé pública de 
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público. 
 
De acordo com o Código Penal brasileiro, está correto o que consta APENAS em: 
 
 A) II, III e IV. 
 B) I, II e III. 
 C) I, II e IV. 
 D) III e IV. 
 E) I e II. 
 
17. Tendo em conta o Princípio da Reserva Legal, é correto afirmar que 
A) é lícita a aplicação de pena não prevista em lei se o fato praticado pelo agente for definido como crime no tipo 
penal. 
B) o juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do máximo previsto em lei, aplicando os costumes 
vigentes na localidade em que ocorreu. 
C) é vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato não previsto em lei como crime, mesmo sendo 
semelhante a outro por ela definido. 
D) fica ao arbítrio do juiz determinar a abrangência do preceito primário da norma incriminadora se a des- 
crição do fato delituoso na norma penal for vaga e indeterminada. 
E) o juiz tem o poder de impor sanção penal ao autor de um fato não descrito como crime na lei penal, se 
esse fato for imoral, anti-social ou danoso à sociedade. 
 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 16 
18. Tício praticou um delito, foi processado e condenado. Um dia após o trânsito em julgado da sentença 
condenatória, uma lei nova, mantendo a mesma descrição do fato delituoso, modificou a pena cominada para esse 
delito. Nesse caso, 
A) aplica-se sempre a lei nova, se o agente ainda não tiver cumprido a pena imposta. 
B) não se aplica a lei nova, por já ter ocorrido o trânsito em julgado da sentença. 
C) aplica-se a lei nova, ainda que imponha sanção mais severa. 
D) aplica-se a lei nova, se for mais benéfica ao autor do delito. 
E) não se aplica a lei nova em razão do princípio constitucional da anterioridade da lei penal. 
 
19. A absorção do crime-meio pelo crime-fim configura aplicação do princípio da 
 
A) consunção. 
B) especialidade. 
C) subsidiariedade. 
D) sucessividade. 
E) alternatividade. 
 
20. O postulado da fragmentariedade em matéria penal relativiza 
 
A) a função de proteção dos bens jurídicos atribuída à lei penal. 
B) o caráter estritamente pessoal que decorre da norma penal. 
C) a proporcionalidade entre o fato praticado e a conseqüência jurídica. 
D) a dignidade humana como limite material à atividade punitiva do Estado. 
E) o concurso entre causas de aumento e diminuição de penas. 
 
 
 
ASSUNTO : TEORIA GERAL DO DELITO E CONCURSO DE PESSOAS 
 
21. Paulo foi até a casa de Pedro e ministrou-lhe dose letal de veneno, retirando-se, em seguida, do local. Antes de 
Pedro começar a sentir os efeitos do veneno, o teto do imóvel desabou e Pedro foi atingido por uma viga, vindo a 
falecer por traumatismo craneano. Nesse caso, Paulo 
 
A) responde por tentativa de homicídio, pois causa superveniente por si só produziu o resultado. 
B) responde por homicídio porque deu início à execução desse delito, que veio a se consumar. 
C) responde por homicídio porque a causa superveniente encontrava-se na linha de desdobramento da sua 
conduta. 
D) não responde por nenhum delito porque o evento morte ocorreu em decorrência de causa superveniente 
absolutamente independente. 
E) responde por lesões corporais por ter feito Pedro ingerir substância nociva à sua saúde. 
 
22. No peculato culposo,a reparação do dano 
 
A) se precede à sentença irrecorrível, reduz de um terço até a metade a pena imposta. 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 17 
B) se precede ao recebimento da denuncia, extingue a punibilidade e se lhe é posterior, reduz de um terço a pena 
imposta. 
C) se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade e se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. 
D) não extinguirá, em nenhuma hipótese, a punibilidade, uma vez que para a caracterização do tipo penal do 
peculato é irrelevante a efetiva obtenção da vantagem ilícita. 
E) se precede ao recebimento da denuncia, reduz de um terço até a metade a pena imposta. 
 
23. Exclui a culpabilidade: 
 
A) o consentimento do ofendido em todos os crimes. 
B) ato involuntário. 
C) legítima defesa. 
D) paixão e emoção. 
E) coação moral irresistível. 
 
24.São elementos da culpabilidade: 
 
A) ação e omissão. 
B) legítima defesa e estado de necessidade. 
C) imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa. 
D) dolo e culpa. 
E) exercício regular de direito e estrito cumprimento do dever 
legal. 
 
25. Constitui excludente da antijuridicidade: 
 
A) obediência a ordem superior hierárquica. 
B) coação moral irresistível. 
C) sonambulismo. 
D) exercício regular de direito. 
E) erro de proibição. 
 
26. Constitui excludente da tipicidade: 
 
A) legítima defesa. 
B) estado de necessidade. 
C) princípio da insignificância. 
D) exigibilidade de conduta diversa. 
E) erro de tipo escusável. 
 
27. Assinale a alternativa INCORRETA: 
 
A) Crime Impossível é quando a tentativa, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, 
não é punida, pois, é impossível consumar-se o crime. 
B) Diz-se o crime tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do 
agente. 
C) Diz-se o crime consumado, quando, nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal. 
D) Arrependimento Posterior é quando o agente ativo, em qualquer crime, reparando o dano ou restituindo a coisa, 
até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente ativo, a pena será reduzida de um a dois 
terços. 
42 
28. Com relação a tipicidade, ilicitude e culpabilidade, assinale a 
opção incorreta. 
 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 18 
A) Há exclusão da tipicidade e, portanto, não há crime, quando a conduta da vida não se encontra descrita em 
nenhum tipo legal. 
B) A ilicitude é a contradição entre o ordenamento jurídico e a conduta pela qual a ação ou a omissão típicas tornam-
se ilícitas. 
C) Se o indivíduo X mata o indivíduo Y em estado de necessidade, esse fato reveste-se de tipicidade, porquanto 
subsume-se no tipo legal do art. 121 do Código Penal (homicídio). 
D) A errada compreensão de determinada regra legal pode levar o agente a supor que certa conduta injusta seja 
justa. Nesse caso, trata-se do que a doutrina convencionou chamar de erro 
de proibição, causa excludente da culpabilidade, quando escusável. 
E) Todo fato típico é também ilícito, pois, além da adequação do fato concreto ao tipo legal, para que haja tipicidade, 
é necessário que a conduta não esteja acobertada por excludente de ilicitude. 
 
 
29. Os crimes distinguem-se das contravenções porque: 
 
A) são atos ilícitos; 
B) suas penas privativas de liberdade são de reclusão e detenção; 
C) violam bens jurídicos; 
D) exigem culpabilidade do agente; 
E) podem ser praticados em concurso de agentes. 
 
30. Exclui a culpabilidade: 
 
A) a embriaguez completa e voluntária; 
B) a doença mental, por si só; 
C) a obediência à ordem legal; 
D) a obediência à ordem não manifestamente ilegal; 
E) a coação física. 
 
31. São insuscetíveis de fiança, anistia, graça e indulto, 
A) o latrocínio, a prática de tortura e o atentado ao pudor mediante fraude. 
B) o estupro, o terrorismo e a corrupção de menores. 
C) o genocídio, a extorsão qualificada pela morte e a falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância 
ou produtos alimentícios. 
D) o atentado violento ao pudor, a epidemia com resultado morte e o tráfico ilícito de entorpecentes. 
 
32. Segundo a teoria finalista da ação, a imputabilidade é 
 
A) elemento da tipicidade. 
B) elemento da antijuridicidade. 
C) elemento da culpabilidade. 
D) elemento do dolo. 
E) condiciona-se pela co-delinqüência. 
 
 
33. Com relação ao Direito Penal, assinale a opção correta. 
 
A) Ante o silêncio da lei, os crimes nela definidos devem ser considerados culposos. 
B) O crime é doloso quando o agente assume o risco de produzir o resultado. 
C) A coação irresistível é causa excludente da ilicitude. 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 19 
D) O arrependimento eficaz é causa de diminuição da pena. 
E) O princípio da reserva legal é inaplicável às contravenções. 
 
34. Julgue os seguintes itens 
 
I - A obediência hierárquica é causa excludente de culpabilidade. 
II - A diferença entre roubo e o furto reside no fato de que, no primeiro crime, o agente, para subtrair a coisa 
alheia móvel, faz uso de violência ou grave ameaça contra a vítima. 
III-No crime de exercício arbitrário das próprias razões, somente se procede mediante queixa, se ele for 
praticado sem o emprego de violência. 
IV- Somente a lei pode definir como crime uma determinada conduta. 
V - Caracteriza o delito de corrupção passiva a conduta do funcionário que, em razão da função exercida, exige, 
para si ou para outrem, vantagem indevida. 
 
A quantidade de itens certos é igual a 
(A) 1. (B) 2. (C) 3. (D) 4. 
 
35. Jerônimo paga o pistoleiro Odivan para que este mate Juan, um desafeto de longa data. Preparada a 
emboscada, o pistoleiro, depois de efetuar o primeiro tiro, que produz lesões leves em Juan, resolve, atendendo à 
súplica deste pela própria vida, abandonar a execução e fugir com o dinheiro de Jerônimo. Neste caso, 
 
A) respondem Jerônimo e Odivan por homicídio qualificado tentado. 
B) responde Jerônimo por homicídio qualificado tentado, e Odivan, por lesões corporais leves. 
C) respondem Jerônimo e Odivan por lesões corporais leves. 
D) responde apenas Jerônimo por lesões corporais leves. 
 
36. Paulo, para defender-se da agressão de João, retira violentamente a arma que está na posse de Aldo, 
causando-lhe lesões leves, e atira contra o agressor. Neste caso, haverá 
 
A) legítima defesa putativa e legítima defesa sucessiva. 
B) estado de necessidade e exercício regular de direito. 
C) legítima defesa e estado de necessidade. 
D) legítima defesa e estrito cumprimento de dever legal. 
 
37. No Direito Penal brasileiro, a responsabilidade do agente que comete um ilícito penal é 
 
A) objetiva, pois deve ser considerada a intenção do agente para produzir o ilícito penal. 
B) subjetiva, pois deve ser considerada a intenção do agente no resultado produzido. 
C) subjetiva e objetiva: subjetiva, ao se considerar a intenção do agente para produzir o ilícito penal, e objetiva, ao 
se analisar o resultado produzido. 
D) objetiva, pois devem ser consideradas a ação e a omissão do agente para produzir o ilícito penal. 
Acerca do fato típico, julgue os itens a seguir. 
 
38. De acordo com a doutrina naturalista da ação, o dolo tem caráter normativo, sendo necessário que o agente, 
além de ter consciência e vontade, saiba que a conduta praticada é ilícita. 
 
39. Na denominada culpa imprópria, o agente supõe, por incidir em erro de tipo inescusável, estar diante de causa 
de exclusão de ilicitude que justificaria a prática de uma conduta típica. 
 
Professor Joerberth NunesCurso Polícia Rodoviária Federal - 2013 20 
40. Considere a seguinte situação hipotética. Ailton, visando tirar a vida de Ernesto, agrediu-lhe com um facão. 
Levado ao hospital, Ernesto recebeu atendimento médico, mas veio a falecer, após seu quadro ter-se agravado em 
decorrência de infecção dos ferimentos. Nessa situação, Ailton responderá tão-somente pelo crime de tentativa de 
homicídio, uma vez que ocorreu causa relativamente independente, que afasta a responsabilidade desse pela morte 
de Ernesto. 
 
41. Pela teoria da tipicidade conglobante, a realização de cirurgia curativa não pode ser considerada fato típico, uma 
vez que a conduta é fomentada pelo ordenamento jurídico. Há, portanto, exclusão da própria tipicidade, sendo 
afastada a aplicação da excludente de ilicitude representada pelo exercício regular de direito. 
 
42. O erro de tipo essencial que recai sobre uma elementar do tipo afasta, sempre, o dolo do agente, restando 
apenas responsabilidade por crime culposo, se houver previsão legal. Julgue os seguintes itens, relacionados a 
culpabilidade, concurso de crimes, ação penal e(ou) prescrição da pretensão punitiva. 
 
43. Cometido crime mediante coação moral irresistível ou em obediência a ordem não-manifestamente ilegal de 
superior hierárquico, resta afastada a culpabilidade do agente, respondendo apenas o autor da coação ou da ordem, 
que será considerado autor mediato do delito praticado. 
 
44. . Considere a seguinte situação hipotética.Haroldo foi processado por crime contra a ordem tributária, ao omitir o 
recolhimento de tributo cobrado de terceiro, na qualidade de sujeito passivo da obrigação tributária. A pena prevista 
para o crime cometido é a detenção de seis meses a dois anos e multa, e Haroldo foi condenado à pena de oito 
meses de detenção e multa. Nessa situação, de acordo com a jurisprudência do STJ, Haroldo pode obter a 
substituição da pena privativa de liberdade a que foi submetido por pena restritiva de direitos ou por multa. 
 
45. Inácio, necessitando de dinheiro, resolveu subtrair R$ 100,00 de Teodora, sua mãe, de 61 anos de idade. Nessa 
situação, embora a conduta se enquadre no crime de furto, incide escusa absolutória, por ter sido cometido contra 
ascendente, não estando Inácio sujeito à aplicação de pena. 
 
46. Petrônio, não tendo pago o IPVA de 2004, falsificou o certificado de licenciamento de seu veículo e utilizou o 
documento falsificado em diversas ocasiões. Nessa situação, há amparo na jurisprudência do STJ para se afirmar 
que Petrônio cometeu somente o crime de falsificação de documento, sendo o uso da documentação absorvido, de 
acordo com o princípio da consunção. 
 
 
47. Estêvão, jornalista, atribuiu falsamente a Alexandre, servidor público, a responsabilidade pelo crime de emprego 
irregular de verbas, afirmando que este teria realizado festa popular utilizando-se de valores pertencentes à 
administração pública e destinados por lei à compra de remédios para hospital. Nessa situação, tendo sido a notícia 
publicada em jornal, em artigo assinado por Estêvão, esse responderá pelo crime de calúnia, incidindo causa de 
aumento de pena, por ter sido o delito cometido por meio que facilita a divulgação. 
 
48. Iolanda, mãe de Paulo, prestou-lhe auxílio para tornar seguro o proveito obtido pelo filho com a prática do crime 
de furto. Nessa situação, em razão do parentesco, Iolanda não responderá pelo crime de favorecimento real, 
estando amparada por causa de isenção de pena. 
 
 
49. Manoel, funcionário público, em razão de seu comportamento negligente, concorreu, culposamente, para que 
fosse subtraído bem de propriedade da administração pública. Denunciado por peculato culposo, a denúncia foi 
recebida e Manoel foi devidamente citado. Após o interrogatório, Manoel resolveu reparar o dano patrimonial 
causado à administração. Nesse caso, Manoel será beneficiado pela extinção da punibilidade, não estando sujeito a 
nenhuma conseqüência de natureza penal. 
 
50. Ricardo, funcionário público, visando satisfazer interesse pessoal, deixou de responsabilizar Alex, seu 
subordinado, que cometera infração no exercício do cargo. Nessa situação, Ricardo cometeu o crime de 
condescendência criminosa. 
 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 21 
51. Sandro, servidor público, deixou de praticar ato de ofício a que estava obrigado, cedendo a pedido de 
Mariângela. Nesse caso, consumou-se o crime de corrupção passiva. 
 
 
52 . Antônio cometeu crime de roubo contra Tadeu, ao subtrairlhe uma máquina fotográfica digital. Nessa situação, 
caso Antônio restitua o bem subtraído antes do oferecimento da denúncia, incidirá causa de redução de pena, por 
configurar-se o arrependimento posterior. 
 
53. O sujeito ativo que pratica crime em face de embriaguez voluntária ou culposa responde pelo crime praticado. 
Adota-se, no caso, a teoria da conditio sine qua non para se imputar ao sujeito ativo a responsabilidade penal. 
 
54. De acordo com o sistema adotado pelo Código Penal, é possível impor aos partícipes da mesma atividade 
delituosa penas de intensidades desiguais. 
 
55. Hugo é um agente de polícia civil que realizou interceptação de comunicação telefônica sem autorização 
judicial. Nessa situação, o ato de Hugo, apesar de violar direitos fundamentais, não constitui crime hediondo. 
 
56. Carlos subtraiu R$ 10.000,00 de seu pai enquanto este dormia. Nessa situação, Carlos não é isento de pena. 
 
57. Fernando trabalhava em um circo como atirador de facas. Em uma de suas apresentações, deveria atirar uma 
faca em uma maçã localizada em cima da cabeça de Mércia. Acreditando sinceramente que não lesionaria Mércia, 
em face de sua habilidade profissional, atirou a faca. Com tal conduta, lesionou levemente o rosto da vítima, errando 
o alvo inicial. Nessa situação, Fernando praticou lesão corporal dolosa de natureza leve, na modalidade dolo 
eventual. 
 
58. Bruno, vendo seu inimigo Rodolfo aproximar-se com um revólver em mãos e, supondo que seria morto, 
antecipou-se e desferiu contra ele um tiro fatal. Posteriormente, verificou-se que a arma que Rodolfo segurava era 
de brinquedo. Nessa situação, Bruno responderá por homicídio culposo. 
 
 
59. No concurso de pessoas, o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio são puníveis mesmo que o crime 
não chegue a ser tentado. 
 
60. A embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos, é causa de exclusão da 
imputabilidade penal. 
 
61. Os crimes contra a administração pública são classificados como crimes próprios, tendo em vista que é 
elementar do delito o sujeito ativo ser funcionário público. 
 
62. Antônio, após ter sido ferido mortalmente por Pedro, foi transportado para hospital, onde faleceu em virtude de 
queimaduras provocadas em um incêndio. Nessa situação, a causa provocadora da morte é relativamente 
independente em causa provocadora da morte é relativamente independente em relação à conduta de Pedro, que 
responderá apenas pelos atos praticados, ou seja, por tentativa de homicídio. 
 
63. Após abordar Ricardo e ameaçá-lo com o uso de arma de fogo, José levou o dinheiro e o celular da vítima. Dias 
depois, arrependido, José devolveu os bens ao legítimo dono, que já havia registrado ocorrência da delegacia. 
Nessa situação, José terá sua pena reduzida, em face de o arrependimento posterior ter ocorrido antes de oferecida 
a denúncia. 
 
64. Max, exímio nadador, convidou um amigo a acompanhá-lo em longo nado. Em dado momento, percebeu que o 
companheiro começava a se afogar e não o socorreu, deixando-o morrer. Nesta situação, a omissão de socorro é 
penalmente relevante, em razão de Max estar em posição de garantidor. 
 
65. Carlos pretendia atirar em Manoel, que se encontrava conversando com a outra pessoa. Carlos percebeuque, 
se atirasse, poderia atingir o terceiro. Sendo-lhe, porém essa possibilidade indiferente, desfechou tiros contra a 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 22 
vítima, matando também o terceiro. Nessa situação, Carlos responderá por dois crimes de homicídio, o primeiro a 
título de dolo direto e o segundo a título de culpa consciente. 
 
66. Durante atividade docente, um professor de anatomia feriu pessoa viva, por imaginar trata-se de cadáver. Nessa 
situação, o professor não responderá por crime por agir com ausência de dolo ou culpa. 
 
67. Configurar-se-á a participação criminosa quando houver o acordo prévio de vontades entre autor e partícipe. 
 
68. É cabível o perdão judicial ao autor da injúria quando o ofendido tiver provocado, diretamente e de forma 
reprovável, a ofensa. 
 
69. Considerar-se-á reincidente aquele que, contemplado com benefício do indulto, cometer novos delitos. 
 
70. A norma que impõe determinada sanção a quem vende mercadoria por preço superior ao oficialmente tabelado, 
incorrendo no crime contra a ordem econômica, é norma penal em branco. 
 
71. Ocorrido crime de homicídio no interior de navio militar inglês ancorado em porto brasileiro, pelo princípio da 
territorialiedade, aplicar-se-á ao autor do fato a lei penal brasileira. 
 
72. Um bombeiro que deixa de atender a um incêndio, em que pessoas são lesionadas, para atender a outro 
sinistro, de maior gravidade, age em estado de necessidade. 
 
73. Presume-se de forma absoluta a inimputabilidade ao menor de 18 anos, segundo o critério biológico adotado 
pela lei penal brasileira para tal aferição. 
 
74. O servidor público que subtrai armas que estejam sob a guarda da administração, valendo-se da sua qualidade 
de funcionário, praticará o delito de peculato. 
 
75. Um indivíduo, exercendo suas funções de tesoureiro em uma repartição pública estadual, apropriou-se de certa 
quantia em dinheiro de que detinha a posse em razão do cargo para o pagamento de funcionários. Nesse caso, ele 
responderá pelo crime de apropriação indébita. 
 
 
76. Em relação aos pressupostos teóricos da figura da desistência voluntária, assinale a opção correta. 
A) Para que se possa falar em desistência voluntária, é preciso que o agente já tenha ingressado na fase dos atos 
de execução do delito, pois, caso o agente se encontre praticando atos preparatórios, sua conduta será considerada 
um indiferente penal. 
B) A desistência voluntária, para configurar-se, necessita que o ato criminoso não ocorra em circunstâncias que 
dependam diretamente da vontade do autor do delito. 
C) A concretização da desistência exige tanto a voluntariedade da conduta do agente quanto a espontaneidade do 
ato. 
D) Segundo a fórmula de Frank, quando, na análise do fato, se verificar que o agente pode prosseguir mas não 
quer, o caso é de crime tentado e quando o agente quer prosseguir, mas não pode, o caso é de desistência 
voluntária. 
 
 
77. Constituem elementos do estado de necessidade: 
A) Perigo atual ou iminente, que o agente não tenha provocado, nem podia de outro modo ter evitado. 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 23 
B) Reação à injusta agressão, atual ou iminente, fazendo uso dos meios necessários moderadamente. 
C) Agressão atual, defesa de direito próprio ou de outrem e reação moderada. 
D) Existência de perigo atual, cujo sacrifício, nas circunstâncias era razoável exigir-se. 
E) Defesa de direito próprio ou de outrem, voluntariamente provocado pelo agente e exigibilidade de conduta 
diversa. 
 
78. Leia com atenção as assertivas abaixo e assinale a alternativa INCORRETA: 
 A) o estado de necessidade pode ser alegado por quem não tinha o dever legal de enfrentar o perigo; 
 B) na legítima defesa há ação em razão de um perigo e não de uma agressão; 
 C) a legítima defesa é uma das causas excludentes da antijuridicidade; 
 D) mesmo em caso de exercício regular de um direito, o agente responderá pelo excesso doloso ou culposo; 
 E) não respondida. 
 
79. Quando o resultado do crime surge ao mesmo tempo em que se desenrola a conduta como no crime de injúria 
verbal, é CORRETO defini-lo como 
A) crime de mera conduta – o resultado naturalístico não é apenas irrelevante, mas impossível. É o caso de 
desobediência, violação de domicílio, em que não existe nenhum resultado que provoque modificação no mundo 
concreto. 
B) crime impróprio – não existe essa classificação. O contrário de crime próprio (só pode ser cometido por 
determinada pessoa ou categoria de pessoas, como os crimes contra a administração pública) é o crime comum, 
que pode ser cometido por qualquer pessoa. 
C) crime formal – o tipo não exige a produção do resultado naturalístico para a sua consumação, embora seja 
possível sua ocorrência. O resultado é, todavia, irrelevante. No caso, a injúria (ofender a intimidade de alguém) é 
crime formal pois independe do resultado. 
D) crime material – é o contrário do crime formal, pois exige o resultado naturalístico para a sua consumação (morte 
para o homicídio, subtração, para o furto; a conjunção carnal ou ato libidinoso diverso, para o estupro). 
 
80. Quando o tipo penal exige para a consumação do delito a produção de um dano efetivo, o crime é 
A) de perigo concreto. 
B) formal. 
C) de mera conduta. 
D) material. 
E) de perigo abstrato. 
 
 
 
81. Sobre a teoria geral do delito, é correto afirmar: 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 24 
 
 A) O erro de tipo afeta a compreensão da tipicidade subjetiva culposa, enquanto o erro de proibição afeta 
o entendimento sobre a ilicitude do agente que praticou o injusto penal, podendo levar à sua exclusão. 
B) O erro de tipo tem como consequência jurídica a exclusão do dolo e, portanto, a exclusão da tipicidade dolosa 
da conduta, podendo, no caso penal concreto, ser vencível ou invencível. 
C) O fato de um consumidor de uma loja de jóias tocar um abajur sem saber que serve de apoio a uma 
prateleira, que despenca e quebra uma rara peça de arte é exemplo de erro de proibição. 
D) Havendo orientação da Autoridade Administrativa acerca da legitimidade da conduta, a prática da ação realiza-
se coberta pela boa-fé de que não é a mesma ilegal, atuando o agente em erro de tipo permissivo. 
E) A partir da adoção da teoria limitada da culpabilidade pelo Código Penal, tanto na hipótese de ser o erro de tipo 
essencial vencível quanto na hipótese de ser invencível, a consequência jurídica é a exclusão do juízo de 
culpabilidade do agente que se equivoca em relação às circunstâncias concomitantes do ato praticado. 
 
82. Sobre a teoria geral do delito, é correto afirmar: 
A) Na concorrência plúrima, o instituto da cooperação dolosamente diversa ocorre quando todos os agentes, 
mesmo sem vínculo subjetivo, se comportam para o mesmo fim, mas desconhecem a conduta alheia. 
B) Nas descriminantes putativas é isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, 
supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima, havendo também isenção de pena quando o erro 
deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo. 
C) Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente 
ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem, atuando o coacto com excludente legal 
de culpabilidade. 
D) O crime impossível é causa legal de exclusão da ilicitude, ocorrendo quando o agente, por ineficácia 
absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto,não consegue consumar o crime. 
 E) No concurso formal de crimes, o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, que pratica dois ou 
mais crimes, idênticos ou não, é punido aplicando-se cumulativamente as penas privativas de liberdade 
em que haja incorrido, mesmo que a ação ou omissão seja dolosa e os crimes concorrentes decorram de desígnios 
autônomos. 
 
83. Amaro, durante uma calorosa discussão no trânsito, desferiu, com intenção homicida, dois tiros de revólver em 
Bernardo. Mesmo dispondo de mais munição e podendo prosseguir, Amaro arrependeu-se, desistiu de continuar a 
ação criminosa e prestou imediato socorro a Bernardo, levando-o ao hospital mais próximo. A atitude de Amaro foi 
fundamental para a preservação da vida do Bernardo, que, contudo, teve sua integridade física comprometida, 
ficando incapacitado para suas ocupações habituais, por sessenta dias, em decorrência das lesões provocadas 
pelos disparos. 
 
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. 
 
A) Amaro deve responder pelo delito de tentativa de homicídio. 
B) A atitude de Amaro caracteriza desistência voluntária, ficando excluída a ilicitude de sua conduta. 
C) A atitude de Amaro caracteriza arrependimento posterior, tornando-o isento de pena. 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 25 
D) Amaro deve responder apenas pelo delito de lesão corporal de natureza grave. 
 
 
 
84. Em relação à classificação das infrações penais, assinale a opção correta. 
 
A) Crimes hediondos são os previstos como tal na lei específica, e crimes assemelhados a hediondos são todos 
aqueles delitos que, embora não estejam previstos como tal na lei, causem repulsa social, por sua gravidade e 
crueldade. 
B) Crime próprio é sinônimo de crime de mão própria. 
C) Crime unissubsistente é o que se consuma com a simples criação do perigo para o bem jurídico protegido, sem 
produzir dano efetivo. 
D) No crime comissivo por omissão, o agente responde pelo resultado, e não, pela simples omissão, uma vez que 
esta é o meio pelo qual o agente produz o resultado. 
 
85. De acordo com o art. 14, inciso II, do CP, diz-se tentado o crime quando, iniciada a execução, este não se 
consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Em relação ao instituto da tentativa (conatus) no 
ordenamento jurídico brasileiro, assinale a opção correta. 
 
A) A tentativa determina a redução da pena, obrigatoriamente, em dois terços. 
B) As contravenções penais não admitem punição por tentativa. 
C) O crime de homicídio não admite tentativa branca. 
D) Considera-se perfeita ou acabada a tentativa quando o agente atinge a vítima, vindo a lesioná-la. 
 
86. Com relação ao dolo e à culpa, assinale a opção correta. 
 
A) A conduta culposa poderá ser punida ainda que sem previsão expressa na lei. 
B) Caracteriza-se a culpa consciente caso o agente preveja e aceite o resultado de delito, embora imagine que sua 
habilidade possa impedir a ocorrência do evento lesivo previsto. 
C) Caracteriza-se a culpa própria quando o agente, por erro de tipo inescusável, supõe estar diante de uma causa 
de justificação que lhe permite praticar, licitamente, o fato típico. 
D) Considere que determinado agente, com intenção homicida, dispare tiros de pistola contra um desafeto e, 
acreditando ter atingido seu objetivo, jogue o suposto cadáver em um lago. Nessa situação hipotética, caso se 
constate posteriormente que a vítima estava viva ao ser atirada no lago, tendo a morte ocorrido por afogamento, fica 
caracterizado o dolo geral do agente, devendo este responder por homicídio consumado. 
 
87. A respeito do crime de omissão de socorro, assinale a opção correta. 
 
A) O crime de omissão de socorro é admitido na forma tentada. 
B) É impossível ocorrer participação, em sentido estrito, em crime de omissão de socorro. 
C) A omissão de socorro classifica-se como crime omissivo próprio e instantâneo. 
D) A criança abandonada pelos pais não pode ser sujeito passivo de ato de omissão de socorro praticado por 
terceiros. 
 
88. Em relação às causas de exclusão de ilicitude, assinale a opção incorreta. 
 
A) Um bombeiro em serviço não pode alegar estado de necessidade para eximir-se de seu ofício, visto que tem o 
dever legal de enfrentar o perigo. 
B) Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta 
C) Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por 
sua vontade nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era 
razoável exigir-se. 
D) Considera-se causa supralegal de exclusão de ilicitude a inexigibilidade de conduta diversa. 
QUESTÃO 90 
QUESTÃO 91 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 26 
89. Acerca dos institutos da desistência voluntária, do arrependimento eficaz e do arrependimento posterior, assinale 
a opção correta. 
 
A) Crimes de mera conduta e formais comportam arrependimento eficaz, uma vez que, encerrada a execução, 
o resultado naturalístico pode ser evitado. 
B) A natureza jurídica do arrependimento posterior é a de causa geradora de atipicidade absoluta da conduta, que 
provoca a adequação típica indireta, de forma que o autor não responde pela tentativa, mas pelos atos até então 
praticados. 
C) O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza 
responderá pelo crime consumado com causa de redução de pena de um a dois terços. 
D) A desistência voluntária e o arrependimento eficaz, espécies de tentativa abandonada ou qualificada, passam por 
três fases: o início da execução, a não consumação e a interferência da vontade do próprio agente. 
 
 
90. De acordo com o Código Penal, salvo exceção, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém 
resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa caso o fato sejaprevisto como crime culposo. 
Entretanto, se ocorrer, também, o resultado pretendido, o agente 
 
A) não responderá por ele, sob pena de responsabilidade penal objetiva. 
B) responderá por ele, segundo a regra do concurso formal. 
C) responderá por ele, segundo a regra do concurso material. 
D) não responderá por ele, sob pena de bis in idem. 
 
91. Constitui crime omissivo próprio 
A) a falsidade de atestado médico. 
B) o atentado ao pudor mediante fraude. 
C) o abandono intelectual. 
D) a mediação para servir a lascívia de outrem. 
 
92. Com relação às causas excludentes de ilicitude (ou antijuridicidade), assinale a opção correta. 
 
A) Agem em estrito cumprimento do dever legal policiais que, ao terem de prender indiciado de má fama, atiram 
contra ele para dominá-lo. 
B) O exercício regular do direito é compatível com o homicídio praticado pelo militar que, em guerra externa ou 
interna, mata o inimigo. 
C) Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar-se de perigo atual ou iminente que não 
provocou por sua vontade ou era escusável. 
D) Supondo o agente, equivocadamente, que está sendo agredido, e repelindo a suposta agressão, configura-se a 
legítima defesa putativa, considerada na lei como caso sui generis de erro de tipo, o denominado erro de tipo 
permissivo. 
 
 
93. Acerca do dolo e da culpa, assinale a opção correta. 
 
A) Quando o agente comete erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime, exclui-se o dolo, embora seja 
permitida a punição por crime culposo, se previsto em lei. 
B) Quando o agente, embora não querendo diretamente praticar a infração penal, não se abstém de agir e, com 
isso, assume o risco de produzir o resultado que por ele já havia sido previsto e aceito, há culpa consciente. 
C) Quando o agente deixa de prever o resultado que lhe era previsível, fica caracterizada a culpaimprópria e o 
agente responderá por delito preterdoloso. 
D) Quando o agente, embora prevendo o resultado, não deixa de praticar a conduta porque acredita, sinceramente, 
que esse resultado não venha a ocorrer, caracteriza-se a culpa inconsciente. 
 
94. Alonso, com evidente intenção homicida, praticou conduta compatível com a vontade de matar Betina. A partir 
dessa situação hipotética, assinale a opção correta. 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 27 
 
A) Caso Alonso interrompesse voluntariamente os atos de execução, caracterizar-se-ia desistência voluntária, e ele 
só responderiapelos atos já praticados. 
B) Caso Alonso utilizasse os meios que tinha ao seu alcance para atingir a vítima, mas não conseguisse fazê-lo, ele 
só responderia por expor a vida de terceiro a perigo. 
C) Caso Alonso fosse interrompido, durante os atos de execução, por circunstâncias alheias à sua vontade, não 
chegando a fazer tudo que pretendia para consumar o crime, não se caracterizaria a tentativa de homicídio, mas 
lesão corporal. 
D) Caso Alonso não fosse interrompido e, após praticar tudo o que estava ao seu alcance para consumar o crime, 
resolvesse impedir o resultado, obtendo êxito neste ato, caracterizar-se-ia o arrependimento posterior, mas ficaria 
afastado o arrependimento eficaz. 
 
95.. É elemento do crime culposo 
 
A) a observância de um dever objetivo de cuidado. 
B) o resultado lesivo não querido, mas assumido, pelo agente. 
C) a conduta humana voluntária, sempre comissiva. 
D) a previsibilidade. 
96. Em matéria de concurso de pessoas, 
A) todos os concorrentes respondem pelo mesmo crime, independentemente da culpabilidade de cada qual, pois 
adotada em nossa legislação a teoria monista. 
B) o concurso é necessário quando o crime é plurissubjetivo. 
C) a participação de menor importância constitui circunstância atenuante. 
D) a coautoria prescinde da execução de comportamento que a lei define como crime. 
E) é desnecessário vínculo subjetivo ou psicológico entre os concorrentes. 
 
 
97. Analise as seguintes afirmativas e assinale a CORRETA. 
A) Casa de albergado é para cumprimento de pena dos condenados primários. 
B) Não há tentativa em crime culposo. 
C) No concurso material de crimes o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes. 
D) Partícipes são os que realizam ações rápidas essenciais, descritas no tipo. 
 
98. Em relação ao concurso de pessoas e ao crime continuado, assinale a opção correta. 
A) A jurisprudência do STJ e do STF é firme quanto à impossibilidade de se admitir a participação do advogado que 
ilicitamente instrui a testemunha no crime de falso testemunho, por se tratar de delito de mão própria, devendo a 
punição do causídico limitar-se à esfera administrativa junto ao Conselho Seccional da OAB. 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 28 
B) Em face do art. 29, caput, segundo o qual, quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a 
este cominadas, na medida de sua culpabilidade, é correto afirmar que o CP, em relação à natureza jurídica do 
concurso de pessoas, adotou, em regra, a teoria dualista. 
C) Se algum dos agentes quis participar de crime menos grave, deve ser-lhe aplicada a pena deste, exceto na 
hipótese de ter sido previsível o crime mais grave, situação em que todos os agentes respondem por este delito. 
D) Em relação à unidade de desígnios para o reconhecimento da figura do crime continuado, o CP, adotando a 
teoria subjetiva, exige que o agente tenha atuado com a intenção de praticar todos os delitos em continuidade. 
E) O crime continuado é uma ficção jurídica, pois há uma pluralidade de delitos, mas o legislador presume que eles 
constituem um só crime, apenas para efeito de sanção penal. 
 
99. No concurso de pessoas, previsto no art. 29 do Código Penal, 
A) admite-se a co-autoria em crime omissivo próprio, não se admitindo, porém, a participação. 
B) é possível a autoria mediata em qualquer infração Penal. 
C) partícipe é quem realiza diretamente a ação ou omissão típica. 
D) exige-se para a sua caracterização, além de outros requisitos, o liame subjetivo entre agente e identidade de fato. 
E) no crime culposo não é possível a ocorrência da coautoria. 
 
100. Paulo contratou pistoleiros profissionais para matarem ascendente seu. Nesse caso, 
A) os co-autores e partícipes só responderão pela pena agravada pelo parentesco se sabiam que a vítima era 
ascendente de Paulo. 
B) todos terão a pena agravada pelo fato de ser a vítima descendente de Paulo, porque as condições de caráter 
pessoal comunicam-se aos co-autores e partícipes. 
C) todos terão a pena agravada, pois o parentesco é condição real e objetiva e comunica-se aos coautores e 
partícipes. 
D) apenas Paulo terá a pena agravada por ser descendente da vítima, porque as condições de caráter pessoal não 
se comunicam aos co-autores e partícipes. 
 
 
 
 
GABARITO 
1-D 
2-A 
3-D 
4-A 
5-C 
6-A 
7-D 
8-C 
9-D 
10-B 
11-A 
12-A 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 29 
13-C 
14-D 
15-A 
16-C 
17-C 
18-D 
19-A 
20-A 
21-A 
22-C 
23-E 
24-C 
25-D 
26-C 
27-D 
28-E 
29-B 
30-D 
31-D – VER ATUAL REDAÇÃO DO ART. 1º, LEI 8072/90 
32-C 
33-B 
34-D 
35-B 
36-C 
37-B 
38-CERTA 
39-CERTA 
40-ERRADA 
41-CERTA 
42-CERTA 
43-CERTA 
44-ERRADA 
45-ERRADA 
46-CERTA 
47- ---------NÃO FAZER, POIS QUESTÃO À ÉPOCA DA LEI DE IMPRENSA 
48-ERRADA 
49-CERTA 
50-ERRADA 
51-CERTA 
52-ERRADA 
53-ERRADA 
54-CERTA 
55-CERTA 
56-ERRADA – VER ATUAL REDAÇÃO DO ART. 183, III, CP, A QUAL NÃO CONSTAVA À ÉPOCA 
57-ERRADA 
58-ERRADA 
59-ERRADA 
60-ERRADA 
61-ERRADA 
62-CERTA 
63-ERRADA 
64-CERTA 
65-ERRADA 
66-ANULADA 
67-ERRADA 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 30 
68-CERTA 
69-CERTA 
70-CERTA 
71-ERRADA 
72-CERTA 
73-CERTA 
74-CERTA 
75-ERRADA 
76-A 
77-A 
78-B 
79-C 
80-D 
81-B 
82-C 
83-D 
84-D 
85-B 
86-D 
87-C 
88-D 
89-D 
90-B 
91-C 
92-D 
93-A 
94-A 
95-D 
96-B 
97-B 
98-E 
99-D 
100-D 
 
 
ASSUNTO : APLICAÇÃO DA LEI PENAL 
 
1- (UFPR/2007/PC/PR/Delegado de Polícia) 
 
Diz o artigo 5º do Código Penal: "Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito 
internacional, ao crime cometido no território nacional". Sobre a lei penal no espaço, considere as seguintes afirmativas: 
 
1. Como regra, são submetidos à lei brasileira os crimes cometidos dentro da área terrestre, do espaço aéreo e das águas fluviais e 
marítimas. 
 
2. Consideram-se extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do 
governo brasileiro, onde quer que se encontrem. 
 
3. É aplicável a lei brasileira aos crimes praticados à bordo de embarcações estrangeiras de propriedade privada que se encontrem 
em alto-mar. 
 
4. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a 
reprimir. 
 
Assinale a alternativa correta. 
Professor Joerberth Nunes 
 
Curso Polícia Rodoviária Federal - 2013 31 
 
 a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. 
 b) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras. 
 c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. 
 d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. 
 e) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. 
 
 
 
 
 
2-(FCC/2012/TJ/PE/Analista Judiciário/Área Judiciária

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