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Civil II - contrato

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Civil II – Teoria Geral dos Contratos
Conceitos
O contrato é a mais importante fonte de obrigação, devido às suas múltiplas formas e inúmeras repercussões no mundo jurídico. É a lei que disciplina os efeitos dos contratos, que, por exemplo, obriga o declarante a pagar a recompensa prometida e que impõe ao autor do ato ilícito o dever de ressarcir o prejuízo causado.
O contrato é uma espécie de negócio jurídico que depende, para a sua formação, da participação de pelo menos duas partes, sendo portanto, um negócio bilateral ou plurilateral.
Segundo, Caio Mário, o fundamento ético do contrato é a vontade humana, desde que atue na conformidade da ordem jurídica, é, pois “um acordo de vontades, na conformidade da lei, e com a finalidade de adquirir, resguardar, transferir, conservar, modificar ou extinguir direitos”.
Segundo, Gagliano e Pamplona, o conceito de contrato é: “é um negócio jurídico por meio do qual as partes declarantes, limitadas pelos princípios da função social e da boa-fé objetiva, autodisciplinam os efeitos patrimoniais que pretendem atingir, segundo a autonomia das suas próprias vontades”. 
Sempre, pois, que o negócio jurídico resultar de um mútuo consenso, de um encontro de duas vontades, estaremos diante de um contrato. Essa constatação conduz a conclusão de que o contrato não se restringe ao direito das obrigações, estendendo-se a outros ramos do direito privado e direito público. 
Função Social do Contrato
A concepção social do contrato apresenta-se como um dos pilares da teoria contratual. Efetivamente, o dispositivo supratranscrito subordina a liberdade contratual à sua função social, com prevalência dos princípios condizentes com a ordem publica.
Segundo Caio Mário, a função social do contrato serve precipuamente para limitar a autonomia da vontade quando tal autonomia esteja em confronto com o interesse social e este deva prevalecer, ainda que essa limitação possa atingir a própria liberdade de não contratar, como ocorre nas hipóteses de contrato obrigatório.
É possível afirmar que o atendimento da função social pode ser enfocada sob dois aspectos: 
Individual – relativo aos contratantes, que se valem do contrato para satisfazer seus interesses próprios;
Público – o interesse da coletividade sobre o contrato.
Desta forma, a função social só será cumprida quando o contrato representar uma fonte de equilíbrio 
Condições de validade do contrato;
Para que o negocio jurídico produza efeitos, deve preencher certos requisitos, apresentados como os de sua validade. Se os possui, é valido e dele decorrem os mencionados efeitos, almejados pelo agente. Se faltar algum desses requisitos o negócio é inválido. 
Os requisitos de validade são:
De ordem geral: comum a todos os atos e negócios jurídicos, como a capacidade do agente, o objeto licito, possível, determinável ou determinado, a forma prescrita ou não defesa em lei;
De ordem especial: específicos dos contratos; o consentimento recíproco ou acordo de vontades.
Requisitos Subjetivos
Manifestação de duas ou mais vontades e capacidade genérica dos contraentes: é o primeiro elemento ou condição subjetiva de ordem geral para a validade dos contratos. Estes serão nulos (art. 166, I CC) ou anuláveis (art. 171, I), se a incapacidade, absoluta ou relativa, não for suprida pela representação ou assistência. A capacidade exigida nada mais é do que a capacidade de agir em geral, que pode inexistir em razão da menoridade (art.3º CC), da falta do necessário discernimento ou de causa transitória (art. 4º).
Aptidão especifica para contratar (legitimação) – requer-se uma capacidade especial, mais intensa que a normal, como ocorre na doação, na transação, na alienação da coisa onerosa, que exigem a capacidade ou o poder de disposição das coisas ou dos direitos que são objeto do contrato.
Consentimento: deve abranger os seus três aspectos; 
Acordo sobre a existência e natureza do contrato (p.ex. se um dos contratantes quer aceitar uma doação e outro quer vender, não há);
Acordo sobre o objeto do contrato;
Acordo sobre as cláusulas que o compõem (se a divergência recai sobre o ponto substancial, não poderá ter eficácia o contrato).
O consentimento deve ser livre e espontâneo, a manifestação da vontade, nos contratos, pode ser tácita, quando a lei não exigir que seja expressa. O silencio pode ser interpretado como manifestação tácita de vontade quando as circunstancias ou os usos autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa, e, também, quando a lei autorizar.
Requisitos Objetivos
Os requisitos objetivos do contrato estão relacionados com o próprio objeto do mesmo. Este deve ser lícito, possível, determinado ou determinável. 
Licitude de seu objeto: objeto lícito é o que não atenta contra a lei, a moral ou os dos bons costumes.
Possibilidade física ou jurídica do objeto: o objeto deve ser também possível. Quando impossível o negocio é nulo. Impossibilidade física é a que emana das leis físicas ou naturais. Deve ser absoluta, isso é, alcançar a todos, indistintamente, como por exemplo, a que impede o cumprimento da obrigação de tocar na Lua com a ponta dos dedos, sem tirar os pés da Terra.
Determinação de seu objeto: o objeto do negocio jurídico deve ser determinado ou determinável. Se indeterminado, deve ser, relativamente ou suscetível de determinação no momento da execução. Admite-se assim a venda da coisa incerta.
Requisitos formais
Devem ser a prescrita ou não defesa em lei. Podem ser distinguidas em três especies:
Forma livre: é a regra geral do Direito Brasileiro (CC art.107). É qualquer meio de manifestação da vontade, não imposto obrigatoriamente pela lei (palavra escrita ou falada, escrito público ou particular, gestos, mímicas e etc).
Forma especial ou solene: é a exigida por lei, como requisito de validade de determinados negócios jurídicos. Em regra, a exigência de que o ato seja praticado com observância determinada solenidade tem por finalidade assegurar a autenticidade dos negócios, garantir a livre manifestação da vontade, demonstrar a seriedade do ato e facilitar a sua prova. A forma única é a que por lei, não pode ser substituída por outra. Ex.: é necessário que seja feita a escritura publica do imóvel que valha acima de 30 salários mínimos vigentes no país.
O efeito do contrato nem sempre é gerado no momento da celebração, a eficácia pode acontecer sobre condições e termo.
Boa-fé subjetiva e boa-fé objetiva
Boa fé subjetiva: diz respeito ao conhecimento ou à ignorância da pessoa relativamente a certos fatos, sendo levada em consideração pelo direito, para os fins específicos da situação regulada.
Boa fé objetiva: constitui um modelo jurídico, na medida em que se reveste de variadas formas. Não é possível catalogar ou elencar, a priori, as hipóteses em que ela pode configurar-se, porque se trata de uma norma cujo conteúdo não pode ser rigidamente fixado, dependendo sempre das concretas circunstancias do caso. Essa imprecisão se mostra necessária, num sistema aberto, para que o interprete tenha liberdade de estabelecer o seu sentido e alcance em cada caso.
Da formação dos contratos
	Entende-se como sinônimos de formação: conclusão, constituição e celebração.
	
A manifestação da vontade
Fase Preliminar
CumprimentoA manifestação de vontade é o primeiro e mais importante requisito da existência do negocio jurídico. É o momento subjetivo, psicológico, representado pela própria formação do querer. A declaração de vontade se torna uma obrigação para ambas as partes.
Extinção
Formação do vinculo
O silêncio pode ser interpretado como manifestação tácita da vontade quando as circunstancias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração expressa e, também quando a lei o autorizar, como nos casos de doação pura, venda e contento, praxe comercial e etc.
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. (quanto ao silêncio)
Art. 539. O doador podefixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo.(quanto a doação pura)
Art. 512. Não havendo prazo estipulado para a declaração do comprador, o vendedor terá direito de intimá-lo, judicial ou extrajudicialmente, para que o faça em prazo improrrogável.(quanto a venda a contento)
Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa. (quanto à praxe comercial).
Negociações preliminares.
O contrato resulta de duas manifestações de vontade: a proposta e a aceitação. As negociações preliminares são caracterizadas por sondagens, conversações, estudos e debates, também denominada fase da puntuação. Nesta, como as partes ainda não manifestaram a sua vontade, não há nenhuma vinculação ao negócio. Mesmo quando surge um projeto ou uma minuta, ainda assim não há vinculação das pessoas. Tal responsabilidade só ocorrerá se ficar demonstrada a deliberada intenção, com a falsa manifestação do interesse, de causar dano ao outro contraente, levando-o, por exemplo, a perder outro negocio ou realizando despesas, é uma prática de ilícito civil.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
	Embora as negociações preliminares não gerem, por si mesmas, obrigações para qualquer dos participantes, elas fazem surgir deveres jurídicos para os contraentes, decorrentes da incidência do principio da boa-fé, sendo os principais os deveres de lealdade e correção, de informação, de proteção e cuidado e de sigilo. A violação desses deveres durante o transcurso das negociações é que gera a responsabilidade do contraente, tenha sido ou não celebrado o contrato. Exemplo: a noiva que esta pra se casar, e de ultima hora o noivo suspende o casamento. Isso gera prejuízos para a noiva que já cuidou dos preparativos, embora ainda não houvesse um contrato. 
A proposta.
Conceito
Nem toda iniciativa ou manifestação de vontade no sentido em de dar vida a um contrato é oferta em sentido técnico, mas só a declaração de vontade dirigida por uma parte à outra com a intenção de provocar uma adesão do destinatário à proposta. 
A oferta traduz uma vontade definitiva de contratar nas bases oferecidas. Pode-se dizer, então, que a proposta, oferta, policitação ou oblação (aquele que se obriga; aquele que aceita; com quem pretende celebrar um contrato), por forçada qual a primeira manifesta sua intenção de se considerar vinculada, se a outra parte aceitar (destinatário aceitante).
A proposta deve conter todos os elementos essenciais do negocio proposto, como preço, quantidade, tempo de entrega, forma de pagamento e etc. Deve também ser séria e consciente, pois vincula o proponente. Deve ser clara, completa e inequívoca, ou seja, há de ser formulada em linguagem simples, compreensível ao contraente, mencionado todos os elementos e dados do negocio necessários ao esclarecimento do destinatário e representando a vontade inquestionável do proponente.
Proposta não obrigatória
Acontece quando o próprio proponente declara que não é definitiva e se reserva o direito de retirá-la. A oferta não vincula o proponente em razão das circunstancias do caso, mencionado no artigo 428do Código Civil:
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
Quando solicitado responde que irá estudar a proposta feita pelo interlocutor, poderá este retirá-la. É ‘pegar ou largar’ e se o oblato não responde logo, dando pronta aceitação, caduca a proposta, liberando-se o proponente.
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
Cuida-se de oferta enviada, por corretor ou correspondência, a pessoa ausente. Uma pessoa não é considerada ausente, para esse fim, por se encontrar distante do outro contraente, visto que são considerados presentes os que contratam por telefone, mas sim à inexistência de contato direto. 
O prazo suficiente para a resposta varia conforme as circunstancias. É o necessário ou razoável para que chegue ao conhecimento do proponente e denomina-se prazo moral.
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
Se foi fixado prazo para resposta, o proponente terá de esperar pelo seu termino. Esgotado, sem resposta, estará liberado, não prevalecendo a proposta feita. 
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
A lei permite ao proponente a faculdade de retratar-se, ainda que não haja feito ressalva nesse sentido. Todavia, para que se desobrigue, e não se sujeite às perdas e danos, é necessário que a retratação chegue ao conhecimento do aceitante antes da proposta ou simultaneamente com ela, ‘casos em que as duas declarações de vontade, por serem contraditórias, nulificam-se e destroem-se reciprocamente. Não importa de que meio ou via se utiliza o proponente
Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos.
O proponente é obrigado a dizer se não chegou a tempo certo por circunstância imprevista. 
A aceitação
Aceitação ou oblação é a concordância com os termos da proposta. É a manifestação de vontade imprescindível para que se repute concluído o contrato, pois, somente quando o oblato se converte o aceitante e faz aderir a sua vontade à do proponente, a oferta se transforma em contrato.
Para produzir o efeito de aperfeiçoar o contrato a aceitação deve ser pura e simples. Se “apresentada fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta”. (art. 431, CC) - de aceitante passa a ser proponente.
A aceitação pode ser:
Expressa: decorre da declaração do aceitante, manifestando a sua anuência; 
Tácita: decorre de sua conduta, reveladora do consentimento; o art. 432 menciona duas hipóteses de aceitação tácita?
Art. 432. Se o 1.negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, 2. ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa.
	Por exemplo: um fornecedor costuma remeter seus produtos a determinados comerciantes, e este, sem confirmar os pedidos, efetua os pagamentos, instaura-se uma praxe comercial. Se o ultimo, em dado momento, quiser interrompê-la, terá de avisar previamente o fornecedor, sob pena de ficar obrigado ao pagamento de nova remessa, nas mesmas bases das anteriores.
	Costuma-se mencionar, como exemplo da situação descrita na hipótese dois, a hipótese do turista que remete um fax a determinado hotel, reservando acomodações, informando que a chegada se dará em tal data, se não receber aviso em contrario. Não chegando a tempo a negativa, reputar-se-á concluído o contrato.
Contratos entre ausentes.
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto:
I - no caso do artigo antecedente;
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta;
III - se ela não chegar no prazo convencionado.
Recusando o efeito da expedição se tiver havido retratação oportuna, ou se a resposta não chegar ao conhecimento do proponente no prazo, desfigurou eke a teoria da expedição.
	Classificação dos Contratos
	Subdividem-se em:
Unilaterais: são contratos que criam obrigações unicamente para uma das partes, como, por exemplo, a doação pura. No momento em que se forma, origina obrigação, tão somente, para uma das partes.
Bilaterais: são os contratos que geram obrigações para ambos os contratantes,como compra e venda, a locação, o contrato de transporte e etc. Essas obrigações são recíprocas, e também denominadas sinalagmáticos.
Plurilaterais: são os contratos que contêm mais de duas pessoas, como ocorre no contrato de sociedade, em cada sócio é uma parte e todas elas seguem um fim comum.
Contratos gratuitos ou benéficos e onerosos.
Gratuitos ou benéficos: são aqueles em que apenas uma das partes aufere beneficio ou vantagem, como sucede na doação pura, no comodato, no reconhecimento do filho e etc.
Onerosos: ambos os contraentes obtêm proveito, ao qual, porém, corresponde um sacrifício. 
Contratos Comutativos e aleatórios
Comutativos: são os de prestações certos e determinadas. As partes podem antever as vantagens e os sacrifícios (pré-ciência das partes), que geralmente se equivalem, decorrentes de sua celebração, porque não envolvem nenhum risco. Está presente a ideia de equivalência das prestações. É portanto, um contrato oneroso e bilateral, em que cada contraente receber do outro prestação relativamente equivalente à sua, pode verificar, de imediato, essa equivalência.
Aleatórios: contrato bilateral e oneroso em que pelo menos um dos contraentes não pode antever a vantagem que receberá, em troca da prestação fornecida. É um contrato que transmite incerteza para as duas partes, sobre as vantagens e sacrifícios que dele podem advir. É que a perda ou lucro dependem de um fato futuro e imprevisível. Ex: quem compra uma safra de café, não sabe quais condições essa safra virá, em que qualidade ela virá, mas é o risco que se corre. O mesmo ocorre na compra de bilhetes lotéricos, compra-se na esperança de ganhar-se o premio, mas não se tem segurança. 
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.
Contratos Partidários e de adesão. Contrai tipo.
Contratos Paritários: são aqueles do tipo tradicional, em que as partes discutem livremente as condições, porque se encontram em situação de igualdade. 
Contratos de adesão: são os que não permitem essa liberdade, devido à preponderância da vontade de um dos contratantes, que elabora todas clausulas. O outro adere ao modelo de contrato previamente confeccionado, não podendo modifica-las: aceita-a ou rejeita-as de forma pura e simples, e em bloco, afastada qualquer alternativa de discussão. Por exemplo: contratos de consorcio, transportes e etc.
Art. 54 CDC - Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. 
	Embora normalmente o contrato de adesão esteja ligado às relações de consumo, há negócios jurídicos que não tem essa característica. Por essa razão o novo Código Civil dispôs sobre o contrato de adesão nos artigos 423 e 424.
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
Contratos de execução instantânea, diferida e de trato sucessiva.
Se consumam num só ato, sendo cumpridos imediatamente após a sua celebração.
Contratos de execução diferida: cumpridos em um só ato, mas em momento futuro. Exemplo: entrega, em determinada data, do objeto alienado. A prestação se dá a termo.
Contratos de trato sucessivo: são os que cumprem por meio de atos reiterados. Exemplos: compra a prazo, prestação permanentes de serviços, fornecimentos periódicos de mercadorias, dentre outros.
Contratos principais e acessórios. Contratos derivados.
Contratos principais: são os que têm existência própria, autônoma e não dependem de qualquer outro, como por exemplo, a compra e venda e a locação;
Contratos acessórios: dependem da existência de outros. São contratos que tem sua existência subordinada a do contrato principal, como por exemplo, clausula penal.
A distinção entre contratos principais e acessórios encontra justificativa no principio geral de que o acessório segue o destino do principal.
Contratos derivados: dependem ou ainda derivam de outros contratos, são os que têm por objetivos direitos estabelecidos em outro contrato, denominados básicos ou principais. Entre os principais subcontratos destacam-se a sublocação, a subempreitada e a subconcessão.
Contratos solenes ou não solenes
Solenes: são os contratos que devem obedecer à forma prescrita em lei para se aperfeiçoar. Quando a forma é exigida como condição de validade do negocio, constitui a substancia do ato.
Não solenes: são os de forma livre. Basta o consentimento para a sua formação. Como a lei não reclama nenhuma formalidade para o seu aperfeiçoamento podem ser celebrados por qualquer forma, ou seja, escrito ou verbal.
Art. 107. A validade da declaração de vontade (ad probationem) não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.
Por outro lado;
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País. (ad substantian) 
Contratos consensuais e reais;
Consensuais: se formam unicamente pelo acordo de vontades, independente da entrega da coisa e da observância de determinada forma. Por isso, são também considerados não solenes. Exemplo: compra e venda de bens moveis. 
Reais: são contratos que exigem, para se aperfeiçoar além do consentimento, a entrega (traditio) da coisa que lhe serve de objeto, como os depósitos, comodato, o mutuo. Esses não se formam sem a tradição da coisa. Antes pode existir promessa de contratar, mas não existe depósito, comodato ou mutuo. São contratos unilaterais, visto que, entregue a coisa, só resta a obrigação para o depositário, o comodatário e o mutuário.
Contratos Preliminares:
São contratos que tem sempre por objeto a efetivação do contrato definitivo. São diferentes das etapas preliminares; estes contratos já geram obrigação para as partes, e que somente será alterado se não atingir sua essencialidade. É, portanto, um contrato que tem por objetivo o contrato definitivo, ostenta um objeto único. É irrevogável e irretratável.
Do Contrato Preliminar
Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado.
Art. 463. Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente, e desde que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração do definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive.
Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao registro competente.
Art. 464. Esgotado o prazo, poderá o juiz, a pedido do interessado, suprir a vontade da parte inadimplente, conferindo caráter definitivo ao contrato preliminar, salvo se a isto se opuser a natureza da obrigação.
Art. 465. Se o estipulante não der execução ao contrato preliminar, poderá a outra parte considerá-lo desfeito, e pedir perdas e danos.
Art. 466. Se a promessa de contrato for unilateral, o credor, sob pena de ficar a mesma sem efeito, deverámanifestar-se no prazo nela previsto, ou, inexistindo este, no que lhe for razoavelmente assinado pelo devedor.
Contratos nominados e inominados, típicos e atípicos, mistos e coligados. União de contratos.
Nominados: são aqueles que têm designação própria, são espécies contratuais que têm nomen iuris e servem de base de fixação dos esquemas, modelos ou tipos de regulamentação especifica da lei. Exemplo: compra e venda, troca, contrato estimatório, doação e etc. 
Inominados: O legislador, no entanto, não consegue prever todas as situações que levam as pessoas a se relacionar e contratar. A diversificação dos negócios fazem com que as pessoas estabeleçam relações jurídicas não previstas e não deduzidas de maneira precisa no Código Civil ou em leis especiais. Daqueles que recebem o batismo legislativo, ou que não foram tipificados. Estes, são portanto, contratos inominados.
Típicos: são regulados pela lei, os que têm o perfil nela traçado. Não é o mesmo que contrato nominados, embora costumam ser estudados juntos, pois todo contrato nominado é típico e vice-versa
Atípicos: resultam de um acordo de vontades, não tendo, porem, as suas características e requisitos definidos e regulados na lei. Basta o consenso, que as partes seja livres e capazes e o seu objeto licito, possível, determinado ou determinável e suscetível a apreciação econômica. 
Misto: resulta da combinação de um contrato típico com cláusulas criadas pela vontade dos contraentes. A nova combinação, gera uma nova espécie contratual, não prevista ou regulada em lei. 
Coligado: não se confundo com o misto; constitui uma pluralidade, em que vários contratos pelas partes apresentam-se interligados. É um tipo de contrato feito com dependência, isto é, com um relacionado com outro, por se referir a um contrato complexo. Apesar disso, conservam a individualidade própria, distinguindo-se, nesse ponto, do misto; portanto, nessa modalidade os contratos estão ligados por uma clausula acessória, implícita ou explicita. 
Estipulação em favor de terceiro
Nessa modalidade, uma pessoa convenciona com outra que concederá vantagem ou beneficio em favor de terceiro, que não é parte no contrato. Dá-se a estipulação em favor de terceiro, pois quando, no contrato celebrado entre duas pessoas, denominadas estipulante e promitente, convenciona-se que a vantagem resultante do ajuste reverterá beneficio de terceira pessoa, alheia a formação do vinculo contratual. A capacidade é só exigida dos dois primeiros; não se exige o consentimento do beneficiário e este pode substituir o terceiro consignado. Um exemplo clássico é o seguro de vida.
Da promessa de fato de terceiro
	Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar.
Trata-se do denominado contrato por outrem ou promessa de fato de terceiro. O único vinculado é o que promete, assumindo a obrigação de fazer que, não sendo executada, resolve-se em perdas e danos. Se alguém, por exemplo, prometer levar um cantor de renome a uma determinada casa de show, sem ter obtido ele previamente, a devida concordância, responderá por perdas e danos perante os promotores do evento, se não ocorrer a prometida apresentação na ocasião anunciada.
Dos Vícios Redibitórios
	Vícios redibitórios são defeitos ocultos em coisa recebida em virtude de contrato comutativo, que a tornam impróprias ao uso que a destina, ou lhe diminuam o valor.
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada (rejeitada) por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.
Essas regras aplicam-se aos contratos bilaterais e comutativos; em resumo vícios redibitórios são defeitos ocultos existentes na coisa alienada, objeto do contrato comutativo, não comuns às congêneres, que a tornam imprópria ao uso a que se destina ou lhe diminuem sensivelmente o valor, de tal modo que o ato negocial não se realizaria se esse defeitos fossem conhecidos, dando ao adquirente ação para redibir o contrato ou para obter abatimento do preço. 
O fundamento jurídico mais relevante se apoia na Teoria do Erro, não fazendo nenhuma distinção entre defeitos ocultos e erro sobre as qualidades essenciais do objeto. Ex: doações onerosas.
Efeitos; ações cabíveis;
Se o bem objeto do negócio jurídico contém defeitos ocultos, não descobertos em um simples e rápido exame exterior, o adquirente, destinatário da garantia, pode enjeitá-lo (por ação redibitória) ou pedir abatimento no preço.
Se o alienante não conhecia o vicio, ou o defeito, isto é, se agiu de boa-fé ‘tão somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato’ (art. 443). Mas se agiu de má-fé, porque conhecia o defeito, além de restituir o que recebeu, arcará com perdas e danos.
Prazos decadenciais
Os prazos para o ajuizamento das ações edilícias – redibitória e quanti minoris – são decadenciais: trinta dias, se relativas a bem móvel, e um ano se for bem imóvel, contados, em ambos, a partir da tradição. Se o adquirente já estava na posse do bem, ‘o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade’ (CC art. 445). 
Segundo o §1º do art. 445 do CC, em se tratando de vício que ‘só puder ser conhecido mais tarde’, a contagem se inicia no momento em que o adquirente ‘dele tiver ciência’, como ‘prazo máximo de cento e oitenta dias em se tratando de bens móveis, e de um ano, para os imóveis’. Em casos especiais, (§2º) ‘ os prazos serão os estabelecidos por lei especial’, mas enquanto esta não houver, reger-se-ão ‘pelos usos legais’, e se estes não existirem, pelo disposto no §1º.

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