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Introdução ao Direito 1- Unidade II- Principais Escolas do Direito

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA
INTRODUÇÃO AO DIREITO I
PROFESSOR: Antônio EMÍLIO de Carvalho NOBRE
UNIDADE II
ESTUDOS INTRODUTÓRIOS SOBRE AS PRINCIPAIS ESCOLAS DO DIREITO
2.1- O Direito Natural:
- conceito: conjunto de normas ou de primeiros princípios morais imutáveis, de dever-ser, consagrados ou não na legislação da sociedade, visto que resultam da natureza das coisas, especialmente da natureza humana, sendo apreendidos pela inteligência humana como verdadeiros;
- origem: a concepção do Dir. Natural surge com a filosofia grega; p/os gregos tanto a natureza física quanto a social regiam-se por leis simples, eternas e universais;
- história/existência:
p/ Heráclito, o Dir. Natural torna-se eminentemente conservador, pois as leis positivas decorriam da própria lei divina;
p/ Sócrates e Platão as Leis da Polis, embora suscetíveis de correções, eram fundamentalmente justas;
a função essencial das leis era a manutenção do "status quo": cada qual deveria conformar-se com sua posição de nascimento, profissão e classe social;
aparecem os "sofistas" estrangeiros que proclamam a injustiça das leis das Cidades-Estado;
foram os sofistas os primeiros a estabelecer a oposição entre o Dir. Natural e a lei positiva, com as seguintes ideias:
as leis são criações artificiais e servem aos interesses das classes, assim só as que se baseiam na ética e na lei natural moral são justas;
os seres humanos são livres e iguais por natureza, por isso a humanidade está acima da Polis;
o Estado é uma realidade que se origina de uma decisão humana, de um contrato, e não de um imperativo da natureza.
HERÁCLITO: fase conservadora do Dir. Natural;
SOFISTAS : fase revolucionária do Dir. Natural.
2.2- 0 Jusnaturalismo:
- corrente de pensamento que reúne todas as ideias que surgiram no decorrer da história, em torno do Direito Natural, sob diferentes orientações (NADER, 2000).
2.2.1- Cristão:
na Idade Média, sob o império da Patrística e da Escolástica, a teoria jusnaturalista apresenta conteúdo teológico, pois os fundamentos do Dir. natural eram a inteligência e a vontade divina;
sociedade e cultura = credo religioso e predomínio da fé;
a doutrina do Dir. Natural explana-se dentro do sistema filosófico de São Tomás de Aquino;
a ambição escolástica foi reconciliar a filosofia de Aristóteles, considerada a expressão da razão natural, com as verdades reveladas do cristianismo;
a concepção de São Tomás de Aquino é que existe uma lei eterna, própria do conhecimento de Deus, pela qual se corrigirão as insuficiências da lei natural e as imperfeições das lei humana;
p/ São Tomás de Aquino, a lei humana, embora conduzida pela vontade do Príncipe ou do Estado, deve basear-se na RAZÃO.
2.2.2- O Jusnaturalismo Contemporâneo:
Teoria do direito natural de conteúdo variável de Rudolf Stammler:
rejeita o direito natural material, enaltecendo o método formal como apropriado para sistematizar uma dada matéria social, em cada momento histórico, no sentido de direito justo;
há uma só ideia de justiça e inúmeros direitos justos, conforme as variações da matéria social e as diversas circunstâncias de cada época;
o direito justo é um direito positivo, cujo conteúdo volitivo possui a propriedade de justeza;
a ideia de direito justo é um mero princípio regulativo, um critério do qual todo direito positivo se aproxima sem esgotá-lo, transformando-se o direito em tentativa de direito justo.
Teoria Jusnaturalista de del Vecchio:
procurou dar ao jusnaturalismo uma nova base idealista depurada, tornando compatíveis os vários materiais histórico-condicionados com a pureza formal do ideal do justo permanente e imutável;
p/ del Vecchio, na fixação do ideal de justiça, o primeiro problema é saber o que seja a natureza humana, enfocada no plano da causalidade ou no da finalidade;
salienta que é no aspecto teleológico da natureza humana, vista como uma ordem valorativa, em que se deve fundar a moral e o direito;
p/ ele, o direito natural racional considera não só as justas pretensões da pessoa, mas também as suas obrigações racionais p/com outrem;
o dir. natural representa o reconhecimento das propriedades e exigências essenciais da pessoa humana.
Teoria da concepção quântica do direito de Goffredo Telles Jr.:
dá ao direito natural, ao direito legítimo, a designação direito quântico;
p/ele, o direito natural é um conjunto de normas jurídicas promulgadas, isto é, oficializadas pela inteligência governante de conformidade com o sistema ético de referência da coletividade em que vigora;
o dir. natural é o direito legítimo, que nasce, que tem raízes, que brota da própria vida, no seio do povo.
2.3 – A Teoria Pura do Direito:
2.3.1- O Normativismo Jurídico:
a teoria normativista de Hans Kelsen tem sido um divisor no Direito;
reduz o Direito ao Dever-Ser, à norma jurídica;
depura o direito dos elementos da sociologia, psicologia, economia, ética e outras ciências;
Kelsen rejeitou em sua obra a ideia de justiça absoluta, admitindo somente como justiça a aplicação da norma ao caso concreto e a justiça era um valor relativo;
Ele eliminou vários dualismos no campo jurídico, tais quais: Direito/estado; Direito Objetivo/Subjetivo; Direito Interno/Internacional, etc.;
O Estado seria a personificação da ordem jurídica porque não é mais do que uma ordem coativa da conduta humana.
2.4- O Positivismo:
procura reconhecer apenas o Dir. Positivo, que é o Direito vigente e eficaz em determinada sociedade;
rejeita os elementos de abstração na área do Direito, a começar pelo Dir. Natural;
O Estado comanda a ordem jurídica com seu aparato de leis;
A ordem jurídica existente à lei é o único e verdadeiro valor.
2.4.1- A insuficiência do Direito Positivo:
Dir. Positivo: é o Direito de uma sociedade, ou seja, o Direito em determinado tempo e lugar;
para o positivista existe apenas a ordem jurídica comandada pelo Estado, manifestada através do poder soberano deste;
antecessores do Dir. Positivo:
Escola Exegética - França; teve sua expressão no Código de Napoleão, que caracterizava-se por ser avalorativa, estatal e legalista;
Escola Pandectista - Alemanha; tinha ideia de que o "Código" possuía saída parta todos os problemas de determinada sociedade;
Teoria Pura do Direito - Hans Kelsen; onde o Dir. Positivo somente pode ser justificado através de uma norma ou ordem normativa.
Dir. Natural: é o caminho parta legitimar o Dir. Positivo; ataca todo tipo de totalitarismo;
Revolução Francesa - o Jusnaturalismo combate as desigualdades sociais;
Institutos do Dir. Natural, ainda em vigor:
Declaração dos Direitos Humanos;
Declaração da ONU, de 1948:
art. 1º: "Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos";
art. 2º: "Não deve haver discriminação de qualquer espécie, em função da raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza ou qualquer outra condição.
Obs.: vide artigos 1º, III e 3º, da CF/88
2.5- O Tridimensionalismo de Miguel Reale:
composição: fato; valor e norma;
o Direito não possui uma estrutura apenas factual ou ideal, ou normativa, mas uma síntese onde se integram:
Fato: acontecimento social que se refere ao Dir. Objetivo, ou seja, é circunstância de alguém;
Valor: é o elemento moral, isto é, o que se refere à justiça;
Norma: é o padrão de comportamento humano imposto pelo Estado.
2.6- O Egologismo de Cóssio:
- História:
fundador: Carlos Cóssio;
o objeto da ciência do direito, é a lei? Não.
- é conduta humana. 
o direito: deve estabelecer regras que regulem a relação dos homens,
p/ Cóssio, a ciência jurídica deve estudar a conduta humana, enfocada em sua dimensão social, e não a norma jurídica;
o direito deve ser estudado mediante o método empírico-dialético;
empírico,porque se dirige às coisas reais;
dialético, porque consiste na cognição de um objeto cultural em seu desenvolvimento.
- Formulação egológica da Norma Jurídica:
a posição egológica pode esquivar-se a todas as contradições do normativismo;
questões de mudança:
a jurisprudência: prova a verdade egológica de que não se interpreta a lei, mas sim a conduta, pois em tais casos a lei é a mesma;
o desuso da lei: uma lei que perdeu seu conteúdo axiológico e viveu algum tempo sobre o apoio do valor “ordem”, mas como o direito é conduta e não norma sobrevém um dia o desuso, e pouco importa que as legislações a proíbam;
 - a sentença contra legem: p/ Cossio não existe, o que há é sentença 
 com ou sem formação de convicção.
 
P/ Carlos Cóssio, nos três casos trata-se de que a norma era um conceito que não coincidia com a intuição, e não se adaptava a seu mister, que é pensar a conduta;
P/ o filósofo argentino, “só a norma verdadeira é a verdadeira norma”, porque o direito é conduta. 
- Conclusão: 
 
O Egologismo é uma ciência normativista, porque interpreta seu objeto – a conduta - mediante normas;
A conduta possui quatro modos gerais:
a faculdade: permissão de dispor de um bem;
a prestação: quando o indivíduo cumpre com o dever estipulado;
o ilícito: quando alguém contraria a regra;
a sanção: punição para cobrar a conduta devida.
2.7 – A Teoria Crítica no Direito
- Pesquisar Autores:
Luiz Fernando Coelho;
Antônio Carlos Wolkmer (Int. ao Pensamento Jurídico Crítico)

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