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Trabalho Processo Penal - Jurisdição

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INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa abordar e estudar de modo a simplificar os conhecimentos acerca do que se entende por Jurisdição no mundo jurídico, assim como no acadêmico.
Com base em algumas doutrinas conhecidas de respeitadas neste meio, buscarei, da forma mais eficiente, clara e conclusa possível, levantar todas as questões que norteiam o instituto da Jurisdição e sua atuação pratica na sociedade.
Explicarei em quantas se dividem e quais os aspectos gerais e espécies de Jurisdição; suas características e requisitos assim como os devidos conceitos de cada subtema. 
Aspectos gerais
Nos primórdios da humanidade, ainda quando não existia o conceito de Estado, os conflitos interpessoais eram resolvidos na base de que “quem é mais forte, vence”, logo, tem-se aí a ideia primeira de autotutela.
O problema deste tipo de linha de pensamento, onde as disputas se davam com emprego de força física e violência, é que quase nunca há o emprego da justiça para os indivíduos em conflito.
O Estado, basicamente como conhecemos, advém da República dos romanos e da “Polis”, dos gregos. Criados a partir de interesse em comum da sociedade em busca de garantir a justiça e igualdade entre os indivíduos, assim como a paz e o convívio harmônico. 
Como já mencionado acima, com o surgimento do Estado, se manteve também a vontade de manter a paz social e o bem comum. Com base em resolver os conflitos de interesses para manter a tranquilidade, neste cenário, surge a Jurisdição e por consequência o poder Judiciário do Estado e a sua função jurisdicional.
Jurisdição: conceito
Baseando-se nesses aspectos gerais, podemos definir o conceito de Jurisdição que expressamente é definido “poder do Estado de fazer Justiça e de dizer o direito (jus dicere) ” (FUHRER,1995, p.45). Do latim júris = direito; dicere = dizer, logo, significa o poder de dizer, o direito que a constituição dá aos órgãos; função do Estado exercida por um juiz dentro de um processo para a solução de um litígio.[1: FUHRER, Maximilianus Cláudio Américo, Resumo de Processo Civil. 10 ed. Rev. Atual. São Paulo: Malheiros editores,1995 p 45 e 48]
Outrora, Grinover e Dinamarco definem Jurisdição como sendo "uma das funções do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve, com justiça".
Jurisdição é o termo utilizado no meio jurídico designado para dar nome a área previamente delimitada de atuação do respectivo representante do Estado, em matéria judiciária.[2: No entanto, a jurisdição não só é instituto que regra certas determinações ao Poder Judiciário, pois assim o faz também frente ao Poder Executivo. Refiro-me aqui às delegacias e Delegados de Polícia.]
Nela, os sujeitos que, por ventura, venham a transgredir as regras de convívio em comum, são, respectivamente e de forma designada, onde infringiu tais atos, submetidos ao juízo de quem detém a área jurisdicional. Por exemplo, crimes ou contravenções cometidas na região central do Município de Guarulhos são devidamente acolhidos pelo Departamento de Polícia – DP, da região; não cabendo então a qualquer outro senão este. Assim como cabe ao fórum a tutela da futura ação enquanto ajuizada.
Características da Jurisdição
Para uma certa aplicabilidade deste dispositivo, o Jurisdição deve observar alguns requisitos primordiais que a define, dentre eles:
Substitutividade
O indivíduo munido de poder para atuar como magistrado deve, de forma imparcial, atuar como terceiro alheio às vontades dos litigantes, uma vez que o mesmo representa o a cobiça do Estado e seu poder exclusivo de julgar. 
Imparcialidade
O poder jurisdicional é decorrente da lei e não de critérios subjetivos, assim sendo, para a perfeita aplicação do direito é necessário que os membros pertencentes do Poder Judiciário atuem com imparcialidade, desprovidos de qualquer interesse particular sobre a lide.
Lide
Necessariamente, dois indivíduos compartilham, ainda que de forma ambígua, vontades que se chocam sob os dois pontos de vista e disputam entre eles qual tem a razão. Fundamentado nos arts. 5º, 22, 128 e 468 do CPC, Trata-se do conflito de interesses manifEstado em juízo. Tal termo é muitas vezes utilizado como sinônimo de ação, porém na verdade aquela (lide) é um meio pelo qual se exercita o direito a esta (ação). Significa demanda, litígio, pleito judicial.
Monopólio	
Designado e descrito pela Constituição de 1988, somente ao Estado é incumbido o poder jurisdicional, na qualidade do órgão do Poder Judiciário. 
No entanto, essa regra não é absoluta, existem exceções como a arbitragem (Lei nº 9.307, de 23 de Setembro de 1996).
Inércia
A Jurisdição deve ser provocada pelas partes para que ela se manifeste, ou seja, não se move por si só, de ofício. Entretanto temos exceções, por exemplo, o inventário (art. 989 do CPC). 
O Estado só atua se for provocado. Ne procedat iudex ex officio, ou seja, o juiz não procede por conta própria. Esta regra geral, conhecida pelo nome de princípio da demanda ou princípio da inércia, está consagrada no art. 2º do Código de Processo Civil – CPP, segundo o qual “nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais”.
Unidade
Apesar do amplo território brasileiro, a Jurisdição é tão somente uma. Isso quer disser que o mesmo direito é aplicado de forma uniforme em todo o Brasil.
As divisões especificas por matéria ou território (Justiça Federal, Justiça do Trabalho), são separações administrativas, feitas de cunho organizacional. [3: Cf Douglas Cunha. Disponível em: <https://douglascr.jusbrasil.com.br/artigos/133293355/principios-e-caracteristicas-da-jurisdicao>. Acesso em 1 de outubro de 2017.]
Definitividade
As decisões que surgem em decorrência do poder jurisdicional têm uma capacidade tornarem imutáveis, o que é chamado de coisa julgada.
Respeitando o princípio do duplo grau de Jurisdição, tal fato ocorre ao fim do trânsito de todo o julgamento e esgotada a possibilidade de recurso. Comumente conhecida como “trânsito em julgado”.
Princípios 
A Jurisdição, assim como diversos matérias no mundo jurídico, possui algumas peculiaridades ditas como princípios, dentre eles:
Princípio do Juiz Natural
Em um Estado Democrático de Direito é vedado a utilização dos tribunais de exceções, ou seja, uma corte criada para o julgamento de um determinado caso específico.
Nesse sentido, surge o Princípio do juiz natural que veda a criação de tribunal de exceção, bem como, determina que o juiz deve ser competente para julgar, ou seja, ele deve ter a atribuição legal para julgar aquela matéria e pessoa naquele local.
Princípio da investidura
Para a Jurisdição ser exercida é necessário que alguém seja investido na função. A investidura ocorre através de concurso público de provas e títulos, em observância a Constituição Federal de 1988.
Contudo, essa regra não é absoluta, tendo algumas exceções, por exemplo, a escolha dos Ministros do STF ou ingresso nos tribunais pelo quinto constitucional, feitos que independem de concurso público.[4: O quinto constitucional é um instituto, previsto na Constituição Federal de 1988, que estabelece que 1/3 dos tribunais serão formados de advogados e Membros do Ministério Público com mais de 10 anos de exercício da profissão.]
Princípio da indelegabilidade
A atividade jurisdicional é indelegável, somente podendo ser exercida pelo órgão que a Constituição estabeleceu como competente.
Cabe somente àquele juiz a competência de julgar atos na sua Jurisdição. Assim sendo, após o processo ser recebido por um juiz, ele não poderá delegar o julgamento a terceiro ou outro juiz.
Princípio da inevitabilidade
A lide, uma vez levada ao judiciário, não poderá às partes impedir a decisão do juiz. Existindo uma decisão, as partes devem cumpri-la, independente da satisfação das partes sobre ela, sob o risco de cometerem crime desobediência.[5:Desobediência, de acordo com o Código Penal Brasileiro, é um crime praticado pelo particular contra a Administração Pública. Consiste em desobedecer à ordem legal de funcionário público no exercício da função. A pena prevista é de detenção, de 15 dias a 2 anos, e multa, segundo o art. 330 do Código Penal.]
Princípio da inafastabilidade
Este é de origem constitucional, previsto no art. 5º, XXXV, que determina que toda lesão ou ameaça de direito não poderá ser afastada do conhecimento do Poder Judiciário.
Entretanto existe uma exceção a qual se refere às questões da justiça desportivas, onde há a necessidade do esgotamento das vias administrativas desportivas para a lide seja levada ao Judiciário.
Princípio da aderência ao território
A Jurisdição aderirá uma base territorial e será aplicada nessa base. No entanto, existem tribunais que sua aderência será em todo o território nacional, como o STF e STJ.
Espécies 
A Jurisdição, utensílio do Estado com o intuito de conter os ânimos em uma esfera geral judiciária é indivisível. No entanto, a fim de simplificar os estudos acerca deste tema e também apenas como meio didático de se passar de forma mais clara possível, a doutrina dividiu a jurisprudência em alguns tipos de espécies que veremos a seguir.
Quanto a matéria
Os pontos aqui denominados transparecem quanto às esferas do direito em sua materialidade.
Jurisdição Penal: atribuída aos juízos responsáveis por conduzir matéria de Direito Penal Material. Exemplo: Ao determinar a aplicação de uma pena para delito de homicídio (art. 121 do Código Penal), o juiz, por excelência, atuou com Jurisdição penal.
Jurisdição Cível: Assim como a anterior, porém desta vez mudando o tipo, esta seria atribuída aos juízos responsáveis pela dicção do Direito Material Civil. Exemplo: Ação de divórcio, o juiz terá atuado com Jurisdição civil.
Jurisdição Especial: Aqui trata-se de Jurisdição em âmbito de legislação especial. Alguns exemplos disso são os Tribunais Eleitorais, Trabalhistas e Militares.
Quanto aos órgãos
Jurisdição comum:  Chamada também de ordinária – órgãos não especializados –, como por exemplo a Justiça Comum, Estadual e Federal.
Jurisdição especial:  Justiças especializadas (União). Exemplo: Justiça do Trabalho, Eleitoral e Militar.
Quanto a posição dos órgãos
Jurisdição Superior: Órgãos de 2º e 3º Graus, denominados colegiados. São os Tribunais Superiores Estaduais e Federais; Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais.
Jurisdição Inferior: Órgãos de 1º grau, conhecidos como “monocráticos”, aqueles presididos e comandados por um único Juiz de Direito: Juízes Estaduais, Federais e do Trabalho.
CONCLUSÃO
Visto, a conclusão a que cheguei é de que a Jurisdição, como descrito e estudado neste trabalho acadêmico, é tema de bastante discussão por parte de diversos juristas e doutrinadores. É algo essencial à aplicação do Direito Material e indispensável na formação e manutenção do que se pode dizer de um Estado pleno, onde prevalece, por consequência, o Estado Democrático de Direito. Uma vez que o próprio Estado se faz utilizar da Jurisdição para, de certa forma, “delegar”, de forma que atribui a uma pessoa seu poder de julgar (exercício de monopólio do Estado, enquanto da normalidade das instituições), outrossim temos a figura dos Juízes, Desembargadores e Ministros de tribunais superiores; onde cada qual atua de forma limitada em relação ao seu território de alcance – previamente estabelecido –, com exceção do STJ e STF, cuja decisões alcançam todo o território nacional; no tocante aos Tribunais de Justiça de cada Estado, como o próprio nome descreve, possuem força de atuação estadual.
Estudar e desenvolver este tema me fez saber que o conhecimento sobre a área, ao contrário do que eu imaginava, era mínimo. Jurisdição não só diz respeito a um perímetro estabelecido pelas normas de cada sede de Poder Judiciário – ou executivo, na figura dos Delegados e Delegacias de Polícia – onde determina e delimita aonde começa e termina a área de atuação de alguma autoridade destes poderes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANGHER, Anne Joyce e SIQUEIRA, Luiz Eduardo Alves de. Dicionário Jurídico. 6ª ed. São Paulo: Rideel, 2002.
BRASIL. Código de Processo Civil. Secretaria de Editoração e Publicações. Brasília: 2015.
BRASIL. Código Penal Brasileiro (Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940). Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília: 1950.
BRASIL, Constituição Federal de 1988. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília: 2017.
Características da Jurisdição. Disponível em <https://douglascr.jusbrasil.com.br/artigos/133-293355/principios-e-caracteristicas-da-jurisdicao>. Acesso em 1 de outubro de 2017.
Espécies de Jurisdição. Disponível em <http://umdireito.tumblr.com/post/3470538197-8/teoria-geral-do-processo-esp%C3%A9cies-de> Acesso em 1 de outubro de 2017.
FUHRER, Maximilianus Cláudio Américo, Resumo de Processo Civil. 10 ed. Rev. Atual. São Paulo: Malheiros editores,1995.
ROCHA, José de Albuquerque. Teoria Geral do Processo. 5° ed., rev., atual. e ampl. São Paulo: Malheiros Editores, 2001.

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