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Imunologia - Processo Inflamatorio

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Faculdade Integral Diferencial – DeVry
Curso: Farmácia Bloco III
Disciplina: Imunologia
Professor: Msc. Laurindo
IMUNIDADE NATURAL 
(INFLAMAÇÃO)
Autores: Anderson Douglas;
 Catarina Duailibe;
 Tássyo Sampaio;
TERESINA-PI
2015
Introdução
O que é uma inflamação?
 A inflamação, também chamada de processo inflamatório, é uma resposta natural do organismo contra uma infecção ou lesão, com o objetivo de destruir os agentes agressores.
 
A resposta imune pode ser determinada por mecanismos que podem ser inespecíficos, ou específicos. 
Quadro 01. – Imunidade natural versus imunidade adquirida
Quadro 02. – Características da imunidade natural e da imunidade adquirida
Barreiras Naturais
As instalações de microrganismos nos tecidos é grandemente dificultada pelas barreiras naturais do nosso corpo.
Figura 01. –Defesa do nosso corpo. <http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/defesas-do-organismo>
Pele – Além de ser uma barreira mecânica, impede a instalação de microrganismos patogênicos pela sua ação microbicida das suas secreções.
Figura 02. – Pele humana. <http://protetoresdapele.org.br/a-invasao-da-dermatologia-um-cenario-nebuloso/>
Trato respiratório – Os cílios em constante movimento e o muco aglutinam e arrastam partículas maiores para a faringe, onde são deglutidas. 
Figura 03. – Trato respiratório. <http://www.auladeanatomia.com/respiratorio/sistemarespiratorio.htm>
Trato digestivo – A saliva contém substancias bactericidas e bacteriostáticas e o fluxo constante da mesma, carrega as partículas para o estomago.
Figura 04. – Trato digestivo. <http://www.maciel.med.br/Arquivos/Paginas/O%20PROCESSO%20DIGESTIVO%20NORMAL.htm>
Trato geniturinário – O fluxo da urina arrasta as partículas e o pH acido limita o crescimento de bactérias. 
Figura 05. – Trato geniturinário. < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe7vkAH/anormalidades-sist-geniturinario>
Conjuntiva dos olhos – O constante fluxo de lagrimas arrasta os microrganismos para as fossas nasais.
Figura 06. – Conjuntiva dos olhos. <http://www.compuland.com.br/anatomia/olho.htm>
Reação inflamatória
O que é uma reação inflamatória?
 É um conjunto de alterações bioquímicas, vasculares e celulares.
É importante enfatizar que a inflamação ocorre sempre que há dano ou injuria, independente da presença de um agente infeccioso.
Tecido íntegro
INFLAMAÇÃO
Imunidade adquirida
Imunidade natural
Eliminação de microrganismos
Reparo tecidual
Quadro 04. – A inflamação como mecanismo de defesa
A inflamação é, portanto, um mecanismo de defesa do organismo contra agressões;
Ainda é, fundamental para o estabelecimento da imunidade específica;
Portanto, só justifica intervir no processo inflamatório quando o desconforto causando for grande, ou quando o processo deixar de ter função protetora;
Microcirculação
A inflamação inicia-se na microcirculação, cuja função de suprir os tecidos dos micronutrientes essenciais e de remover os resíduos indesejáveis;
É formada por arteríolas, capilares, vênulas e vasos linfáticos presentes no tecido conjuntivo;
Compreende: 
Arteríolas – Importante na regulação do fluxo sanguíneo através da microcirculação;
Capilares – São essenciais para a troca de nutrientes e eliminação de resíduos metabólicos;
Vênulas – Sítio principal do controle do processo inflamatório;
Vasos linfáticos – Drenam o liquido nos tecidos;
Reações iniciais da reação inflamatória
O processo inflamatório inicia-se com uma série estereotipada de eventos que ocorrem na microcirculação começando por alterações no calibre das veias;
A vasodilatação é responsável por um maior aporte de sangue para a região inflamada, causando o rubor e o calor;
Seguem-se alterações da permeabilidade das vênulas em consequência da abertura das junções entre as células endoteliais;
Tanto as alterações que ocorrem nas arteríolas como a contração das células endoteliais das vênulas são causadas por substancias liberadas no local da inflamação, chamadas de mediadores inflamatórios;
Esses mediadores são produzidos em consequência da ativação dos mastócitos e macrófagos presentes no local da inflamação;
A ativação dos mastócitos e macrófagos induz, ainda, a síntese de mediadores lipídicos, como as prostaglandinas, leucotrienos e PAF;
Figura 06. – Exemplo da microcirculação
TROMBINA
PLASMINOGÊNIO
PRÉ- CALICREÍNA
CALICREÍNA
PLASMINA
FIBRINOGÊNIO
FIBRINA
Degradação
Peptídeos quimiotáticos
Ativa
SISTEMA COMPLEMENTO
C3a
C5a
CININOGÊNIO
CININAS
BRADICININA
Quadro 05. – Ativação de sistemas complementos
O fluxo do plasma dos espaços intra para o espaço extravascular durante o processo inflamatório, o aumento da permeabilidade vascular e a vasodilatação favorecem o acúmulo de plasma no tecido, o que ocasiona o edema;
O aumento de permeabilidade vascular é importante para trazer para o foco inflamatório os componentes plasmáticos que podem ajudar na eliminação dos microrganismos;
O liquido acumulado nos tecidos pode pressionar terminações nervosas, causando a dor;
A fase aguda da resposta inflamatória, dependendo de sua intensidade, pode ter efeitos sistêmicos importantes;
Figura 8 Inflamação - <http//www.slideplayer.com.br>
 
Migração de leucócitos para o foco inflamatório
Evento central na inflamação ;
Eliminação do agente;
Resolução do processo inflamatório;
Este processo ocorre nas vênulas pós-capilares próximas ao foco inflamatório;
Migração do Neutrófilo;
Saída de leucócitos dos vasos e seu acúmulo no sítio inflamatório; 
Figura 9 – Moléculas de adesão para migração de leucócitos 
Quimiotaxia: migração de leucócitos circulantes para o tecido
Figura 10- Quimiotaxia 
Fagócitos e os mecanismos microbicidas
Os macrófagos e neutrófilos são as células centrais da imunidade natural;
Neutrófilos – morrem depois de terem fagocitado e devido o grande número dessas células no tecido a formação do pus;
Macrófagos 
 Fagocitam e matam um grande número de microorganismos;
 Removem restos celulares e resíduos provenientes de tecidos lesados;
 Células de ligação da imunidade Natural com a imunidade específica;
Fagócitos e os mecanismos microbicidas
Os fagócitos apresentam receptores para os fragmentos C3b do sistema complemento e para a região Fc do anticorpo;
O microorganismo pode então ser degradado pelas várias enzimas contidas nas organelas;
Outro mecanismo envolve a produção de metabólitos tóxicos do oxigênio (ânion superóxido, peróxido de hidrogênio, hipoclorito, radical hidroxila);
Fagócitos e os mecanismos microbicidas
Os neutrófilos fazem a glicose anaeróbica via shunt hexose-monofosfato 
Figura 11- Glicose Anaeróbica. Fermentação láctica
<http//www.slideplayer.com.br >
Regeneração Tecidual
Macrófagos ativados produzir citocinas (TGF – beta e PDGF), fatores de crescimento e proliferação celular ; 
Esses fatores induzem
Proliferação e migração de fibroblastos
Neoformação de capilares sanguíneos
Síntese de componentes da matriz extracelular
Quadro 6 – Regeneração tecidual 
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Mediadores da inflamação
Histaminas vasoativas: histamina, que existe pré-formada nos grânulos de mastócitos e basófilos;
Bradicinina: família de peptídeos gerados no plasma por ação de enzimas em substratos chamados de cininogênios;
Neuropeptídeos: substância P, neurocinina A, VIP, CGRP, somatostatina e encefalinas;
Mediadores da inflamação
Mediadores lipídicos: consequência da ativação de fosfolipases que clivam os fosfolipídeos constituintes da membrana celular (prostaglandinas, leucotrienos e PAF)
Prostaglandinas
 Fisiológico:
Manutenção da integridade do epitélio das mucosas;
Manutenção da função renal;
Reprodução – sobrevivência do feto, implante do ovo, contração do útero durante o parto;
Crescimento e morte celular
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Figura 13 - Febre 
Figura 14 - Hiperalgesia 
Figura 15 – Vasodilatação
Figura 16 – Edema 
Figura 17 – Contração e relaxamento da musculatura lisa 
Inflamatório:
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As prostaglandinas também são com sideradas mediadores da reação inflamatória;
Vasodilatadores potentes porem não aumentam a permeabilidade vascular;
Junto cm a histamina e bradicinina elas aumentam o edema;
Esta envolvida no processo de dor e febre;
São potentes agentes piréticos. Os macrófagos produzem interleucina-1 a qual estimula PGE2 em células não neuronais, provavelmente nas células endoteliais dos vasos que profundem o hipotálamo, causando febre;
Leucotrienos
O LTB4 é quimiotático e quimiocinético para os neutrófilos, induz sua aderência ao endotélio, além de causar a ativação de leucócitos;
Fator de ativação de plaquetas (PAF)
Amplificados dos sinais biológicos;
Agem sobre os leucócitos;
Aumento da permeabilidade vascular e infiltração de células inflamatórias;
Inflamação como causa de doença
Inflamação aumenta o numero de fagócitos;
 A capacidade destrutiva dessas células (Neutrófilos), pode ser dirigida ao tecido do hospedeiro;
Enzimas lisossômicas e proteínas catiônicas (Granulos), as especies reativas de xigenio e nitrogenio (Produzidos) podem:
Danificar o endotélio vascular
Destruir cartilagens ou ossos
Modificar a matriz extracelular
Podem causar lesões, as vezes debilitantes, como nas doenças reumáticas, nas pneumonites;
Em casos de ativação de neutrófilos podem causar a artrite gotosa, colite ulcerativa e etc;
É imprescindível lembrar que a simples presença do neutrófilo nos tecidos não causa lesão;
A lesão tecidual depende de uma combinação de fatores, incluindo o grau e a dinâmica do contado dos neutrófilos com o endotélio e o estado de ativação dos mesmos;
 Se a causa da injuria inicial não foi totalmente eliminada, a inflamação aguda se evolui gradualmente para a inflamação crônica;
Essa inflamação evoluída é simplesmente a persistência do fator etiológico, seja o agente infeccioso ou então restos de microrganismos, corpo estranho, produtos de metabolismo etc.;
Inflamação – Imunidade inata e adquirida
A inflamação fornece sinais que são fundamentais para que os linfócitos sejam ativados, iniciando a resposta especifica;
Com a reação inflamatória são produzidas citocinas que promovem: crescimento e diferenciação de linfócitos e aumento da expressão de um tipo de moléculas (Coestimuladoras) ;
Essas moléculas atuam junto ao antígeno para estimular os linfócitos T;
Os sinais gerados durante a reação inflamatória essenciais tanto para desencadear a resposta imune como para determinar o tipo de resposta a ocorrer – celular ou humoral;
Referências: 
CALICH, V.; VAZ, C. Imunologia . Livraria e Editora RevinteR Ltda. Rio de Janeiro – RJ 2001, cap 2. 
Figura 01. –Defesa do nosso corpo. http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/defesas-do-organismo
Figura 02. – Pele humana. http://protetoresdapele.org.br/a-invasao-da-dermatologia-um-cenario-nebuloso/
Figura 03. – Trato respiratório. http://www.auladeanatomia.com/respiratorio/sistemarespiratorio.htm
Figura 06. – Conjuntiva dos olhos. http://www.compuland.com.br/anatomia/olho.htm
Figura 04. – Trato digestivo. http://www.maciel.med.br/Arquivos/Paginas/O%20PROCESSO%20DIGESTIVO%20NORMAL.htm
Figura 05. – Trato geniturinário. < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe7vkAH/anormalidades-sist-geniturinario>
Figura 8 Inflamação - http//www.slideplayer.com.br
 
Figura 13 Febre - http//www.pt-br.infomedica.wikia.com
Figura 14 Hiperalgesia - http://www.moblog.whmsoft.net
Figura 15 – Vasodilatação www.alunosonline.com.br
Figura 16 – Edema www.nlm.nih.gov 
Figura 17 – Contração e relaxamento da musculatura lisa www.alunosonline.com.br
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